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O que é ansiedade e porque ficamos ansiosos?
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do
Sistema  Nervoso  Central  consequente  à  interpretação  de  uma  situação  de  perigo.

Parente  próxima  do  medo  (muitas  vezes  onde  a  diferenciação  não  é  possível),  é
distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável, enquanto
na ansiedade o fator de estímulo teria características mais subjetivas.
A ansiedade é o
grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e
psíquico,  uma  vez  que  tem  claros  sintomas  físicos,  como:  taquicardia  (batedeira),
sudorese,  tremores,  tensão  muscular  aumento  das  secreções  (urinárias  e  fecais),
aumento da motilidade intestinal, cefaleia (dor de cabeça). Quando recorrente e intensa
também é chamada de Síndrome do Pânico (crise ansiosa aguda). Toda esta excitação
acontece decorrente de uma descarga de um Neurotransmissor chamado Noradrenalina,
que é produzido nas suprarrenais, lócus cerúleos e núcleo amigdaloide.
COMPREENDER
Como compreender a ansiedade?
O nosso sistema nervoso central e a nossa mente necessitam de uma situação de
conforto e de segurança para usufruir da sensação de repouso e de bem estar.
Quando a
nossa  percepção  nos  alerta  para  uma  situação  de  perigo  a  este  estado,  acontece  o
estado  ansioso.  Evolutivamente,  faz  muito  pouco  tempo  que  saímos  dos  tempos  da
caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram constantes. A excitação
do sistema nervoso central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta
ou para a fuga.
O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de
vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades,
de  privilégios,  vantagens,  de  possibilidade  de  concretizar  interesses,  de  vaidade,  são
fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em
estados  de  desequilíbrio  emocional,  o  simples  contato  com  o  novo,  com  situações
inesperadas  e  desconhecidas  são  o  suficiente  para  disparar  estados  ansiosos.
A
principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do
pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar
do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das
vezes,  acaba  causando  uma  certa  confusão  mental,  uma  ineficiência  da  ação,  um
aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo, o que configura
um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso.
“Mente  acelerada  é  mente  desequilibrada”.
Este  movimento  impulsivo  de  a  mente  se
acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir da sensação de repouso e
conforto  faz  com  que  ela  se  excite,  e  se  o  problema  não  tiver  uma  solução  mental
imediata, como o que acontece na maioria dos casos, teremos a chamada ansiedade
patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos.
ORIGEM
 
ANSIEDADE
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Origens da ansiedade
A  primeira  é  que  a  ansiedade  poderia  ter  uma  origem  genética,  ou  seja:  a  pessoa
herda de seus ancestrais uma pré­disposição para ter estes sintomas. Nestes casos, as
manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma criança
agitada, às vezes hiperativa, que chora com facilidade e às vezes até com dificuldade de
dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da avidez de mamar e
numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A segunda é uma infância
carente e problemática, onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe, de
passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão fazendo com que ela vá se
sentindo  insegura  e  exposta  e  vá  gravando  e  condicionando  um  sentimento  de  que
coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer momento.
A terceira é a
dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou
conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle.
O novo, por sua vez, tem a
capacidade  de  potencializar  a  sensação  de  medo  no  sentido  de  que  algo  ruim  ou
perigoso pode vir a acontecer. É mais ou menos assim, “Tudo que vem de mim é seguro
e tudo que vem de fora e não está sob controle é perigoso". É a clássica postura do
pessimista,  como  aquele  personagem  dos  desenhos  antigos  de  TV,  a  hiena  Hardy,
amiga do leão Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh vida, oh azar, não vai dar certo!"
Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também
podem desencadear quadros ansiosos importantes, mas não chegariam a  ser  causas
específicas. A tentativa de se livrar deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha
características  desequilibradas,  desajustadas,  são  causadoras  dos  seguintes
transtornos:
• Transtorno Obsessivo Compulsivo

• Transtorno Ansioso
• Transtorno Hipocondríaco
• Transtorno Histérico
• Transtorno Fóbico
Como diminuir a ansiedade
Primeiro  é  preciso  entender  que  a  ansiedade  é  um  fato  normal  quando  não  é
exagerada.
A  ansiedade  corresponde  à  excitação  do  neurônio  e  a  sua  necessidade  de
descarregá­la.
Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contato com situações
novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo.
Para poder combatê­la, o primeiro passo é identificá­la.O corpo fica tenso, existe uma
necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em geral),
a respiração está mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas ideias passam
pela cabeça de forma acelerada).
Algumas vezes a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer.
Uma vez identificado este estado deve­se focar na respiração.
A frequência respiratória precisa ser diminuída. Deve se inspirar lentamente e encher
o pulmão em mais ou menos 75%.
Em seguida deve­se expirar e tirar todo o ar do pulmão (inclusive com a ajuda do
diafragma), também de forma lenta.
A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente.
Este  tipo  de  exercício  deve  ser  feito  por  pelo  menos  10  minutos  e  deve­se  tentar
manter a cabeça vazia.
Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado
Os  Yogues  já  sabem  destas  coisas  há  mais  de  3000  anos.  A  ansiedade  é
desencadeada por preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a
sensação de algo muito ruim vai acontecer.
DIMINUIR
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E que é preciso fazer algo para evitar o pior.
Atingir as nossas metas e objetivos.
Esta é a hora de parar, quanto maior a nossa pressa para atingir o objetivo, maior a
ansiedade.
Não se pode ter pressa para atingir objetivo.
É como dizem os ditados populares:
"O apressado come cru".
"Devagar se vai ao longe"
É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso que ele seja
atingido quando possível e necessário no plano do real, e não na cabeça, o que nos
protege é a nossa ação, e não as nossas ideias; portanto, as ideias servem para nos
orientar, e não para nos acelerar.
Esvazie a cabeça quando estiver ansioso e confie que, de forma lenta, você chegará
num ponto de proteção, abra mão mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo.
Só até recuperar o equilíbrio.
"Mente acelerada é mente desequilibrada" (Isaac Efraim).
Se depois de cuidar da respiração e de esvaziar a cabeça você não melhorar, vá para
os remédios, talvez eles te ajudem mais.
Como tratar a ansiedade
Existem 3 tipos de remédios que podem ajudar a controlar e diminuir a ansiedade. Vou
tentar falar de cada um deles de forma simples e acessível. Todos eles só podem ser
vendidos  sob  prescrição  médica,  exigem  receita  azul,  têm  tarja  preta,  e  podem  até
causar dependência. Por isso todo o cuidado é pouco.
O  primeiro  tipo  são  os  chamados  ansiolíticos  (dissolução  da  ansiedade)  ou
tranquilizantes. São substâncias que anestesiam parcialmente a sensibilidade neuronal,
diminuindo a capacidade de excitação emocional. Em altas doses, são usados como pré­
anestésicos. Também podem ser usados para induzir o sono. Servem para combater o
sintoma ansiedade, mas não mexem na sua origem. Funcionam como a Novalgina para
combater a febre: diminuem o sintoma, mas não resolvem o problema. São muito úteis
quando a ansiedade está muito alta ou descontrolada, ou quando provocam insônia. Têm
a  desvantagem  de  que  podem  causar  pequena  dependência  física,  importante
dependência emocional, e o uso prolongado pode causar tolerância. Os principais efeitos
colaterais são: sonolência, cansaço e fraqueza. Se você acha que este tipo de remédio
pode te ajudar, você deve procurar um psiquiatra. Ele é o profissional correto para lhe
prescrever este tipo de medicação. Clínicos gerais também podem prescrever em casos
de  emergência.  O  melhor  exemplo  deste  tipo  de  medicação  é  o  Diazepan  (nome
genérico).
O  segundo  tipo  de  medicação  para  combater  a  ansiedade  são  alguns  tipos  de
antidepressivos. Este tipo de medicação tem dois efeitos sobre a mente humana: por
uma  ação  sobre  os  neurotransmissores  cerebrais,  ele  aumenta  o  nível  de  energia
psíquica, faz a pessoa se sentir mais forte, diminui a quantidade de preocupações e de
medo, aumenta a percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo­a sentir­se mais
segura  e,  portanto,  menos  ansiosa.  Esse  efeito  das  medicações  antidepressivas  é
fascinante e, se for acompanhado de uma boa psicoterapia, não só permite que a pessoa
diminua significativamente (DIMINUA SIGNIFICATIVAMENTE O QUÊ?), como também
se torne uma pessoa mais produtiva e bem resolvida. O segundo efeito é uma ação mais
direta  sobre  a  ansiedade  propriamente  dita.  Não  causam  dependência  física  e  pouca
tolerância. Podem causar alguma dependência emocional. Só podem ser vendidos sob
prescrição médica, necessitando o chamado receituário especial. Infelizmente não têm
efeito imediato, demorando de 2 a 3 semanas para fazer efeito. Devem ser tomadas por
um período mínimo de 4 meses. Têm alguns efeitos colaterais, principalmente nos 10
primeiros  dias.  O  efeito  colateral  mais  chato  é  uma  pequena  diminuição  da  libido  e  o
retardo da ejaculação (as vezes isto é uma vantagem!!!) Bons exemplos deste tipo de
medicação  são:  Cloridrato  de  Sertralina,  de  Fluoxetina  e  a  desipramina  (nomes
genéricos).
O  terceiro  tipo  de  medicação  são  os  chamados  tranquilizantes  maiores  ou  anti
TRATAR
Origem Diminuir Tratar Livrar­se Instinto Morte Ansiedade/Sexo T.O.C. Ansioso Hipocondríaco Histérico
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psicóticos, que devem ser prescritos em casos mais graves, onde a ansiedade atinge
picos altíssimos e estão associados a doenças mentais mais graves, com alteração do
pensamento  e  até  da  sensopercepção,  ou  por  estados  desencadeados  por  drogas
alucinógenas.
Como se livrar da ansiedade
1­ Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz,
pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e, por consequência, a mente.
2­ Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não
está  na  sua  mente,  não  está  no  seu  pensamento,  e  sim  no  fato  em  si.  Quando  for
possível, olhe para o novo, procure entendê­lo, aumente as suas informações e o seu
conhecimento sobre ele. Não busque referências anteriores, pois isto aumentará a sua
ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista),
procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue (BRIGUE?)
com ela para não pensar na entrevista e em suas consequências.
3­ Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente, e entenda que
não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Uma parte de nossa
vida tem que entregar a Deus, ao destino, à sorte e... Seja o que Deus quiser...
4­ Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso
fazer o melhor que está a nosso alcance, focado, ligado no real. O que está além do
nosso melhor esforço não podemos controlar.
5­ Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto
acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota.
6­ Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente. Não queira se
livrar dela. Não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança,
mais  calmamente  ela  irá  embora  e  mais  a  sua  mente  e  acalmará.  Quanto  mais  você
tentar se livrar dela, mais ela se tornará ansiedade.
7­ Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o
pior vai acontecer, usar a palavra mágica (NÃO SERIA MELHOR "FRASE MÁGICA",
OU "FRASES MÁGICAS"): " Seja o que Deus quiser...". " Foda­se..."
Resumindo: mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrar­nos da ansiedade,
devemos aprender a escapar do domínio e desacelerar a nossa mente.
Ansiedade e o instinto de morte
A  ansiedade  é  o  desejo  de  acabar,  de  terminar,  de  cessar  a  sensação  física  e
psíquica  do  contato  com  a  vida,  com  a  realidade.  Este  desejo  acaba  sendo  o
representante do instinto de morte, a única maneira de acabar com esta sensação. A
pressa de acabar desemboca no desejo de terminar com a própria vida. Trágico; mas,
quando a ansiedade é exagerada, absolutamente verdadeiro.
INSTINTO DE MORTE
LIVRAR­SE
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Ansiedade e sexo
Muitos  não  sabem,  mas  sexo  é  um  dos  grandes  escapes  de  ansiedade,  um  dos
maiores.
No  sexo  acontece  uma  grande  liberação  de  energia,  que  descarrega  a
ansiedade; por isto o sexo é tão fundamental para o homem.
A ansiedade sempre afeta a
sexualidade humana. Interessante como em casos de muita ansiedade a postura sexual
é alterada: alguns ficam mais agressivos, outros totalmente tensos; as mulheres ficam
frígidas,  os  homens  têm  ejaculação  precoce,  ou  vontade  de  arrebentar  "aquela
vagabunda  na  cama".
A  maior  parte  das  fantasias  sexuais  têm  a  ver  com  o  tipo  de
ansiedade que a pessoa tem: alguns têm ansiedade e têm vontade de bater, outros de
apanhar  e  por  aí  vai.
Nesta  seção  iremos  ver  onde  e  como  a  ansiedade  afeta  a  vida
sexual de homens e mulheres. Boa sorte.
Muita gente não entende por que existem pessoas que têm compulsões de ordem
sexual.
Os homens são classificados como tarados, galinhas, vigaristas, inadequados e
incapazes de amar.
As mulheres são chamadas de prostitutas, vagabundas, promíscuas,
não confiáveis, e outros que tais.
A proposta aqui não é defender e nem atacar nenhum
tipo  de  comportamento,  muito  menos  de  ordem  sexual,  mas  sim  de  permitir  que
possamos entender o nosso comportamento e o das pessoas que estão a nossa volta.

Como já escrevemos em páginas anteriores, a ansiedade gera um estado de tensão, de
retenção muscular, que para algumas pessoas tem um registro semelhante à excitação
sexual. Para estas pessoas a tensão está à flor da pele, e qualquer toque físico ou a
qualquer estimulação sexual, mesmo que seja da imaginação, desencadeia aquilo que
chamamos de tesão, uma reatividade dos órgãos sexuais (o homem fica com o pênis
ereto  e  intumescido,  a  mulher  tem  secreções  vaginais,  a  pele  e  bico  do  seios
arrepiados),  e  uma  necessidade  compulsiva  de  se  liberar  desta  tensão  através  do
orgasmo. É o chamado prazer do alívio.
Ele costuma ser um tesão intenso, mas produz
um orgasmo de má qualidade.
Como a pessoa é cronicamente ansiosa, a tensão volta
rapidamente,  assim  como  também  volta  a  necessidade  de  estimulação  sexual.
Nesse
estado,  as  necessidades  fisiológicas  falam  muito  mais  alto  do  que  qualquer  questão
afetiva,  fazendo  ser  meio  indiferente  o  parceiro  ou  parceira.
Para  este  tipo  de  pessoa,
quanto  maior  o  seu  estado  de  ansiedade,  maior  a  sua  necessidade  sexual,  maior  a
necessidade de descarga de adrenalina (ter o ato sexual em situações ou com pessoas
potencialmente perigosas), se masturbar compulsivamente, como formas de aliviar o seu
alto grau de ansiedade.
Uma vez que a pessoa trate de sua ansiedade, a sua vida sexual
encontrará um equilíbrio e uma qualidade antes jamais conhecidos.
Ejaculação precoce
Em  primeiro  lugar  é  preciso  definir  este  problema  que  tanto  atormenta  a  vida  dos
homens  e  das  mulheres  também  (as  suas  respectivas  parceiras,  evidentemente).
A
ejaculação  precoce  fica  definida  quando  o  homem  ejacula  logo  depois  da  penetração
sem conseguir o prazer sexual propriamente dito. O homem não tem controle sobre a
excitação sexual, que está muito alta em função de superestimulação física e psicológica
a qual está submetido. Ele não controla o seu desejo, e de repente toda aquela excitação
se  esvazia  como  um  balão  que  vaza  deixando  o  mastro  a  meio  pau  e  o  homem
absolutamente envergonhado. Ainda existem os casos intermediários, em que acontece
uma  ejaculação  rápida  e  o  homem  até  consegue  a  penetração,  mas  não  consegue
controlá­la, não conseguindo esperar que a sua parceira consiga obter o prazer. Por que
esta  desgraça  acontece?  O  homem  se  sente  impotente,  começa  a  se  desculpar,
repetindo  que  não  entende.  A  mulher  se  sente  culpada  questionando  o  fato  de  não
conseguir dar prazer ao homem e não conseguindo ela atingir o orgasmo (a não ser que
seja a mulher a jato, ou tenha algum equivalente de ejaculação rápida).
A responsabilidade deve ser igualmente dividida. Primeiro, a sensibilidade fisiológica
do  homem.  Existem  homens  que  são  neurologicamente  super  sensíveis  e  super
reativos: qualquer estimulação física leva a uma hiper reatividade. É como se o pênis
fosse  um  copo  meio  cheio  contendo  uma  substância  reagente.  Quando  começa  a
estimulação sexual, esta "substância reagente" reage e faz o conteúdo do copo vazar.
Este vazamento seria a ejaculação precoce. Para estes tipos de casos é necessário um
ANSIEDADE E SEXO
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tratamento  de  dessensibilização,  que  pode  ser  químico  ou  de  condicionamento.  A
dessensibilização química se faz através de medicações que diminuam a ansiedade.
O uso de ansiolíticos e de antidepressivos costumam ser muito úteis nestes casos.
Existem  inclusive  antidepressivos  que  podem  ser  prescritos  especificamente  para
problemas  de  ejaculação  precoce.  A  dessensibilização  através  de  condicionamento  é
uma espécie de treino que o casal deve fazer para diminuir a hiper reatividade. A parceira
estimula o pênis até o homem dizer que sente que a ejaculação está chegando, ai ela
para de estimular, espera as coisas acalmarem e depois inicia novamente. O sexo oral e
a  manipulação  do  pênis  são  essenciais  neste  método  que  exige  paciência  e  a
colaboração da parceira. Segundo, a ansiedade do homem de impressionar sexualmente
a mulher. Todos sabemos que vivemos em uma cultura machista, onde o homem tem a
obrigação moral de ter um bom desempenho sexual, que ele deve manter o pênis ereto e
satisfazer a mulher total e completamente.
Quanto  maior  a  ansiedade  do  homem  de  impressionar  a  mulher,  quanto  mais  ele
valorizar  emocionalmente  o  ato  sexual  e  da  conquista,  maior  a  possibilidade  de  ter
ejaculação  precoce,  ou  seja,  quanto  mais  quiser  dar  uma  de  gostosão,  maior  a  sua
chance de fracassar. Esta é uma ocorrência muito comum entre os machões e homens
que gostam de contar proezas sexuais. É fácil de entender: quanto mais ele se gaba,
maior  a  sua  responsabilidade  ao  ter  um  novo  encontro  sexual;  afinal,  é  sua  fama  e
prestígio que estão em jogo, e com isto a sua ansiedade sobe, e você já sabe: quanto
mais  a  ansiedade  sobe,  mais  rápido  o  pênis  desce.  Neste  tipo  de  caso,  o  homem
precisará mudar a sua postura de vida e se tornar uma pessoa mais humilde e menos
gabola.
O relacionamento homem­mulher precisará ser visto como uma consequência natural
dos afetos e não como uma conquista. A psicoterapia costuma ser um tratamento de
grande valia nestes casos. E finalmente, o terceiro caso, que é quando a mulher gosta de
dar uma de gostosona, de "femme fatale" e com isto consegue a proeza de assustar o
homem. Homem assustado fica acuado, medroso, ansioso e ou fica impotente ou tem
ejaculação precoce. Evidentemente toda mulher gosta de impressionar o homem, mas se
ela passar das medidas terá um homem pela metade. Agora grave mesmo é quando os 3
fatores se juntam num único relacionamento. De uma forma geral a ejaculação precoce
não é considerada um problema grave. Em adolescentes que se iniciam na vida sexual é
considerada uma intercorrência normal (desde que eles consigam dar a 2a. ou 3a.) O
tratamento  pode  ser  feito  através  de  remédios,  de  terapia  e  em  casos  graves  até  de
intervenções urológicas (o Viagra ajuda), e se fala até em cirurgias.
Frigidez
Para se entender o que é frigidez é preciso entender que o funcionamento sexual da
mulher  é  totalmente  diverso  do  do  homem.  
Na  grande  maioria  das  vezes,  o  papel
feminino é um papel receptor, diferente do homem, que tem um papel mais de ataque. A
excitação sexual feminina acontece pelo fato de a mulher receber o carinho e, para poder
receber, a mulher tem que estar relaxada, confiante e tranquila. Quanto maior o grau de
relaxamento da mulher, maior a sua capacidade de ter prazer sexual, e não só o prazer
de  alívio  que  a  maioria  das  mulheres  tem.
Quando  a  mulher  está  tensa,  preocupada,
acontece  um  movimento  de  retração  involuntária  de  toda  a  musculatura,  criando  um
clima interno de tensão, e dificultando o recebimento do carinho e da excitação sexual.
Quando o grau de tensão é muito alto, a mulher não consegue a sensibilidade para se
abrir  ao  carinho,  e  não  consegue  viver  a  excitação  sexual.  Esta  couraça  muscular
funciona  como  uma  camada  de  gelo  que  isola  a  mulher  do  mundo  das  sensações
sexuais.  O  medo  que  acompanha  a  ansiedade  aumenta  ainda  mais  a  tensão,  não
permitindo o movimento de entrega para se deixar levar pelas forças do prazer. 
A mulher
ansiosa e insegura se trava, desconfia do parceiro e com isto vai perdendo a qualidade
de seu prazer sexual até chegar à frigidez. Como resolver?
Tratando a ansiedade!!!
Impotência sexual masculina
Embora cada vez mais os cirurgiões neguem, a principal causa da impotência sexual
masculina ainda tem origem nas causas emocionais. Não quero aqui negar a importância
de  fatores  orgânicos  como  causa  de  impotência.  É  líquido  e  certo  que  alterações
vasculares, mal formações, fugas venosas e outros que tais possam causar quadros
importantes de impotência.  Mas  não  resta  dúvida  de  que,  na  maioria  dos  casos  onde
este  problema  ocorre,  os  fatores  de  ordem  emocional  são  preponderantes  para
causarem  este  problema  emocional.  O  curioso  é  que,  para  entender  a  questão
emocional,  precisamos  entender  um  pouco  da  fisiologia  da  ereção  masculina.  A  parte
responsável pela ereção masculina no pênis é o corpo cavernoso. O corpo cavernoso é
uma espécie de esponja que aumenta ou diminui a sua consistência e portanto a ereção,
em função da irrigação sanguínea que recebe. Quanto maior o aporte de sangue, mais a
esponja se enche e maior a ereção, quanto menor o aporte de sangue, menos a esponja
se  enche  e  mais  fraca  ou  até  inexistente  é  a  ereção.  Então,  para  o  homem  não  ter
problemas de disfunção erétil, ele deve ter: um corpo cavernoso que possa se encher
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sem problemas, artérias que irriguem o corpo cavernoso com um bom diâmetro (sem
calcificações ou placas gordurosas) e com boa capacidade de dilatação.
Na ansiedade, como já vimos em diversas outras partes do site, ocorre uma liberação
importante  de  adrenalina,  que  causa  como  um  dos  efeitos  a  vasoconstricção
generalizada  das  artérias.  Com  isso,  as  artérias  do  corpo  cavernosos  sofrem  um
estreitamento funcional, o que acaba levando ao esvaziamento da esponja e portanto a
perda  da  ereção.  Quando  a  ansiedade  é  um  problema  crônico  e  acontece
frequentemente, a vasoconstricção também se repete, e assim o homem vai perdendo
cronicamente a ereção. Assim, fica claro que a ansiedade é o principal fator causador da
perda da ereção nos homens.
Além da ansiedade, a depressão também pode levar a problemas de impotência, mas
por mecanismos diferentes. Na depressão, o que acontece é a diminuição da libido, da
vontade de ter o ato sexual. Como a pessoa perde a sua sensação de força, de energia,
ela  não  sente  vontade  de  ter  a  relação,  e  aí  ela  não  perde  a  ereção:  a  ereção
simplesmente  não  acontece,  ou  acontece  de  forma  muito  fraca.
Quando  a  impotência
ocorre por causa da ansiedade, remédios como o Viagra podem ajudar e muito, pois eles
provocam  uma  vasodilatação  localizada  das  artérias  do  corpo  cavernoso,  criando  a
possibilidade de o desejo se manifestar corporalmente, o que não acontece  quando  a
causa é a depressão, uma vez que, nesses casos, não existe o desejo. A melhor forma
de superar a impotência por causa da ansiedade é combater a ansiedade, e a ansiedade
se combate se acalmando, tornando o ambiente do relacionamento do casal tranquilo.
Por parte da mulher, ela não deve se sentir culpada pelo que está acontecendo, não ficar
aflita, e não ter pressa de resolver o problema. O homem, por sua vez, tem que abrir mão
do seu orgulho de machão, compreender que isto ocorre nas melhores famílias, e se não
for  capaz  de  superar  a  sua  ansiedade  sozinho,  deve  procurar  um  profissional  que  o
ajude a entender e lidar com a sua ansiedade.
TOC ­ Transtorno Obsessivo Compulsivo
Este  talvez  seja  o  transtorno  mais  difícil  de  explicar,  tal  qual  o  nome  dele.  Vamos
começar  descrevendo  os  seus  principais  sintomas,  para  depois  tentar  explicar  o
funcionamento mental do indivíduo com este transtorno. O Toc é o chamado transtorno
das manias: são aqueles quadros onde as pessoas têm manias. Mania de limpeza é a
mais característica, mas ela pode se expressar de muitas outras maneiras. Mania de
ordem (a pessoa precisa arrumar as coisas e botá­las (COLOCÁ­LAS SERIA MELHOR
AQUI) em ordem, manias de colecionador, superstição (pessoas que precisam bater 3xs
na madeira, que só saem com seus amuletos, têm medo do azar e fogem de gato preto),
mania de contar as coisas, fazer contas com as chapas de carro, mania de trancar e
reverificar  se  trancou  as  portas  e  praticamente  todas  as  outras  manias,  hábitos  (não
vícios) que você possa imaginar.
A mania fica caracterizada como doença, como transtorno, quando a pessoa tem a
necessidade de repetir os seus atos de forma compulsiva, repetidamente. (Ou seja, a
pessoa  não  consegue  se  controlar;  o  ato  não  depende  de  sua  vontade:  ela  faz  sem
querer ou sem perceber, ou ainda não consegue impedir o ato pela sua vontade. Daí o
nome compulsiva, obrigatória.) Aliás, toda as formas de repetição compulsiva podem ser
caracterizadas como "manias".
As pessoas que têm estes sintomas costumam ter uma
personalidade  muito  própria.  São  pessoas  extremamente  escrupulosas  (têm  uma
preocupação na mente de não provocar problemas), costumam ser formais e distantes
no  relacionamento,  frios  afetivamente,  podendo  ou  não  ser  pessoas  arrogantes.
Costumam ser autoritários quando ocupam postos de liderança, e temerosos e tímidos
quando  não  estão  nesta  posição.  Intimamente,  são  medrosos  (embora  não  admitam),
fazendo  um  tipo  de  fortes.  Não  costumam  ser  sociáveis,  tendo  poucos  amigos
(dependendo  do  grau  da  neurose).  Têm  um  comportamento  normalmente  calmo  ou
retraído,  mas  às  vezes  têm  explosões  que  podem  ser  surpreendentes  e  até
assustadoras  (pela  agressividade  e  violência).  São  pessoas  metódicas,  às  vezes
exageradamente  perfeccionistas,  sendo  que  alguns  são  muito  insistentes,  embora  a
maioria  desista  com  facilidade.  Costumam  ser  indecisos.  Controladores,  têm  o
sentimento  profundo  de  que,  se  não  cuidarem  de  forma  adequada  das  pessoas  e
situações à sua volta, algo de ruim deverá acontecer, e vivem a ilusão de que estão
controlando estas situações (pelo menos quando estão equilibradas, pois a sensação de
descontrole os deixa profundamente ansiosos e até emocionalmente desequilibrados).
Têm um forte sentimento de culpa interior (embora possam não ter consciência disto e
nem  culpa  nenhuma),  e  na  hora  das  punições  e  mesmo  das  autopunições  sejam
T.O.C
13/09/2015 Ansiedade.com
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exageradamente  cruéis  (inclusive  consigo  mesmos).  Um  caso  curioso  que  tive  no
consultório há muitos anos atrás foi de um homem, na faixa dos 40 anos que se queixava
de Síndrome do Pânico. Na sua 4a. ou 5a. consulta ele se levanta de sua cadeira, tira
uma  chave  de  fenda  do  bolso  e  diz:  "Desculpe,  doutor,  mas  não  consigo  ver  este
parafuso  do  interruptor  inclinado.  Eu  preciso  endireitá­lo,  e  depois  da  consulta  quero
esconder toda esta bagunça de fios de seus aparelhos eletrônicos. O senhor deixa as
coisas em bagunça e isto me incomoda, muito". Evidentemente que, em determinados
momentos,  todos  nós  passamos  por  quadro  emocional  semelhante  ou  temos  alguns
destes sintomas ou traços deste tipo de personalidade. 
Por que acontece, de onde vem
este quadro, é um dos grandes mistérios da psiquiatria, e existem múltiplas explicações.
Uma das mais interessantes é a de Freud, que diz que estas pessoas têm sentimentos
negativos, pensamentos negativos, uma espécie de tara (e normalmente relacionado a
sexo  e  perversão),  se  sentem  culpados  e  sujos  por  estes  sentimentos,  e  daí  a
necessidade de limpar e organizar tudo como forma de diminuírem o risco do castigo de
que se sentem merecedores, e para tentar compensar o sentimento de sujeira interior.

Para  mim,  esta  é  uma  explicação  que  faz  muito  sentido,  mas  aí  é  que  eu  queria
acrescentar a minha visão. Como vimos nas neuroses, a ansiedade é fator fundamental
de sua formação. A ansiedade ocorre por um quadro de superestimulação da mente que
está reagindo aos estímulos (movimentos) externos. Por isto, nestes momentos, a mente
precisa  da  sensação  do  parado,  do  protegido,  para  se  acalmar  e  se  sentir  segura  e
tranquila. Quanto mais movimento a mente absorve, quanto mais ela se sente insegura e
desprotegida,  maior  a  sua  excitação  no  sentido  de  encontrar  uma  proteção  para  esta
sensação de instabilidade. Daí a necessidade de a pessoa realizar a sua compulsão,
arrumar  as  coisas,  ou  de  usar  amuletos,  pois  elas  trazem  a  sensação  de  calma  e
segurança  para  a  mente.  Mas  vejam  que  círculo  vicioso  infernal:  de  repente  algo
acontece que tira esta organização, esta sensação de controle e domínio que a pessoa
tem.
Isto  a  deixa  assustada  e  com  medo,  pois  se  sente  exposta.  Passa  a  sentir  um
sentimento agressivo enorme dentro de si, que é a expressão de seu desejo que "as
coisas" não tivessem saído do lugar. Mais do que isto, volta a sua agressividade interior
para  o  agente  que  alterou  "as  coisas"  da  ordem  que  lhe  alimentava  a  segurança.  Ao
sentir esta agressividade interna, passa a se sentir culpada deste sentimento e, de forma
inconsciente,  volta  a  agressividade  contra  si  mesma  de  forma  real  ou  imaginária.  Aí
aparecem os pensamentos negativos, que são chamados de obsessões, e a sensação
de que algo de ruim vai acontecer. Precisam se proteger, desejam a ordem, e brigam
ainda  mais  por  ela,  aumentando  a  sua  agressividade,  sua  culpa,  os  pensamentos
negativos, o medo, a compulsão, a briga, a agressividade... e assim vai. Para resumir a
conversa,  quanto  maior  o  sentimento  de  insegurança,  maior  a  intolerância  (irritação,
impaciência) para com o movimento, quanto maior a intolerância, maior a agressividade,
a culpa e, consequentemente, a ansiedade, que aumenta a insegurança, que vai gerar a
compulsão, ou seja o ato físico que vai trazer uma sensação de alívio momentâneo, mas
acaba  aumentando  a  sensação  de  insegurança  pela  impossibilidade  de  realizar
completamente  a  compulsão.  A  obsessão  é  o  pensamento  negativo  que  se  repete.  A
compulsão é o ato físico que devolveria a segurança para a pessoa.
Tratar este tipo de transtorno é sempre trabalhoso. Até alguns anos atrás o tratamento
trazia  poucos  resultados,  e  as  pessoas  continuavam  com  as  suas  manias  e
personalidade.  Hoje  o  tratamento  é  duplo,  precisando  a  pessoa  fazer  um  tratamento
químico (medicamentoso) e psicoterápico (terapia cognitiva). A medicação é necessária
para diminuir o grau da ansiedade e para aumentar o grau de energia psíquica para que a
pessoa possa romper o círculo vicioso do pensamento obsessivo. E fazer a psicoterapia
para se reeducar a ser menos intolerante em seus sentimentos mais profundos e diminuir
o  seu  sentimento  de  culpa  e  a  autoagressividade,  com  uma  conduta  reta,  honesta  e
transparente. ("Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por
malandragem.") Os resultados têm melhorado muito, mas dependem fundamentalmente
da  capacidade  de  a  pessoa  mudar  os  sentimentos  internos  de  forma  verdadeira  e
sincera. Os remédios sozinhos acabam não resolvendo o problema.
ANSIOSO
13/09/2015 Ansiedade.com
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Transtorno ansioso
Este é sem dúvida o mais comum e característico transtorno emocional de nossos
tempos.  Como  foi  dito  em  outro  texto,  ansiedade  e  medo  são  parentes  próximos,
originários de uma mesma raiz do funcionamento mental. A característica externa, visível
e fundamental do transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem de que
as  coisas  acabem  rápido,  que  elas  se  concluam.  Isto  acontece  porque  o  sentimento
interior inconsciente é de medo, de pressentimento de que algo de ruim possa acontecer,
que algo não vai dar certo e que por isto ele deve se apressar para que o fato no qual ele
está  envolvido  se  conclua  rapidamente  para  que  ele  possa  se  ver  livre,  aliviado  da
sensação de perigo.
Assim,  os  sintomas  principais  do  transtorno  ansioso  são:  a  inquietação  motora,
sensações de angústia (aperto no peito ou na garganta), sudorese, taquicardia, mal estar
generalizado. A pessoa não consegue ficar parada, às vezes rói unhas, puxa o cabelo,
precisa  ficar  mexendo  em  algo,  permanece  balançando  pernas  e  braços.  Também
podem ser pessoas muito falantes (compulsão para falar) e muita dificuldade de ouvir,
absorver e entender.
Algumas  variantes  dos  sintomas  do  transtorno  ansioso  são:  os  vícios,  os  maus
hábitos, que também são ligados aos transtornos compulsivos, como o vício de fumar
(Descobertas recentes dizem que a nicotina, além de seus malefícios, tem a capacidade
química de uma ação ansiolítica e até antidepressiva.), o vício de comer (Esta já não é
uma descoberta tão recente, a de que o açúcar é um poderoso calmante.), o vício do
álcool  (outra  substância  que,  além  de  causar  danos  à  saúde,  tem  importante  efeito
ansiolítico e antidepressivo momentâneo). Os ansiosos, de forma não voluntária, buscam
o  alívio  para  a  sua  ansiedade  através  do  uso  compulsivo  destas  e  de  outras  drogas
também  (Maconha,  cocaína,  crack,  ópio  e  morfina  também  são  usadas  por  pessoas
muito ansiosas).
O sentimento crônico da ansiedade é muito ruim, e na maioria das vezes
a pessoa não identifica que se trata de uma ansiedade, de um medo, e não consegue dar
uma  razão  lógica,  formal,  para  o  que  está  acontecendo.  Expressões  como  "Medo  do
que?", "Mas como isto está acontecendo se está tudo bem?", ou "Isto não faz sentido."
são muito comuns, e tudo que a pessoa quer é achar um jeito rápido (até por que é típico
do  ansioso)  para  se  livrar  desta  sensação.  Daí  o  uso  de  drogas  ou  outros  métodos
ineficazes que até trazem um alívio imediato, mas que vão cada vez mais aumentando a
ansiedade  da  pessoa.
O  quadro  agudo  da  ansiedade  é  marcado  muito  mais  pela
intensidade  das  sensações  físicas  do  que  pela  percepção  de  qualquer  conflito
psicológico. Os sintomas são os mesmos do que os relatados acima acrescentados de
tontura,  sensação  de  desmaio,  de  morte,  ou  de  que  se  vai  enlouquecer  ou  perder  o
controle  de  tudo.  Quando  estas  sensações  começam  a  se  repetir  com  frequência  o
nome do quadro passa a se chamar Síndrome do Pânico, a tão famosa, que na verdade
é a repetição de crises de ansiedade aguda.
A questão que você deve achar que falta na nossa conversa é: por que é que, afinal
de  contas,  isto  acontece?  Qual  a  origem  do  transtorno  ansioso?  E  eu  vou  dizer  que
existem milhares de explicações, algumas eu já falei em outras partes de nosso site. A
que mais me agrada é aquela que relaciona a ansiedade com a aceleração desarmônica
de nossa mente. "Mente acelerada é mente desequilibrada“ já disse eu mesmo em outras
partes. A vida moderna, urbana, estimula em demasia a nossa mente, e está sempre
exigindo elaboração e raciocínios rápidos, o que desencadeia quadros de ansiedade. A
vontade do indivíduo de achar soluções rápidas também é outro fator desencadeante,
assim  como  o  desejo  de  buscar  e  atingir  objetivos  que  supostamente  trariam
tranquilidade. E quanto mais rápida e desarmônica a mente estiver, maior a sensação de
medo  e  ansiedade.  Quanto  mais  equilibrada,  harmônica  e  coordenada  a  nossa  mente
estiver, maior a sensação de calma e paz de espírito.
Teoricamente  acabei  de  oferecer  uma  solução  para  acabar  com  a  ansiedade:  não
querer nada, não perseguir nada, pelo menos em nível mental, e aceitar as coisas como
são sem se deixar dominar pela ânsia de querer modificá­las. Podemos querer modificar
as coisas, mas não podemos deixar a nossa mente se acelerar por causa disto.
HIPOCONDRÍACO
13/09/2015 Ansiedade.com
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Transtorno hipocondríaco
O transtorno hipocondríaco também é conhecido como a neurose de doenças. O que
acontece neste transtorno é que a pessoa tem uma sensibilidade corporal exacerbada
pelo fato de ser muito centrada em seu próprio corpo. No fundo, o hipocondríaco, como
em todas os outros transtornos, tem uma ansiedade e uma dificuldade muito grande de
entrar em contato com pessoas e situações que ele não se sente controlando, e com isto
vai  cada  vez  mais  centrando  a  sua  atenção  e  percepção  no  próprio  funcionamento
corporal. Assim qualquer alteração fisiológica (mudança do batimento cardíaco, ruídos do
funcionamento  digestivo  e  outros)  é  rapidamente  notada,  e  por  ele  ser  controlador  e
pessimista, interpreta como risco eminente de algo fora de controle e que pode levá­lo á
morte ou a consequências muito graves e irreversíveis. Daí o fato de ele estar tomando
medicações  o  tempo  todo,  ou  pelo  menos  querendo  tomar,  pois  se  acha  e  se  sente
doente, apavorado com o risco de ser uma doença grave e querendo fazer tudo para
eliminar  este  sintoma  que  desencadeia  toda  esta  gama  de  sentimentos.  
A  cabeça  do
hipocondríaco é uma caixa de horrores; ele é capaz de pensar em todas as doenças
graves e terminais por que está sentindo como, por exemplo, uma dor de cabeça.
É mais ou menos assim que ele pensa: "De onde surgiu esta dor de cabeça? Será
que  é  um  tumor?  Acho  que  eu  preciso  fazer  um  exame,  mas  eu  já  fiz  na  semana
passada; então, pode ser um derrame que está acontecendo?" Aí ele vai ao clinico, que
descarta este diagnóstico através de exames, e aí imediatamente surge a possibilidade
de uma outra doença: "Ahhh, então deve ser meningite!!!" E novamente, enquanto ele
não descarta esta possibilidade, a cabeça fica o tempo todo pensando em coisas ruins.
A razão desta neurose é que, embora ela seja uma caixa de horrores, a atenção da
pessoa  se  desvia  da  realidade,  ele  não  percebe,  não  vê,  não  se  importa  com  os
problemas  da  vida  real,  e  fica  o  tempo  todo  centrado  em  seus  sintomas  e  em  seus
pensamentos  funestos.  Assim,  fica  no  seu  mundinho,  que  por  pior  que  seja  já  é
conhecido,  e  não  sente  necessidade  de  evoluir  e  de  crescer  na  vida.  Tal  qual  o
Transtorno  obsessivo  compulsivo,  está  diretamente  ligado  a  quadros  de  ansiedade  e
principalmente  de  depressão.  São  pessoas  profundamente  pessimistas,  lotadas  de
sentimento de culpa que podem ser conscientes ou inconscientes, e que por isso acha
que  merecem  um  castigo  (que  seria  a  doença  tão  temida).  Veem  tudo  sob  uma
perspectiva  sombria,  e  acabam  se  viciando  na  egoísta  e  permanente  atitude  de  só
olharem para o próprio umbigo.
O tratamento desta neurose tem que ser feito através de psicoterapia profunda para
que  a  pessoa  consiga  enxergar  sentimentos  e  conflitos  que  são  os  verdadeiros
desencadeantes de seus sintomas e cismas. Se o pessimismo for profundo e arraigado,
o  uso  de  medicações  antidepressivas  são  essenciais  para  uma  rápida  melhoria  do
quadro.  O  quadro  pode  acontecer  isoladamente  ou  acompanhando  quadros  de
depressão  (onde  chega  ocorrer  o  delírio  hipocondríaco),  ou  do  Transtorno  obsessivo
compulsivo (é muito comum esta associação.) Bom, mas chega de falar dessa neurose,
antes que este calo no meu dedo vire um câncer, ou esta canseira na minha vista se
transforme  em  cegueira,  além  do  que  preciso  tomar  minhas  27  pílulas  pra  não  ficar
doente.
Transtorno histérico
Esta com certeza é a forma mais tradicional, conhecida e falada de neurose. Esta
fama se deve a 2 grandes investigadores da mente humana, que foram Charcot e Freud.
A  histeria  também  foi  a  principal  doença  investigada  por  Freud,  e  que  acabou  dando
origem à psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais:
a  histeria  conversiva  e  a  histeria  dissociativa.  Freud  explica  a  histeria  conversiva  da
seguinte  maneira:  
na  histeria  conversiva  haveria  um  conflito  inconsciente,  uma
ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da
própria  mente  (Superego),  mas  que  contém  uma  energia  que  precisa  se  manifestar  e
acaba  eclodindo  como  um  sintoma  físico  que  mantém  uma  relação  simbólica  com  o
conflito. Está achando complicado? Então eu vou trocar em miúdos. Imagine que você
tem ódio de seu irmão ou de seu pai. Às vezes até com razão; mas imagine também que
você recebeu uma educação super rígida, na qual se ensinou que é muito negativo ter
ódio.  Você  sente  culpa  por  estes  sentimentos  e  acha  que  não  pode  mostrá­los,  ao
mesmo tempo em que seu ódio por seu pai vai aumentado, e você sente (embora não
tenha consciência) que deseja dar um soco nele. De repente pinta o sintoma histérico
conversivo, uma paralisia do braço, não conseguindo mexê­lo e, portanto, não podendo
HISTÉRICO
13/09/2015 Ansiedade.com
http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 11/11
concretizar o seu desejo proibido inconsciente. Acho que agora deu pra entender o que é
a histeria conversiva. E ela pode se manifestar em qualquer parte do corpo (cegueira
histérica,  surdez,  mudez,  paralisias,  parestesias,  anestesias,  dores  de  cabeça  e
qualquer  outro  sintoma  que  não  encontre  razões  orgânicas  e  nos  laboratórios  que  o
justifiquem).
Uma outra maneira de entender o sintoma histérico é saber que as pessoas ansiosas
sentem  com  muita  intensidade  os  estímulos  que  acontecem  ao  seu  redor.  Esta
intensidade faz com que elas não consigam decifrar ou elaborar o que está ocorrendo, o
que  faz  com  que  a  sua  ansiedade  aumente  a  níveis  muito  altos,  tensionando  ou
perturbando  funcionalmente  a  operação  de  órgãos  que,  de  alguma  maneira,  estejam
relacionados com o sistema nervoso central, e só quando a tensão ou ansiedade cede é
que o sintoma desapareceria. Na histeria dissociativa, o estímulo é sentido de forma tão
intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando­a e levando a
pessoa a atos dissociados da realidade que a cercam por mais ou menos tempo. Vamos
ao  exemplo  que  é  bem  mais  divertido:  a  mocinha  que  sobe  na  cadeira  e  grita
desesperada por que viu uma barata. Eis ai uma típica reação histérica dissociativa.
A  barata  é  sentida  como  um  estímulo  intensíssimo,  assustador,  além  de
extremamente nojento e asqueroso, e imediatamente surge a dissociação. Um monte de
atitudes desconexas, que não resolvem a situação e que mesmo assim a pessoa não
consegue impedir. Às vezes estas dissociações são tão fortes que a pessoa entra em
estados transitórios de loucura, as vezes desmaiam, e por aí vai.
A grande "vantagem" da histeria é que a pessoa assume o papel da vítima indefesa
perante a situação, necessitando do dó e da complacência dos outros, que a ajudarão a
superar as dificuldades. O grande mal da histeria é que a pessoa vai incorporando este
sentimento de fragilidade interior que faz com que a pessoa vá se sentindo cada vez
mais  fraca  até  despencar  em  estado  de  depressão.  O  tratamento  da  histeria  é  o  da
psicoterapia:  nesses  casos,  embora  as  medicações  possam  ajudar,  de  forma  alguma
são essenciais no tratamento. A pessoa terá que aprender os seus sentimentos e suas
simbologias  correspondentes  e  aprender  a  lidar  com  eles  de  forma  coordenada.  A
incidência  de  relatos  de  histeria  na  psiquiatria  moderna  caiu  muito,  sendo  hoje  casos
mais passageiros e fugazes.
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Ansiedade: causas, sintomas e como lidar

  • 1. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 1/11 O que é ansiedade e porque ficamos ansiosos? A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do Sistema  Nervoso  Central  consequente  à  interpretação  de  uma  situação  de  perigo.
 Parente  próxima  do  medo  (muitas  vezes  onde  a  diferenciação  não  é  possível),  é distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável, enquanto na ansiedade o fator de estímulo teria características mais subjetivas.
A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e psíquico,  uma  vez  que  tem  claros  sintomas  físicos,  como:  taquicardia  (batedeira), sudorese,  tremores,  tensão  muscular  aumento  das  secreções  (urinárias  e  fecais), aumento da motilidade intestinal, cefaleia (dor de cabeça). Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (crise ansiosa aguda). Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um Neurotransmissor chamado Noradrenalina, que é produzido nas suprarrenais, lócus cerúleos e núcleo amigdaloide. COMPREENDER Como compreender a ansiedade? O nosso sistema nervoso central e a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para usufruir da sensação de repouso e de bem estar.
Quando a nossa  percepção  nos  alerta  para  uma  situação  de  perigo  a  este  estado,  acontece  o estado  ansioso.  Evolutivamente,  faz  muito  pouco  tempo  que  saímos  dos  tempos  da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram constantes. A excitação do sistema nervoso central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta ou para a fuga.
O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de  privilégios,  vantagens,  de  possibilidade  de  concretizar  interesses,  de  vaidade,  são fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em estados  de  desequilíbrio  emocional,  o  simples  contato  com  o  novo,  com  situações inesperadas  e  desconhecidas  são  o  suficiente  para  disparar  estados  ansiosos.
A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das vezes,  acaba  causando  uma  certa  confusão  mental,  uma  ineficiência  da  ação,  um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo, o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso. “Mente  acelerada  é  mente  desequilibrada”.
Este  movimento  impulsivo  de  a  mente  se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir da sensação de repouso e conforto  faz  com  que  ela  se  excite,  e  se  o  problema  não  tiver  uma  solução  mental imediata, como o que acontece na maioria dos casos, teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos. ORIGEM   ANSIEDADE
  • 2. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 2/11 Origens da ansiedade A  primeira  é  que  a  ansiedade  poderia  ter  uma  origem  genética,  ou  seja:  a  pessoa herda de seus ancestrais uma pré­disposição para ter estes sintomas. Nestes casos, as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma criança agitada, às vezes hiperativa, que chora com facilidade e às vezes até com dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A segunda é uma infância carente e problemática, onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe, de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão fazendo com que ela vá se sentindo  insegura  e  exposta  e  vá  gravando  e  condicionando  um  sentimento  de  que coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer momento.
A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle.
O novo, por sua vez, tem a capacidade  de  potencializar  a  sensação  de  medo  no  sentido  de  que  algo  ruim  ou perigoso pode vir a acontecer. É mais ou menos assim, “Tudo que vem de mim é seguro e tudo que vem de fora e não está sob controle é perigoso". É a clássica postura do pessimista,  como  aquele  personagem  dos  desenhos  antigos  de  TV,  a  hiena  Hardy, amiga do leão Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh vida, oh azar, não vai dar certo!" Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também podem desencadear quadros ansiosos importantes, mas não chegariam a  ser  causas específicas. A tentativa de se livrar deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha características  desequilibradas,  desajustadas,  são  causadoras  dos  seguintes transtornos: • Transtorno Obsessivo Compulsivo
 • Transtorno Ansioso • Transtorno Hipocondríaco • Transtorno Histérico • Transtorno Fóbico Como diminuir a ansiedade Primeiro  é  preciso  entender  que  a  ansiedade  é  um  fato  normal  quando  não  é exagerada. A  ansiedade  corresponde  à  excitação  do  neurônio  e  a  sua  necessidade  de descarregá­la. Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contato com situações novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo. Para poder combatê­la, o primeiro passo é identificá­la.O corpo fica tenso, existe uma necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em geral), a respiração está mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas ideias passam pela cabeça de forma acelerada). Algumas vezes a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer. Uma vez identificado este estado deve­se focar na respiração. A frequência respiratória precisa ser diminuída. Deve se inspirar lentamente e encher o pulmão em mais ou menos 75%. Em seguida deve­se expirar e tirar todo o ar do pulmão (inclusive com a ajuda do diafragma), também de forma lenta. A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente. Este  tipo  de  exercício  deve  ser  feito  por  pelo  menos  10  minutos  e  deve­se  tentar manter a cabeça vazia. Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado Os  Yogues  já  sabem  destas  coisas  há  mais  de  3000  anos.  A  ansiedade  é desencadeada por preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a sensação de algo muito ruim vai acontecer. DIMINUIR
  • 3. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 3/11 E que é preciso fazer algo para evitar o pior. Atingir as nossas metas e objetivos. Esta é a hora de parar, quanto maior a nossa pressa para atingir o objetivo, maior a ansiedade. Não se pode ter pressa para atingir objetivo. É como dizem os ditados populares: "O apressado come cru". "Devagar se vai ao longe" É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso que ele seja atingido quando possível e necessário no plano do real, e não na cabeça, o que nos protege é a nossa ação, e não as nossas ideias; portanto, as ideias servem para nos orientar, e não para nos acelerar. Esvazie a cabeça quando estiver ansioso e confie que, de forma lenta, você chegará num ponto de proteção, abra mão mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo. Só até recuperar o equilíbrio. "Mente acelerada é mente desequilibrada" (Isaac Efraim). Se depois de cuidar da respiração e de esvaziar a cabeça você não melhorar, vá para os remédios, talvez eles te ajudem mais. Como tratar a ansiedade Existem 3 tipos de remédios que podem ajudar a controlar e diminuir a ansiedade. Vou tentar falar de cada um deles de forma simples e acessível. Todos eles só podem ser vendidos  sob  prescrição  médica,  exigem  receita  azul,  têm  tarja  preta,  e  podem  até causar dependência. Por isso todo o cuidado é pouco. O  primeiro  tipo  são  os  chamados  ansiolíticos  (dissolução  da  ansiedade)  ou tranquilizantes. São substâncias que anestesiam parcialmente a sensibilidade neuronal, diminuindo a capacidade de excitação emocional. Em altas doses, são usados como pré­ anestésicos. Também podem ser usados para induzir o sono. Servem para combater o sintoma ansiedade, mas não mexem na sua origem. Funcionam como a Novalgina para combater a febre: diminuem o sintoma, mas não resolvem o problema. São muito úteis quando a ansiedade está muito alta ou descontrolada, ou quando provocam insônia. Têm a  desvantagem  de  que  podem  causar  pequena  dependência  física,  importante dependência emocional, e o uso prolongado pode causar tolerância. Os principais efeitos colaterais são: sonolência, cansaço e fraqueza. Se você acha que este tipo de remédio pode te ajudar, você deve procurar um psiquiatra. Ele é o profissional correto para lhe prescrever este tipo de medicação. Clínicos gerais também podem prescrever em casos de  emergência.  O  melhor  exemplo  deste  tipo  de  medicação  é  o  Diazepan  (nome genérico). O  segundo  tipo  de  medicação  para  combater  a  ansiedade  são  alguns  tipos  de antidepressivos. Este tipo de medicação tem dois efeitos sobre a mente humana: por uma  ação  sobre  os  neurotransmissores  cerebrais,  ele  aumenta  o  nível  de  energia psíquica, faz a pessoa se sentir mais forte, diminui a quantidade de preocupações e de medo, aumenta a percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo­a sentir­se mais segura  e,  portanto,  menos  ansiosa.  Esse  efeito  das  medicações  antidepressivas  é fascinante e, se for acompanhado de uma boa psicoterapia, não só permite que a pessoa diminua significativamente (DIMINUA SIGNIFICATIVAMENTE O QUÊ?), como também se torne uma pessoa mais produtiva e bem resolvida. O segundo efeito é uma ação mais direta  sobre  a  ansiedade  propriamente  dita.  Não  causam  dependência  física  e  pouca tolerância. Podem causar alguma dependência emocional. Só podem ser vendidos sob prescrição médica, necessitando o chamado receituário especial. Infelizmente não têm efeito imediato, demorando de 2 a 3 semanas para fazer efeito. Devem ser tomadas por um período mínimo de 4 meses. Têm alguns efeitos colaterais, principalmente nos 10 primeiros  dias.  O  efeito  colateral  mais  chato  é  uma  pequena  diminuição  da  libido  e  o retardo da ejaculação (as vezes isto é uma vantagem!!!) Bons exemplos deste tipo de medicação  são:  Cloridrato  de  Sertralina,  de  Fluoxetina  e  a  desipramina  (nomes genéricos). O  terceiro  tipo  de  medicação  são  os  chamados  tranquilizantes  maiores  ou  anti TRATAR Origem Diminuir Tratar Livrar­se Instinto Morte Ansiedade/Sexo T.O.C. Ansioso Hipocondríaco Histérico Home Transtornos Consultório Profissionais Galeria Blog
  • 4. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 4/11 psicóticos, que devem ser prescritos em casos mais graves, onde a ansiedade atinge picos altíssimos e estão associados a doenças mentais mais graves, com alteração do pensamento  e  até  da  sensopercepção,  ou  por  estados  desencadeados  por  drogas alucinógenas. Como se livrar da ansiedade 1­ Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz, pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e, por consequência, a mente. 2­ Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não está  na  sua  mente,  não  está  no  seu  pensamento,  e  sim  no  fato  em  si.  Quando  for possível, olhe para o novo, procure entendê­lo, aumente as suas informações e o seu conhecimento sobre ele. Não busque referências anteriores, pois isto aumentará a sua ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista), procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue (BRIGUE?) com ela para não pensar na entrevista e em suas consequências. 3­ Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente, e entenda que não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Uma parte de nossa vida tem que entregar a Deus, ao destino, à sorte e... Seja o que Deus quiser... 4­ Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso fazer o melhor que está a nosso alcance, focado, ligado no real. O que está além do nosso melhor esforço não podemos controlar. 5­ Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota. 6­ Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente. Não queira se livrar dela. Não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança, mais  calmamente  ela  irá  embora  e  mais  a  sua  mente  e  acalmará.  Quanto  mais  você tentar se livrar dela, mais ela se tornará ansiedade. 7­ Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o pior vai acontecer, usar a palavra mágica (NÃO SERIA MELHOR "FRASE MÁGICA", OU "FRASES MÁGICAS"): " Seja o que Deus quiser...". " Foda­se..." Resumindo: mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrar­nos da ansiedade, devemos aprender a escapar do domínio e desacelerar a nossa mente. Ansiedade e o instinto de morte A  ansiedade  é  o  desejo  de  acabar,  de  terminar,  de  cessar  a  sensação  física  e psíquica  do  contato  com  a  vida,  com  a  realidade.  Este  desejo  acaba  sendo  o representante do instinto de morte, a única maneira de acabar com esta sensação. A pressa de acabar desemboca no desejo de terminar com a própria vida. Trágico; mas, quando a ansiedade é exagerada, absolutamente verdadeiro. INSTINTO DE MORTE LIVRAR­SE
  • 5. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 5/11 Ansiedade e sexo Muitos  não  sabem,  mas  sexo  é  um  dos  grandes  escapes  de  ansiedade,  um  dos maiores.
No  sexo  acontece  uma  grande  liberação  de  energia,  que  descarrega  a ansiedade; por isto o sexo é tão fundamental para o homem.
A ansiedade sempre afeta a sexualidade humana. Interessante como em casos de muita ansiedade a postura sexual é alterada: alguns ficam mais agressivos, outros totalmente tensos; as mulheres ficam frígidas,  os  homens  têm  ejaculação  precoce,  ou  vontade  de  arrebentar  "aquela vagabunda  na  cama".
A  maior  parte  das  fantasias  sexuais  têm  a  ver  com  o  tipo  de ansiedade que a pessoa tem: alguns têm ansiedade e têm vontade de bater, outros de apanhar  e  por  aí  vai.
Nesta  seção  iremos  ver  onde  e  como  a  ansiedade  afeta  a  vida sexual de homens e mulheres. Boa sorte. Muita gente não entende por que existem pessoas que têm compulsões de ordem sexual.
Os homens são classificados como tarados, galinhas, vigaristas, inadequados e incapazes de amar.
As mulheres são chamadas de prostitutas, vagabundas, promíscuas, não confiáveis, e outros que tais.
A proposta aqui não é defender e nem atacar nenhum tipo  de  comportamento,  muito  menos  de  ordem  sexual,  mas  sim  de  permitir  que possamos entender o nosso comportamento e o das pessoas que estão a nossa volta.
 Como já escrevemos em páginas anteriores, a ansiedade gera um estado de tensão, de retenção muscular, que para algumas pessoas tem um registro semelhante à excitação sexual. Para estas pessoas a tensão está à flor da pele, e qualquer toque físico ou a qualquer estimulação sexual, mesmo que seja da imaginação, desencadeia aquilo que chamamos de tesão, uma reatividade dos órgãos sexuais (o homem fica com o pênis ereto  e  intumescido,  a  mulher  tem  secreções  vaginais,  a  pele  e  bico  do  seios arrepiados),  e  uma  necessidade  compulsiva  de  se  liberar  desta  tensão  através  do orgasmo. É o chamado prazer do alívio.
Ele costuma ser um tesão intenso, mas produz um orgasmo de má qualidade.
Como a pessoa é cronicamente ansiosa, a tensão volta rapidamente,  assim  como  também  volta  a  necessidade  de  estimulação  sexual.
Nesse estado,  as  necessidades  fisiológicas  falam  muito  mais  alto  do  que  qualquer  questão afetiva,  fazendo  ser  meio  indiferente  o  parceiro  ou  parceira.
Para  este  tipo  de  pessoa, quanto  maior  o  seu  estado  de  ansiedade,  maior  a  sua  necessidade  sexual,  maior  a necessidade de descarga de adrenalina (ter o ato sexual em situações ou com pessoas potencialmente perigosas), se masturbar compulsivamente, como formas de aliviar o seu alto grau de ansiedade.
Uma vez que a pessoa trate de sua ansiedade, a sua vida sexual encontrará um equilíbrio e uma qualidade antes jamais conhecidos. Ejaculação precoce Em  primeiro  lugar  é  preciso  definir  este  problema  que  tanto  atormenta  a  vida  dos homens  e  das  mulheres  também  (as  suas  respectivas  parceiras,  evidentemente).
A ejaculação  precoce  fica  definida  quando  o  homem  ejacula  logo  depois  da  penetração sem conseguir o prazer sexual propriamente dito. O homem não tem controle sobre a excitação sexual, que está muito alta em função de superestimulação física e psicológica a qual está submetido. Ele não controla o seu desejo, e de repente toda aquela excitação se  esvazia  como  um  balão  que  vaza  deixando  o  mastro  a  meio  pau  e  o  homem absolutamente envergonhado. Ainda existem os casos intermediários, em que acontece uma  ejaculação  rápida  e  o  homem  até  consegue  a  penetração,  mas  não  consegue controlá­la, não conseguindo esperar que a sua parceira consiga obter o prazer. Por que esta  desgraça  acontece?  O  homem  se  sente  impotente,  começa  a  se  desculpar, repetindo  que  não  entende.  A  mulher  se  sente  culpada  questionando  o  fato  de  não conseguir dar prazer ao homem e não conseguindo ela atingir o orgasmo (a não ser que seja a mulher a jato, ou tenha algum equivalente de ejaculação rápida). A responsabilidade deve ser igualmente dividida. Primeiro, a sensibilidade fisiológica do  homem.  Existem  homens  que  são  neurologicamente  super  sensíveis  e  super reativos: qualquer estimulação física leva a uma hiper reatividade. É como se o pênis fosse  um  copo  meio  cheio  contendo  uma  substância  reagente.  Quando  começa  a estimulação sexual, esta "substância reagente" reage e faz o conteúdo do copo vazar. Este vazamento seria a ejaculação precoce. Para estes tipos de casos é necessário um ANSIEDADE E SEXO
  • 6. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 6/11 tratamento  de  dessensibilização,  que  pode  ser  químico  ou  de  condicionamento.  A dessensibilização química se faz através de medicações que diminuam a ansiedade. O uso de ansiolíticos e de antidepressivos costumam ser muito úteis nestes casos. Existem  inclusive  antidepressivos  que  podem  ser  prescritos  especificamente  para problemas  de  ejaculação  precoce.  A  dessensibilização  através  de  condicionamento  é uma espécie de treino que o casal deve fazer para diminuir a hiper reatividade. A parceira estimula o pênis até o homem dizer que sente que a ejaculação está chegando, ai ela para de estimular, espera as coisas acalmarem e depois inicia novamente. O sexo oral e a  manipulação  do  pênis  são  essenciais  neste  método  que  exige  paciência  e  a colaboração da parceira. Segundo, a ansiedade do homem de impressionar sexualmente a mulher. Todos sabemos que vivemos em uma cultura machista, onde o homem tem a obrigação moral de ter um bom desempenho sexual, que ele deve manter o pênis ereto e satisfazer a mulher total e completamente. Quanto  maior  a  ansiedade  do  homem  de  impressionar  a  mulher,  quanto  mais  ele valorizar  emocionalmente  o  ato  sexual  e  da  conquista,  maior  a  possibilidade  de  ter ejaculação  precoce,  ou  seja,  quanto  mais  quiser  dar  uma  de  gostosão,  maior  a  sua chance de fracassar. Esta é uma ocorrência muito comum entre os machões e homens que gostam de contar proezas sexuais. É fácil de entender: quanto mais ele se gaba, maior  a  sua  responsabilidade  ao  ter  um  novo  encontro  sexual;  afinal,  é  sua  fama  e prestígio que estão em jogo, e com isto a sua ansiedade sobe, e você já sabe: quanto mais  a  ansiedade  sobe,  mais  rápido  o  pênis  desce.  Neste  tipo  de  caso,  o  homem precisará mudar a sua postura de vida e se tornar uma pessoa mais humilde e menos gabola. O relacionamento homem­mulher precisará ser visto como uma consequência natural dos afetos e não como uma conquista. A psicoterapia costuma ser um tratamento de grande valia nestes casos. E finalmente, o terceiro caso, que é quando a mulher gosta de dar uma de gostosona, de "femme fatale" e com isto consegue a proeza de assustar o homem. Homem assustado fica acuado, medroso, ansioso e ou fica impotente ou tem ejaculação precoce. Evidentemente toda mulher gosta de impressionar o homem, mas se ela passar das medidas terá um homem pela metade. Agora grave mesmo é quando os 3 fatores se juntam num único relacionamento. De uma forma geral a ejaculação precoce não é considerada um problema grave. Em adolescentes que se iniciam na vida sexual é considerada uma intercorrência normal (desde que eles consigam dar a 2a. ou 3a.) O tratamento  pode  ser  feito  através  de  remédios,  de  terapia  e  em  casos  graves  até  de intervenções urológicas (o Viagra ajuda), e se fala até em cirurgias. Frigidez Para se entender o que é frigidez é preciso entender que o funcionamento sexual da mulher  é  totalmente  diverso  do  do  homem.  
Na  grande  maioria  das  vezes,  o  papel feminino é um papel receptor, diferente do homem, que tem um papel mais de ataque. A excitação sexual feminina acontece pelo fato de a mulher receber o carinho e, para poder receber, a mulher tem que estar relaxada, confiante e tranquila. Quanto maior o grau de relaxamento da mulher, maior a sua capacidade de ter prazer sexual, e não só o prazer de  alívio  que  a  maioria  das  mulheres  tem.
Quando  a  mulher  está  tensa,  preocupada, acontece  um  movimento  de  retração  involuntária  de  toda  a  musculatura,  criando  um clima interno de tensão, e dificultando o recebimento do carinho e da excitação sexual. Quando o grau de tensão é muito alto, a mulher não consegue a sensibilidade para se abrir  ao  carinho,  e  não  consegue  viver  a  excitação  sexual.  Esta  couraça  muscular funciona  como  uma  camada  de  gelo  que  isola  a  mulher  do  mundo  das  sensações sexuais.  O  medo  que  acompanha  a  ansiedade  aumenta  ainda  mais  a  tensão,  não permitindo o movimento de entrega para se deixar levar pelas forças do prazer. 
A mulher ansiosa e insegura se trava, desconfia do parceiro e com isto vai perdendo a qualidade de seu prazer sexual até chegar à frigidez. Como resolver?
Tratando a ansiedade!!! Impotência sexual masculina Embora cada vez mais os cirurgiões neguem, a principal causa da impotência sexual masculina ainda tem origem nas causas emocionais. Não quero aqui negar a importância de  fatores  orgânicos  como  causa  de  impotência.  É  líquido  e  certo  que  alterações vasculares, mal formações, fugas venosas e outros que tais possam causar quadros importantes de impotência.  Mas  não  resta  dúvida  de  que,  na  maioria  dos  casos  onde este  problema  ocorre,  os  fatores  de  ordem  emocional  são  preponderantes  para causarem  este  problema  emocional.  O  curioso  é  que,  para  entender  a  questão emocional,  precisamos  entender  um  pouco  da  fisiologia  da  ereção  masculina.  A  parte responsável pela ereção masculina no pênis é o corpo cavernoso. O corpo cavernoso é uma espécie de esponja que aumenta ou diminui a sua consistência e portanto a ereção, em função da irrigação sanguínea que recebe. Quanto maior o aporte de sangue, mais a esponja se enche e maior a ereção, quanto menor o aporte de sangue, menos a esponja se  enche  e  mais  fraca  ou  até  inexistente  é  a  ereção.  Então,  para  o  homem  não  ter problemas de disfunção erétil, ele deve ter: um corpo cavernoso que possa se encher
  • 7. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 7/11 sem problemas, artérias que irriguem o corpo cavernoso com um bom diâmetro (sem calcificações ou placas gordurosas) e com boa capacidade de dilatação. Na ansiedade, como já vimos em diversas outras partes do site, ocorre uma liberação importante  de  adrenalina,  que  causa  como  um  dos  efeitos  a  vasoconstricção generalizada  das  artérias.  Com  isso,  as  artérias  do  corpo  cavernosos  sofrem  um estreitamento funcional, o que acaba levando ao esvaziamento da esponja e portanto a perda  da  ereção.  Quando  a  ansiedade  é  um  problema  crônico  e  acontece frequentemente, a vasoconstricção também se repete, e assim o homem vai perdendo cronicamente a ereção. Assim, fica claro que a ansiedade é o principal fator causador da perda da ereção nos homens. Além da ansiedade, a depressão também pode levar a problemas de impotência, mas por mecanismos diferentes. Na depressão, o que acontece é a diminuição da libido, da vontade de ter o ato sexual. Como a pessoa perde a sua sensação de força, de energia, ela  não  sente  vontade  de  ter  a  relação,  e  aí  ela  não  perde  a  ereção:  a  ereção simplesmente  não  acontece,  ou  acontece  de  forma  muito  fraca.
Quando  a  impotência ocorre por causa da ansiedade, remédios como o Viagra podem ajudar e muito, pois eles provocam  uma  vasodilatação  localizada  das  artérias  do  corpo  cavernoso,  criando  a possibilidade de o desejo se manifestar corporalmente, o que não acontece  quando  a causa é a depressão, uma vez que, nesses casos, não existe o desejo. A melhor forma de superar a impotência por causa da ansiedade é combater a ansiedade, e a ansiedade se combate se acalmando, tornando o ambiente do relacionamento do casal tranquilo. Por parte da mulher, ela não deve se sentir culpada pelo que está acontecendo, não ficar aflita, e não ter pressa de resolver o problema. O homem, por sua vez, tem que abrir mão do seu orgulho de machão, compreender que isto ocorre nas melhores famílias, e se não for  capaz  de  superar  a  sua  ansiedade  sozinho,  deve  procurar  um  profissional  que  o ajude a entender e lidar com a sua ansiedade. TOC ­ Transtorno Obsessivo Compulsivo Este  talvez  seja  o  transtorno  mais  difícil  de  explicar,  tal  qual  o  nome  dele.  Vamos começar  descrevendo  os  seus  principais  sintomas,  para  depois  tentar  explicar  o funcionamento mental do indivíduo com este transtorno. O Toc é o chamado transtorno das manias: são aqueles quadros onde as pessoas têm manias. Mania de limpeza é a mais característica, mas ela pode se expressar de muitas outras maneiras. Mania de ordem (a pessoa precisa arrumar as coisas e botá­las (COLOCÁ­LAS SERIA MELHOR AQUI) em ordem, manias de colecionador, superstição (pessoas que precisam bater 3xs na madeira, que só saem com seus amuletos, têm medo do azar e fogem de gato preto), mania de contar as coisas, fazer contas com as chapas de carro, mania de trancar e reverificar  se  trancou  as  portas  e  praticamente  todas  as  outras  manias,  hábitos  (não vícios) que você possa imaginar. A mania fica caracterizada como doença, como transtorno, quando a pessoa tem a necessidade de repetir os seus atos de forma compulsiva, repetidamente. (Ou seja, a pessoa  não  consegue  se  controlar;  o  ato  não  depende  de  sua  vontade:  ela  faz  sem querer ou sem perceber, ou ainda não consegue impedir o ato pela sua vontade. Daí o nome compulsiva, obrigatória.) Aliás, toda as formas de repetição compulsiva podem ser caracterizadas como "manias".
As pessoas que têm estes sintomas costumam ter uma personalidade  muito  própria.  São  pessoas  extremamente  escrupulosas  (têm  uma preocupação na mente de não provocar problemas), costumam ser formais e distantes no  relacionamento,  frios  afetivamente,  podendo  ou  não  ser  pessoas  arrogantes. Costumam ser autoritários quando ocupam postos de liderança, e temerosos e tímidos quando  não  estão  nesta  posição.  Intimamente,  são  medrosos  (embora  não  admitam), fazendo  um  tipo  de  fortes.  Não  costumam  ser  sociáveis,  tendo  poucos  amigos (dependendo  do  grau  da  neurose).  Têm  um  comportamento  normalmente  calmo  ou retraído,  mas  às  vezes  têm  explosões  que  podem  ser  surpreendentes  e  até assustadoras  (pela  agressividade  e  violência).  São  pessoas  metódicas,  às  vezes exageradamente  perfeccionistas,  sendo  que  alguns  são  muito  insistentes,  embora  a maioria  desista  com  facilidade.  Costumam  ser  indecisos.  Controladores,  têm  o sentimento  profundo  de  que,  se  não  cuidarem  de  forma  adequada  das  pessoas  e situações à sua volta, algo de ruim deverá acontecer, e vivem a ilusão de que estão controlando estas situações (pelo menos quando estão equilibradas, pois a sensação de descontrole os deixa profundamente ansiosos e até emocionalmente desequilibrados). Têm um forte sentimento de culpa interior (embora possam não ter consciência disto e nem  culpa  nenhuma),  e  na  hora  das  punições  e  mesmo  das  autopunições  sejam T.O.C
  • 8. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 8/11 exageradamente  cruéis  (inclusive  consigo  mesmos).  Um  caso  curioso  que  tive  no consultório há muitos anos atrás foi de um homem, na faixa dos 40 anos que se queixava de Síndrome do Pânico. Na sua 4a. ou 5a. consulta ele se levanta de sua cadeira, tira uma  chave  de  fenda  do  bolso  e  diz:  "Desculpe,  doutor,  mas  não  consigo  ver  este parafuso  do  interruptor  inclinado.  Eu  preciso  endireitá­lo,  e  depois  da  consulta  quero esconder toda esta bagunça de fios de seus aparelhos eletrônicos. O senhor deixa as coisas em bagunça e isto me incomoda, muito". Evidentemente que, em determinados momentos,  todos  nós  passamos  por  quadro  emocional  semelhante  ou  temos  alguns destes sintomas ou traços deste tipo de personalidade. 
Por que acontece, de onde vem este quadro, é um dos grandes mistérios da psiquiatria, e existem múltiplas explicações. Uma das mais interessantes é a de Freud, que diz que estas pessoas têm sentimentos negativos, pensamentos negativos, uma espécie de tara (e normalmente relacionado a sexo  e  perversão),  se  sentem  culpados  e  sujos  por  estes  sentimentos,  e  daí  a necessidade de limpar e organizar tudo como forma de diminuírem o risco do castigo de que se sentem merecedores, e para tentar compensar o sentimento de sujeira interior.
 Para  mim,  esta  é  uma  explicação  que  faz  muito  sentido,  mas  aí  é  que  eu  queria acrescentar a minha visão. Como vimos nas neuroses, a ansiedade é fator fundamental de sua formação. A ansiedade ocorre por um quadro de superestimulação da mente que está reagindo aos estímulos (movimentos) externos. Por isto, nestes momentos, a mente precisa  da  sensação  do  parado,  do  protegido,  para  se  acalmar  e  se  sentir  segura  e tranquila. Quanto mais movimento a mente absorve, quanto mais ela se sente insegura e desprotegida,  maior  a  sua  excitação  no  sentido  de  encontrar  uma  proteção  para  esta sensação de instabilidade. Daí a necessidade de a pessoa realizar a sua compulsão, arrumar  as  coisas,  ou  de  usar  amuletos,  pois  elas  trazem  a  sensação  de  calma  e segurança  para  a  mente.  Mas  vejam  que  círculo  vicioso  infernal:  de  repente  algo acontece que tira esta organização, esta sensação de controle e domínio que a pessoa tem. Isto  a  deixa  assustada  e  com  medo,  pois  se  sente  exposta.  Passa  a  sentir  um sentimento agressivo enorme dentro de si, que é a expressão de seu desejo que "as coisas" não tivessem saído do lugar. Mais do que isto, volta a sua agressividade interior para  o  agente  que  alterou  "as  coisas"  da  ordem  que  lhe  alimentava  a  segurança.  Ao sentir esta agressividade interna, passa a se sentir culpada deste sentimento e, de forma inconsciente,  volta  a  agressividade  contra  si  mesma  de  forma  real  ou  imaginária.  Aí aparecem os pensamentos negativos, que são chamados de obsessões, e a sensação de que algo de ruim vai acontecer. Precisam se proteger, desejam a ordem, e brigam ainda  mais  por  ela,  aumentando  a  sua  agressividade,  sua  culpa,  os  pensamentos negativos, o medo, a compulsão, a briga, a agressividade... e assim vai. Para resumir a conversa,  quanto  maior  o  sentimento  de  insegurança,  maior  a  intolerância  (irritação, impaciência) para com o movimento, quanto maior a intolerância, maior a agressividade, a culpa e, consequentemente, a ansiedade, que aumenta a insegurança, que vai gerar a compulsão, ou seja o ato físico que vai trazer uma sensação de alívio momentâneo, mas acaba  aumentando  a  sensação  de  insegurança  pela  impossibilidade  de  realizar completamente  a  compulsão.  A  obsessão  é  o  pensamento  negativo  que  se  repete.  A compulsão é o ato físico que devolveria a segurança para a pessoa. Tratar este tipo de transtorno é sempre trabalhoso. Até alguns anos atrás o tratamento trazia  poucos  resultados,  e  as  pessoas  continuavam  com  as  suas  manias  e personalidade.  Hoje  o  tratamento  é  duplo,  precisando  a  pessoa  fazer  um  tratamento químico (medicamentoso) e psicoterápico (terapia cognitiva). A medicação é necessária para diminuir o grau da ansiedade e para aumentar o grau de energia psíquica para que a pessoa possa romper o círculo vicioso do pensamento obsessivo. E fazer a psicoterapia para se reeducar a ser menos intolerante em seus sentimentos mais profundos e diminuir o  seu  sentimento  de  culpa  e  a  autoagressividade,  com  uma  conduta  reta,  honesta  e transparente. ("Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem.") Os resultados têm melhorado muito, mas dependem fundamentalmente da  capacidade  de  a  pessoa  mudar  os  sentimentos  internos  de  forma  verdadeira  e sincera. Os remédios sozinhos acabam não resolvendo o problema. ANSIOSO
  • 9. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 9/11 Transtorno ansioso Este é sem dúvida o mais comum e característico transtorno emocional de nossos tempos.  Como  foi  dito  em  outro  texto,  ansiedade  e  medo  são  parentes  próximos, originários de uma mesma raiz do funcionamento mental. A característica externa, visível e fundamental do transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem de que as  coisas  acabem  rápido,  que  elas  se  concluam.  Isto  acontece  porque  o  sentimento interior inconsciente é de medo, de pressentimento de que algo de ruim possa acontecer, que algo não vai dar certo e que por isto ele deve se apressar para que o fato no qual ele está  envolvido  se  conclua  rapidamente  para  que  ele  possa  se  ver  livre,  aliviado  da sensação de perigo. Assim,  os  sintomas  principais  do  transtorno  ansioso  são:  a  inquietação  motora, sensações de angústia (aperto no peito ou na garganta), sudorese, taquicardia, mal estar generalizado. A pessoa não consegue ficar parada, às vezes rói unhas, puxa o cabelo, precisa  ficar  mexendo  em  algo,  permanece  balançando  pernas  e  braços.  Também podem ser pessoas muito falantes (compulsão para falar) e muita dificuldade de ouvir, absorver e entender. Algumas  variantes  dos  sintomas  do  transtorno  ansioso  são:  os  vícios,  os  maus hábitos, que também são ligados aos transtornos compulsivos, como o vício de fumar (Descobertas recentes dizem que a nicotina, além de seus malefícios, tem a capacidade química de uma ação ansiolítica e até antidepressiva.), o vício de comer (Esta já não é uma descoberta tão recente, a de que o açúcar é um poderoso calmante.), o vício do álcool  (outra  substância  que,  além  de  causar  danos  à  saúde,  tem  importante  efeito ansiolítico e antidepressivo momentâneo). Os ansiosos, de forma não voluntária, buscam o  alívio  para  a  sua  ansiedade  através  do  uso  compulsivo  destas  e  de  outras  drogas também  (Maconha,  cocaína,  crack,  ópio  e  morfina  também  são  usadas  por  pessoas muito ansiosas).
O sentimento crônico da ansiedade é muito ruim, e na maioria das vezes a pessoa não identifica que se trata de uma ansiedade, de um medo, e não consegue dar uma  razão  lógica,  formal,  para  o  que  está  acontecendo.  Expressões  como  "Medo  do que?", "Mas como isto está acontecendo se está tudo bem?", ou "Isto não faz sentido." são muito comuns, e tudo que a pessoa quer é achar um jeito rápido (até por que é típico do  ansioso)  para  se  livrar  desta  sensação.  Daí  o  uso  de  drogas  ou  outros  métodos ineficazes que até trazem um alívio imediato, mas que vão cada vez mais aumentando a ansiedade  da  pessoa.
O  quadro  agudo  da  ansiedade  é  marcado  muito  mais  pela intensidade  das  sensações  físicas  do  que  pela  percepção  de  qualquer  conflito psicológico. Os sintomas são os mesmos do que os relatados acima acrescentados de tontura,  sensação  de  desmaio,  de  morte,  ou  de  que  se  vai  enlouquecer  ou  perder  o controle  de  tudo.  Quando  estas  sensações  começam  a  se  repetir  com  frequência  o nome do quadro passa a se chamar Síndrome do Pânico, a tão famosa, que na verdade é a repetição de crises de ansiedade aguda. A questão que você deve achar que falta na nossa conversa é: por que é que, afinal de  contas,  isto  acontece?  Qual  a  origem  do  transtorno  ansioso?  E  eu  vou  dizer  que existem milhares de explicações, algumas eu já falei em outras partes de nosso site. A que mais me agrada é aquela que relaciona a ansiedade com a aceleração desarmônica de nossa mente. "Mente acelerada é mente desequilibrada“ já disse eu mesmo em outras partes. A vida moderna, urbana, estimula em demasia a nossa mente, e está sempre exigindo elaboração e raciocínios rápidos, o que desencadeia quadros de ansiedade. A vontade do indivíduo de achar soluções rápidas também é outro fator desencadeante, assim  como  o  desejo  de  buscar  e  atingir  objetivos  que  supostamente  trariam tranquilidade. E quanto mais rápida e desarmônica a mente estiver, maior a sensação de medo  e  ansiedade.  Quanto  mais  equilibrada,  harmônica  e  coordenada  a  nossa  mente estiver, maior a sensação de calma e paz de espírito. Teoricamente  acabei  de  oferecer  uma  solução  para  acabar  com  a  ansiedade:  não querer nada, não perseguir nada, pelo menos em nível mental, e aceitar as coisas como são sem se deixar dominar pela ânsia de querer modificá­las. Podemos querer modificar as coisas, mas não podemos deixar a nossa mente se acelerar por causa disto. HIPOCONDRÍACO
  • 10. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 10/11 Transtorno hipocondríaco O transtorno hipocondríaco também é conhecido como a neurose de doenças. O que acontece neste transtorno é que a pessoa tem uma sensibilidade corporal exacerbada pelo fato de ser muito centrada em seu próprio corpo. No fundo, o hipocondríaco, como em todas os outros transtornos, tem uma ansiedade e uma dificuldade muito grande de entrar em contato com pessoas e situações que ele não se sente controlando, e com isto vai  cada  vez  mais  centrando  a  sua  atenção  e  percepção  no  próprio  funcionamento corporal. Assim qualquer alteração fisiológica (mudança do batimento cardíaco, ruídos do funcionamento  digestivo  e  outros)  é  rapidamente  notada,  e  por  ele  ser  controlador  e pessimista, interpreta como risco eminente de algo fora de controle e que pode levá­lo á morte ou a consequências muito graves e irreversíveis. Daí o fato de ele estar tomando medicações  o  tempo  todo,  ou  pelo  menos  querendo  tomar,  pois  se  acha  e  se  sente doente, apavorado com o risco de ser uma doença grave e querendo fazer tudo para eliminar  este  sintoma  que  desencadeia  toda  esta  gama  de  sentimentos.  
A  cabeça  do hipocondríaco é uma caixa de horrores; ele é capaz de pensar em todas as doenças graves e terminais por que está sentindo como, por exemplo, uma dor de cabeça. É mais ou menos assim que ele pensa: "De onde surgiu esta dor de cabeça? Será que  é  um  tumor?  Acho  que  eu  preciso  fazer  um  exame,  mas  eu  já  fiz  na  semana passada; então, pode ser um derrame que está acontecendo?" Aí ele vai ao clinico, que descarta este diagnóstico através de exames, e aí imediatamente surge a possibilidade de uma outra doença: "Ahhh, então deve ser meningite!!!" E novamente, enquanto ele não descarta esta possibilidade, a cabeça fica o tempo todo pensando em coisas ruins. A razão desta neurose é que, embora ela seja uma caixa de horrores, a atenção da pessoa  se  desvia  da  realidade,  ele  não  percebe,  não  vê,  não  se  importa  com  os problemas  da  vida  real,  e  fica  o  tempo  todo  centrado  em  seus  sintomas  e  em  seus pensamentos  funestos.  Assim,  fica  no  seu  mundinho,  que  por  pior  que  seja  já  é conhecido,  e  não  sente  necessidade  de  evoluir  e  de  crescer  na  vida.  Tal  qual  o Transtorno  obsessivo  compulsivo,  está  diretamente  ligado  a  quadros  de  ansiedade  e principalmente  de  depressão.  São  pessoas  profundamente  pessimistas,  lotadas  de sentimento de culpa que podem ser conscientes ou inconscientes, e que por isso acha que  merecem  um  castigo  (que  seria  a  doença  tão  temida).  Veem  tudo  sob  uma perspectiva  sombria,  e  acabam  se  viciando  na  egoísta  e  permanente  atitude  de  só olharem para o próprio umbigo. O tratamento desta neurose tem que ser feito através de psicoterapia profunda para que  a  pessoa  consiga  enxergar  sentimentos  e  conflitos  que  são  os  verdadeiros desencadeantes de seus sintomas e cismas. Se o pessimismo for profundo e arraigado, o  uso  de  medicações  antidepressivas  são  essenciais  para  uma  rápida  melhoria  do quadro.  O  quadro  pode  acontecer  isoladamente  ou  acompanhando  quadros  de depressão  (onde  chega  ocorrer  o  delírio  hipocondríaco),  ou  do  Transtorno  obsessivo compulsivo (é muito comum esta associação.) Bom, mas chega de falar dessa neurose, antes que este calo no meu dedo vire um câncer, ou esta canseira na minha vista se transforme  em  cegueira,  além  do  que  preciso  tomar  minhas  27  pílulas  pra  não  ficar doente. Transtorno histérico Esta com certeza é a forma mais tradicional, conhecida e falada de neurose. Esta fama se deve a 2 grandes investigadores da mente humana, que foram Charcot e Freud. A  histeria  também  foi  a  principal  doença  investigada  por  Freud,  e  que  acabou  dando origem à psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais: a  histeria  conversiva  e  a  histeria  dissociativa.  Freud  explica  a  histeria  conversiva  da seguinte  maneira:  
na  histeria  conversiva  haveria  um  conflito  inconsciente,  uma ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da própria  mente  (Superego),  mas  que  contém  uma  energia  que  precisa  se  manifestar  e acaba  eclodindo  como  um  sintoma  físico  que  mantém  uma  relação  simbólica  com  o conflito. Está achando complicado? Então eu vou trocar em miúdos. Imagine que você tem ódio de seu irmão ou de seu pai. Às vezes até com razão; mas imagine também que você recebeu uma educação super rígida, na qual se ensinou que é muito negativo ter ódio.  Você  sente  culpa  por  estes  sentimentos  e  acha  que  não  pode  mostrá­los,  ao mesmo tempo em que seu ódio por seu pai vai aumentado, e você sente (embora não tenha consciência) que deseja dar um soco nele. De repente pinta o sintoma histérico conversivo, uma paralisia do braço, não conseguindo mexê­lo e, portanto, não podendo HISTÉRICO
  • 11. 13/09/2015 Ansiedade.com http://www.ansiedade.com.br/ansiedade.html 11/11 concretizar o seu desejo proibido inconsciente. Acho que agora deu pra entender o que é a histeria conversiva. E ela pode se manifestar em qualquer parte do corpo (cegueira histérica,  surdez,  mudez,  paralisias,  parestesias,  anestesias,  dores  de  cabeça  e qualquer  outro  sintoma  que  não  encontre  razões  orgânicas  e  nos  laboratórios  que  o justifiquem). Uma outra maneira de entender o sintoma histérico é saber que as pessoas ansiosas sentem  com  muita  intensidade  os  estímulos  que  acontecem  ao  seu  redor.  Esta intensidade faz com que elas não consigam decifrar ou elaborar o que está ocorrendo, o que  faz  com  que  a  sua  ansiedade  aumente  a  níveis  muito  altos,  tensionando  ou perturbando  funcionalmente  a  operação  de  órgãos  que,  de  alguma  maneira,  estejam relacionados com o sistema nervoso central, e só quando a tensão ou ansiedade cede é que o sintoma desapareceria. Na histeria dissociativa, o estímulo é sentido de forma tão intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando­a e levando a pessoa a atos dissociados da realidade que a cercam por mais ou menos tempo. Vamos ao  exemplo  que  é  bem  mais  divertido:  a  mocinha  que  sobe  na  cadeira  e  grita desesperada por que viu uma barata. Eis ai uma típica reação histérica dissociativa. A  barata  é  sentida  como  um  estímulo  intensíssimo,  assustador,  além  de extremamente nojento e asqueroso, e imediatamente surge a dissociação. Um monte de atitudes desconexas, que não resolvem a situação e que mesmo assim a pessoa não consegue impedir. Às vezes estas dissociações são tão fortes que a pessoa entra em estados transitórios de loucura, as vezes desmaiam, e por aí vai. A grande "vantagem" da histeria é que a pessoa assume o papel da vítima indefesa perante a situação, necessitando do dó e da complacência dos outros, que a ajudarão a superar as dificuldades. O grande mal da histeria é que a pessoa vai incorporando este sentimento de fragilidade interior que faz com que a pessoa vá se sentindo cada vez mais  fraca  até  despencar  em  estado  de  depressão.  O  tratamento  da  histeria  é  o  da psicoterapia:  nesses  casos,  embora  as  medicações  possam  ajudar,  de  forma  alguma são essenciais no tratamento. A pessoa terá que aprender os seus sentimentos e suas simbologias  correspondentes  e  aprender  a  lidar  com  eles  de  forma  coordenada.  A incidência  de  relatos  de  histeria  na  psiquiatria  moderna  caiu  muito,  sendo  hoje  casos mais passageiros e fugazes. © 2014 Ansiedade.com Go o Top