O documento descreve uma prática de alfabetização numa perspectiva letrada realizada nas séries iniciais do ensino fundamental, enfatizando aspectos da linguagem escrita como um processo dinâmico e ativo nas práticas sociais da criança. A prática valoriza atividades contextualizadas, o brincar, a produção da criança e o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e escrita no cotidiano.
1. I CONGRESSO DOS COLÉGIOS DE
APLICAÇÃO DO PARANÁ
I MOSTRA DE PRÁTICAS DE ENSINO DE
ESTÁGIOS, DO PRODOCENCIA E DO
PIBID
DATA: 06, 07 de fevereiro de 2012
LOCAL: ANFITEATROS DO CCH (Universidade Estadual de
Londrina)
ALFABETIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA LETRADA: O TRABALHO
PEDAGÓGICO NO CONTEXTO DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Elizabet Tramontin Silveira Camargo pedagogabet@ig.com.br
2. ALFABETIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA
LETRADA: O TRABALHO PEDAGÓGICO
NO CONTEXTO DAS SÉRIES INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Elizabet Tramontin Silveira Camargo
pedagogabet@ig.com.br
Centro de Atenção a Criança e ao Adolescente Reitor Alvaro
Augusto Cunha Rocha – Universidade Estadual de Ponta
Grossa
CAIC/UEPG
GT01- Práticas de Ensino da Educação Infantil e Ensino
Fundamental
3. ... Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é,
antes de mais nada, aprender a ler o mundo,
compreender o seu contexto, não numa
manipulação mecânica de palavras, mas
numa relação dinâmica que vincula
linguagem e realidade.
(Paulo Freire)
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4. Objetiva Registrar a prática de Alfabetização
numa perspectiva letrada realizada no
contexto das séries iniciais do Ensino
Fundamental.
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5. O título...
Acredita-se que alfabetizar letrando,
simultaneamente e indissociavelmente, seja o
caminho para inserção da criança no mundo
da escrita.
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6. Alfabetização: é a aquisição de uma tecnologia - a
aprendizagem de um processo de representação:
codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação
de letras ou grafemas em sons;
Letramento: desenvolvimento de competências para o
uso da tecnologia da escrita nas praticas sociais que as
envolvem;
Alfabetizar letrando: desenvolve habilidades
necessárias para o uso da leitura e escrita nas práticas
sociais em que está inserido;.
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7. Apresenta-se uma vivência enquanto
coordenadora pedagógica durante a transição e
efetivação do Ensino fundamental de 9 anos e
reflexões sobre o letramento destacando os
aspectos da linguagem escrita como um processo
dinâmico e ativo nas práticas sociais em que a
criança vive e convive durante sua vida.
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8. O que contribuiu na efetivação da Prática
Conhecimento significativo e Dinâmica contextualizada,
desconsiderando-se uma prática mecânica e repetitiva: é o que dá
significado ao que a criança lê e escreve, exigindo do professor novas
formas de tornar o processo de ensino aprendizagem prazeroso.
Documentos lançados pelo governo para auxiliar na orientação
pedagógica sobre o desenvolvimento curricular e a organização do
trabalho pedagógico (para que o mesmo aconteça sem rupturas, com
ensino de qualidade sem antecipar a antiga 1ª série de 8 anos);
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9. -
(Re)organização do Projeto Político Pedagógico contribuindo para que
a criança sinta-se segura, num ambiente acolhedor e propício à
aprendizagem sem causar tanto impacto na organização da ação docente
e na transição da Educação Infantil para o ensino fundamental,
acontecendo de forma natural;
Compreender a concepção de criança, vista neste processo como
construtora, desde o início da sua vida;
A valorização da infância e desenvolvimento infantil onde o perfil da
criança de 6 anos é visto pela imaginação, curiosidade e desejo de
aprender de forma privilegiada de conhecer o mundo por meio
principalmente do brincar;
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10. O brincar como ferramenta pedagógica e o brincar espontâneo
considerados como diferentes modos de brincar;
A escola com a função da sistematização do conhecimento – da leitura e
da escrita – possibilitando a inserção da criança no mundo, numa
concepção de alfabetizar letrando.
Um ponto importante no processo que não pode deixar de ser
mencionado é o envolvimento dos pais
Então...
Destaca os aspectos da linguagem escrita como um processo dinâmico e
ativo nas práticas sociais em que a criança vive e convive durante sua
vida.
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11. Descrição do processo/ Experiência:
Espaço privilegiado: planejamentos semanais com a equipe e professores;
Matriz curricular, objetivos, planejamento, atividade dos alunos devem estar
em perfeita sintonia;
Diagnóstico de aprendizagem dos alunos;
Reorganização das ações mediante as necessidades;
O dia a dia de sala de aula é mediado pelo pedagogo.
O trabalho em sala de aula regado de leituras diárias, situações problemas com
questões do cotidiano dos alunos, desenhos, textos, músicas, cantigas,
brincadeiras, atividades lúdicas, jogos e outros...
A escola dá continuidade ao desenvolvimento da criança possibilitando a ela a
compreensão e o sentido no processo garantindo seu direito de brincar
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12. assuntos de interesse que irão investigar durante o ano letivo -temas
significativos, da realidade - Projetos de trabalho (Hernándes, 1998).
O professor que já conhece o seu grupo, sabe de seus interesses, tem a
autonomia para elencar uma temática que irá pautar o trabalho com os
alunos.
O trabalho organizado dessa forma necessita de uma capacidade de
gerenciamento do tempo por parte do professor de forma flexível e
particular. Cada um conduz de acordo com seu ritmo e também do seu
grupo de alunos.
Esgota-se a problemática da falta de material didático adequado. Pois
a produção de materiais e atividades são pré-elaboradas e selecionadas
nos planejamentos.
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13. A prática que vem sendo vivenciada, caracteriza-se em aspectos de modos de letrar
e dos percursos desse processo percorridos pelas crianças.
Produção da criança
após a professora
realizar atividades na
linha, no saguão da
escola e contar a
história “Como a
girafinha Flor fez uma
descoberta”; a “Cigarra
e a Formiga” Atividades
do Projeto TODAS AS
COISAS TEM NOME
que o grupo
desenvolve. Atividades
de leitura com
diferentes portadores
de textos devem ser
diárias.
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14. A
Correspondê
ncia Escolar
e uma forma
elaborada de
comunicação
,
neces sidade
de criar
contextos
significativos
para a
criança.
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16. Atividades contextualizadas onde o aluno experimenta situações significativas e
diversificadas. Atividade do projeto “Todas As Coisas Tem Nome” valorizando o
aluno favorecendo a autoestima, enfocando atividades sociais de aprendizagem .
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17. Texto cooperativo
realizado pelos
alunos no PROJETO
FOLCLORE. Ao
escrever no coletivo
a criança aprende
novos conhecimentos
sobre a língua
escrita. Também com
o uso do Jogo das
letras é fundamental
explicitar a criança o
sentido das palavras
e sons enfatizando o
que ela já possui.
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18. No Diagnóstico possibilita identificar as hipóteses sobre a língua escrita e com isso adequar o planejamento
de acordo com as necessidades de aprendizagem de cada aluno e do grupo (a escrita da mesma criança em
6 meses). Propiciar atividades onde a criança escreva segundo suas hipóteses é fundamental para refletir
sobre a escrita. Dicionário uma proposta para construção de palavras do contexto.
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O desenho não só como liberdade de expressão, mas também, resultado de atividade
envolvendo aspectos cognitivos, representação da realidade, formação de conceito
condição de linguagem e conhecimento construído
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20.
Valorizar o Brincar como forma de aprendizagem. As brincadeiras
são linguagens não verbais pelas quais as crianças se expressam
demonstrando sua realidade e construindo conhecimento.
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21. Ainda...
Atividades de leitura de histórias criadas pelas crianças e registradas pela
professora;
Levantamento das propostas diárias com a participação dos alunos;
A cultura letrada sobressai com títulos de filmes que são discutidos e
selecionados para assistirem;
A prática de bilhetes;
Problematizações a cerca de decisões que precisam ser tomadas pelo grupo
nas assembleias inicial (manhã) e final (tarde);
Construção das normas disciplinares;
Jogos pedagógicos;
Brincadeiras ao ar livre;
A construção do número de forma lúdica com situações problemas do dia a
dia;
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22. Resultados Obtidos
A criança cria uma leitura particular de mundo e deve ser
respeitada em sua especificidade;
As relações que a criança estabelece no contexto deve ser
articulada com a escola visando um aprendizado e bases
qualitativas e dialógicas. Cada um, a sua maneira vai se
construindo;
A prática pedagógica se efetiva oportunizando níveis qualitativos
de aprendizagem;
O professor precisa ter fundamentação teórica para nortear sua
prática em sala de aula com bom domínio numa dimensão inovadora
e possibilitadora de articulação com o contexto da criança;
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23. REFERÊNCIAS
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BORBA, Â. M. O brincar como um modo de ser estar no mundo. In: BRASIL. Ensino Fundamental de 9 anos: orientações para a inclusão da
criança de 6 anos de idade. 2 d. Brasília: MEC/SEB, 2007.
BRANDÃO, C. F. ; PASCHOL, J. (org.) D. Ensino Fundamental de Nove Anos Teoria e Prática na sala de aula. São Paulo: Avercamp, 2009.
BRASIL. Lei nº 11.274 de 6 de fevereiro de 2006. Aprova o Ensino Fundamental de nove anos de duração. Diário Oficial [da] Republica Federativa
do Brasil, DF, 7 de fev de 2006.
CORSINO, P. As crianças de 6 anos e as áreas de conhecimento. In: Brasil. Ministério da Educação e Cultura Ensino Fundamental de Nove Anos:
Orientações para a inclusão de crianças de 6 anos. Brasília: MEC/SEB 2006.
DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2004.
FREINET, C. Pedagogia do Bom Senso. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: autores Associados; Cortez, 1989 (coleção polêmicas de nosso
tempo).
_________ Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GONTIJO, C. M. M. Alfabetização: a criança e a linguagem escrita. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2003. (coleção Educação
Contemporânea)
HERNÁNDEZ, F. ; RODRIGUEZ, J. H. Transgressão e mudança na Educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed. 1998.
NUCCI, E. P. di . Alfabetizar letrando: Um desafio para o professor. In: Leite, S.A.S. Alfabetização e letramento: Contribuições para as Práticas
Pedagógicas. São Paulo: Komedi, 2001.
PARANÁ. Orientações para (re)elaboração, implantação e avaliação de proposta pedagógica na educação infantil. Curitiba: SEED, 2006.
________ Ensino Fundamental de 9 anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. (autores: Angela Mari Gusso...[et al.]; organizadores:
Arleandra Cristina Talin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulel). –Curitiba, Pr : Secretaria de Estado da Educação 2010.
176 p. ; 30cm.
SOARES, M. B. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, n.25, p.78-94, jan/abril. 2003
______________ Letrar é mais do que alfabetizar: http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-alfabetizar-
letrar/lecto-escrita/artigos/letrar%20%C3%A9%20mais%20que%20alfabetizar.pdf acesso In: 03/08/2011
WEBARTIGOS: http://www.webartigos.com/artigos/o-letramento-na-educação-muito-alem-de-‘um-metododo. Acesso In:
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