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NÍVEIS DE ESCRITA 
Psicogênese da Língua Escrita
PRIMEIRO PERÍODO: DISTINÇÃO ENTRE 
MODOS DE REPRESENTAÇÃO ICÔNICO E 
NÃO ICÔNICO 
 Pré-silábico Icônico: Indiferenciação entre desenho 
e escrita: Representação icônica 
O grafismo reproduz a forma do 
objeto. 
Lista de animais. Emma 
03 anos.
SEGUNDO PERÍODO: FORMAS DE DIFERENCIAÇÃO 
DAS ESCRITAS – NÍVEL PRÉ-SILÁBICO 
 Escrever não é a mesma coisa que desenhar – 
Grafismo não icônico. 
Marcas distintas 
representam 
desenho e escrita.
 Grafismos primitivos: Rabiscos e Pseudoletras
 Escritas sem controle de quantidade 
A criança pode ocupar todo espaço da página com os rabiscos, pseudoletras ou letras
 Uso de letras e números 
A criança percebe a existência de 
signos gráficos distintos: letras e 
números. Em algum momento pode 
utilizar ambos na escrita.
 Escritas Fixas 
Escreve todas as palavras 
utilizando o mesmo 
conjunto de caracteres e na 
mesma ordem.
Diferenciação da 
Escrita: Para “poder 
ler”, é preciso que 
haja diferença na 
escrita das palavras
 Quantidade mínima de letras 
Expressa-se a lógica de que 
para “pode ler” é necessário 
que a palavra tenha uma 
quantidade mínima de letras, 
geralmente três.
 Diferença segundo a característica do objeto 
Com relação a quantidade de objetos 
Com relação ao 
tamanho do objeto
 Diferenciação na ordem e variedade das letras. 
A criança escreve utilizando 
praticamente os mesmos 
caracteres e na mesma 
quantidade, mas diferencia a 
ordem dos mesmos para 
distinguir as palavras.
Nestas escritas as crianças 
diferenciam quanto a 
quantidade e quanto a 
variedade das letras.
 As hipóteses de escrita apresentadas pelas 
crianças no nível pré-silábico não são lineares, 
nem ocorre de igual maneira para todas. As 
crianças podem ainda apresentar, 
simultaneamente, diferentes representações. Por 
exemplo: 
Produzir escritas fixas, mas com quantidade mínima de letras 
Utilizar 
pseudoletras, 
mas diferenciar 
quanto a ordem 
das letras 
Não distinguir 
letras e números, 
mas diferenciar 
quanto a 
variedade e ordem 
de caracteres.
TERCEIRO PERÍODO: FONETIZAÇÃO DA ESCRITA – 
DA ESCRITA SILÁBICA À ESCRITA ALFABÉTICA 
 ESCRITAS SILÁBICAS 
“Este nível está caracterizado pela tentativa de dar 
um valor sonoro a cada uma das letras que 
compõem uma escrita. (...) cada letra vale por uma 
sílaba.” (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 209).
 Silábico sem valor sonoro (quantitativo) 
“Sobre o eixo quantitativo, isto se exprime na descoberta de que a quantidade de 
letras com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a 
quantidade de partes que se reconhece na emissão oral.” (FERREIRO, 2010, p. 
27) 
Pode ocorrer, 
excepcionalmente, 
grafias distintas das 
formas das letras. Mas 
cada grafia representa 
uma unidade sonora 
sem correspondência 
som/letra.
Cada sílaba é representada por uma letra sem correspondência som – grafia. 
LAPISEIRA 
CADERNO 
LÁPIS 
GIZ 
(...) a hipótese silábica cria suas 
próprias condições de 
contradição: contradição entre o 
controle silábico e a quantidade 
mínima de letras que uma escrita 
deve possuir para ser 
interpretável (...). (Ferreiro, 2010, 
p. 27).
A variedade de signos gráficos 
utilizados como referência pela criança 
depende do repertório de letras que ela 
já possui.
 Silábico com valor sonoro (qualitativo) 
“No mesmo período – embora não necessariamente ao mesmo tempo – as letras 
podem começar a adquirir valores sonoros (silábicos) relativamente estáveis, o 
que leva a se estabelecer correspondência com o eixo qualitativo: as partes 
sonoras semelhantes entre as palavras começam a se exprimir por letras 
semelhantes.” (FERREIRO, 2010, p. 29) 
É muito comum nessa fase a 
utilização das vogais como a 
unidade que representa a 
sílaba.
Mas o contrário também se 
pode observar, escritas 
predominantemente com 
consoantes.
Escrita silábica com 
vogais e consoantes
As crianças podem produzir textos ou reescrever textos que possuem de 
memória utilizando a hipótese silábica
 ESCRITAS SILÁBICO-ALFABÉTICAS 
“O período silábico-alfabético marca a transição 
entre os esquemas prévios em via de serem 
abandonados e os esquemas futuros em vias de 
serem construídos.” (FERREIRO, 2010, p. 29)
Percebe-se que a 
criança começa a 
considerar que a 
sílaba não é a menor 
unidade analisável. 
Passa então a alternar 
escritas silábicas com 
escritas parcialmente 
alfabéticas.
Nesta escrita se percebe uma análise bem mais criteriosa. Nesse 
momento a criança sabe que não basta uma letra por sílaba e que a 
identidade do som não corresponde diretamente à identidade da 
letra, essa desequilibração possibilita a progressão ao nível 
Alfabético.
 ESCRITA ALFABÉTICA 
“Neste nível, a escrita e a leitura operam sobre os 
princípios alfabéticos (...) os novos problemas que 
se apresentam são de índole ortográfica.” 
(FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 321)
Presença da análise 
fonêmica sem, no entanto, 
estar de acordo com 
padrões ortográficos. 
Representação arbitrária 
dos sons da fala.
Escrita de um adulto no 
nível alfabético
LEMBRANDO QUE... 
 Os conflitos de escrita não se esgotam quando a 
criança chega ao nível alfabético, como orienta o 
livro da unidade 03, ano 02. Três subcategorias 
desse nível merecem destaque:
REFERÊNCIAS 
CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. 
Como as crianças aprendem e como o professor 
pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: 
Artes Médicas Sul, 2000. 
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São 
Paulo: Cortez, 2010. 
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da 
língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 
1999.

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Níveis de escrita: da representação icônica à alfabetização

  • 1. NÍVEIS DE ESCRITA Psicogênese da Língua Escrita
  • 2. PRIMEIRO PERÍODO: DISTINÇÃO ENTRE MODOS DE REPRESENTAÇÃO ICÔNICO E NÃO ICÔNICO  Pré-silábico Icônico: Indiferenciação entre desenho e escrita: Representação icônica O grafismo reproduz a forma do objeto. Lista de animais. Emma 03 anos.
  • 3. SEGUNDO PERÍODO: FORMAS DE DIFERENCIAÇÃO DAS ESCRITAS – NÍVEL PRÉ-SILÁBICO  Escrever não é a mesma coisa que desenhar – Grafismo não icônico. Marcas distintas representam desenho e escrita.
  • 4.  Grafismos primitivos: Rabiscos e Pseudoletras
  • 5.
  • 6.  Escritas sem controle de quantidade A criança pode ocupar todo espaço da página com os rabiscos, pseudoletras ou letras
  • 7.  Uso de letras e números A criança percebe a existência de signos gráficos distintos: letras e números. Em algum momento pode utilizar ambos na escrita.
  • 8.  Escritas Fixas Escreve todas as palavras utilizando o mesmo conjunto de caracteres e na mesma ordem.
  • 9. Diferenciação da Escrita: Para “poder ler”, é preciso que haja diferença na escrita das palavras
  • 10.  Quantidade mínima de letras Expressa-se a lógica de que para “pode ler” é necessário que a palavra tenha uma quantidade mínima de letras, geralmente três.
  • 11.  Diferença segundo a característica do objeto Com relação a quantidade de objetos Com relação ao tamanho do objeto
  • 12.  Diferenciação na ordem e variedade das letras. A criança escreve utilizando praticamente os mesmos caracteres e na mesma quantidade, mas diferencia a ordem dos mesmos para distinguir as palavras.
  • 13. Nestas escritas as crianças diferenciam quanto a quantidade e quanto a variedade das letras.
  • 14.  As hipóteses de escrita apresentadas pelas crianças no nível pré-silábico não são lineares, nem ocorre de igual maneira para todas. As crianças podem ainda apresentar, simultaneamente, diferentes representações. Por exemplo: Produzir escritas fixas, mas com quantidade mínima de letras Utilizar pseudoletras, mas diferenciar quanto a ordem das letras Não distinguir letras e números, mas diferenciar quanto a variedade e ordem de caracteres.
  • 15. TERCEIRO PERÍODO: FONETIZAÇÃO DA ESCRITA – DA ESCRITA SILÁBICA À ESCRITA ALFABÉTICA  ESCRITAS SILÁBICAS “Este nível está caracterizado pela tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita. (...) cada letra vale por uma sílaba.” (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 209).
  • 16.  Silábico sem valor sonoro (quantitativo) “Sobre o eixo quantitativo, isto se exprime na descoberta de que a quantidade de letras com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a quantidade de partes que se reconhece na emissão oral.” (FERREIRO, 2010, p. 27) Pode ocorrer, excepcionalmente, grafias distintas das formas das letras. Mas cada grafia representa uma unidade sonora sem correspondência som/letra.
  • 17. Cada sílaba é representada por uma letra sem correspondência som – grafia. LAPISEIRA CADERNO LÁPIS GIZ (...) a hipótese silábica cria suas próprias condições de contradição: contradição entre o controle silábico e a quantidade mínima de letras que uma escrita deve possuir para ser interpretável (...). (Ferreiro, 2010, p. 27).
  • 18. A variedade de signos gráficos utilizados como referência pela criança depende do repertório de letras que ela já possui.
  • 19.  Silábico com valor sonoro (qualitativo) “No mesmo período – embora não necessariamente ao mesmo tempo – as letras podem começar a adquirir valores sonoros (silábicos) relativamente estáveis, o que leva a se estabelecer correspondência com o eixo qualitativo: as partes sonoras semelhantes entre as palavras começam a se exprimir por letras semelhantes.” (FERREIRO, 2010, p. 29) É muito comum nessa fase a utilização das vogais como a unidade que representa a sílaba.
  • 20. Mas o contrário também se pode observar, escritas predominantemente com consoantes.
  • 21. Escrita silábica com vogais e consoantes
  • 22. As crianças podem produzir textos ou reescrever textos que possuem de memória utilizando a hipótese silábica
  • 23.  ESCRITAS SILÁBICO-ALFABÉTICAS “O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas prévios em via de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de serem construídos.” (FERREIRO, 2010, p. 29)
  • 24. Percebe-se que a criança começa a considerar que a sílaba não é a menor unidade analisável. Passa então a alternar escritas silábicas com escritas parcialmente alfabéticas.
  • 25. Nesta escrita se percebe uma análise bem mais criteriosa. Nesse momento a criança sabe que não basta uma letra por sílaba e que a identidade do som não corresponde diretamente à identidade da letra, essa desequilibração possibilita a progressão ao nível Alfabético.
  • 26.  ESCRITA ALFABÉTICA “Neste nível, a escrita e a leitura operam sobre os princípios alfabéticos (...) os novos problemas que se apresentam são de índole ortográfica.” (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 321)
  • 27. Presença da análise fonêmica sem, no entanto, estar de acordo com padrões ortográficos. Representação arbitrária dos sons da fala.
  • 28. Escrita de um adulto no nível alfabético
  • 29. LEMBRANDO QUE...  Os conflitos de escrita não se esgotam quando a criança chega ao nível alfabético, como orienta o livro da unidade 03, ano 02. Três subcategorias desse nível merecem destaque:
  • 30. REFERÊNCIAS CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. Como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2010. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.