2. PRIMEIRO PERÍODO: DISTINÇÃO ENTRE
MODOS DE REPRESENTAÇÃO ICÔNICO E
NÃO ICÔNICO
Pré-silábico Icônico: Indiferenciação entre desenho
e escrita: Representação icônica
O grafismo reproduz a forma do
objeto.
Lista de animais. Emma
03 anos.
3. SEGUNDO PERÍODO: FORMAS DE DIFERENCIAÇÃO
DAS ESCRITAS – NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
Escrever não é a mesma coisa que desenhar –
Grafismo não icônico.
Marcas distintas
representam
desenho e escrita.
6. Escritas sem controle de quantidade
A criança pode ocupar todo espaço da página com os rabiscos, pseudoletras ou letras
7. Uso de letras e números
A criança percebe a existência de
signos gráficos distintos: letras e
números. Em algum momento pode
utilizar ambos na escrita.
8. Escritas Fixas
Escreve todas as palavras
utilizando o mesmo
conjunto de caracteres e na
mesma ordem.
10. Quantidade mínima de letras
Expressa-se a lógica de que
para “pode ler” é necessário
que a palavra tenha uma
quantidade mínima de letras,
geralmente três.
11. Diferença segundo a característica do objeto
Com relação a quantidade de objetos
Com relação ao
tamanho do objeto
12. Diferenciação na ordem e variedade das letras.
A criança escreve utilizando
praticamente os mesmos
caracteres e na mesma
quantidade, mas diferencia a
ordem dos mesmos para
distinguir as palavras.
13. Nestas escritas as crianças
diferenciam quanto a
quantidade e quanto a
variedade das letras.
14. As hipóteses de escrita apresentadas pelas
crianças no nível pré-silábico não são lineares,
nem ocorre de igual maneira para todas. As
crianças podem ainda apresentar,
simultaneamente, diferentes representações. Por
exemplo:
Produzir escritas fixas, mas com quantidade mínima de letras
Utilizar
pseudoletras,
mas diferenciar
quanto a ordem
das letras
Não distinguir
letras e números,
mas diferenciar
quanto a
variedade e ordem
de caracteres.
15. TERCEIRO PERÍODO: FONETIZAÇÃO DA ESCRITA –
DA ESCRITA SILÁBICA À ESCRITA ALFABÉTICA
ESCRITAS SILÁBICAS
“Este nível está caracterizado pela tentativa de dar
um valor sonoro a cada uma das letras que
compõem uma escrita. (...) cada letra vale por uma
sílaba.” (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 209).
16. Silábico sem valor sonoro (quantitativo)
“Sobre o eixo quantitativo, isto se exprime na descoberta de que a quantidade de
letras com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a
quantidade de partes que se reconhece na emissão oral.” (FERREIRO, 2010, p.
27)
Pode ocorrer,
excepcionalmente,
grafias distintas das
formas das letras. Mas
cada grafia representa
uma unidade sonora
sem correspondência
som/letra.
17. Cada sílaba é representada por uma letra sem correspondência som – grafia.
LAPISEIRA
CADERNO
LÁPIS
GIZ
(...) a hipótese silábica cria suas
próprias condições de
contradição: contradição entre o
controle silábico e a quantidade
mínima de letras que uma escrita
deve possuir para ser
interpretável (...). (Ferreiro, 2010,
p. 27).
18. A variedade de signos gráficos
utilizados como referência pela criança
depende do repertório de letras que ela
já possui.
19. Silábico com valor sonoro (qualitativo)
“No mesmo período – embora não necessariamente ao mesmo tempo – as letras
podem começar a adquirir valores sonoros (silábicos) relativamente estáveis, o
que leva a se estabelecer correspondência com o eixo qualitativo: as partes
sonoras semelhantes entre as palavras começam a se exprimir por letras
semelhantes.” (FERREIRO, 2010, p. 29)
É muito comum nessa fase a
utilização das vogais como a
unidade que representa a
sílaba.
20. Mas o contrário também se
pode observar, escritas
predominantemente com
consoantes.
22. As crianças podem produzir textos ou reescrever textos que possuem de
memória utilizando a hipótese silábica
23. ESCRITAS SILÁBICO-ALFABÉTICAS
“O período silábico-alfabético marca a transição
entre os esquemas prévios em via de serem
abandonados e os esquemas futuros em vias de
serem construídos.” (FERREIRO, 2010, p. 29)
24. Percebe-se que a
criança começa a
considerar que a
sílaba não é a menor
unidade analisável.
Passa então a alternar
escritas silábicas com
escritas parcialmente
alfabéticas.
25. Nesta escrita se percebe uma análise bem mais criteriosa. Nesse
momento a criança sabe que não basta uma letra por sílaba e que a
identidade do som não corresponde diretamente à identidade da
letra, essa desequilibração possibilita a progressão ao nível
Alfabético.
26. ESCRITA ALFABÉTICA
“Neste nível, a escrita e a leitura operam sobre os
princípios alfabéticos (...) os novos problemas que
se apresentam são de índole ortográfica.”
(FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 321)
27. Presença da análise
fonêmica sem, no entanto,
estar de acordo com
padrões ortográficos.
Representação arbitrária
dos sons da fala.
29. LEMBRANDO QUE...
Os conflitos de escrita não se esgotam quando a
criança chega ao nível alfabético, como orienta o
livro da unidade 03, ano 02. Três subcategorias
desse nível merecem destaque:
30. REFERÊNCIAS
CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M.
Como as crianças aprendem e como o professor
pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul, 2000.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São
Paulo: Cortez, 2010.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da
língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1999.