O documento discute os conhecimentos necessários para aprender a ler e escrever, mencionando a consciência fonológica e a história da escrita. Aprender a ler e escrever requer não apenas treinar sons de palavras, mas também compreender a natureza arbitrária das letras e como diferentes sistemas de escrita foram desenvolvidos culturalmente ao longo do tempo.
Encontro do dia 8 e 10 de novembro. PNAIC-2016 Município de BiguaçuSoleducador1
O município de Biguaçu está desde 2013 contribuindo com a formação continuada de professoras dos primeiros, segundos e terceiros anos das sete unidades educativas. Podemos dizer que o IDEB das escolas aumentou consideravelmente no decorrer destes anos de formação, sendo que a o Programa PNAIC do Governo Federal incutido em 2013, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nos anos posteriores pela Presidenta Dilma Rousseff, Ministro da Educação Fernando Haddad e as respectivas instituições foi uma mola propulsora na práxis pedagógica. Os profissionais da educação tem consciência que o município requer mais mudanças e continuar neste vetor que a cada ano se inclina em prol das nossas crianças e é uma necessidade também da comunidade de Biguaçu
Alfabetizar é realizar instruções diretas de fonemas e grafemas enquanto que letrar é fazer uso social desse conhecimento, os dois são importantes e são interligados apesar de serem conceitos diferentes. Hoje há um reconhecimento da importância tanto do letramento quanto da alfabetização na aquisição da leitura ,escrita e compreensão.
Unidade 3 2º encontro os conhecimentos sobre o sea (versão final)
1. UNIDADE 3
CONHECIMENTOS SOBRE O SISTEMA DE
ESCRITA ALFABÉTICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO
PACTO NACIONAL PARA A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
FORMAÇÃO DE ORIENTADORES DE ESTUDO
02 a 04 de maio de 2013
Formadoras - 1º ano:
Elis Beatriz de Lima Falcão
Fabricia Pereira de Oliveira Dias
Maristela Gatti Piffer
02 de maio de 2013 - Vespertino
2. Vimos que, a diferentes referenciais teóricos
na alfabetização estão subjacentes diferentes
concepções de escrita que remetem a
determinadas práticas de ensino e
aprendizagem da língua. Nesse contexto, o
modo como avaliamos também reflete a
concepção de escrita que orienta nosso olhar!
Assim, quais aspectos priorizamos no
processo de avaliação das escritas infantis?
Para que se avalia? Quais conhecimentos são
avaliados?
Retomando...
3. UNIDADE 3 – ANO 1
ANEXO 2: ANÁLISE DE ESCRITAS INFANTIS
Escrita infantil 1
Escrita infantil 2
4. Analisando as duas escritas infantis destaque:
1. O que observou acerca da situação de produção dessas
escritas?
2. O que a escrita infantil 1 nos permite saber acerca dos
conhecimentos aprendidos e a serem apropriados pelas
crianças?
3. O que a escrita infantil 2 nos permite saber acerca dos
conhecimentos aprendidos e a serem apropriados pelas
crianças?
4. Qual das propostas de escrita permite ao professor
mais condições de avaliar as necessidades de
aprendizagem com vistas a uma intervenção
pedagógica mais pontual?
5. Podemos concluir que a lista é muito restrita e
só nos permite a classificação das escritas
infantis. O texto, ao contrário, nos propicia ter
uma visão mais ampla dos conhecimentos
aprendidos pelas crianças e aqueles que ainda
precisam ser apropriados.
Mas, quais são os conhecimentos
necessários ao aprendizado da leitura e da
escrita?
6. Vamos responder a esse questionamento
dialogando com alguns textos:
A partir da leitura que realizamos vamos
destacar as principais ideias abordadas no
texto.
Texto 2, (Unidade 3, PNAIC)
O Ensino do Sistema de Escrita Alfabética:
por que vale a pena promover algumas
habilidades de consciência fonológica?
7. O que é consciência fonológica?
As ideias destacadas pelos autores do
texto giram em torno de que os
conhecimentos necessários para
aprender a ler e escrever estão
relacionados à Consciência Fonológica.
8. Para Leite e Morais (2012, p.21), a
consciência fonológica” é um vasto conjunto
de habilidades que nos permitem refletir
sobre as partes sonoras das palavras (cf.
BRADLEY;BRYANT, 1987; CARDOSO-MARTINS,1991;
FREITAS, 2004; GOMBERT, 1992)”
9. LEITE; MORAIS, 2012, p. 21
Quando reflete sobre os segmentos das palavras, a
pessoa está pondo em ação a consciência fonológica.
10. As habilidades de consciência fonológica se
diferenciam não só quanto ao tipo de operação que o
sujeito realiza em sua mente (separar, contar,
comparar quanto ao tamanho ou quanto à semelhança
sonora etc.), mas também quanto ao tipo de
segmento sonoro envolvido (rimas, fonemas, sílabas,
segmentos maiores que um fonema e menores que
uma sílaba, segmentos compostos por mais de uma
sílaba – como a sequência final das palavras janela e
panela). E variam, ainda, quanto à posição (início,
meio, fim) em que aquelas “partes sonoras” ocorrem
no interior das palavras.
LEITE; MORAIS, 2012
11. Leite e Morais (2012), ainda destacam que o
desenvolvimento da consciência fonológica ocorre à
medida que a criança tem oportunidades de refletir
sobre as formas orais e escritas das palavras e que
essa não aparecem com a maturação biológica. “Elas
dependem de oportunidades para refletir sobre as
palavras em sua dimensão sonora [...]” (LEITE;
MORAIS, 2012, p.22) cabendo à escola fomentar seu
desenvolvimento no final da educação infantil e no
começo do ensino Fundamental.
12. Mas a partir de quais oportunidades o
material do PNAIC sugere a reflexão das
palavras em sua dimensão sonora?
Na seção Compartilhando (p. 26 a 42)
podemos visualizar atividades sugeridas para
promover a compreensão das propriedades
do SEA.
13. HÁ TEXTOS MAIS INDICADOS?
Trecho extraído do texto da Unidade 03 - Ano 1:
“Trabalhando as atividades do Livro didático em sala
de aula”, p. 29.
14. HÁ LIVROS MAIS INDICADOS?
Trecho extraído do texto da Unidade 03 - Ano 1: “O
trabalho em sala de aula com os livros dos
acervos complementares”, p. 40.
15. HÁ UNIDADE DE ENSINO MAIS INDICADA?
Trecho extraído do texto da Unidade 03 - Ano 1:
“Trabalhando as atividades do Livro didático em sala
de aula”, p. 32.
16. REFLEXÕES NECESSÁRIAS
Com todos os textos podemos refletir sobre
os conhecimentos do SEA;
A ênfase em textos como poemas, parlendas,
cantigas de roda, adivinhas, trava-línguas
induz o trabalho com esses gêneros limitando
a entrada de outros.
Ao enfatizar o trabalho nos sons outros
conhecimentos do SEA ficam secundarizados.
17. Podemos ampliar as possibilidades
dessa reflexão?
Gontijo (2008) se contrapõe a ideia de treinar
crianças pequenas em idade pré-escola a
segmentar e identificar sons em uma palavra e que
esse treinamento é fundamental à aprendizagem
da leitura. Esse treinamento estaria coerente com
uma concepção de leitura que a entende como
decodificação.
18. A autora defende a ideia de que as crianças
sejam incluídas em processos de ensino-
aprendizagem em que possa desenvolver as
capacidades de compreensão das relações
entre letras e sons e entre sons e letras.
Além desse trabalho com as relações, as
crianças precisam ser estimuladas a
produzirem textos, pois é, na opinião da
autora, uma forma mais apropriada de avaliar
os modos como as crianças elaboram as
aprendizagens.
19. O que esse estudo evidencia
Evidencia que a capacidade de refletir sobre as
unidades fonêmicas não se desenvolve
naturalmente, nem por meio de um
treinamento, mas à medida que as crianças são
incentivadas a escrever e que passam a
conhecer letras que representam
convencionalmente determinados fonemas.
20. O trabalho com a consciência fonológica,
é importante na alfabetização, mas não é
suficiente para uma criança aprender a
ler e escrever. Então, quais são os
conhecimentos necessários ao
aprendizado da leitura e da escrita?
Por exemplo, quais conhecimentos uma
pessoa precisa ter para ler a palavra:
POTE?
21. “O ALIENÍGENA QUE QUERIA APRENDER A LER” – LUIZ
CARLOS CAGLIARI
Vamos fazer uma leitura coletiva desse
artigo e destacar os conhecimentos
necessários ao aprendizado da leitura e
da escrita presente em cada trecho lido.
Link para acessar o artigo
p://www.lersemver.com/temasacademico/O%20alienigen
22. O texto “O alienígena que queria aprender a
ler” nos ajuda a compreender que no processo
de apropriação da linguagem, não basta apenas
definir metodologias, é “preciso conhecer
muito bem o que uma pessoa precisa saber
para aprender a ler e a escrever” (MASSINI-
CAGLIARI; CAGLIARI, 1999, p. 223).
23. Por isso o alfabetizador precisa conhecer os
conhecimentos de sua área de atuação. Para
Massini-Cagliari e Cagliari (1999, p. 157) “um
professor que não souber lidar muito bem
com esses conhecimentos técnicos não tem
condições de controlar o ensino e a
aprendizagem na alfabetização”.
24. O texto de Cagliari e o livro base do curso
Alfabetização: teoria e prática ampliam
nossa visão sobre os conhecimentos
necessários ao aprendizado da leitura e da
escrita, como podemos observar nos quadros
que foram reorganizados.
Vamos retomar alguns desses conhecimentos:
25. 1. Distinção desenho e escrita
Desenho e escrita são representações gráficas, portanto,
são da mesma natureza.
Mas desenho refere-se a objetos do mundo e escrita refere-
se a linguagem oral.
Desenho de aluno, turma 1º ano rede Municipal da Serra
26. 2. Diferentes sistemas de escrita
• Há sistemas de escrita que
representam o significado
das palavras (escrita
ideográfica) e há aqueles que
representam os sons da
língua (escrita fonográfica).
• As crianças precisam saber
que utilizamos outros
sistemas de escrita, que
podemos ler esses sistemas
de escrita.
• Compreender que a essas
formas gráficas associamos
uma palavra, isso também é
ler.
27. Nesse sentido, Cagliari (2001) sugere que, em
vez de começar o trabalho com letras e
palavras escritas ortograficamente, podemos
mostrar às crianças que elas conseguem ler
outros sistemas de escrita, como a escrita
pictográfica e ideográfica utilizadas de modo
geral em nossa sociedade.
28. Trabalhando com esses sistemas de
escrita podemos levar às crianças a
compreenderem que vivemos
mediados por símbolos, produzidos
conforme as necessidades humanas e
de acordo com as convenções sociais
que são estabelecidas como: logotipos,
marcas, sinais de trânsito, placas
indicativas, bandeiras, etc.
29. Há, portanto uma relação arbitrária entre as
letras e os sons que elas representam.
Mas, compreender a ideia de símbolo não é
algo tão fácil quando se está aprendendo a ler
e a escrever, pois, como explica Carvalho
(2005), uma coisa é um símbolo que tenha as
características do objeto, outra coisa é ter um
símbolo de outra sem que nenhuma
característica sua esteja representada, como
ocorre na escrita.
30. Nesse sentido, Gontijo e Schwartz (2009),
reafirmam a importância de se trabalhar com
os sistemas de escrita para que as crianças
compreendam a ideia de símbolo e explicam
também que estudar a história da escrita e
dos alfabetos com as crianças pode contribuir
para isso, uma vez que “entender como os
seres humanos chegaram a usar letras para
escrever ajuda as crianças a compreenderem
a natureza cultural e histórica do alfabeto que
usamos hoje em nossa sociedade” (p. 20).
31. A escrita surgiu da necessidade de registrar
e guardar a linguagem (MASSINI-CAGLIARI;
CAGLIARI, 1999). Como explica Zatz (2002, p.
23), “quando o ser humano começou a
plantar, criar animais, tecer, construir
cidades, a escrita passou a ser um
instrumento necessário e importante”.
3. História da escrita
32. O primeiro sistema de escrita foi criado na
Suméria, numa região da Antiga
Mesopotâmia, por volta de 3100 a.C. e foi se
espalhando pelo mundo, com adaptações
dos símbolos de acordo com as línguas.
Cagliari (2001) conta que essa forma antiga
de escrever continha números e figuras que
serviam a registros de transações comerciais.
33. • Era uma escrita com caracteres em forma de
desenhos de objetos que representavam
palavras (escrita logográfica).
Fonte: FERREIRA, Otávio Leonel.
Mesopotâmia: o amanhecer da civilização.
São Paulo: Moderna, 1998.
34. • Mas esse sistema logo
encontrou dificuldades. Em
primeiro lugar pela quantidade
de símbolos. Além disso,
alguns nomes era de difícil
representação, como nomes
de pessoas, ações,
sentimentos.
• Então, foram criadas
combinações de caracteres.
Por exemplo, se alguém se
chamasse Coelho, utilizavam-
se dois símbolos: o desenho de
um homem e de um coelho.
35. • Porém, nem sempre as combinações
atendiam todas as necessidades de registro e
os sistemas de escrita passaram a representar
não mais as palavras inteiras ou ideias, mas os
sons das palavras. Assim, para escrever
palavra irmão, por exemplo, a solução era
desenhar as pernas andando para representar
o som “ir” e uma mão para representar o som
“mão”.
IR MÃO
36. • Essa foi uma descoberta importante, pois
possibilitou pensar em sistemas de escrita
cada vez mais econômicos, com símbolos que
representavam sons que compunham as
palavras. Desse modo, muitos símbolos que
eram usados para representar os objetos,
passaram a representar os sons das sílabas,
vogais ou consoantes, dependendo do sistema
adotado pelas línguas (CAGLIARI, 2001).
37. • Os fenícios, que tinham na escrita um
instrumento importante para o comércio ao
redor do Mediterrâneo, puseram em prática a
ideia de formar uma escrita com poucos
caracteres e com formas gráficas mais
simples. Utilizando hieróglifos egípcios, eles
formaram uma lista de palavras com sons
iniciais diferentes, representando todas as
consoantes. Criaram uma tabela com os
caracteres, seus significados e nomes, criando
o primeiro alfabeto.
38.
39. • Esses caracteres deram origem a uma escrita
puramente fonética, configurada através de
um alfabeto cuja chave de decifração da
escrita é o princípio acrofônico.
• Como ressalta Cagliari (2001, p. 170): “[...]
bastava saber os nomes das letras, reconhecer
o som consonantal inicial e usar o caractere
correspondente para escrever as consoantes
equivalentes que iam sendo detectadas nas
palavras que se queria escrever”.
40. • Os caracteres que representam as vogais
foram acrescentados pelos gregos, que
aproveitando a tabela dos fenícios, criaram
seus próprios símbolos.
• Com letras que representavam os sons
vocálicos e consonantais, os gregos deram ao
sistema de escrita uma relação de caracteres
que conseguiu integrar todos os sons da
língua e, em consequência dos nomes das
duas letras iniciais – alfa e beta – deram a
esse conjunto de letras o nome de alfabeto.
41. 4. Alfabetos
Escrevemos usando letras, portanto,
conhecer formas, nomes, que é uma
unidade abstrata, categorização gráfica...
43. Categorização funcional
A categorização funcional das letras tem a ver com a
função que as letras exercem no sistema de escrita.
Trechos do livro A E I O U, Angela Lago
45. 5. Direção convencional da escrita
Lemos da esquerda para direita de cima para baixo
categorização funcional das letras tem a ver com a
função que as exercem no sistema de escrita.
letras
47. 7. Espaços em branco
Texto de aluno, turma 1º ano rede Municipal da Serra
A linguagem oral é um contínuo, interrompido as
vezes por pausas, mas o aprendiz precisa
compreender que na escrita empregamos espaços
em branco entre as palavras.
48. 8. Símbolos usados na escrita
A escrita não tem apenas letras, mas incorpora
também sinais de pontuação e outras marcas.
49. 9. Relações entre sons e letras
Em nosso sistema não apenas um grafema para representar
um fonema, por isso nosso sistema é alfabético e ortográfico.
As crianças não aprendem as convenções que regulam as
relações sons e letras sozinhas, mas sim a partir de uma
organização didática.
50. 6.Tarefa não presencial:Proporum planejam ento de sequência didática utilizando um a literatura
do acervo da escola,ou outra selecionada,contem plando os conhecim entos de sistem a de escrita
alfabética e os direitos de aprendizagem de língua portuguesa que possuim aiordem anda de
acordo com o perfilda turm a,explorando o conhecim ento relação sons e letras e letras e sons
51. REFERENCIAS
• CAGLIARI, Luiz Carlos. O alienígena que queria aprender a ler. Texto
extraído do JORNAL DO ALFABETIZADOR. Porto Alegre - Editora KUARUP -
ano VIII - nº 47. Disponível em
http://www.lersemver.com/temasacademico/O%20alienigena%20que%20queri
>.
• GONTIJO, C. M. M. A capacidade de reflexão sobre as unidades da
linguagem oral. In: A Escrita Infantil. SP: Cortez, 2008.
• GONTIJO, Cláudia Maria Mendes; SCHWARTZ, Cleonara Maria.
Alfabetização: teoria e prática. Curitiba, PR: Sol, 2009.
• LEITE, Tânia Maria S. B. Rios; MORAIS, Arthur Gomes. O Ensino do Sistema
de Escrita Alfabética: por que vale a pena promover algumas habilidades
de consciência fonológica? In: BRASIL, PACTO NACIONAL PARA
ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA, UNIDADE 3, ANO 1, 2012.
• MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a
escrita na alfabetização. Campinas, SP: Mercado de Letras, Associação de
Leitura do Brasil, 1999.
Destacar que no texto podemos ver o discurso, a criança se coloca no texto, tem o que dizer para quem dizer. Podemos obervar se ela atendeu ao contexto de produção...
Da reflexão das palavras em sua dimensão sonora... Nessa concepção a leitura é concebida como decodificação, o que não é coerente com as características do nosso sistema de escrita, pois se a escrita pudesse ser decodificada haveria, apenas um som para representar cada letra da escrita.
Com base no livro Diante das Letras, p.132. Registrar o que elas irão dizer sobre isso.
Obs. A linguagem escrita é um objeto cultural, criado historicamente, portanto a sua aprendizagem requer mediação qualificada. Não basta expor as crianças ao ambiente alfabetizador, utilizando diversas estratégias (jogos, músicas , brincadeiras...) na crença que as crianças irão construir conhecimentos sozinhas. A apropriação da escrita requer mediação qualificada – o que e como ensinar são processos indissociáveis.
ABORDAR A RELAÇÃO ENTRE ENSINO E AVALIAÇÃO... ENTRE ENSINO A APRENDIZAGEM, NÃO HÁ APRENDIZAGEM SEM ENSINO... PODEMOS ABORDAR A PERDA DO PAPEL DE ESNINAR DO PROFESSOR NOS ULTIMOS ANOS...
Desenho e escrita são representações gráficas, portanto, da mesma natureza. O desenho refere-se a objetos do mundo e a escrita refere-se a linguagem oral. Os desenhos não representam palavras. Na escrita a palavra está representada e não os objetos que as palavras indicam.
A escrita tem pictogramas e outras formas de escrita. Nesse contexto, Cagliari (1998) sugere que, em vez de começar o trabalho com letras e palavras escritas ortograficamente, podemos mostrar aos alunos que eles conseguem ler outros sistemas de escrita, como a escrita pictográfica e ideográfica utilizadas de modo geral em nossa sociedade.
Apresentar o alfabeto, saber o nome das letras, o traçado... a partir desse conhecimento as crianças; Unidade abstrata (não é um único A mas tudo o que pode ser uma letra A); Ela se mantém sempre a mesma diante das inúmeras realizações gráfica que pode ter;
Aprender que não temos um único alfabeto, mas inúmeros. Mas que independente da mudança as letras continuam a receber o mesmo nome e representar o mesmo valor sonoro...
A categorização funcional das letras é controlada pela ortografia e tem a ver com as relações entre sons e letras e letras e sons, ou seja, Tem a ver com a função que as letras exercem no sistema de escrita.
Outras direções também são possíveis, mas lembrar que a escrita se assenta sobre um alinha de base e é em função desse suporte que interpretamos a posição da letra e seus valores, exceto quando estiver em coluna.
Precisa compreender que a escrita gira em torno de palavras e não apenas letras, o que facilita a tarefa do aluno na segmentação da fala para a escrita.
Como já foi dito, nosso sistema de escrita é alfabético e ortográfico. Se fosse apenas alfabético, o aluno, ao compreender que cada letra é um símbolo de um som e que cada som é simbolizado por uma letra, já estaria alfabetizado. Mas, como nosso sistema de escrita é também ortográfico as relações entre sons e letras não são biunívocas, pois não há um só grafema para representar determinado fonema.