O documento discute o que é ansiedade, suas causas e como tratá-la. A ansiedade é uma sensação decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central em resposta a situações percebidas como perigosas. Pode ter origens genéticas, traumas na infância ou dificuldade em lidar com o novo. Para diminuí-la, é importante controlar a respiração e esvaziar a mente de pensamentos preocupados. Remédios como ansiolíticos também podem ajudar sob prescrição médica.
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Ansiedade: causas, sintomas e como lidar
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O que é ansiedade e porque ficamos ansiosos?
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do
Sistema Nervoso Central consequente à interpretação de uma situação de perigo.
Parente próxima do medo (muitas vezes onde a diferenciação não é possível), é
distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável, enquanto
na ansiedade o fator de estímulo teria características mais subjetivas. A ansiedade é o
grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e
psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos, como: taquicardia (batedeira),
sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções (urinárias e fecais),
aumento da motilidade intestinal, cefaleia (dor de cabeça). Quando recorrente e intensa
também é chamada de Síndrome do Pânico (crise ansiosa aguda). Toda esta excitação
acontece decorrente de uma descarga de um Neurotransmissor chamado Noradrenalina,
que é produzido nas suprarrenais, lócus cerúleos e núcleo amigdaloide.
COMPREENDER
Como compreender a ansiedade?
O nosso sistema nervoso central e a nossa mente necessitam de uma situação de
conforto e de segurança para usufruir da sensação de repouso e de bem estar. Quando a
nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado, acontece o
estado ansioso. Evolutivamente, faz muito pouco tempo que saímos dos tempos da
caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram constantes. A excitação
do sistema nervoso central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta
ou para a fuga. O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de
vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades,
de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são
fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em
estados de desequilíbrio emocional, o simples contato com o novo, com situações
inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos. A
principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do
pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar
do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das
vezes, acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da ação, um
aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo, o que configura
um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso.
“Mente acelerada é mente desequilibrada”. Este movimento impulsivo de a mente se
acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir da sensação de repouso e
conforto faz com que ela se excite, e se o problema não tiver uma solução mental
imediata, como o que acontece na maioria dos casos, teremos a chamada ansiedade
patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos.
ORIGEM
ANSIEDADE
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Origens da ansiedade
A primeira é que a ansiedade poderia ter uma origem genética, ou seja: a pessoa
herda de seus ancestrais uma prédisposição para ter estes sintomas. Nestes casos, as
manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma criança
agitada, às vezes hiperativa, que chora com facilidade e às vezes até com dificuldade de
dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da avidez de mamar e
numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A segunda é uma infância
carente e problemática, onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe, de
passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão fazendo com que ela vá se
sentindo insegura e exposta e vá gravando e condicionando um sentimento de que
coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer momento. A terceira é a
dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou
conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle. O novo, por sua vez, tem a
capacidade de potencializar a sensação de medo no sentido de que algo ruim ou
perigoso pode vir a acontecer. É mais ou menos assim, “Tudo que vem de mim é seguro
e tudo que vem de fora e não está sob controle é perigoso". É a clássica postura do
pessimista, como aquele personagem dos desenhos antigos de TV, a hiena Hardy,
amiga do leão Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh vida, oh azar, não vai dar certo!"
Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também
podem desencadear quadros ansiosos importantes, mas não chegariam a ser causas
específicas. A tentativa de se livrar deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha
características desequilibradas, desajustadas, são causadoras dos seguintes
transtornos:
• Transtorno Obsessivo Compulsivo
• Transtorno Ansioso
• Transtorno Hipocondríaco
• Transtorno Histérico
• Transtorno Fóbico
Como diminuir a ansiedade
Primeiro é preciso entender que a ansiedade é um fato normal quando não é
exagerada.
A ansiedade corresponde à excitação do neurônio e a sua necessidade de
descarregála.
Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contato com situações
novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo.
Para poder combatêla, o primeiro passo é identificála.O corpo fica tenso, existe uma
necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em geral),
a respiração está mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas ideias passam
pela cabeça de forma acelerada).
Algumas vezes a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer.
Uma vez identificado este estado devese focar na respiração.
A frequência respiratória precisa ser diminuída. Deve se inspirar lentamente e encher
o pulmão em mais ou menos 75%.
Em seguida devese expirar e tirar todo o ar do pulmão (inclusive com a ajuda do
diafragma), também de forma lenta.
A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente.
Este tipo de exercício deve ser feito por pelo menos 10 minutos e devese tentar
manter a cabeça vazia.
Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado
Os Yogues já sabem destas coisas há mais de 3000 anos. A ansiedade é
desencadeada por preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a
sensação de algo muito ruim vai acontecer.
DIMINUIR
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psicóticos, que devem ser prescritos em casos mais graves, onde a ansiedade atinge
picos altíssimos e estão associados a doenças mentais mais graves, com alteração do
pensamento e até da sensopercepção, ou por estados desencadeados por drogas
alucinógenas.
Como se livrar da ansiedade
1 Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz,
pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e, por consequência, a mente.
2 Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não
está na sua mente, não está no seu pensamento, e sim no fato em si. Quando for
possível, olhe para o novo, procure entendêlo, aumente as suas informações e o seu
conhecimento sobre ele. Não busque referências anteriores, pois isto aumentará a sua
ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista),
procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue (BRIGUE?)
com ela para não pensar na entrevista e em suas consequências.
3 Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente, e entenda que
não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Uma parte de nossa
vida tem que entregar a Deus, ao destino, à sorte e... Seja o que Deus quiser...
4 Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso
fazer o melhor que está a nosso alcance, focado, ligado no real. O que está além do
nosso melhor esforço não podemos controlar.
5 Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto
acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota.
6 Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente. Não queira se
livrar dela. Não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança,
mais calmamente ela irá embora e mais a sua mente e acalmará. Quanto mais você
tentar se livrar dela, mais ela se tornará ansiedade.
7 Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o
pior vai acontecer, usar a palavra mágica (NÃO SERIA MELHOR "FRASE MÁGICA",
OU "FRASES MÁGICAS"): " Seja o que Deus quiser...". " Fodase..."
Resumindo: mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrarnos da ansiedade,
devemos aprender a escapar do domínio e desacelerar a nossa mente.
Ansiedade e o instinto de morte
A ansiedade é o desejo de acabar, de terminar, de cessar a sensação física e
psíquica do contato com a vida, com a realidade. Este desejo acaba sendo o
representante do instinto de morte, a única maneira de acabar com esta sensação. A
pressa de acabar desemboca no desejo de terminar com a própria vida. Trágico; mas,
quando a ansiedade é exagerada, absolutamente verdadeiro.
INSTINTO DE MORTE
LIVRARSE
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Ansiedade e sexo
Muitos não sabem, mas sexo é um dos grandes escapes de ansiedade, um dos
maiores. No sexo acontece uma grande liberação de energia, que descarrega a
ansiedade; por isto o sexo é tão fundamental para o homem. A ansiedade sempre afeta a
sexualidade humana. Interessante como em casos de muita ansiedade a postura sexual
é alterada: alguns ficam mais agressivos, outros totalmente tensos; as mulheres ficam
frígidas, os homens têm ejaculação precoce, ou vontade de arrebentar "aquela
vagabunda na cama". A maior parte das fantasias sexuais têm a ver com o tipo de
ansiedade que a pessoa tem: alguns têm ansiedade e têm vontade de bater, outros de
apanhar e por aí vai. Nesta seção iremos ver onde e como a ansiedade afeta a vida
sexual de homens e mulheres. Boa sorte.
Muita gente não entende por que existem pessoas que têm compulsões de ordem
sexual. Os homens são classificados como tarados, galinhas, vigaristas, inadequados e
incapazes de amar. As mulheres são chamadas de prostitutas, vagabundas, promíscuas,
não confiáveis, e outros que tais. A proposta aqui não é defender e nem atacar nenhum
tipo de comportamento, muito menos de ordem sexual, mas sim de permitir que
possamos entender o nosso comportamento e o das pessoas que estão a nossa volta.
Como já escrevemos em páginas anteriores, a ansiedade gera um estado de tensão, de
retenção muscular, que para algumas pessoas tem um registro semelhante à excitação
sexual. Para estas pessoas a tensão está à flor da pele, e qualquer toque físico ou a
qualquer estimulação sexual, mesmo que seja da imaginação, desencadeia aquilo que
chamamos de tesão, uma reatividade dos órgãos sexuais (o homem fica com o pênis
ereto e intumescido, a mulher tem secreções vaginais, a pele e bico do seios
arrepiados), e uma necessidade compulsiva de se liberar desta tensão através do
orgasmo. É o chamado prazer do alívio. Ele costuma ser um tesão intenso, mas produz
um orgasmo de má qualidade. Como a pessoa é cronicamente ansiosa, a tensão volta
rapidamente, assim como também volta a necessidade de estimulação sexual. Nesse
estado, as necessidades fisiológicas falam muito mais alto do que qualquer questão
afetiva, fazendo ser meio indiferente o parceiro ou parceira. Para este tipo de pessoa,
quanto maior o seu estado de ansiedade, maior a sua necessidade sexual, maior a
necessidade de descarga de adrenalina (ter o ato sexual em situações ou com pessoas
potencialmente perigosas), se masturbar compulsivamente, como formas de aliviar o seu
alto grau de ansiedade. Uma vez que a pessoa trate de sua ansiedade, a sua vida sexual
encontrará um equilíbrio e uma qualidade antes jamais conhecidos.
Ejaculação precoce
Em primeiro lugar é preciso definir este problema que tanto atormenta a vida dos
homens e das mulheres também (as suas respectivas parceiras, evidentemente). A
ejaculação precoce fica definida quando o homem ejacula logo depois da penetração
sem conseguir o prazer sexual propriamente dito. O homem não tem controle sobre a
excitação sexual, que está muito alta em função de superestimulação física e psicológica
a qual está submetido. Ele não controla o seu desejo, e de repente toda aquela excitação
se esvazia como um balão que vaza deixando o mastro a meio pau e o homem
absolutamente envergonhado. Ainda existem os casos intermediários, em que acontece
uma ejaculação rápida e o homem até consegue a penetração, mas não consegue
controlála, não conseguindo esperar que a sua parceira consiga obter o prazer. Por que
esta desgraça acontece? O homem se sente impotente, começa a se desculpar,
repetindo que não entende. A mulher se sente culpada questionando o fato de não
conseguir dar prazer ao homem e não conseguindo ela atingir o orgasmo (a não ser que
seja a mulher a jato, ou tenha algum equivalente de ejaculação rápida).
A responsabilidade deve ser igualmente dividida. Primeiro, a sensibilidade fisiológica
do homem. Existem homens que são neurologicamente super sensíveis e super
reativos: qualquer estimulação física leva a uma hiper reatividade. É como se o pênis
fosse um copo meio cheio contendo uma substância reagente. Quando começa a
estimulação sexual, esta "substância reagente" reage e faz o conteúdo do copo vazar.
Este vazamento seria a ejaculação precoce. Para estes tipos de casos é necessário um
ANSIEDADE E SEXO
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tratamento de dessensibilização, que pode ser químico ou de condicionamento. A
dessensibilização química se faz através de medicações que diminuam a ansiedade.
O uso de ansiolíticos e de antidepressivos costumam ser muito úteis nestes casos.
Existem inclusive antidepressivos que podem ser prescritos especificamente para
problemas de ejaculação precoce. A dessensibilização através de condicionamento é
uma espécie de treino que o casal deve fazer para diminuir a hiper reatividade. A parceira
estimula o pênis até o homem dizer que sente que a ejaculação está chegando, ai ela
para de estimular, espera as coisas acalmarem e depois inicia novamente. O sexo oral e
a manipulação do pênis são essenciais neste método que exige paciência e a
colaboração da parceira. Segundo, a ansiedade do homem de impressionar sexualmente
a mulher. Todos sabemos que vivemos em uma cultura machista, onde o homem tem a
obrigação moral de ter um bom desempenho sexual, que ele deve manter o pênis ereto e
satisfazer a mulher total e completamente.
Quanto maior a ansiedade do homem de impressionar a mulher, quanto mais ele
valorizar emocionalmente o ato sexual e da conquista, maior a possibilidade de ter
ejaculação precoce, ou seja, quanto mais quiser dar uma de gostosão, maior a sua
chance de fracassar. Esta é uma ocorrência muito comum entre os machões e homens
que gostam de contar proezas sexuais. É fácil de entender: quanto mais ele se gaba,
maior a sua responsabilidade ao ter um novo encontro sexual; afinal, é sua fama e
prestígio que estão em jogo, e com isto a sua ansiedade sobe, e você já sabe: quanto
mais a ansiedade sobe, mais rápido o pênis desce. Neste tipo de caso, o homem
precisará mudar a sua postura de vida e se tornar uma pessoa mais humilde e menos
gabola.
O relacionamento homemmulher precisará ser visto como uma consequência natural
dos afetos e não como uma conquista. A psicoterapia costuma ser um tratamento de
grande valia nestes casos. E finalmente, o terceiro caso, que é quando a mulher gosta de
dar uma de gostosona, de "femme fatale" e com isto consegue a proeza de assustar o
homem. Homem assustado fica acuado, medroso, ansioso e ou fica impotente ou tem
ejaculação precoce. Evidentemente toda mulher gosta de impressionar o homem, mas se
ela passar das medidas terá um homem pela metade. Agora grave mesmo é quando os 3
fatores se juntam num único relacionamento. De uma forma geral a ejaculação precoce
não é considerada um problema grave. Em adolescentes que se iniciam na vida sexual é
considerada uma intercorrência normal (desde que eles consigam dar a 2a. ou 3a.) O
tratamento pode ser feito através de remédios, de terapia e em casos graves até de
intervenções urológicas (o Viagra ajuda), e se fala até em cirurgias.
Frigidez
Para se entender o que é frigidez é preciso entender que o funcionamento sexual da
mulher é totalmente diverso do do homem. Na grande maioria das vezes, o papel
feminino é um papel receptor, diferente do homem, que tem um papel mais de ataque. A
excitação sexual feminina acontece pelo fato de a mulher receber o carinho e, para poder
receber, a mulher tem que estar relaxada, confiante e tranquila. Quanto maior o grau de
relaxamento da mulher, maior a sua capacidade de ter prazer sexual, e não só o prazer
de alívio que a maioria das mulheres tem. Quando a mulher está tensa, preocupada,
acontece um movimento de retração involuntária de toda a musculatura, criando um
clima interno de tensão, e dificultando o recebimento do carinho e da excitação sexual.
Quando o grau de tensão é muito alto, a mulher não consegue a sensibilidade para se
abrir ao carinho, e não consegue viver a excitação sexual. Esta couraça muscular
funciona como uma camada de gelo que isola a mulher do mundo das sensações
sexuais. O medo que acompanha a ansiedade aumenta ainda mais a tensão, não
permitindo o movimento de entrega para se deixar levar pelas forças do prazer. A mulher
ansiosa e insegura se trava, desconfia do parceiro e com isto vai perdendo a qualidade
de seu prazer sexual até chegar à frigidez. Como resolver? Tratando a ansiedade!!!
Impotência sexual masculina
Embora cada vez mais os cirurgiões neguem, a principal causa da impotência sexual
masculina ainda tem origem nas causas emocionais. Não quero aqui negar a importância
de fatores orgânicos como causa de impotência. É líquido e certo que alterações
vasculares, mal formações, fugas venosas e outros que tais possam causar quadros
importantes de impotência. Mas não resta dúvida de que, na maioria dos casos onde
este problema ocorre, os fatores de ordem emocional são preponderantes para
causarem este problema emocional. O curioso é que, para entender a questão
emocional, precisamos entender um pouco da fisiologia da ereção masculina. A parte
responsável pela ereção masculina no pênis é o corpo cavernoso. O corpo cavernoso é
uma espécie de esponja que aumenta ou diminui a sua consistência e portanto a ereção,
em função da irrigação sanguínea que recebe. Quanto maior o aporte de sangue, mais a
esponja se enche e maior a ereção, quanto menor o aporte de sangue, menos a esponja
se enche e mais fraca ou até inexistente é a ereção. Então, para o homem não ter
problemas de disfunção erétil, ele deve ter: um corpo cavernoso que possa se encher
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sem problemas, artérias que irriguem o corpo cavernoso com um bom diâmetro (sem
calcificações ou placas gordurosas) e com boa capacidade de dilatação.
Na ansiedade, como já vimos em diversas outras partes do site, ocorre uma liberação
importante de adrenalina, que causa como um dos efeitos a vasoconstricção
generalizada das artérias. Com isso, as artérias do corpo cavernosos sofrem um
estreitamento funcional, o que acaba levando ao esvaziamento da esponja e portanto a
perda da ereção. Quando a ansiedade é um problema crônico e acontece
frequentemente, a vasoconstricção também se repete, e assim o homem vai perdendo
cronicamente a ereção. Assim, fica claro que a ansiedade é o principal fator causador da
perda da ereção nos homens.
Além da ansiedade, a depressão também pode levar a problemas de impotência, mas
por mecanismos diferentes. Na depressão, o que acontece é a diminuição da libido, da
vontade de ter o ato sexual. Como a pessoa perde a sua sensação de força, de energia,
ela não sente vontade de ter a relação, e aí ela não perde a ereção: a ereção
simplesmente não acontece, ou acontece de forma muito fraca. Quando a impotência
ocorre por causa da ansiedade, remédios como o Viagra podem ajudar e muito, pois eles
provocam uma vasodilatação localizada das artérias do corpo cavernoso, criando a
possibilidade de o desejo se manifestar corporalmente, o que não acontece quando a
causa é a depressão, uma vez que, nesses casos, não existe o desejo. A melhor forma
de superar a impotência por causa da ansiedade é combater a ansiedade, e a ansiedade
se combate se acalmando, tornando o ambiente do relacionamento do casal tranquilo.
Por parte da mulher, ela não deve se sentir culpada pelo que está acontecendo, não ficar
aflita, e não ter pressa de resolver o problema. O homem, por sua vez, tem que abrir mão
do seu orgulho de machão, compreender que isto ocorre nas melhores famílias, e se não
for capaz de superar a sua ansiedade sozinho, deve procurar um profissional que o
ajude a entender e lidar com a sua ansiedade.
TOC Transtorno Obsessivo Compulsivo
Este talvez seja o transtorno mais difícil de explicar, tal qual o nome dele. Vamos
começar descrevendo os seus principais sintomas, para depois tentar explicar o
funcionamento mental do indivíduo com este transtorno. O Toc é o chamado transtorno
das manias: são aqueles quadros onde as pessoas têm manias. Mania de limpeza é a
mais característica, mas ela pode se expressar de muitas outras maneiras. Mania de
ordem (a pessoa precisa arrumar as coisas e botálas (COLOCÁLAS SERIA MELHOR
AQUI) em ordem, manias de colecionador, superstição (pessoas que precisam bater 3xs
na madeira, que só saem com seus amuletos, têm medo do azar e fogem de gato preto),
mania de contar as coisas, fazer contas com as chapas de carro, mania de trancar e
reverificar se trancou as portas e praticamente todas as outras manias, hábitos (não
vícios) que você possa imaginar.
A mania fica caracterizada como doença, como transtorno, quando a pessoa tem a
necessidade de repetir os seus atos de forma compulsiva, repetidamente. (Ou seja, a
pessoa não consegue se controlar; o ato não depende de sua vontade: ela faz sem
querer ou sem perceber, ou ainda não consegue impedir o ato pela sua vontade. Daí o
nome compulsiva, obrigatória.) Aliás, toda as formas de repetição compulsiva podem ser
caracterizadas como "manias". As pessoas que têm estes sintomas costumam ter uma
personalidade muito própria. São pessoas extremamente escrupulosas (têm uma
preocupação na mente de não provocar problemas), costumam ser formais e distantes
no relacionamento, frios afetivamente, podendo ou não ser pessoas arrogantes.
Costumam ser autoritários quando ocupam postos de liderança, e temerosos e tímidos
quando não estão nesta posição. Intimamente, são medrosos (embora não admitam),
fazendo um tipo de fortes. Não costumam ser sociáveis, tendo poucos amigos
(dependendo do grau da neurose). Têm um comportamento normalmente calmo ou
retraído, mas às vezes têm explosões que podem ser surpreendentes e até
assustadoras (pela agressividade e violência). São pessoas metódicas, às vezes
exageradamente perfeccionistas, sendo que alguns são muito insistentes, embora a
maioria desista com facilidade. Costumam ser indecisos. Controladores, têm o
sentimento profundo de que, se não cuidarem de forma adequada das pessoas e
situações à sua volta, algo de ruim deverá acontecer, e vivem a ilusão de que estão
controlando estas situações (pelo menos quando estão equilibradas, pois a sensação de
descontrole os deixa profundamente ansiosos e até emocionalmente desequilibrados).
Têm um forte sentimento de culpa interior (embora possam não ter consciência disto e
nem culpa nenhuma), e na hora das punições e mesmo das autopunições sejam
T.O.C
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exageradamente cruéis (inclusive consigo mesmos). Um caso curioso que tive no
consultório há muitos anos atrás foi de um homem, na faixa dos 40 anos que se queixava
de Síndrome do Pânico. Na sua 4a. ou 5a. consulta ele se levanta de sua cadeira, tira
uma chave de fenda do bolso e diz: "Desculpe, doutor, mas não consigo ver este
parafuso do interruptor inclinado. Eu preciso endireitálo, e depois da consulta quero
esconder toda esta bagunça de fios de seus aparelhos eletrônicos. O senhor deixa as
coisas em bagunça e isto me incomoda, muito". Evidentemente que, em determinados
momentos, todos nós passamos por quadro emocional semelhante ou temos alguns
destes sintomas ou traços deste tipo de personalidade. Por que acontece, de onde vem
este quadro, é um dos grandes mistérios da psiquiatria, e existem múltiplas explicações.
Uma das mais interessantes é a de Freud, que diz que estas pessoas têm sentimentos
negativos, pensamentos negativos, uma espécie de tara (e normalmente relacionado a
sexo e perversão), se sentem culpados e sujos por estes sentimentos, e daí a
necessidade de limpar e organizar tudo como forma de diminuírem o risco do castigo de
que se sentem merecedores, e para tentar compensar o sentimento de sujeira interior.
Para mim, esta é uma explicação que faz muito sentido, mas aí é que eu queria
acrescentar a minha visão. Como vimos nas neuroses, a ansiedade é fator fundamental
de sua formação. A ansiedade ocorre por um quadro de superestimulação da mente que
está reagindo aos estímulos (movimentos) externos. Por isto, nestes momentos, a mente
precisa da sensação do parado, do protegido, para se acalmar e se sentir segura e
tranquila. Quanto mais movimento a mente absorve, quanto mais ela se sente insegura e
desprotegida, maior a sua excitação no sentido de encontrar uma proteção para esta
sensação de instabilidade. Daí a necessidade de a pessoa realizar a sua compulsão,
arrumar as coisas, ou de usar amuletos, pois elas trazem a sensação de calma e
segurança para a mente. Mas vejam que círculo vicioso infernal: de repente algo
acontece que tira esta organização, esta sensação de controle e domínio que a pessoa
tem.
Isto a deixa assustada e com medo, pois se sente exposta. Passa a sentir um
sentimento agressivo enorme dentro de si, que é a expressão de seu desejo que "as
coisas" não tivessem saído do lugar. Mais do que isto, volta a sua agressividade interior
para o agente que alterou "as coisas" da ordem que lhe alimentava a segurança. Ao
sentir esta agressividade interna, passa a se sentir culpada deste sentimento e, de forma
inconsciente, volta a agressividade contra si mesma de forma real ou imaginária. Aí
aparecem os pensamentos negativos, que são chamados de obsessões, e a sensação
de que algo de ruim vai acontecer. Precisam se proteger, desejam a ordem, e brigam
ainda mais por ela, aumentando a sua agressividade, sua culpa, os pensamentos
negativos, o medo, a compulsão, a briga, a agressividade... e assim vai. Para resumir a
conversa, quanto maior o sentimento de insegurança, maior a intolerância (irritação,
impaciência) para com o movimento, quanto maior a intolerância, maior a agressividade,
a culpa e, consequentemente, a ansiedade, que aumenta a insegurança, que vai gerar a
compulsão, ou seja o ato físico que vai trazer uma sensação de alívio momentâneo, mas
acaba aumentando a sensação de insegurança pela impossibilidade de realizar
completamente a compulsão. A obsessão é o pensamento negativo que se repete. A
compulsão é o ato físico que devolveria a segurança para a pessoa.
Tratar este tipo de transtorno é sempre trabalhoso. Até alguns anos atrás o tratamento
trazia poucos resultados, e as pessoas continuavam com as suas manias e
personalidade. Hoje o tratamento é duplo, precisando a pessoa fazer um tratamento
químico (medicamentoso) e psicoterápico (terapia cognitiva). A medicação é necessária
para diminuir o grau da ansiedade e para aumentar o grau de energia psíquica para que a
pessoa possa romper o círculo vicioso do pensamento obsessivo. E fazer a psicoterapia
para se reeducar a ser menos intolerante em seus sentimentos mais profundos e diminuir
o seu sentimento de culpa e a autoagressividade, com uma conduta reta, honesta e
transparente. ("Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por
malandragem.") Os resultados têm melhorado muito, mas dependem fundamentalmente
da capacidade de a pessoa mudar os sentimentos internos de forma verdadeira e
sincera. Os remédios sozinhos acabam não resolvendo o problema.
ANSIOSO
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Transtorno ansioso
Este é sem dúvida o mais comum e característico transtorno emocional de nossos
tempos. Como foi dito em outro texto, ansiedade e medo são parentes próximos,
originários de uma mesma raiz do funcionamento mental. A característica externa, visível
e fundamental do transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem de que
as coisas acabem rápido, que elas se concluam. Isto acontece porque o sentimento
interior inconsciente é de medo, de pressentimento de que algo de ruim possa acontecer,
que algo não vai dar certo e que por isto ele deve se apressar para que o fato no qual ele
está envolvido se conclua rapidamente para que ele possa se ver livre, aliviado da
sensação de perigo.
Assim, os sintomas principais do transtorno ansioso são: a inquietação motora,
sensações de angústia (aperto no peito ou na garganta), sudorese, taquicardia, mal estar
generalizado. A pessoa não consegue ficar parada, às vezes rói unhas, puxa o cabelo,
precisa ficar mexendo em algo, permanece balançando pernas e braços. Também
podem ser pessoas muito falantes (compulsão para falar) e muita dificuldade de ouvir,
absorver e entender.
Algumas variantes dos sintomas do transtorno ansioso são: os vícios, os maus
hábitos, que também são ligados aos transtornos compulsivos, como o vício de fumar
(Descobertas recentes dizem que a nicotina, além de seus malefícios, tem a capacidade
química de uma ação ansiolítica e até antidepressiva.), o vício de comer (Esta já não é
uma descoberta tão recente, a de que o açúcar é um poderoso calmante.), o vício do
álcool (outra substância que, além de causar danos à saúde, tem importante efeito
ansiolítico e antidepressivo momentâneo). Os ansiosos, de forma não voluntária, buscam
o alívio para a sua ansiedade através do uso compulsivo destas e de outras drogas
também (Maconha, cocaína, crack, ópio e morfina também são usadas por pessoas
muito ansiosas). O sentimento crônico da ansiedade é muito ruim, e na maioria das vezes
a pessoa não identifica que se trata de uma ansiedade, de um medo, e não consegue dar
uma razão lógica, formal, para o que está acontecendo. Expressões como "Medo do
que?", "Mas como isto está acontecendo se está tudo bem?", ou "Isto não faz sentido."
são muito comuns, e tudo que a pessoa quer é achar um jeito rápido (até por que é típico
do ansioso) para se livrar desta sensação. Daí o uso de drogas ou outros métodos
ineficazes que até trazem um alívio imediato, mas que vão cada vez mais aumentando a
ansiedade da pessoa. O quadro agudo da ansiedade é marcado muito mais pela
intensidade das sensações físicas do que pela percepção de qualquer conflito
psicológico. Os sintomas são os mesmos do que os relatados acima acrescentados de
tontura, sensação de desmaio, de morte, ou de que se vai enlouquecer ou perder o
controle de tudo. Quando estas sensações começam a se repetir com frequência o
nome do quadro passa a se chamar Síndrome do Pânico, a tão famosa, que na verdade
é a repetição de crises de ansiedade aguda.
A questão que você deve achar que falta na nossa conversa é: por que é que, afinal
de contas, isto acontece? Qual a origem do transtorno ansioso? E eu vou dizer que
existem milhares de explicações, algumas eu já falei em outras partes de nosso site. A
que mais me agrada é aquela que relaciona a ansiedade com a aceleração desarmônica
de nossa mente. "Mente acelerada é mente desequilibrada“ já disse eu mesmo em outras
partes. A vida moderna, urbana, estimula em demasia a nossa mente, e está sempre
exigindo elaboração e raciocínios rápidos, o que desencadeia quadros de ansiedade. A
vontade do indivíduo de achar soluções rápidas também é outro fator desencadeante,
assim como o desejo de buscar e atingir objetivos que supostamente trariam
tranquilidade. E quanto mais rápida e desarmônica a mente estiver, maior a sensação de
medo e ansiedade. Quanto mais equilibrada, harmônica e coordenada a nossa mente
estiver, maior a sensação de calma e paz de espírito.
Teoricamente acabei de oferecer uma solução para acabar com a ansiedade: não
querer nada, não perseguir nada, pelo menos em nível mental, e aceitar as coisas como
são sem se deixar dominar pela ânsia de querer modificálas. Podemos querer modificar
as coisas, mas não podemos deixar a nossa mente se acelerar por causa disto.
HIPOCONDRÍACO
10. 13/09/2015 Ansiedade.com
http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 10/11
Transtorno hipocondríaco
O transtorno hipocondríaco também é conhecido como a neurose de doenças. O que
acontece neste transtorno é que a pessoa tem uma sensibilidade corporal exacerbada
pelo fato de ser muito centrada em seu próprio corpo. No fundo, o hipocondríaco, como
em todas os outros transtornos, tem uma ansiedade e uma dificuldade muito grande de
entrar em contato com pessoas e situações que ele não se sente controlando, e com isto
vai cada vez mais centrando a sua atenção e percepção no próprio funcionamento
corporal. Assim qualquer alteração fisiológica (mudança do batimento cardíaco, ruídos do
funcionamento digestivo e outros) é rapidamente notada, e por ele ser controlador e
pessimista, interpreta como risco eminente de algo fora de controle e que pode leválo á
morte ou a consequências muito graves e irreversíveis. Daí o fato de ele estar tomando
medicações o tempo todo, ou pelo menos querendo tomar, pois se acha e se sente
doente, apavorado com o risco de ser uma doença grave e querendo fazer tudo para
eliminar este sintoma que desencadeia toda esta gama de sentimentos. A cabeça do
hipocondríaco é uma caixa de horrores; ele é capaz de pensar em todas as doenças
graves e terminais por que está sentindo como, por exemplo, uma dor de cabeça.
É mais ou menos assim que ele pensa: "De onde surgiu esta dor de cabeça? Será
que é um tumor? Acho que eu preciso fazer um exame, mas eu já fiz na semana
passada; então, pode ser um derrame que está acontecendo?" Aí ele vai ao clinico, que
descarta este diagnóstico através de exames, e aí imediatamente surge a possibilidade
de uma outra doença: "Ahhh, então deve ser meningite!!!" E novamente, enquanto ele
não descarta esta possibilidade, a cabeça fica o tempo todo pensando em coisas ruins.
A razão desta neurose é que, embora ela seja uma caixa de horrores, a atenção da
pessoa se desvia da realidade, ele não percebe, não vê, não se importa com os
problemas da vida real, e fica o tempo todo centrado em seus sintomas e em seus
pensamentos funestos. Assim, fica no seu mundinho, que por pior que seja já é
conhecido, e não sente necessidade de evoluir e de crescer na vida. Tal qual o
Transtorno obsessivo compulsivo, está diretamente ligado a quadros de ansiedade e
principalmente de depressão. São pessoas profundamente pessimistas, lotadas de
sentimento de culpa que podem ser conscientes ou inconscientes, e que por isso acha
que merecem um castigo (que seria a doença tão temida). Veem tudo sob uma
perspectiva sombria, e acabam se viciando na egoísta e permanente atitude de só
olharem para o próprio umbigo.
O tratamento desta neurose tem que ser feito através de psicoterapia profunda para
que a pessoa consiga enxergar sentimentos e conflitos que são os verdadeiros
desencadeantes de seus sintomas e cismas. Se o pessimismo for profundo e arraigado,
o uso de medicações antidepressivas são essenciais para uma rápida melhoria do
quadro. O quadro pode acontecer isoladamente ou acompanhando quadros de
depressão (onde chega ocorrer o delírio hipocondríaco), ou do Transtorno obsessivo
compulsivo (é muito comum esta associação.) Bom, mas chega de falar dessa neurose,
antes que este calo no meu dedo vire um câncer, ou esta canseira na minha vista se
transforme em cegueira, além do que preciso tomar minhas 27 pílulas pra não ficar
doente.
Transtorno histérico
Esta com certeza é a forma mais tradicional, conhecida e falada de neurose. Esta
fama se deve a 2 grandes investigadores da mente humana, que foram Charcot e Freud.
A histeria também foi a principal doença investigada por Freud, e que acabou dando
origem à psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais:
a histeria conversiva e a histeria dissociativa. Freud explica a histeria conversiva da
seguinte maneira: na histeria conversiva haveria um conflito inconsciente, uma
ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da
própria mente (Superego), mas que contém uma energia que precisa se manifestar e
acaba eclodindo como um sintoma físico que mantém uma relação simbólica com o
conflito. Está achando complicado? Então eu vou trocar em miúdos. Imagine que você
tem ódio de seu irmão ou de seu pai. Às vezes até com razão; mas imagine também que
você recebeu uma educação super rígida, na qual se ensinou que é muito negativo ter
ódio. Você sente culpa por estes sentimentos e acha que não pode mostrálos, ao
mesmo tempo em que seu ódio por seu pai vai aumentado, e você sente (embora não
tenha consciência) que deseja dar um soco nele. De repente pinta o sintoma histérico
conversivo, uma paralisia do braço, não conseguindo mexêlo e, portanto, não podendo
HISTÉRICO