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Paulo já leu José Paulo lemos. Paulo escreveu uma redação sobre José Paulo Lemos.
                          Paulo já sabe ler. Paulo já sabe escrever.

Quando se diz que Paulo já sabe ler, entende-se que ele está semi-alfabetizado (reconhece as
letras e consegue “juntá-las” para a sua leitura). Quando se diz que Paulo já sabe escrever,
entende-se que ele está em um processo mais avançado: reconhece as letras, consegue
“juntá-las” e formar certo tipo de frase.
Quando se diz Paulo já leu José Paulo Lemos, entende-se que, além de reconhecer as letras e
conseguir juntá-las para sua leitura, ele, ainda, fez uma leitura específica sobre o autor ou
sobre alguma obra dele, ou seja, ele está em outro processo de leitura conseguindo ler algo
específico sobre alguém ou sobre algo. Quando se diz Paulo escreveu uma redação sobre José
Paulo Lemos, entende-se que, além de Paulo saber as letras do alfabeto, “juntá-las”, formar
certo tipo de frase, ele está em um processo mais avançado do que as outras alternativas pois,
provavelmente, tenha algum conhecimento sobre como produzir um texto.

 Variedades lingüísticas: porque é diferencial e como ajudam no processo de alfabetização

A linguagem é uma ferramenta para pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar,
argumentar, negociar significados, cooperar, de forma que o ser humano possa participar do
mundo social. Portanto, a linguagem, pela sua natureza, é transdisciplinar uma vez que é por
meio dela que a capacidade humana articula significados coletivos e compartilha-os, em
sistemas arbitrários de representação que variam de acordo com a necessidade e experiência
de vida em sociedade.
Como cada ser humano possui seu modo de pensar e a linguagem é uma atividade mental,
ocorrem variações lingüísticas. O respeito às variedades lingüísticas e o seu reconhecimento
nas diversas áreas do conhecimento é princípio escolar. Não faz sentido que se pretenda que
exista apenas uma norma na Língua. Precisa-se trabalhar em sala de aula com todas as
variedades lingüísticas porque nas práticas sociais e na história elas se confrontam e fazem
com que a circulação de sentidos produza formas sensoriais e cognitivas diferenciadas. Nas
interações, relações comunicativas de conhecimento e reconhecimento, códigos, símbolos, são
gerados e transformados e representações são convencionadas e padronizadas. Os códigos são
mostrados nos discursos, gramáticas, fonologia, etc.
Então, as variedades lingüísticas ajudam no processo de alfabetização e, como tal, deve-se
mostrar aos discentes as mais diferentes formas de linguagem (verbal e não verbal): o que são,
para que servem, quando e como utilizá-las.

                             Quando a criança está alfabetizada


A criança ou qualquer outra pessoa está alfabetizada quando ela for capaz de fazer perguntas
a respeito da formação das palavras porque já introjetou que a escrita é um código e, como
tal, possui regras estabelecidas que devem ser seguidas.

Uma criança alfabetizada é aquela que tem a noção precisa de que a língua não se inventa a
cada dia, que as palavras pertencem a todos e que foram compostas a partir de determinadas
regras; que o sistema lingüístico é flexível, pois novas palavras estão continuamente
aparecendo, mas todas elas surgem de forma coerente com o próprio sistema.

Se a criança compreende isso, ela vai tentar seguir as tais regras de formação vocabular, de
adequação sintática e semântica e será capaz de ler, compreendendo os significados dos
textos, assim como de escrever suas próprias produções textuais. A alfabetização não se
resume em um processo de conhecimento das letras, mas de como elas se combinam, quais
são as possibilidades que elas contêm de se aglutinarem formando sílabas, destas sílabas se
justaporem formando palavras e de palavras comporem frases e textos.




                              Diferenças entre alfabetizar e letrar

Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na
escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente
para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples
aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-
se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se. O conceito de letramento, embora
ainda não registrado nos dicionários brasileiros, tem seu aflorar devido à insuficiência
reconhecida do conceito de alfabetização. Entretanto, estudiosos o conceituam para melhor
entendimento do assunto.
Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as
práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler e lê jornais,
revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho,
suas contas de água, luz, telefone; sabe escrever e escreve cartas, bilhetes, telegramas sem
dificuldade, sabe preencher um formulário, sabe redigir um ofício, um requerimento. Portanto,
letrar é mais do que alfabetizar: é ir além da simples aquisição do código escrito, é fazer uso da
leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas.
Alfabetização, por sua vez, é orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, é
ensiná-la a ler e a escrever. Então, alfabetizar consiste no aprendizado do alfabeto e de sua
utilização como código de comunicação.
Ainda temos: o letramento “focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema
escrito por uma sociedade” (TFOUNI, 1995), e, é o estado ou condição de quem não apenas
sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita (SOARES, 2003:
56-57).




                              Como podemos alfabetizar letrando

O professor deve fornecer ferramentas para o aluno construir o seu processo de aprendizagem
da leitura e escrita.

Na etapa inicial, isto é, na Educação Infantil, a escola tem obrigação de ajudar o aluno a se
apropriar da escrita alfabética e informatizar o seu uso.

Para realizar essa tarefa, o professor não deve deixar o aluno se esforçar sozinho para
entender este processo, ou seja, ele deve ter o papel de mediador. O professor deve ajudar o
aluno a refletir sobre palavras retiradas de textos lidos (além de outras que são significativas
para o aluno).

É essencial praticar a leitura e a escrita no cotidiano escolar “trabalhar com palavras”,
propiciar aos alunos refletir sobre elas, montá-las e desmontá-las.
Nessas ocasiões, mesmo ainda sem saber ler convencionalmente, os alunos poderão se
apoderar de algumas estratégias de leitura que podem ser antes, durante ou depois dela, tais
como: estratégias de antecipação, de checagem de hipóteses, de comparação, entre outras (
utilizadas por um cidadão letrado).

Explorando e, também, produzindo textos observados pelo professor ou por outro aluno já
“alfabetizado”, os alunos estarão desenvolvendo conhecimentos sobre a linguagem que se
utiliza nos textos que percorrem a sociedade letrada.

Com base nos estudos e pesquisas atuais, “Alfabetizar letrando” requer: democratizar a
vivência de práticas de uso da leitura e da escrita e ajudar o aluno a, ativamente, reconstruir
essa invenção social que é a escrita alfabética.

Se a escrita alfabética é uma invenção cultural, seguindo as idéias de Vygotsky, os professores,
como membros mais experientes da cultura, devem auxiliar os alunos a prestar atenção,
analisar e refletir sobre os pedaços sonoros e escritos das palavras.

Na década de 80, com Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, o professor começou a repensar a sua
prática cotidiana em sala de aula. Nos dias de hoje, sabemos que um indivíduo plenamente
alfabetizado é “aquele capaz de atuar com êxito nas mais diversas situações de uso da língua
escrita.

Dessa forma, não basta apenas ter o domínio do código alfabético, isto é, saber codificar e
decodificar um texto: é necessário conhecer a diversidade de textos que percorrem a
sociedade, suas funções e as ações necessárias para interpretá-los e produzi-los.

O processo de alfabetização ocorre durante toda a escolaridade e tem início antes mesmo da
criança ingressar na escola. Implica em tomar como ponto de partida, o texto, pois este é
revestido de função social e não mais as palavras ou sílabas sem sentido.

O professor deve buscar um vocabulário que tenha realmente significado para seus alunos,
isto é, que seja retirado das suas experiências. Atualmente, a cartilha não é o recurso mais
favorável à aprendizagem da leitura e da escrita, principalmente, porque não tem qualquer
significado para o aluno e apresenta textos desconexos, apenas garantindo a “memorização
das famílias silábicas”.

Para Teberosky, deve ser considerada no processo de alfabetização, a diferenciação entre a
escrita e a linguagem. Segundo a autora, a escrita deve ser entendida como um sistema de
notação, que no caso da língua portuguesa é alfabetização (conhecer as letras, sua
organização, sinais de pontuação, letra maiúscula, ortografia, etc.).

A linguagem escrita é definida como as formas de discurso, as condições e situações de uso
nas quais a escrita possa ser utilizada (cartas, bilhetes, notícias, relatos científicos, etc.)

Inicialmente, o professor precisa tomar por base o texto e não mais as palavras-chaves. O
texto deve ser o elemento fundamental para inserir a criança no universo letrado.

Além da escrita espontânea, pode ser considerado também o trabalho com modelos, que
possibilitam as crianças comparem suas hipóteses com o convencional.
Através de listas de palavras de um mesmo campo da semântica (brinquedos, jogos prediletos,
comidas preferidas, personagens de livros e gibis, nomes dos alunos da classe, frutas, das
parlendas e de outros textos), as crianças, hoje, podem ampliar suas concepções e progredir
na aquisição da base alfabética como na compreensão de outros aspectos (a grafia correta das
palavras, o uso de sinais gráficos, etc.).

Simultaneamente, os diversos tipos de texto necessitam aparecer como objeto de análise,
propiciando aos alunos diferenciá-los, conhecer melhor suas funções e características
particulares. Para que isso ocorra, é essencial que saibam interpretá-los e escrevê-los.

A expressão pessoal (bilhetes, cartas, diários, receitas culinárias, etc.) deve fazer parte do
trabalho do professor, N entanto, esta deve vir acompanhada pela escrita de outros textos,
inclusive com o apoio de modelos.

Cabe à escola, desde a Educação Infantil, alimentar a reflexão sobre as palavras, observando,
por exemplo, que há palavras maiores que outras, que algumas palavras rimam, que
determinadas palavras tem “pedaços” iniciais semelhantes, que aqueles “pedaços”
semelhantes se escrevem muitas vezes com as mesmas letras, etc.

Não se trata de apresentar fonemas para que os alunos memorizem isoladamente os grafemas
que correspondem a eles na nossa língua. Como o aprendizado do sistema de escrita
alfabética é, acima de tudo, conceitual, o que é preciso é que os alunos possam manipular,
montar, desmontar palavras, observando suas propriedades; quantidade e ordem de letras,
letras que se repetem, pedaços de palavras que se repetem, e que tem som idêntico.

O professor deve estimular o desenvolvimento das habilidades dos alunos de reflexão sobre as
relações entre partes faladas e partes escritas no interior das palavras.

O uso das palavras estáveis como os nomes próprios e de certos tipos de letra, como a letra de
imprensa ou letra script, tem uma explicação.

Quanto às palavras que se tornam “estáveis”, o fato de o aluno ter memorizado sua
configuração, possibilita-lhe refletir sobre as relações parte-todo tentando desvendar o
mistério daquelas relações; por que a palavra inicia com determinada letra e continua com
aquelas outras naquela ordem? Por que falamos tantas (pedaços) sílabas e tem mais letras
quando escrevemos?

Quanto ao uso das letras de imprensa ou script, o fato de terem um traçado mais simplificado,
e de cada letra aparecer mais separada das demais, possibilitando ao aluno saber onde
começa e termina cada letra, permite ao aluno investir no trabalho cognitivo, fazer uma
reflexão necessária à reconstrução do objeto de conhecimento, isto é, o sistema alfabético.

O professor deve garantir que as práticas escolares ajudem o aluno a refletir enquanto
aprende e a descobrir os prazeres e ganhos que se pode experimentar quando a aprendizagem
do sistema de escrita é vivenciada como um meio para, independentemente, exercer a leitura
e a escrita dos cidadãos letrados.



                          Como devemos ensinar a ler e a escrever
O ato de ler é uma atividade complexa que envolve hábitos diários e estratégias de leitura. A
leitura na escola deve trabalhar com a diversidade de textos e de combinações entre eles a fim
de tomar esta prática social em aprendizagem.

Segundo o PCN:

“Para aprender a ler, portanto, é preciso interagir com a diversidade de textos escritos, testemunhar a
utilização que os já leitores fazem parte deles e participar de atos de leitura de fato; é preciso negociar
o conhecimento que já se tem e o que é apresentado pelo texto, o que está atrás e diante dos olhos,
recebendo incentivo e ajuda de leitores experientes.

A leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler é resposta a um objetivo, a uma
necessidade pessoal”. (p. 56-57)




Nesse ínterim, cabe ao educador e a família do aluno mostrar caminhos para que a criança
goste de ler. À família cabe auxiliar a criança na leitura de seu mundo e incentivá-la a ler e reler
o seu contexto sócio-cultural. A leitura em família é também um tempo de elo, de ligação
entre seus membros e este contato alimenta conhecimento, troca de idéias, diálogo, afeto,
contato com livros/jornais/revistas/etc, bem como, transmite valores emocionais, psicológicos,
físicos, cognitivos e lingüísticos.

Em sala de aula, se faz necessário além de bons materiais de leitura e próprios de acordo com
a idade, o incentivo para a leitura. Inicialmente, na escola, deve-se trabalhar com narrativas
curtas, que apresentem início/meio/fim, personagens simples e linguagem clara (ex.: fábulas e
contos). O texto deve ser de acordo com o universo do sujeito e que seu conteúdo seja vivo e
de interesse do grupo instigando-os ao interesse pela leitura, despertando-os pela curiosidade
e crítica. Também se faz necessário o professor mediar estratégias de leitura junto aos seus
alunos uma vez que, quanto mais informações um leitor possuir sobre o texto (verbal ou não
verbal) que lerá, menos precisará se fixar nele para construir a interpretação.

Quanto à escrita, processo mais complexo, o educador deve entender que aprender a escrever
envolve dois processos paralelos: o de compreender o sistema da escrita da língua e o
funcionamento da linguagem que se usa para escrever. Feito isto ele planejará suas aulas
definindo o conteúdo temático de suas aulas no que se refere a aprendizagem da escrita. Ou
seja, o conjunto de conhecimentos dos mundos físico e social guardado e organizado na
memória do futuro produtor texto. Dessa forma, o produtor de texto elabora sócio-
historicamente o seu texto e controla o que e como escreve, vinculado a um gênero textual.

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Alfabetização, letramento, variedade linguística, leitura, escrita

  • 1. Paulo já leu José Paulo lemos. Paulo escreveu uma redação sobre José Paulo Lemos. Paulo já sabe ler. Paulo já sabe escrever. Quando se diz que Paulo já sabe ler, entende-se que ele está semi-alfabetizado (reconhece as letras e consegue “juntá-las” para a sua leitura). Quando se diz que Paulo já sabe escrever, entende-se que ele está em um processo mais avançado: reconhece as letras, consegue “juntá-las” e formar certo tipo de frase. Quando se diz Paulo já leu José Paulo Lemos, entende-se que, além de reconhecer as letras e conseguir juntá-las para sua leitura, ele, ainda, fez uma leitura específica sobre o autor ou sobre alguma obra dele, ou seja, ele está em outro processo de leitura conseguindo ler algo específico sobre alguém ou sobre algo. Quando se diz Paulo escreveu uma redação sobre José Paulo Lemos, entende-se que, além de Paulo saber as letras do alfabeto, “juntá-las”, formar certo tipo de frase, ele está em um processo mais avançado do que as outras alternativas pois, provavelmente, tenha algum conhecimento sobre como produzir um texto. Variedades lingüísticas: porque é diferencial e como ajudam no processo de alfabetização A linguagem é uma ferramenta para pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, negociar significados, cooperar, de forma que o ser humano possa participar do mundo social. Portanto, a linguagem, pela sua natureza, é transdisciplinar uma vez que é por meio dela que a capacidade humana articula significados coletivos e compartilha-os, em sistemas arbitrários de representação que variam de acordo com a necessidade e experiência de vida em sociedade. Como cada ser humano possui seu modo de pensar e a linguagem é uma atividade mental, ocorrem variações lingüísticas. O respeito às variedades lingüísticas e o seu reconhecimento nas diversas áreas do conhecimento é princípio escolar. Não faz sentido que se pretenda que exista apenas uma norma na Língua. Precisa-se trabalhar em sala de aula com todas as variedades lingüísticas porque nas práticas sociais e na história elas se confrontam e fazem com que a circulação de sentidos produza formas sensoriais e cognitivas diferenciadas. Nas interações, relações comunicativas de conhecimento e reconhecimento, códigos, símbolos, são gerados e transformados e representações são convencionadas e padronizadas. Os códigos são mostrados nos discursos, gramáticas, fonologia, etc. Então, as variedades lingüísticas ajudam no processo de alfabetização e, como tal, deve-se mostrar aos discentes as mais diferentes formas de linguagem (verbal e não verbal): o que são, para que servem, quando e como utilizá-las. Quando a criança está alfabetizada A criança ou qualquer outra pessoa está alfabetizada quando ela for capaz de fazer perguntas a respeito da formação das palavras porque já introjetou que a escrita é um código e, como tal, possui regras estabelecidas que devem ser seguidas. Uma criança alfabetizada é aquela que tem a noção precisa de que a língua não se inventa a cada dia, que as palavras pertencem a todos e que foram compostas a partir de determinadas regras; que o sistema lingüístico é flexível, pois novas palavras estão continuamente aparecendo, mas todas elas surgem de forma coerente com o próprio sistema. Se a criança compreende isso, ela vai tentar seguir as tais regras de formação vocabular, de adequação sintática e semântica e será capaz de ler, compreendendo os significados dos textos, assim como de escrever suas próprias produções textuais. A alfabetização não se
  • 2. resume em um processo de conhecimento das letras, mas de como elas se combinam, quais são as possibilidades que elas contêm de se aglutinarem formando sílabas, destas sílabas se justaporem formando palavras e de palavras comporem frases e textos. Diferenças entre alfabetizar e letrar Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar- se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se. O conceito de letramento, embora ainda não registrado nos dicionários brasileiros, tem seu aflorar devido à insuficiência reconhecida do conceito de alfabetização. Entretanto, estudiosos o conceituam para melhor entendimento do assunto. Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler e lê jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone; sabe escrever e escreve cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, sabe preencher um formulário, sabe redigir um ofício, um requerimento. Portanto, letrar é mais do que alfabetizar: é ir além da simples aquisição do código escrito, é fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas. Alfabetização, por sua vez, é orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, é ensiná-la a ler e a escrever. Então, alfabetizar consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. Ainda temos: o letramento “focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade” (TFOUNI, 1995), e, é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita (SOARES, 2003: 56-57). Como podemos alfabetizar letrando O professor deve fornecer ferramentas para o aluno construir o seu processo de aprendizagem da leitura e escrita. Na etapa inicial, isto é, na Educação Infantil, a escola tem obrigação de ajudar o aluno a se apropriar da escrita alfabética e informatizar o seu uso. Para realizar essa tarefa, o professor não deve deixar o aluno se esforçar sozinho para entender este processo, ou seja, ele deve ter o papel de mediador. O professor deve ajudar o aluno a refletir sobre palavras retiradas de textos lidos (além de outras que são significativas para o aluno). É essencial praticar a leitura e a escrita no cotidiano escolar “trabalhar com palavras”, propiciar aos alunos refletir sobre elas, montá-las e desmontá-las.
  • 3. Nessas ocasiões, mesmo ainda sem saber ler convencionalmente, os alunos poderão se apoderar de algumas estratégias de leitura que podem ser antes, durante ou depois dela, tais como: estratégias de antecipação, de checagem de hipóteses, de comparação, entre outras ( utilizadas por um cidadão letrado). Explorando e, também, produzindo textos observados pelo professor ou por outro aluno já “alfabetizado”, os alunos estarão desenvolvendo conhecimentos sobre a linguagem que se utiliza nos textos que percorrem a sociedade letrada. Com base nos estudos e pesquisas atuais, “Alfabetizar letrando” requer: democratizar a vivência de práticas de uso da leitura e da escrita e ajudar o aluno a, ativamente, reconstruir essa invenção social que é a escrita alfabética. Se a escrita alfabética é uma invenção cultural, seguindo as idéias de Vygotsky, os professores, como membros mais experientes da cultura, devem auxiliar os alunos a prestar atenção, analisar e refletir sobre os pedaços sonoros e escritos das palavras. Na década de 80, com Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, o professor começou a repensar a sua prática cotidiana em sala de aula. Nos dias de hoje, sabemos que um indivíduo plenamente alfabetizado é “aquele capaz de atuar com êxito nas mais diversas situações de uso da língua escrita. Dessa forma, não basta apenas ter o domínio do código alfabético, isto é, saber codificar e decodificar um texto: é necessário conhecer a diversidade de textos que percorrem a sociedade, suas funções e as ações necessárias para interpretá-los e produzi-los. O processo de alfabetização ocorre durante toda a escolaridade e tem início antes mesmo da criança ingressar na escola. Implica em tomar como ponto de partida, o texto, pois este é revestido de função social e não mais as palavras ou sílabas sem sentido. O professor deve buscar um vocabulário que tenha realmente significado para seus alunos, isto é, que seja retirado das suas experiências. Atualmente, a cartilha não é o recurso mais favorável à aprendizagem da leitura e da escrita, principalmente, porque não tem qualquer significado para o aluno e apresenta textos desconexos, apenas garantindo a “memorização das famílias silábicas”. Para Teberosky, deve ser considerada no processo de alfabetização, a diferenciação entre a escrita e a linguagem. Segundo a autora, a escrita deve ser entendida como um sistema de notação, que no caso da língua portuguesa é alfabetização (conhecer as letras, sua organização, sinais de pontuação, letra maiúscula, ortografia, etc.). A linguagem escrita é definida como as formas de discurso, as condições e situações de uso nas quais a escrita possa ser utilizada (cartas, bilhetes, notícias, relatos científicos, etc.) Inicialmente, o professor precisa tomar por base o texto e não mais as palavras-chaves. O texto deve ser o elemento fundamental para inserir a criança no universo letrado. Além da escrita espontânea, pode ser considerado também o trabalho com modelos, que possibilitam as crianças comparem suas hipóteses com o convencional.
  • 4. Através de listas de palavras de um mesmo campo da semântica (brinquedos, jogos prediletos, comidas preferidas, personagens de livros e gibis, nomes dos alunos da classe, frutas, das parlendas e de outros textos), as crianças, hoje, podem ampliar suas concepções e progredir na aquisição da base alfabética como na compreensão de outros aspectos (a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos, etc.). Simultaneamente, os diversos tipos de texto necessitam aparecer como objeto de análise, propiciando aos alunos diferenciá-los, conhecer melhor suas funções e características particulares. Para que isso ocorra, é essencial que saibam interpretá-los e escrevê-los. A expressão pessoal (bilhetes, cartas, diários, receitas culinárias, etc.) deve fazer parte do trabalho do professor, N entanto, esta deve vir acompanhada pela escrita de outros textos, inclusive com o apoio de modelos. Cabe à escola, desde a Educação Infantil, alimentar a reflexão sobre as palavras, observando, por exemplo, que há palavras maiores que outras, que algumas palavras rimam, que determinadas palavras tem “pedaços” iniciais semelhantes, que aqueles “pedaços” semelhantes se escrevem muitas vezes com as mesmas letras, etc. Não se trata de apresentar fonemas para que os alunos memorizem isoladamente os grafemas que correspondem a eles na nossa língua. Como o aprendizado do sistema de escrita alfabética é, acima de tudo, conceitual, o que é preciso é que os alunos possam manipular, montar, desmontar palavras, observando suas propriedades; quantidade e ordem de letras, letras que se repetem, pedaços de palavras que se repetem, e que tem som idêntico. O professor deve estimular o desenvolvimento das habilidades dos alunos de reflexão sobre as relações entre partes faladas e partes escritas no interior das palavras. O uso das palavras estáveis como os nomes próprios e de certos tipos de letra, como a letra de imprensa ou letra script, tem uma explicação. Quanto às palavras que se tornam “estáveis”, o fato de o aluno ter memorizado sua configuração, possibilita-lhe refletir sobre as relações parte-todo tentando desvendar o mistério daquelas relações; por que a palavra inicia com determinada letra e continua com aquelas outras naquela ordem? Por que falamos tantas (pedaços) sílabas e tem mais letras quando escrevemos? Quanto ao uso das letras de imprensa ou script, o fato de terem um traçado mais simplificado, e de cada letra aparecer mais separada das demais, possibilitando ao aluno saber onde começa e termina cada letra, permite ao aluno investir no trabalho cognitivo, fazer uma reflexão necessária à reconstrução do objeto de conhecimento, isto é, o sistema alfabético. O professor deve garantir que as práticas escolares ajudem o aluno a refletir enquanto aprende e a descobrir os prazeres e ganhos que se pode experimentar quando a aprendizagem do sistema de escrita é vivenciada como um meio para, independentemente, exercer a leitura e a escrita dos cidadãos letrados. Como devemos ensinar a ler e a escrever
  • 5. O ato de ler é uma atividade complexa que envolve hábitos diários e estratégias de leitura. A leitura na escola deve trabalhar com a diversidade de textos e de combinações entre eles a fim de tomar esta prática social em aprendizagem. Segundo o PCN: “Para aprender a ler, portanto, é preciso interagir com a diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que os já leitores fazem parte deles e participar de atos de leitura de fato; é preciso negociar o conhecimento que já se tem e o que é apresentado pelo texto, o que está atrás e diante dos olhos, recebendo incentivo e ajuda de leitores experientes. A leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal”. (p. 56-57) Nesse ínterim, cabe ao educador e a família do aluno mostrar caminhos para que a criança goste de ler. À família cabe auxiliar a criança na leitura de seu mundo e incentivá-la a ler e reler o seu contexto sócio-cultural. A leitura em família é também um tempo de elo, de ligação entre seus membros e este contato alimenta conhecimento, troca de idéias, diálogo, afeto, contato com livros/jornais/revistas/etc, bem como, transmite valores emocionais, psicológicos, físicos, cognitivos e lingüísticos. Em sala de aula, se faz necessário além de bons materiais de leitura e próprios de acordo com a idade, o incentivo para a leitura. Inicialmente, na escola, deve-se trabalhar com narrativas curtas, que apresentem início/meio/fim, personagens simples e linguagem clara (ex.: fábulas e contos). O texto deve ser de acordo com o universo do sujeito e que seu conteúdo seja vivo e de interesse do grupo instigando-os ao interesse pela leitura, despertando-os pela curiosidade e crítica. Também se faz necessário o professor mediar estratégias de leitura junto aos seus alunos uma vez que, quanto mais informações um leitor possuir sobre o texto (verbal ou não verbal) que lerá, menos precisará se fixar nele para construir a interpretação. Quanto à escrita, processo mais complexo, o educador deve entender que aprender a escrever envolve dois processos paralelos: o de compreender o sistema da escrita da língua e o funcionamento da linguagem que se usa para escrever. Feito isto ele planejará suas aulas definindo o conteúdo temático de suas aulas no que se refere a aprendizagem da escrita. Ou seja, o conjunto de conhecimentos dos mundos físico e social guardado e organizado na memória do futuro produtor texto. Dessa forma, o produtor de texto elabora sócio- historicamente o seu texto e controla o que e como escreve, vinculado a um gênero textual.