SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 97
O doente oncológico em fase 
terminal
Pessoa com uma doença evolutiva irreversível, cuja 
morte é uma consequência directa e para breve. 
LEONE et al (2001) 
Alívio da dor 
Boa ventilação 
A assistência a este doente 
deve ser dada até ao último 
instante de vida 
Compreensão 
Doente terminal
Termo geral para vários crescimentos malignos 
em muitas partes do corpo. 
O crescimento é sem propósito, parasitário, 
invasivo e desenvolve-se às custas de um 
hospedeiro. 
DUNCAN (1995) 
Cancro
Os cuidados prestados a um doente oncológico, que se 
encontra em fase terminal chamam-se cuidados 
paliativos 
“Recurso a preparados analgésicos apoiados por uma 
ajuda espiritual, religiosa, social e psicológica” 
LEONE et al (2001) 
Contribuem para o processo de humanização do acto 
de morrer, melhorando a qualidade de vida do 
paciente em fase terminal
Sintomas mais frequentes: 
Dor 
Anorexia 
Cansaço fácil 
Obstipação 
Astenia 
Perda de peso 
Naúseas 
Depressão 
Dispneia 
Secura da boca 
Odor Tosse
“é uma experiência sensorial e emocional complexa 
desagradável associada a lesões tecidulares reais ou 
possíveis, ou expressada como se essas lesões existissem” 
Centeno (1998;p.85), citando a Associação Internacional para o 
Estuda da Dor 
DOR EM ONCOLOGIA 
“é aquilo que o doente diz que é, ocorre quando ele diz que 
ocorre e magoa tanto como ele diz que magoa.” 
McCaffery
Em 1967, C. Saunders, firmou um termo para 
definir a dor crónica de origem neoplásica: 
D o r f í s i c a 
( c a u s a d a p e l a n e o p l a s i a e m s i , 
e p e l o s t r a t a m e n t o s o n c o l ó g i c o s ) 
D o r e m o c i o n a l 
( m e d o , a n s i e d a d e 
e d e p r e s s ã o ) 
D o r s o c i a l 
( s e p a r a ç ã o p e l a h o s p i t a l i z a ç ã o 
o u m o r t e ) 
D o r e s p i r u t u a l 
D O R T O T A L
Em oncologia a dor: 
subjectiva; 
deve ser entendida como uma sensação somatopsíquica que 
está modulada por uma multiplicidade de elementos distintos 
de indivíduo para indivíduo ; 
é o sintoma mais frequente; 
encontra-se em todas as fases da doença, especialmente 
nas etapas intermédias e avançadas;
a sua frequência depende: 
estádio da doença 
tipo de tumor 
deve-se conhecer a causa da dor para a tratar; 
as causa podem ser: 
invasão directa dos diferentes estruturas que 
provocam a dor (ossos, S.N.C., S.N.P., vísceras, tecidos 
moles e vasos); 
tratamentos aplicados; 
cirurgia.
DOR NO PACIENTE ONCOLÓGICO 
AGUDA - abordagem sintomática (cura com analgesia) 
CRÓNICA - contínua e progressiva à medida que a doença 
evolui, frequentemente esta dor é incapacitante
Classificação Etiopatológica Da Dor 
Oncológica: 
DOR NOCICEPTIVA - dor somática e visceral 
ex. metáteses ósseas; 
cancro do pâncreas
DOR NEUROGÉNICA/NEUROPÁTICA -dor central, 
(estimulação directa do SNC ou SNP) encontra-se em todas as 
fases da doença, 
especialmente nas etapas 
intermédias e avançadas; 
ex. tumores cerebrais com HIC; 
tumores pélvicos
DOR PSICOLÓGICA OU IDIOPÁTICA - dor psicossomática 
ex. sintomas de conversão psiquíca
AVALIAÇÃO DA DOR 
-Tipos de dor e qualidade; 
-localização e irradiação; 
-intensidade; 
-factores que a aumentam ou atenuam; 
-duração e intervalos; 
-presença de outras dores ou outros factores que a influenciam
Tipos e qualidade de dor: 
-dor óssea- severa repentina; 
-dor visceral- dor surda, contínua, profunda e relacionada 
com zona tumural, que agrava à palpação; 
-dor por compressão nervosa- tipo queimadura ou lacerante; 
-dor cerebral- opressiva ou como zumbido, presente de 
manhã ou em momentos de tensão;
-dor cólica- intermitente que ocorre em períodos 
crescentes até ao máximo e volta em intervalos 
regulares; 
-dor muscular ou articular- aparece tipicamente com a 
mobilização de um grupo muscular e localiza-se na zona 
afectada; 
-dor neuropática- deve-se a infiltração tumural de um 
nervo
Localização: 
-em muitos casos o doente é capaz de localizar a 
dor; 
-a dor visceral é mais imprecisa; 
-pode irradiar-se em função das zonas implicadas.
Intensidade: 
-indica se o sintoma está ou não a ser controlado e ajuda a 
estabelecer a terapêutica analgésica; 
-instrumentos de avaliação: 
escala categórica verbal 
escala categórica numérica 
escala analógica visual
Duração da dor e outros factores que 
modificam a sua intensidade: 
-início da dor; 
-instalação espontânea ou lenta; 
-prazo de dias ou semanas ou se surgiu através de um 
movimento e foi instantâneo e intenso; 
-factores psicossociais, impacto emocional...
CLASSIFICAÇÃO DA DOR EM 
PACIENTES ONCOLÓGICOS SEGUNDO 
Foley (1984): 
Grupo I - paciente com dor aguda relacionada com cancro 
Grupo II - pacientes com dor crónica relacionada com cancro 
Grupo IIa - associada à progressão da neoplasia 
Grupo IIb - associada à terapêutica antineoplasica 
Grupo III - pacientes com dor crónica preexistente 
Grupo IV - pacientes terminais com dor de origem neoplásica
Regras clínico-terapêuticas: 
1. Acreditar no paciente; 
2. Analgésicos são apenas parte de todo o tratamento; 
3. A prescrição de analgésicos deve ser contínua; 
4. As doses das drogas devem ser individualizadas; 
5. Prefira a via oral de administração de drogas;
6. A “Escala Terapêutica” da OMS; 
7. Combinar analgésicos com diferentes pontos de actuação 
farmacológica; 
8. Não permita que o seu paciente sinta dores; 
9. Nem toda a dor e responsiva a analgesia; 
10. Não esquecer as medidas adjuvantes.
Analgésicos Mais Comuns 
1. Analgésicos não-opióides; 
antiprostaglandínicos (salicilato, pirazolânico...) 
não-opióide de acção central (acetaminofeno, vitaminol...) 
2. Analgésicos opióides; 
“fracos” - codeína, dextroproxifeno, tramadol 
“fortes” - meperidina, buprenorfina, fentanil, morfina
3. Co-analgesia; 
4. Psicotrópicos -neurolépticos, benzodiazepínicos, 
antidepressivos; 
5. Corticosteróides; 
6. Anticonvulsionantes;
TRATAMENTO DA DOR 
-Tratamento farmacológico; 
-Tratamento não farmacológico
Tratamento farmacológico 
Princípios básicos: 
- assegurar que na equipe exista capacidade, 
conhecimento, atitudes e comunicação adequadas; 
- não esperar que o doente se queixe; 
- diagnosticar com precisão a causa da dor; 
- estabelecer uma estratégia terapêutica e 
objectivos realistas; 
- explicar calmamente ao doente a causa da dor, o 
tratamento a estabelecer, fazendo-o participar nas 
decisões;
- monitorizar o controlo dos sintomas (escalas, registos), 
reavaliar repetidamente; 
- trabalhar em equipe. 
Objectivos: 
- obter analgesia; 
- minimizar os efeitos secundários; 
- proporcionar conforto e melhorar a qualidade de vida
Tratamento de acordo com o tipo de dor 
- Dor nociceptiva -> anti-inflamatórios, analgésicos de acção 
periférica e analgésicos de acção central; 
- Dor visceral -> analgésicos de acção periférica, anti-espasmódicos 
e analgésicos de acção central e adjuvantes se 
necessário; 
- Dor nervosa -> analgésicos de acção periférica, 
anticonvulsionantes (carbomazepina), antidepressivos 
tricíclicos e outros adjuvantes
Tratamento não farmacológico 
Objectivos: 
- diminuir a intensidade da dor; 
- aumentar o nível de tolerância à dor; 
- romper o círculo dor-mal-estar-dor; 
- reforçar a auto-estima e a autonomia; 
- permitir a participação da família; 
- dotar o doente e família de mais recursos para 
controlar a situação dolorosa; 
- reforçar a relação doente/cuidador.
Tratamento não farmacológico: 
- Informação sobre a dor -> como profissionais de saúde 
devemos manter uma comunicação total com o paciente 
oncológico, fazendo ao doente o ensino sobre técnicas de 
autocontrole; 
- Medidas ambientais organizativas -> medidas que 
visam aumentar a tolerância à dor, mediante o respeito 
pelo seu ritmo de actividades quotidianas e a consecução 
do máximo conforto, tais como: 
->favorecer o descanso e relaxamento tanto durante 
o noite como nalguns momentos do dia para evitar fadiga; 
-> adaptar a medicação às necessidades e desejos do 
doente;
-> adaptar a dieta à situação e necessidades do doente; 
-> adaptação e flexibilidade dos horários de visitas, 
atendendo à particularidade de cada caso; 
-> adaptação dos espaços físicos; 
-> promoção da integridade e participação familiar; 
-> promoção de distracções e actividades lúdicas; 
-> as nossas atitudes como profissionais de saúde e a 
relação que estabelecemos com os pacientes também 
influenciam a experiência da dor e de outros sintomas.
- Medidas físicas -> para alívio da dor, favorecer a 
aproximação do cuidador ao doente e fornecer formas 
de comunicação através do relaxamento corporal, tais 
como: 
- aplicação de calor e frio; 
- aplicação de mentol; 
- massagens suaves; 
- mobilizações activas e passivas; 
- estimulação nervosa eléctrica e transcutânea 
- Medidas de relaxamento psicológico
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO 
DOENTE COM DOR ONCOLÓGICA: 
1. Avaliação da dor do doente, verificando com ele a 
localização,a intensidade, as características, início e 
duração; 
2. Administrar analgésicos prescritos a horas fixas; 
3. Reduzir o estímulo doloroso sempre que possível; 
4. Alterar a percepção da dor;
5. Adoptar medidas complementares para tratamento da 
dor; 
6. Estabelecer uma comunicação adequada: 
- com o doente demonstrando interesse por ele e pelas 
suas queixas; 
- com a família, fornecendo-lhe a informação 
necessária; 
- com a equipe, devendo a informação que fornece ao 
doente estar de concordância com a dos demais colegas, 
estabelecendo objectivos consensuais; 
7. Monitorizar a resposta do doente à analgesia.
O cancro e a Nutrição/ 
Desnutrição
O Impacto do cancro na nutrição depende 
de: 
Tipo de cancro; 
Localização; 
Alterações do metabolismo; 
Perda de Peso; 
Anorexia;
A Terapia Nutricional tem como 
objectivos: 
Atingir e manter o peso desejável; 
Diminuir sintomas decorrentes da doença e 
tratamento, através da adaptação dos alimentos ou 
métodos de alimentação; 
A desnutrição compromete a terapêutica 
e a qualidade de vida
Caquexia 
Alterações metabólicas; 
Anorexia; 
Náuseas e Vómitos; 
Secura da boca; 
Perda de paladar e olfacto 
Ansiedade; 
Disfagia;
Alterações do Metabolismo 
O metabolismo da glicose e lípidos sofre 
alterações: 
Intolerância à glicose com resposta de insulina 
diminuída; 
Predomínio do metabolismo Anaeróbio- Ciclo de Cori 
Gliconeogenese Hepática Aumentada; 
Aumento da Lipólise 
Perda de Massa magra
Anorexia 
Depressão; 
Produção de neurotransmissores- suprimem o apetite; 
Estimulação de glicorreceptores por hiperglicémia 
e elevação do ácido lácteo- diminui o apetite 
Alteração do paladar e olfacto;
Anorexia 
Acções de Enfermagem: 
Ter em conta as preferencias do doente; 
Ingerir pequena quantidades de líquidos e nutrientes após 
longos períodos de jejum ou crise de vómitos; 
Evitar atitudes autoritária por parte de familiares 
/profissionais; 
Proporcionar exercício leve ou uma pequena caminhada antes da 
refeição;
Anorexia 
Acções de Enfermagem: 
Após uma crise vómitos explicar ao doente a possível 
existência de “aversão induzida”; 
Proporcionar um ambiente calmo e agradável; 
Misturar e esconder sabores desagradáveis; 
Alterações na forma e ritmo da oferta 
das refeições, podem minorar os 
sintomas desagradáveis.
Diarreia 
Infecção; 
Terapêutica oncológica 
Acções de Enfermagem: 
Ingestão de alimentos obstipantes; 
Proporcionar uma boa hidratação; 
Ingestão de alimentos ricos em K+;
Obstipação 
Terapêutica ( ex.: codeína) 
Insuficiente ingestão de líquidos; 
Imobilidade; 
Diminuição do 
peristaltismo 
Acções de Enfermagem: 
Ingestão de alimentos ricos em fibras ; 
Aumento da ingestão de líquidos; 
Estimular a mobilização; 
Uso de laxantes, clisteres e enemas, se necessário;
Náuseas e Vómitos 
Quimioterapia; 
Radioterapia; 
Fármacos; 
Ansiedade; 
Irritação Gástrica;
Náuseas e Vómitos 
Acções de Enfermagem: 
Identificar as características e intensidade 
dos vómitos; 
Identificar sinais de desidratação, fraqueza e 
prostração; 
Fazer o balanço hídrico; 
Descansar após as refeições; 
Ingerir alimentos à temperatura ambiente; 
Evitar alimentos com grande teor em gorduras;
Secura da Boca 
Desidratação; 
Radioterapia local; 
Terapêutica; 
Acções de Enfermagem: 
Limpeza e hidratação oral; 
Ingestão de alimentos que estimulem a salivação ( sumos 
de frutas, batidos, rebuçados, pastilhas...)
Disfagia 
Alt. Neurológicas; 
Obstrução mecânica; 
Infecções orais; 
Acções de Enfermagem: 
Proporcionar alimentos moles em doses pequenas e 
fraccionadas; 
Proporcionar cuidados de higiene oral;
Quando o doente não se consegue 
alimentar 
Terapia Nutricional Artificial 
Nutrição Enteral; 
Nutrição Parentral;
Nutrição Enteral: 
A dieta deve ter em conta as necessidades do 
utente; 
AAccççõõeess ddee EEnnffeerrmmaaggeemm:: 
Manutenção da sonda; 
Preparar e armazenar as soluções correctamente; 
Administrar de forma lenta e cuidadosa; 
Estar atento aao surgimento de estase 
gástrica , distênção abdominal, dor, obstipação 
e diarreia;
Nutrição Parenteral: 
Quando não é possível uma nutrição entérica; 
Instalação de um cateter central 
Técnica asséptica 
O cateter também pode ser utilizado para Radioterapia;
Nutrição Parenteral: 
AAccççõõeess ddee EEnnffeerrmmaaggeemm:: 
Vigiar sinais de infecção; 
Cuidados relativamente à dieta a administrar; 
O fim deste tipo de nutrição, é ditado pelo 
quadro clínico do doente.
Segundo Sotto-Mayor cuidados terminais são: 
Cuidados dispensados ao doente quando já não é possível 
melhorar o prognóstico fatal da sua doença, ou da sua 
situação clínica, com os métodos terapêuticos acessíveis; 
Cuidados de saúde quando a morte se aproxima.
Os doentes têm o direito a cuidados de saúde 
terminais humanizados, e a morrer com 
dignidade 
Requisito: 
Que sejam criados os meios necessários
Os cuidados ao doente oncológico em fase terminal, 
devem estar organizados em três fases: 
Histórico de Enfermagem 
Desenvolvimento de um plano 
de cuidados e/ou actividades 
Avaliação da situação
Histórico de Enfermagem: 
Deve incluir uma boa anamnese onde pesquisam 
dados relativos a: 
Dados pessoais História Clínica 
Capacidades funcionais e realização de actividades da 
vida diária 
Estado nutricional 
Dor 
Medicação
Os registos precisos, claros e 
concisos são da máxima 
importância pois permitem 
estabelecer futuras comparações 
e fornecer informações 
importantes aos restantes 
membros da equipa
Planeamento: 
Esta fase, inicia-se após a identificação dos problemas 
e necessidades tanto do paciente como da sua família 
É necessário considerar os seguintes factores: 
Ajudar o doente e família a identificarem problemas 
específicos 
Ajudar o doente e família a identificarem os serviços ou 
recursos necessários 
Estabelecer o estado económico do doente
Elaborar o plano de cuidados em conjunto com o 
paciente e família 
Obter o consenso do doente e família para obter 
os recursos necessários 
Estabelecer critérios de avaliação do plano realizado
Avaliação 
Trata-se de verificar os resultados do 
plano de cuidados executado. 
Mediante os critérios de avaliação estabelecidos na fase 
anterior pode acontecer esta ser 
Positiva Negativa
Melhor 
qualidade 
de vida 
Hospital 
Domicílio do doente 
com familiares 
com amigos 
com pessoal de 
saúde 
Grande desafio físico e emocional
Programação da alta 
É fundamental antecipar alguns problemas que poderão surgir 
Família preparada para enfrentar esses problemas 
IMPORTANTE: 
Dialógo entre: 
 doente 
 família 
 pessoal de saúde
Questionar o doente: 
Existe vontade em ir para casa? 
Tal decisão desperta-lhe receios?(sobrecarga 
para a família; insegurança face a problemas 
clínicos intercorrentes,...) 
Conflito de sentimentos: 
Desejo de ter alta 
Insegurança face ao apoio domiciliário 
Pessoal de saúde hospitalar: 
Esclarecer as duvidas 
Transmitir confiança
Estabelecimento de um plano de controlo 
sintomático do doente no seu domicílio 
( queixas actuais e previsíveis no futuro) 
Prever a sua Exequibilidade: 
• Existe capacidade física e emocional 
dos familiares para o acompanhar, tendo 
em conta que pode durar desde semanas 
a meses.
Questões face à exequibilidade do plano proposto 
Existe espaço suficiente? 
A família tem capacidade física? 
Existe disponibilidade de um ou mais familiares para essas tarefas? 
Existe condições de privacidade 
Os familiares estão preparados psicologicamente?/ São 
capazes de dar apoio psicológico? 
Existem estruturas de saúde na área de residência 
do doente?
É importante que o doente e a sua familia saibam que: 
Não estão a esquivar-se 
ao seguimento do doente 
Médico/pessoal de 
saúde hospitalar 
Continuam disponíveis para apoiar o 
doente, seus familiares e os 
profissionais de saúde que vão seguir o 
doente
Médico de família e 
pessoal de enfermagem 
do C.S. 
Os mais bem posicionados 
para a prestação de 
cuidados se saúde a estes 
doentes 
Terapêutica Paliativa 
comunicação 
Pessoal hospitalar Pessoal do C.S. 
Desde o início da doença 
O doente deve manter 
consultas no seu centro de 
Saúde
Médico de família Terapêutica paliativa 
Conhecimentos 
Prática 
Diversidade 
Complexidade 
dos problemas
O ideal seriam as equipes multidisciplinares para seguir o 
doente terminal no seu domicilio: 
doente 
• familiares 
• amigos 
Médico de família 
Pessoal de enfermagem 
• Fisioterapeuta 
•Terapeuta ocupacional 
• Psicólogo 
• Assistente social 
• Assistente espiritual 
• Nutricionista 
• Oncologista 
• Especialista na terapêutica 
No entanto não existem edsat adso restruturas pelo que 
grande parte dos problemas são colmatados pelos 
técnicos de saúde dos C.S.
Ao planear-se a alta : 
Equipe médica + enfermagem + assistente social 
Apoiar familiares para obter material necessário (cama 
articulada, oxigenoterapia, aspiradores...) 
Transporte no dia da alta 
Rever rotinas diárias 
Necessidades do doente e o modo de as suprimir
A família deve ser integrada na equipe de enfermagem para 
assistir o modo como se presta os cuidados ao doente: 
Mobilizações, prevenção de escaras; 
Cuidados de higiene... 
Administração de medicamentos 
O doente deve ter: 
plano minucioso da medicação prescrita, da dieta e 
de outros cuidados propostos. 
informação escrita detalhada do seu estado clínico 
Lista de problemas actuais 
médico responsável no hospital e a quem vai ser 
referenciado
Em casa: 
O doente deve escolher o local e o modo como vai ficar 
acomodado 
Se tiver naúseas e vómitos afastar-se da cozinha 
Importante ficar perto da casa de banho 
se o doente quiser ter papel activo na vida familiar 
poder-se-á colocar a cama na sala 
Papel fundamental do médico de família e do 
enfermeiro de família no aconselhamento
Considerar cada sintoma como genuíno e valorizado como tal 
Até prova em contrário, a queixa do doente tem causa física 
Dar especial relevo ao diálogo equipe de saúde/doente 
O doente está frequentemente polissintomático (sintomas 
moderados/ graves)
Em geral o doente toma mais que um fármaco pelo que se 
deve fazer um plano escrito minucioso da terapêutica 
instituida e da cronologia da sua aplicação 
Fármaco Indicações 
Dexametasona 
Naproxeno 
Opiáceos 
Acetato de megestrol 
Metoclopramida 
Codeína 
Clorpromazina 
Anorexia, astenia, fadiga, 
depressão, dispneia,dor 
Dor 
Dor, dispneia, tosse, 
ansiedade 
Anorexia, perda de peso 
Naúseas, vómitos 
Tosse irritativa, dor 
Ansiedade, naúseas, dispneia
Efeitos secundários mais frequentes 
diarreia 
tonturas 
dispneia 
sonolência 
desconforto abdominal 
naúseas 
alterações visuais 
obstipação 
cefaleias 
euforia 
depressão respiratória
Em cada visita médica: 
- Avaliação dos progressos alcançados 
- Fazer eventuais ajustes 
terapêuticos 
Tendo sempre em atenção se o 
doente está a comprir e a 
aderir bem á terapêutica
Ainda em relação à terapêutica: 
 preferir a via oral 
 antecipar os eventuais efeitos colaterais de modo a 
preveni-los 
 Ter em atenção: 
• idade; 
• Estado proteíco; 
• Função cardíaca, renal, hepática 
• outros parâmetros que possam influenciar a 
eficácia da terapêutica 
 procedimentos invasivos só se outras medidas não 
resultarem 
 deve-se sempre ponderar entre os beneficios e os efeitos 
indesejáveis
A comunicação entre técnicos de saúde e doente/família é 
muito importante, devendo-se estabelecer uma linguagem 
de equipe. 
• determinar o grau de conhecimentos que o doente e 
família têm sobre a doença. 
Evitar deturpação de 
factos 
• Deve-se nomear um “porta voz” 
Certificar-se que o indivíduo tem 
competências 
No entanto toda a informação prestada deve ficar registada
Cuidados ao doente que está a morrer 
Interromper qualquer terapêutica não necessária ao alívio 
sintomático 
Evitar qualquer exame complementar 
Instituir a terapêutica sintomática necessária “sem receios” 
Em caso de eficácia, não interromper a terapêutica paliativa, 
mesmo em face de alterações do ritmo respiratório, sedação 
marcada ou hipotensão 
Avisar os familiares do fim próximo do doente 
(colorário de uma preparação anterior) = não esquecer o apoio 
posterior
Sinais de morte: 
Paragem respiratória 
Paragem cardíaca 
Ausência de pulso, TA, reflexos 
Midríase fixa 
Embaciamento da córnea 
Amolecimento do globo ocular 
Arrefecimento do corpo 
Rigor mortis
Cuidados post-mortem 
A finalidade destes cuidados é, para além de prestar uma 
última homenagem, continuar a respeitar a sua originalidade 
e personalidade. 
Deve tentar respeitar-se a última vontade de quem 
partiu, conciliando-a com a dos familiares.
De um modo prático, quando se detecta a morte do 
paciente, deve-se: 
- colocá-lo em decúbito dorsal 
- não utilizar substâncias desodorizantes 
- fazer múmia 
- identificar o cadáver
A situação pela qual o doente canceroso, em fase 
terminal, passa, representa um enorme desafio para a 
Enfermagem. 
Assim, alguns diagnósticos são passíveis de serem 
elaborados, embora não se resumam aos apresentados: 
Alteração da NHB de segurança, relacionada com a mudança 
do estado de saúde (ou risco de morte/preocupações socio-económicas), 
manifestada por: 
sentimentos de inadequação insónia 
desespero comportamentos de auto - referência 
medo
Alteração da NHB de abrigo, relacionada com a percepção da 
perda da vida e pessoas significativas manifestada por: 
raiva tristeza 
retraimento mudança dos padrões alimentares e de sono 
Alteração da NHB de repouso, relacionada com dor, 
manifestada por: 
insónia; desconforto; 
queixas verbais; máscara de dor.
Segundo TABER (2000), é importante que “todos os 
membros da equipa trabalhem em colaboração uns com os 
outros e também com o paciente e sua família” 
É da competência do membro de Enfermagem: 
Psicologicamente : 
Instruir o paciente e família sobre o processo de doença, 
seu progresso, tratamento e desfecho 
Apoiar o paciente e sua família 
Incentivar o paciente e família a verbalizar os seus temores 
Diminuir o grau de temor pela doença e sua impotência
Fisicamente: 
Manter o equilíbrio de líquidos e electrólitos 
Manter o estado nutricional 
Manter a eliminação 
Manter uma higiene pessoal o mais cuidada possível
“É essencial que as enfermeiras que trabalhem com 
pacientes terminais estejam conscientes dos seus 
próprios temores e sentimentos relacionados à 
morte e à agonia da morte” 
Assim, as filosofias de vida e as 
próprias experiências afectam 
directamente o modo como um 
enfermeiro lida com o seu 
doente 
TABER (2000)
Durante a relação enfermeiro/paciente, este último 
espera encontrar determinadas atitudes no primeiro. 
São elas: 
Compaixão – sentimento envolto de ternura, compreensão e 
desejo de ajudar 
Integridade – que compreende honestidade, 
responsabilidade e confiabilidade 
Mutualidade – é o saber compartilhar, estar aberto e sem 
preconceitos
Constância – é a persistência, confiança, disponibilidade e 
responsabilidade 
Positivismo – é o apoiar, incentivar e restaurar a 
vitalidade e força interior do doente, levando sempre 
em consideração a realidade e gravidade da doença 
Espiritualidade – é o respeito pela dimensão espiritual 
de cada doente 
Escuta activa – é o saber ouvir (muito mais do que falar) 
aquilo que o doente tem a expressar 
Relação horizontalizada – é saber trocar de lugar com o 
doente e imaginar o que ele sofre e sente nesse momento
É o acto de, 
invocando 
compaixão, matar 
intencionalmente 
Voluntária 
uma pessoa Involuntária 
- Activa 
- Passiva 
Embora o termo eutanásia seja usado 
indiscriminadamente, há ainda o chamado 
suicídio assistido 
Eutanásia
Suicídio Assistido 
Usa-se este termo, quando uma 
pessoa ajuda outra a acabar com a 
própria vida 
Distanásia (intensificação terapêutica ou obstinação 
terapêutica) 
Consiste em atrasar o mais possível o momento da 
morte usando todos os meios, ainda que não haja esperança 
alguma de cura. Não há intenção de debelar ou diminuir a 
doença, mas assiste-se à satisfação do pedido de familiares 
que não querem que o paciente morra ou com vista à 
experimentação médica.
“Cuando creé que estaba aprendiendo a vivir, no 
estaba sino aprendiendo a morrir.” 
Leonardo da Vinci
Bibliografia 
OTTO, Shirley E.; “Enfermagem em Oncologia”; 3ª 
edição; Loures; Lusociência; 2000; ISBN: 972 – 8383 – 
12 – 6 
PHIPPS et al; “Enfermagem Médico Cirúrgica – 
conceitos e prática”; 2ª edição; Lisboa; Lusididacta; 
1999 
TABER; “Dicionário Médico Enciclopédico”; 1ª edição; 
São Paulo; Lusodidacta; 2000; ISBN: 85 – 204 – 0940 - 7
DUNCAN, Helen A. et al; “Dicionário para Enfermeiros e 
outros Profissionais de Saúde”; 2ª edição; São Paulo; 
Andrei; 1995 
“Dicionário de Bioética”; São Paulo; Editora Santuário; 
2001; ISBN: 972 – 563 – 266 - 4 
SOTTO – MAYOR, Renato; “O papel do médico de 
família no tratamento do doente oncológico terminal”; 
Revista de Pneumologia Portuguesa; Vol.III; nº 6 ; 
1997;
ESTEVES, Raquel M.; “Cuidar em Oncologia”; 
Divulgação – Revista de Enfermagem Oncológica”; 
ano IX; nº34; Porto; Abril/95; pág. 7 - 12 
SOUSA, Paulino Artur Ferreira de; “A morte e o 
processo de morrer”; Enfermagem Oncológica; ano 
1; Porto; Abril/97; pág. 23 – 29; ISBN: 0873 – 5689 
PACHECO, Francisco; “A morte a que chegamos” 
Divulgação – Revista de Enfermagem Oncológica”; 
ano XI; nº23; Porto; Julho/92; pág. 24 - 28
SCHWARTSMANN, Gilberto; “Oncologia ´Clínica – 
princípios e prática”; Porto Alegre; 1991 
ESTEVES, M. Raquel; “Comunicação e Cancro”; 
Divulgação – Revista de Enfermagem Oncológica; ano 
VI; nº23; Porto; Julho/92; pág. 3 - 8 
COUVREUR, Chantal; “A Qualidade de Vida – arte 
para viver no século XXI”; Loures; Lusociência; 2001; 
ISBN: 972 – 8383 – 21 – 5
ABIVEN, Maurice; “Para uma Morte Mais Humana – 
experiência de uma unidade de cuidados paliativos”; 2ª 
edição; Loures; Lusociência; 2001; ISBN: 972 – 8383 – 
25 – 8 
“Interface da Medicina Legal e da Bioética” ; Selecção 
de textos do Professor Doutor J. Pinto da Costa; 2001

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...Gesaworld do Brasil
 
Apresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimariaApresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimariaMarcos Nery
 
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDEINTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDEValdirene1977
 
Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)Cláudia Sofia
 
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaAula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaGhiordanno Bruno
 
Gestão de Qualidade em Serviços de Saúde
Gestão de Qualidade em Serviços de SaúdeGestão de Qualidade em Serviços de Saúde
Gestão de Qualidade em Serviços de SaúdeAlex Eduardo Ribeiro
 
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)JONAS ARAUJO
 
Reforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoReforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoLuanapqt
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaRuth Milhomem
 
Práticas Integrativas e Complementares no SUS
Práticas Integrativas e Complementares no SUSPráticas Integrativas e Complementares no SUS
Práticas Integrativas e Complementares no SUScomunidadedepraticas
 
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimaraDor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimaraemaildocavalcante
 

Mais procurados (20)

Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
 
Rede cegonha 24022011
Rede cegonha 24022011Rede cegonha 24022011
Rede cegonha 24022011
 
Apresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimariaApresentacao politicanacional atencaoprimaria
Apresentacao politicanacional atencaoprimaria
 
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDEINTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
 
Aula 2 saúde e doença
Aula 2   saúde e doençaAula 2   saúde e doença
Aula 2 saúde e doença
 
Cuidados paliativos
Cuidados paliativosCuidados paliativos
Cuidados paliativos
 
Como organizar um Grupo de Trabalho de Humanização
Como organizar um Grupo de Trabalho de HumanizaçãoComo organizar um Grupo de Trabalho de Humanização
Como organizar um Grupo de Trabalho de Humanização
 
Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)
 
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaAula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
 
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEMSAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
 
2 aula oncologia fisiologia
2 aula oncologia fisiologia2 aula oncologia fisiologia
2 aula oncologia fisiologia
 
Educação popular em saúde
Educação popular em saúdeEducação popular em saúde
Educação popular em saúde
 
Gestão de Qualidade em Serviços de Saúde
Gestão de Qualidade em Serviços de SaúdeGestão de Qualidade em Serviços de Saúde
Gestão de Qualidade em Serviços de Saúde
 
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
 
Anestesia
AnestesiaAnestesia
Anestesia
 
Reforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoReforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidação
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
 
Práticas Integrativas e Complementares no SUS
Práticas Integrativas e Complementares no SUSPráticas Integrativas e Complementares no SUS
Práticas Integrativas e Complementares no SUS
 
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimaraDor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
 
Saúde da Mulher
Saúde da MulherSaúde da Mulher
Saúde da Mulher
 

Destaque

Paciente em fase terminal
Paciente em fase terminalPaciente em fase terminal
Paciente em fase terminalRodrigo Abreu
 
Manual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISA
Manual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISAManual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISA
Manual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISAevandroFREITAS
 
Manual de Limpeza e Desinfecção
Manual de Limpeza e DesinfecçãoManual de Limpeza e Desinfecção
Manual de Limpeza e DesinfecçãoGeneral Clean
 
Manual de Limpeza de Carpetes
Manual de Limpeza de CarpetesManual de Limpeza de Carpetes
Manual de Limpeza de CarpetesGeneral Clean
 
Procedimento De Limpeza
Procedimento De LimpezaProcedimento De Limpeza
Procedimento De Limpezapaimvv
 
Morte e luto
Morte e lutoMorte e luto
Morte e lutonu9000
 
Sobre A Morte E O Morrer
Sobre A Morte E O MorrerSobre A Morte E O Morrer
Sobre A Morte E O Morrerkack
 
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISAManual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISAredeamb
 
Manual Higiene e Desinfecção Hospitalar
Manual Higiene e Desinfecção HospitalarManual Higiene e Desinfecção Hospitalar
Manual Higiene e Desinfecção HospitalarGeneral Clean
 
higiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacientehigiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacienteViviane da Silva
 

Destaque (14)

Paciente em fase terminal
Paciente em fase terminalPaciente em fase terminal
Paciente em fase terminal
 
O doente em fase terminal
O doente em fase terminalO doente em fase terminal
O doente em fase terminal
 
Manual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISA
Manual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISAManual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISA
Manual de limpeza e desinfecção de superficies ANVISA
 
Manual de Limpeza e Desinfecção
Manual de Limpeza e DesinfecçãoManual de Limpeza e Desinfecção
Manual de Limpeza e Desinfecção
 
Manual de Limpeza de Carpetes
Manual de Limpeza de CarpetesManual de Limpeza de Carpetes
Manual de Limpeza de Carpetes
 
Procedimento De Limpeza
Procedimento De LimpezaProcedimento De Limpeza
Procedimento De Limpeza
 
SOBRE A MORTE E O MORRER
SOBRE A MORTE E O MORRERSOBRE A MORTE E O MORRER
SOBRE A MORTE E O MORRER
 
Luto
LutoLuto
Luto
 
As fases do luto
As fases do luto   As fases do luto
As fases do luto
 
Morte e luto
Morte e lutoMorte e luto
Morte e luto
 
Sobre A Morte E O Morrer
Sobre A Morte E O MorrerSobre A Morte E O Morrer
Sobre A Morte E O Morrer
 
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISAManual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
 
Manual Higiene e Desinfecção Hospitalar
Manual Higiene e Desinfecção HospitalarManual Higiene e Desinfecção Hospitalar
Manual Higiene e Desinfecção Hospitalar
 
higiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacientehigiene e conforto do paciente
higiene e conforto do paciente
 

Semelhante a O doente oncológico em fase terminal

Enfermeiro na atenção à dor e luto
Enfermeiro na atenção à dor e lutoEnfermeiro na atenção à dor e luto
Enfermeiro na atenção à dor e lutoRodrigo Bastos
 
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaSedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaKaká Quadros
 
Sedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaSedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaRenato Bach
 
Assistência de Enfermagem na dor
Assistência de Enfermagem na dorAssistência de Enfermagem na dor
Assistência de Enfermagem na dorWalquer Sobrinho
 
Trabalho farmaco
Trabalho farmacoTrabalho farmaco
Trabalho farmacoAry Silva
 
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtm
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtmEfeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtm
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtmThaís Vieira.
 
Artigo de fisiologia: Dor
Artigo de fisiologia: Dor Artigo de fisiologia: Dor
Artigo de fisiologia: Dor Rithielly Rocha
 
Atuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptx
Atuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptxAtuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptx
Atuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptxEstruturaCorpo
 
Cefaléias primárias para Odontólogos
Cefaléias primárias para OdontólogosCefaléias primárias para Odontólogos
Cefaléias primárias para OdontólogosMarco Aurélio
 
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICO
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICOORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICO
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICOAna Larissa Perissini
 
Palestra dor aguda
Palestra dor agudaPalestra dor aguda
Palestra dor agudaMário Mello
 

Semelhante a O doente oncológico em fase terminal (20)

Enfermeiro na atenção à dor e luto
Enfermeiro na atenção à dor e lutoEnfermeiro na atenção à dor e luto
Enfermeiro na atenção à dor e luto
 
Dor ucp
Dor ucpDor ucp
Dor ucp
 
Dor OpçãO
Dor   OpçãODor   OpçãO
Dor OpçãO
 
Manual
ManualManual
Manual
 
Rio pharma 19
Rio pharma 19Rio pharma 19
Rio pharma 19
 
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaSedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
 
Sedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaSedação e Analgesia
Sedação e Analgesia
 
Assistência de Enfermagem na dor
Assistência de Enfermagem na dorAssistência de Enfermagem na dor
Assistência de Enfermagem na dor
 
Dor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESME
Dor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESMEDor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESME
Dor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESME
 
Avaliação de dor crônica
Avaliação de dor crônicaAvaliação de dor crônica
Avaliação de dor crônica
 
herpes zolpo.pptx
herpes zolpo.pptxherpes zolpo.pptx
herpes zolpo.pptx
 
Trabalho farmaco
Trabalho farmacoTrabalho farmaco
Trabalho farmaco
 
dor.pdf
dor.pdfdor.pdf
dor.pdf
 
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtm
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtmEfeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtm
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtm
 
Artigo de fisiologia: Dor
Artigo de fisiologia: Dor Artigo de fisiologia: Dor
Artigo de fisiologia: Dor
 
Atuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptx
Atuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptxAtuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptx
Atuação fisioterapeutica na Dor Crônica.pptx
 
Cefaléias primárias para Odontólogos
Cefaléias primárias para OdontólogosCefaléias primárias para Odontólogos
Cefaléias primárias para Odontólogos
 
Avaliação da dor no recém-nascido
Avaliação da dor no recém-nascidoAvaliação da dor no recém-nascido
Avaliação da dor no recém-nascido
 
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICO
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICOORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICO
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICO
 
Palestra dor aguda
Palestra dor agudaPalestra dor aguda
Palestra dor aguda
 

Mais de Pelo Siro

Mais de Pelo Siro (20)

1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas
 
11955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 111955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 1
 
1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros
 
1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais
 
119625756 motsser2
119625756 motsser2119625756 motsser2
119625756 motsser2
 
119999888 revisoes
119999888 revisoes119999888 revisoes
119999888 revisoes
 
119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos
 
2146
21462146
2146
 
2079
20792079
2079
 
2080
20802080
2080
 
2064
20642064
2064
 
2061
20612061
2061
 
2060
20602060
2060
 
2032
20322032
2032
 
2031
20312031
2031
 
2019
20192019
2019
 
2018
20182018
2018
 
2017
20172017
2017
 
2015
20152015
2015
 
2014
20142014
2014
 

O doente oncológico em fase terminal

  • 1. O doente oncológico em fase terminal
  • 2. Pessoa com uma doença evolutiva irreversível, cuja morte é uma consequência directa e para breve. LEONE et al (2001) Alívio da dor Boa ventilação A assistência a este doente deve ser dada até ao último instante de vida Compreensão Doente terminal
  • 3. Termo geral para vários crescimentos malignos em muitas partes do corpo. O crescimento é sem propósito, parasitário, invasivo e desenvolve-se às custas de um hospedeiro. DUNCAN (1995) Cancro
  • 4. Os cuidados prestados a um doente oncológico, que se encontra em fase terminal chamam-se cuidados paliativos “Recurso a preparados analgésicos apoiados por uma ajuda espiritual, religiosa, social e psicológica” LEONE et al (2001) Contribuem para o processo de humanização do acto de morrer, melhorando a qualidade de vida do paciente em fase terminal
  • 5. Sintomas mais frequentes: Dor Anorexia Cansaço fácil Obstipação Astenia Perda de peso Naúseas Depressão Dispneia Secura da boca Odor Tosse
  • 6. “é uma experiência sensorial e emocional complexa desagradável associada a lesões tecidulares reais ou possíveis, ou expressada como se essas lesões existissem” Centeno (1998;p.85), citando a Associação Internacional para o Estuda da Dor DOR EM ONCOLOGIA “é aquilo que o doente diz que é, ocorre quando ele diz que ocorre e magoa tanto como ele diz que magoa.” McCaffery
  • 7. Em 1967, C. Saunders, firmou um termo para definir a dor crónica de origem neoplásica: D o r f í s i c a ( c a u s a d a p e l a n e o p l a s i a e m s i , e p e l o s t r a t a m e n t o s o n c o l ó g i c o s ) D o r e m o c i o n a l ( m e d o , a n s i e d a d e e d e p r e s s ã o ) D o r s o c i a l ( s e p a r a ç ã o p e l a h o s p i t a l i z a ç ã o o u m o r t e ) D o r e s p i r u t u a l D O R T O T A L
  • 8. Em oncologia a dor: subjectiva; deve ser entendida como uma sensação somatopsíquica que está modulada por uma multiplicidade de elementos distintos de indivíduo para indivíduo ; é o sintoma mais frequente; encontra-se em todas as fases da doença, especialmente nas etapas intermédias e avançadas;
  • 9. a sua frequência depende: estádio da doença tipo de tumor deve-se conhecer a causa da dor para a tratar; as causa podem ser: invasão directa dos diferentes estruturas que provocam a dor (ossos, S.N.C., S.N.P., vísceras, tecidos moles e vasos); tratamentos aplicados; cirurgia.
  • 10. DOR NO PACIENTE ONCOLÓGICO AGUDA - abordagem sintomática (cura com analgesia) CRÓNICA - contínua e progressiva à medida que a doença evolui, frequentemente esta dor é incapacitante
  • 11. Classificação Etiopatológica Da Dor Oncológica: DOR NOCICEPTIVA - dor somática e visceral ex. metáteses ósseas; cancro do pâncreas
  • 12. DOR NEUROGÉNICA/NEUROPÁTICA -dor central, (estimulação directa do SNC ou SNP) encontra-se em todas as fases da doença, especialmente nas etapas intermédias e avançadas; ex. tumores cerebrais com HIC; tumores pélvicos
  • 13. DOR PSICOLÓGICA OU IDIOPÁTICA - dor psicossomática ex. sintomas de conversão psiquíca
  • 14. AVALIAÇÃO DA DOR -Tipos de dor e qualidade; -localização e irradiação; -intensidade; -factores que a aumentam ou atenuam; -duração e intervalos; -presença de outras dores ou outros factores que a influenciam
  • 15. Tipos e qualidade de dor: -dor óssea- severa repentina; -dor visceral- dor surda, contínua, profunda e relacionada com zona tumural, que agrava à palpação; -dor por compressão nervosa- tipo queimadura ou lacerante; -dor cerebral- opressiva ou como zumbido, presente de manhã ou em momentos de tensão;
  • 16. -dor cólica- intermitente que ocorre em períodos crescentes até ao máximo e volta em intervalos regulares; -dor muscular ou articular- aparece tipicamente com a mobilização de um grupo muscular e localiza-se na zona afectada; -dor neuropática- deve-se a infiltração tumural de um nervo
  • 17. Localização: -em muitos casos o doente é capaz de localizar a dor; -a dor visceral é mais imprecisa; -pode irradiar-se em função das zonas implicadas.
  • 18. Intensidade: -indica se o sintoma está ou não a ser controlado e ajuda a estabelecer a terapêutica analgésica; -instrumentos de avaliação: escala categórica verbal escala categórica numérica escala analógica visual
  • 19. Duração da dor e outros factores que modificam a sua intensidade: -início da dor; -instalação espontânea ou lenta; -prazo de dias ou semanas ou se surgiu através de um movimento e foi instantâneo e intenso; -factores psicossociais, impacto emocional...
  • 20. CLASSIFICAÇÃO DA DOR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS SEGUNDO Foley (1984): Grupo I - paciente com dor aguda relacionada com cancro Grupo II - pacientes com dor crónica relacionada com cancro Grupo IIa - associada à progressão da neoplasia Grupo IIb - associada à terapêutica antineoplasica Grupo III - pacientes com dor crónica preexistente Grupo IV - pacientes terminais com dor de origem neoplásica
  • 21. Regras clínico-terapêuticas: 1. Acreditar no paciente; 2. Analgésicos são apenas parte de todo o tratamento; 3. A prescrição de analgésicos deve ser contínua; 4. As doses das drogas devem ser individualizadas; 5. Prefira a via oral de administração de drogas;
  • 22. 6. A “Escala Terapêutica” da OMS; 7. Combinar analgésicos com diferentes pontos de actuação farmacológica; 8. Não permita que o seu paciente sinta dores; 9. Nem toda a dor e responsiva a analgesia; 10. Não esquecer as medidas adjuvantes.
  • 23. Analgésicos Mais Comuns 1. Analgésicos não-opióides; antiprostaglandínicos (salicilato, pirazolânico...) não-opióide de acção central (acetaminofeno, vitaminol...) 2. Analgésicos opióides; “fracos” - codeína, dextroproxifeno, tramadol “fortes” - meperidina, buprenorfina, fentanil, morfina
  • 24. 3. Co-analgesia; 4. Psicotrópicos -neurolépticos, benzodiazepínicos, antidepressivos; 5. Corticosteróides; 6. Anticonvulsionantes;
  • 25. TRATAMENTO DA DOR -Tratamento farmacológico; -Tratamento não farmacológico
  • 26. Tratamento farmacológico Princípios básicos: - assegurar que na equipe exista capacidade, conhecimento, atitudes e comunicação adequadas; - não esperar que o doente se queixe; - diagnosticar com precisão a causa da dor; - estabelecer uma estratégia terapêutica e objectivos realistas; - explicar calmamente ao doente a causa da dor, o tratamento a estabelecer, fazendo-o participar nas decisões;
  • 27. - monitorizar o controlo dos sintomas (escalas, registos), reavaliar repetidamente; - trabalhar em equipe. Objectivos: - obter analgesia; - minimizar os efeitos secundários; - proporcionar conforto e melhorar a qualidade de vida
  • 28. Tratamento de acordo com o tipo de dor - Dor nociceptiva -> anti-inflamatórios, analgésicos de acção periférica e analgésicos de acção central; - Dor visceral -> analgésicos de acção periférica, anti-espasmódicos e analgésicos de acção central e adjuvantes se necessário; - Dor nervosa -> analgésicos de acção periférica, anticonvulsionantes (carbomazepina), antidepressivos tricíclicos e outros adjuvantes
  • 29. Tratamento não farmacológico Objectivos: - diminuir a intensidade da dor; - aumentar o nível de tolerância à dor; - romper o círculo dor-mal-estar-dor; - reforçar a auto-estima e a autonomia; - permitir a participação da família; - dotar o doente e família de mais recursos para controlar a situação dolorosa; - reforçar a relação doente/cuidador.
  • 30. Tratamento não farmacológico: - Informação sobre a dor -> como profissionais de saúde devemos manter uma comunicação total com o paciente oncológico, fazendo ao doente o ensino sobre técnicas de autocontrole; - Medidas ambientais organizativas -> medidas que visam aumentar a tolerância à dor, mediante o respeito pelo seu ritmo de actividades quotidianas e a consecução do máximo conforto, tais como: ->favorecer o descanso e relaxamento tanto durante o noite como nalguns momentos do dia para evitar fadiga; -> adaptar a medicação às necessidades e desejos do doente;
  • 31. -> adaptar a dieta à situação e necessidades do doente; -> adaptação e flexibilidade dos horários de visitas, atendendo à particularidade de cada caso; -> adaptação dos espaços físicos; -> promoção da integridade e participação familiar; -> promoção de distracções e actividades lúdicas; -> as nossas atitudes como profissionais de saúde e a relação que estabelecemos com os pacientes também influenciam a experiência da dor e de outros sintomas.
  • 32. - Medidas físicas -> para alívio da dor, favorecer a aproximação do cuidador ao doente e fornecer formas de comunicação através do relaxamento corporal, tais como: - aplicação de calor e frio; - aplicação de mentol; - massagens suaves; - mobilizações activas e passivas; - estimulação nervosa eléctrica e transcutânea - Medidas de relaxamento psicológico
  • 33. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO DOENTE COM DOR ONCOLÓGICA: 1. Avaliação da dor do doente, verificando com ele a localização,a intensidade, as características, início e duração; 2. Administrar analgésicos prescritos a horas fixas; 3. Reduzir o estímulo doloroso sempre que possível; 4. Alterar a percepção da dor;
  • 34. 5. Adoptar medidas complementares para tratamento da dor; 6. Estabelecer uma comunicação adequada: - com o doente demonstrando interesse por ele e pelas suas queixas; - com a família, fornecendo-lhe a informação necessária; - com a equipe, devendo a informação que fornece ao doente estar de concordância com a dos demais colegas, estabelecendo objectivos consensuais; 7. Monitorizar a resposta do doente à analgesia.
  • 35. O cancro e a Nutrição/ Desnutrição
  • 36. O Impacto do cancro na nutrição depende de: Tipo de cancro; Localização; Alterações do metabolismo; Perda de Peso; Anorexia;
  • 37. A Terapia Nutricional tem como objectivos: Atingir e manter o peso desejável; Diminuir sintomas decorrentes da doença e tratamento, através da adaptação dos alimentos ou métodos de alimentação; A desnutrição compromete a terapêutica e a qualidade de vida
  • 38. Caquexia Alterações metabólicas; Anorexia; Náuseas e Vómitos; Secura da boca; Perda de paladar e olfacto Ansiedade; Disfagia;
  • 39. Alterações do Metabolismo O metabolismo da glicose e lípidos sofre alterações: Intolerância à glicose com resposta de insulina diminuída; Predomínio do metabolismo Anaeróbio- Ciclo de Cori Gliconeogenese Hepática Aumentada; Aumento da Lipólise Perda de Massa magra
  • 40. Anorexia Depressão; Produção de neurotransmissores- suprimem o apetite; Estimulação de glicorreceptores por hiperglicémia e elevação do ácido lácteo- diminui o apetite Alteração do paladar e olfacto;
  • 41. Anorexia Acções de Enfermagem: Ter em conta as preferencias do doente; Ingerir pequena quantidades de líquidos e nutrientes após longos períodos de jejum ou crise de vómitos; Evitar atitudes autoritária por parte de familiares /profissionais; Proporcionar exercício leve ou uma pequena caminhada antes da refeição;
  • 42. Anorexia Acções de Enfermagem: Após uma crise vómitos explicar ao doente a possível existência de “aversão induzida”; Proporcionar um ambiente calmo e agradável; Misturar e esconder sabores desagradáveis; Alterações na forma e ritmo da oferta das refeições, podem minorar os sintomas desagradáveis.
  • 43. Diarreia Infecção; Terapêutica oncológica Acções de Enfermagem: Ingestão de alimentos obstipantes; Proporcionar uma boa hidratação; Ingestão de alimentos ricos em K+;
  • 44. Obstipação Terapêutica ( ex.: codeína) Insuficiente ingestão de líquidos; Imobilidade; Diminuição do peristaltismo Acções de Enfermagem: Ingestão de alimentos ricos em fibras ; Aumento da ingestão de líquidos; Estimular a mobilização; Uso de laxantes, clisteres e enemas, se necessário;
  • 45. Náuseas e Vómitos Quimioterapia; Radioterapia; Fármacos; Ansiedade; Irritação Gástrica;
  • 46. Náuseas e Vómitos Acções de Enfermagem: Identificar as características e intensidade dos vómitos; Identificar sinais de desidratação, fraqueza e prostração; Fazer o balanço hídrico; Descansar após as refeições; Ingerir alimentos à temperatura ambiente; Evitar alimentos com grande teor em gorduras;
  • 47. Secura da Boca Desidratação; Radioterapia local; Terapêutica; Acções de Enfermagem: Limpeza e hidratação oral; Ingestão de alimentos que estimulem a salivação ( sumos de frutas, batidos, rebuçados, pastilhas...)
  • 48. Disfagia Alt. Neurológicas; Obstrução mecânica; Infecções orais; Acções de Enfermagem: Proporcionar alimentos moles em doses pequenas e fraccionadas; Proporcionar cuidados de higiene oral;
  • 49. Quando o doente não se consegue alimentar Terapia Nutricional Artificial Nutrição Enteral; Nutrição Parentral;
  • 50. Nutrição Enteral: A dieta deve ter em conta as necessidades do utente; AAccççõõeess ddee EEnnffeerrmmaaggeemm:: Manutenção da sonda; Preparar e armazenar as soluções correctamente; Administrar de forma lenta e cuidadosa; Estar atento aao surgimento de estase gástrica , distênção abdominal, dor, obstipação e diarreia;
  • 51. Nutrição Parenteral: Quando não é possível uma nutrição entérica; Instalação de um cateter central Técnica asséptica O cateter também pode ser utilizado para Radioterapia;
  • 52. Nutrição Parenteral: AAccççõõeess ddee EEnnffeerrmmaaggeemm:: Vigiar sinais de infecção; Cuidados relativamente à dieta a administrar; O fim deste tipo de nutrição, é ditado pelo quadro clínico do doente.
  • 53. Segundo Sotto-Mayor cuidados terminais são: Cuidados dispensados ao doente quando já não é possível melhorar o prognóstico fatal da sua doença, ou da sua situação clínica, com os métodos terapêuticos acessíveis; Cuidados de saúde quando a morte se aproxima.
  • 54. Os doentes têm o direito a cuidados de saúde terminais humanizados, e a morrer com dignidade Requisito: Que sejam criados os meios necessários
  • 55. Os cuidados ao doente oncológico em fase terminal, devem estar organizados em três fases: Histórico de Enfermagem Desenvolvimento de um plano de cuidados e/ou actividades Avaliação da situação
  • 56. Histórico de Enfermagem: Deve incluir uma boa anamnese onde pesquisam dados relativos a: Dados pessoais História Clínica Capacidades funcionais e realização de actividades da vida diária Estado nutricional Dor Medicação
  • 57. Os registos precisos, claros e concisos são da máxima importância pois permitem estabelecer futuras comparações e fornecer informações importantes aos restantes membros da equipa
  • 58. Planeamento: Esta fase, inicia-se após a identificação dos problemas e necessidades tanto do paciente como da sua família É necessário considerar os seguintes factores: Ajudar o doente e família a identificarem problemas específicos Ajudar o doente e família a identificarem os serviços ou recursos necessários Estabelecer o estado económico do doente
  • 59. Elaborar o plano de cuidados em conjunto com o paciente e família Obter o consenso do doente e família para obter os recursos necessários Estabelecer critérios de avaliação do plano realizado
  • 60. Avaliação Trata-se de verificar os resultados do plano de cuidados executado. Mediante os critérios de avaliação estabelecidos na fase anterior pode acontecer esta ser Positiva Negativa
  • 61. Melhor qualidade de vida Hospital Domicílio do doente com familiares com amigos com pessoal de saúde Grande desafio físico e emocional
  • 62. Programação da alta É fundamental antecipar alguns problemas que poderão surgir Família preparada para enfrentar esses problemas IMPORTANTE: Dialógo entre:  doente  família  pessoal de saúde
  • 63. Questionar o doente: Existe vontade em ir para casa? Tal decisão desperta-lhe receios?(sobrecarga para a família; insegurança face a problemas clínicos intercorrentes,...) Conflito de sentimentos: Desejo de ter alta Insegurança face ao apoio domiciliário Pessoal de saúde hospitalar: Esclarecer as duvidas Transmitir confiança
  • 64. Estabelecimento de um plano de controlo sintomático do doente no seu domicílio ( queixas actuais e previsíveis no futuro) Prever a sua Exequibilidade: • Existe capacidade física e emocional dos familiares para o acompanhar, tendo em conta que pode durar desde semanas a meses.
  • 65. Questões face à exequibilidade do plano proposto Existe espaço suficiente? A família tem capacidade física? Existe disponibilidade de um ou mais familiares para essas tarefas? Existe condições de privacidade Os familiares estão preparados psicologicamente?/ São capazes de dar apoio psicológico? Existem estruturas de saúde na área de residência do doente?
  • 66. É importante que o doente e a sua familia saibam que: Não estão a esquivar-se ao seguimento do doente Médico/pessoal de saúde hospitalar Continuam disponíveis para apoiar o doente, seus familiares e os profissionais de saúde que vão seguir o doente
  • 67. Médico de família e pessoal de enfermagem do C.S. Os mais bem posicionados para a prestação de cuidados se saúde a estes doentes Terapêutica Paliativa comunicação Pessoal hospitalar Pessoal do C.S. Desde o início da doença O doente deve manter consultas no seu centro de Saúde
  • 68. Médico de família Terapêutica paliativa Conhecimentos Prática Diversidade Complexidade dos problemas
  • 69. O ideal seriam as equipes multidisciplinares para seguir o doente terminal no seu domicilio: doente • familiares • amigos Médico de família Pessoal de enfermagem • Fisioterapeuta •Terapeuta ocupacional • Psicólogo • Assistente social • Assistente espiritual • Nutricionista • Oncologista • Especialista na terapêutica No entanto não existem edsat adso restruturas pelo que grande parte dos problemas são colmatados pelos técnicos de saúde dos C.S.
  • 70. Ao planear-se a alta : Equipe médica + enfermagem + assistente social Apoiar familiares para obter material necessário (cama articulada, oxigenoterapia, aspiradores...) Transporte no dia da alta Rever rotinas diárias Necessidades do doente e o modo de as suprimir
  • 71. A família deve ser integrada na equipe de enfermagem para assistir o modo como se presta os cuidados ao doente: Mobilizações, prevenção de escaras; Cuidados de higiene... Administração de medicamentos O doente deve ter: plano minucioso da medicação prescrita, da dieta e de outros cuidados propostos. informação escrita detalhada do seu estado clínico Lista de problemas actuais médico responsável no hospital e a quem vai ser referenciado
  • 72. Em casa: O doente deve escolher o local e o modo como vai ficar acomodado Se tiver naúseas e vómitos afastar-se da cozinha Importante ficar perto da casa de banho se o doente quiser ter papel activo na vida familiar poder-se-á colocar a cama na sala Papel fundamental do médico de família e do enfermeiro de família no aconselhamento
  • 73. Considerar cada sintoma como genuíno e valorizado como tal Até prova em contrário, a queixa do doente tem causa física Dar especial relevo ao diálogo equipe de saúde/doente O doente está frequentemente polissintomático (sintomas moderados/ graves)
  • 74. Em geral o doente toma mais que um fármaco pelo que se deve fazer um plano escrito minucioso da terapêutica instituida e da cronologia da sua aplicação Fármaco Indicações Dexametasona Naproxeno Opiáceos Acetato de megestrol Metoclopramida Codeína Clorpromazina Anorexia, astenia, fadiga, depressão, dispneia,dor Dor Dor, dispneia, tosse, ansiedade Anorexia, perda de peso Naúseas, vómitos Tosse irritativa, dor Ansiedade, naúseas, dispneia
  • 75. Efeitos secundários mais frequentes diarreia tonturas dispneia sonolência desconforto abdominal naúseas alterações visuais obstipação cefaleias euforia depressão respiratória
  • 76. Em cada visita médica: - Avaliação dos progressos alcançados - Fazer eventuais ajustes terapêuticos Tendo sempre em atenção se o doente está a comprir e a aderir bem á terapêutica
  • 77. Ainda em relação à terapêutica:  preferir a via oral  antecipar os eventuais efeitos colaterais de modo a preveni-los  Ter em atenção: • idade; • Estado proteíco; • Função cardíaca, renal, hepática • outros parâmetros que possam influenciar a eficácia da terapêutica  procedimentos invasivos só se outras medidas não resultarem  deve-se sempre ponderar entre os beneficios e os efeitos indesejáveis
  • 78. A comunicação entre técnicos de saúde e doente/família é muito importante, devendo-se estabelecer uma linguagem de equipe. • determinar o grau de conhecimentos que o doente e família têm sobre a doença. Evitar deturpação de factos • Deve-se nomear um “porta voz” Certificar-se que o indivíduo tem competências No entanto toda a informação prestada deve ficar registada
  • 79. Cuidados ao doente que está a morrer Interromper qualquer terapêutica não necessária ao alívio sintomático Evitar qualquer exame complementar Instituir a terapêutica sintomática necessária “sem receios” Em caso de eficácia, não interromper a terapêutica paliativa, mesmo em face de alterações do ritmo respiratório, sedação marcada ou hipotensão Avisar os familiares do fim próximo do doente (colorário de uma preparação anterior) = não esquecer o apoio posterior
  • 80. Sinais de morte: Paragem respiratória Paragem cardíaca Ausência de pulso, TA, reflexos Midríase fixa Embaciamento da córnea Amolecimento do globo ocular Arrefecimento do corpo Rigor mortis
  • 81. Cuidados post-mortem A finalidade destes cuidados é, para além de prestar uma última homenagem, continuar a respeitar a sua originalidade e personalidade. Deve tentar respeitar-se a última vontade de quem partiu, conciliando-a com a dos familiares.
  • 82. De um modo prático, quando se detecta a morte do paciente, deve-se: - colocá-lo em decúbito dorsal - não utilizar substâncias desodorizantes - fazer múmia - identificar o cadáver
  • 83. A situação pela qual o doente canceroso, em fase terminal, passa, representa um enorme desafio para a Enfermagem. Assim, alguns diagnósticos são passíveis de serem elaborados, embora não se resumam aos apresentados: Alteração da NHB de segurança, relacionada com a mudança do estado de saúde (ou risco de morte/preocupações socio-económicas), manifestada por: sentimentos de inadequação insónia desespero comportamentos de auto - referência medo
  • 84. Alteração da NHB de abrigo, relacionada com a percepção da perda da vida e pessoas significativas manifestada por: raiva tristeza retraimento mudança dos padrões alimentares e de sono Alteração da NHB de repouso, relacionada com dor, manifestada por: insónia; desconforto; queixas verbais; máscara de dor.
  • 85. Segundo TABER (2000), é importante que “todos os membros da equipa trabalhem em colaboração uns com os outros e também com o paciente e sua família” É da competência do membro de Enfermagem: Psicologicamente : Instruir o paciente e família sobre o processo de doença, seu progresso, tratamento e desfecho Apoiar o paciente e sua família Incentivar o paciente e família a verbalizar os seus temores Diminuir o grau de temor pela doença e sua impotência
  • 86. Fisicamente: Manter o equilíbrio de líquidos e electrólitos Manter o estado nutricional Manter a eliminação Manter uma higiene pessoal o mais cuidada possível
  • 87. “É essencial que as enfermeiras que trabalhem com pacientes terminais estejam conscientes dos seus próprios temores e sentimentos relacionados à morte e à agonia da morte” Assim, as filosofias de vida e as próprias experiências afectam directamente o modo como um enfermeiro lida com o seu doente TABER (2000)
  • 88. Durante a relação enfermeiro/paciente, este último espera encontrar determinadas atitudes no primeiro. São elas: Compaixão – sentimento envolto de ternura, compreensão e desejo de ajudar Integridade – que compreende honestidade, responsabilidade e confiabilidade Mutualidade – é o saber compartilhar, estar aberto e sem preconceitos
  • 89. Constância – é a persistência, confiança, disponibilidade e responsabilidade Positivismo – é o apoiar, incentivar e restaurar a vitalidade e força interior do doente, levando sempre em consideração a realidade e gravidade da doença Espiritualidade – é o respeito pela dimensão espiritual de cada doente Escuta activa – é o saber ouvir (muito mais do que falar) aquilo que o doente tem a expressar Relação horizontalizada – é saber trocar de lugar com o doente e imaginar o que ele sofre e sente nesse momento
  • 90. É o acto de, invocando compaixão, matar intencionalmente Voluntária uma pessoa Involuntária - Activa - Passiva Embora o termo eutanásia seja usado indiscriminadamente, há ainda o chamado suicídio assistido Eutanásia
  • 91. Suicídio Assistido Usa-se este termo, quando uma pessoa ajuda outra a acabar com a própria vida Distanásia (intensificação terapêutica ou obstinação terapêutica) Consiste em atrasar o mais possível o momento da morte usando todos os meios, ainda que não haja esperança alguma de cura. Não há intenção de debelar ou diminuir a doença, mas assiste-se à satisfação do pedido de familiares que não querem que o paciente morra ou com vista à experimentação médica.
  • 92. “Cuando creé que estaba aprendiendo a vivir, no estaba sino aprendiendo a morrir.” Leonardo da Vinci
  • 93. Bibliografia OTTO, Shirley E.; “Enfermagem em Oncologia”; 3ª edição; Loures; Lusociência; 2000; ISBN: 972 – 8383 – 12 – 6 PHIPPS et al; “Enfermagem Médico Cirúrgica – conceitos e prática”; 2ª edição; Lisboa; Lusididacta; 1999 TABER; “Dicionário Médico Enciclopédico”; 1ª edição; São Paulo; Lusodidacta; 2000; ISBN: 85 – 204 – 0940 - 7
  • 94. DUNCAN, Helen A. et al; “Dicionário para Enfermeiros e outros Profissionais de Saúde”; 2ª edição; São Paulo; Andrei; 1995 “Dicionário de Bioética”; São Paulo; Editora Santuário; 2001; ISBN: 972 – 563 – 266 - 4 SOTTO – MAYOR, Renato; “O papel do médico de família no tratamento do doente oncológico terminal”; Revista de Pneumologia Portuguesa; Vol.III; nº 6 ; 1997;
  • 95. ESTEVES, Raquel M.; “Cuidar em Oncologia”; Divulgação – Revista de Enfermagem Oncológica”; ano IX; nº34; Porto; Abril/95; pág. 7 - 12 SOUSA, Paulino Artur Ferreira de; “A morte e o processo de morrer”; Enfermagem Oncológica; ano 1; Porto; Abril/97; pág. 23 – 29; ISBN: 0873 – 5689 PACHECO, Francisco; “A morte a que chegamos” Divulgação – Revista de Enfermagem Oncológica”; ano XI; nº23; Porto; Julho/92; pág. 24 - 28
  • 96. SCHWARTSMANN, Gilberto; “Oncologia ´Clínica – princípios e prática”; Porto Alegre; 1991 ESTEVES, M. Raquel; “Comunicação e Cancro”; Divulgação – Revista de Enfermagem Oncológica; ano VI; nº23; Porto; Julho/92; pág. 3 - 8 COUVREUR, Chantal; “A Qualidade de Vida – arte para viver no século XXI”; Loures; Lusociência; 2001; ISBN: 972 – 8383 – 21 – 5
  • 97. ABIVEN, Maurice; “Para uma Morte Mais Humana – experiência de uma unidade de cuidados paliativos”; 2ª edição; Loures; Lusociência; 2001; ISBN: 972 – 8383 – 25 – 8 “Interface da Medicina Legal e da Bioética” ; Selecção de textos do Professor Doutor J. Pinto da Costa; 2001