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Tuta absoluta
Docente: Anabela Nave
Manuela Alves 2733
Rita Ferreira 2800
Projeto Proteção Integrada das Culturas
Objetivo
• O objetivo deste trabalho, consiste na monotorização da
Tuta absoluta na cultura do tomateiro, ao longo do
semestre, a partir da avaliação quantitativa de populações de
Tuta absoluta nas armadilhas e na própria cultura, tendo em
conta o ciclo biológico da praga, em contexto com os dados
climáticos fornecidos pela estação meteorológica da ESAV;
• Pesquisa sobre os meios de luta utilizados no seu combate
em proteção integrada.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Classificação Sistemática
• Reino: Animalia
• Filo: Anthropoda
• Classe: Insecta
• Ordem. Lepidoptera
• Família: Gelechiidae
• Género: Tuta
• Espécie: Tuta absoluta (Meyrick,1917)
• Sinonímias: Phthorimaea absoluta (Meyrick, 1917);
Gnorimoschema absoluta (Clarke, 1962); Scrobipalpula absoluta
(Povolny, 1964); Scrobipalpuloides absoluta (Povolny, 1987).
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Introdução
• Originária da América Latina, Chile. Surge em 1964 na Argentina e em
1979 no Brasil, neste momento está presente em vários países da
América Latina, América Central e no sul da América do Norte. Não
está presente nos Andes acima dos 1000 m de altitude, já que as
temperaturas baixas e a chuva são fatores limitante à sua sobrevivência.
• Encontra-se na Europa desde 2006. Detetada nesta data em Espanha
depressa se alastrou a vários países europeus e do Norte de África.
• Em Portugal foi detetada em Maio de 2009 no Algarve, em Outubro de
2009 na Madeira e em 2009/2010 nos Açores. Neste momento
encontra-se disseminada por todo o país.
• Desde que apareceu causou enormes prejuízos em todas as zonas
produtoras de tomate da orla mediterrânica.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Distribuição Geográfica
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Morfologia - Ovo
• O ovo recém posto é geralmente
amarelo, elíptico e ligeiramente
alargado;
• Mede entre 0,3-0,36 mm de
comprimento e 0,2-0,25 mm de
diâmetro;
• Na sua evolução observa-se uma
zona escura que corresponde à
cabeça da futura lagarta;
• Na eclosão, 4-6 dias após
postura, a lagarta realiza
movimentos no interior do ovo e
com as suas mandíbulas roí o
córion, que lhe serve de alimento
e orifício de saída.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Morfologia - Lagarta
• A lagarta passa por quatro estados
larvares ou instares nos quais
muda o exosqueleto e aumenta de
tamanho, durante 13 a 15 dias;
• Nos primeiros instares, a lagarta é
amarela depois branca amarelada
com a cápsula cefálica negra e
brilhante, e com uma mancha
descontinuada preta no protórax;
• Perfura a epiderme da folha com
as suas potentes mandíbulas
alimentando-se do mesófilo e
fazendo galerias deixando a
epiderme intacta;
• No terceiro instar é normalmente verde. No quarto instar adquire uma
tonalidade ligeiramente avermelhada.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Morfologia - Pupa na Folha
• Com fios de seda a lagarta envolve-se
num leve casulo;
• Com movimentos bruscos despega-
se da exúvia para dar lugar à crisálida
verde brilhante;
• Toma uma cor amarelada depois
acastanhada, tem aproximadamente
6 mm de comprimento;
• Na parte posterior possui o
cremáster com umas garras com a
ponta dobradas em forma de gancho
que servem para se fixar à camada de
seda e facilitar o desprendimento da
parte quitinosa e saída do
lepidóptero adulto;
• O processo pode durar 10-12 dias.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Morfologia - Pupa no Solo
• A lagarta abandona a folha do
tomateiro dirigindo-se à
extremidade desta;
• Com a ajuda de secreções sedosas
emitidas pelas glândulas sericígenas
deixa-se cair no solo;
• No solo tenta ocultar-se debaixo das
folhas caídas ou de uma pequena
camada de terra e com os fios de
seda das secreções serosas, constrói
um casulo onde crisalidará.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Morfologia - Adulto
• Os adultos apresentam uma
coloração parda, com escamas
prateadas, e manchas escuras
nas asas podem atingir os 10
mm;
• As fêmeas podem viver entre 10
a 15 dias enquanto os machos
apenas vivem de 6 a 7 dias;
• Quando é perturbada a traça
faz voos curtos e erráticos, tem
hábitos crepusculares, estando
quieta e oculta durante o dia.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Adulto - Cabeça
• Duas antenas de pelos claros e
escuros, filiformes maiores que
metade das asas, por cima dos
olhos. Normalmente as antenas
encontram-se separadas do corpo
e são recolhidas em caso de perigo;
• Um par de olhos grandes,
compostos, com uma área escura
central e diversas zonas mais
claras à sua volta;
• Dois grandes palpos cobertos de
escamas na sua metade basal;
• Na parte inferior entre os palpos
encontra-se a espiritromba, de cor
amarelada enrolada em espiral. A
espiritromba estendesse ou
enrola-se para se alimentar.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Adulto - Tórax
• Na parte inferior observam-se no
tórax três segmentos ou camadas
duplas cobertas de escamas sendo a
primeira mais escura e a parte
posterior mais clara. As escamas com a
luz produzem reflexos claros;
• Dois pares de asa que se dobram sobre
o abdómen. O 1º par com escamas tem
cor parda acinzentada com diversas
manchas escuras. O 2º par é franjado;
• Nos três pares de patas apresenta
pelos claros e escuros. A tíbia é
pubescente com três espinhos
característicos.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Adulto - Abdómen
• Coberto de escamas acinzentadas ou
amareladas marcando as linhas de
separação dos segmentos abdominais;
• Em cada segmento existem duas
linhas oblíquas escuras e simétricas;
• O abdómen da fêmea é maior e
finaliza com o ovipositor retraído, o
abdómen do macho é mais estreito
quase cilíndrico;
• O acasalamento realiza-se no dia
seguinte à saída da exúvia, em posição
oposta e pode durar várias horas.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Ciclo Vida
Ovo
Incubação
4-6 dias
Pupa
10-12 dias
Adulto
longevidade
♀ 10-15 dias
♂ 6-7 dias
3 ♂ /4 ♀
L1
L2
L3L4
Desenvolvimento das lagartas
1- 2 semanas
Metamorfose
Holometabólica
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Instares L1-L4
29-38 dias Verão
90 dias Inverno
Ciclo
Biológico
10-12
gerações
Ciclo Biológico
Temperatura
(°C)
Duração Ciclo
(Dias)
14 76
20 40
27 24
O ciclo biológico varia
em função da
temperatura;
A Tuta absoluta pode
hibernar em ovo, pupa
ou adulto;
A Tuta absoluta
requer 459,6 °C Dia
para completar o seu
desenvolvimento.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Desenvolvimento Temperatura mín. °C °C Dia
Ovo 6,9 103,8
Lagarta 7,6 238,5
Pupa 9,2 117,3
Base 8,14 459,6
09/05/2016 10,97 2,83 237,48
10/05/2016 10,56 2,42 239,90
11/05/2016 9,84 1,70 241,60
06/06/2016 18,48 10,34 422,29
Sintomatologia
• As galerias nas folhas têm uma
forma irregular aumentam em
número e mais tarde sofrem
desidratação, ficam necróticas e
encarquilhadas;
• As galerias nos caules podem
alterar o desenvolvimento geral
da planta;
• Os frutos podem ser atacados,
desde o início da sua formação, e
as galerias dentro deles podem
ser invadidas por patogénicos
secundários que levam à sua
podridão.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
• A lagarta pode penetrar no fruto
junto ao cálice. A postura na sépala
origina uma galeria estreita e no
interior do fruto a lagarta também
escava uma galeria alimentando-se
do tecido vegetal, podem ver-se
vários orifícios no mesmo fruto. Ao
abrir-se o fruto podem ver-se várias
lagartas e neste caso os danos são
maiores com perda total;
• Desde que apareceu causou
enormes prejuízos em todas as
zonas produtoras de tomate da orla
mediterrânica.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Danos/Prejuízos
Plantas Hospedeiras
• Tomate (Solanum lycopersicum);
• Batata (Solanum tuberosum);
• Beringela (Solanum melongena);
• Pimento (Capsium annuum);
• Tabaco (Nicotiana tabacum);
• Erva-moura (Solanum nigrum);
• Figueira-do-inferno (Datura stramonium).
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Estimativa de Risco
• Armadilha delta com
feromona sexual
• Observações visuais
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Estimativa do Risco
Nº indivíduos capturados
em armadilha delta/semana
Modo de atuação Risco de ataque
0 Vigilância da parcela Não há
0 a 3
Colocação de armadilhas de
água 15-30 armadilhas/ha
Baixo
Observações visuais
3 a 30
Armadilhas de água
Tratamento biológico
Moderado
Intensificar observações
visuais
> 30
Armadilhas de água
Tratamento biológico
Tratamento químico
Alto
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Fatores de Risco e Nocividade
Há alguns fatores que podem favorecer ou reduzir a intensidade de ataque desta praga:
• historial da parcela, quanto a anteriores ataques de Tuta absoluta;
• temperatura e humidade;
• chuva que limita o voo dos adultos de T. absoluta e as posturas nos órgãos da planta;
• presença e abundância de auxiliares, tanto predadores como parasitoides;
• presença e abundância de outras pragas e doenças que dificultem as posturas;
• bordaduras e proximidade de culturas com hospedeiros alternativos,
nomeadamente tomate, batata e solanáceas infestantes;
• redução da área envolvente com solanáceas, nomeadamente, o início das colheitas
de campos vizinhos;
• utilização de produtos fitofarmacêuticos não seletivos para a fauna auxiliar.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Nível Económico de Ataque
O nível económico de ataque corresponde à intensidade de ataque
do inimigo da cultura a partir do qual se devem aplicar medidas
limitativas, ou de combate, para impedir que a cultura sofra
prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adotar,
acrescidos dos efeitos indesejados que estas possam causar.
• o nível económico de ataque de referência utilizado em Espanha
é 0,5 galerias por folha;
• em Portugal, a decisão de intervir no combate da Tuta absoluta é
1,5 galerias por planta, este valor depende dos fatores de
nocividade presentes. O responsável pela tomada de decisão
deverá atuar de acordo com a combinação destes fatores.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Luta cultural
• Plantação de cultivares mais adaptadas à região;
• Uso de rotações de culturas de modo a interromper gerações
sucessivas de Tuta absoluta na mesma área;
• Adubação racional e equilibrada que propicie plantas vigorosas e
saudáveis;
• Eliminação de infestantes hospedeiras (são um modo de manter
a população da praga) e restos culturais após colheita por
combustagem ou compostagem;
• Instalação/manutenção de redes de exclusão nas aberturas das
estufas, de modo a impedir a entrada dos insetos adultos.
Densidade mínima da malha 6 x 9 fios/cm²;
• Utilizar plântulas isentas de Tuta absoluta;
• Monotorização das áreas de produção.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Luta biotécnica
• Captura em massa por
armadilhas de água com
feromona sexual, a 40 cm de
altura do solo, com algumas gotas
de detergente e renovação
frequente da água (20 a 40
armadilhas/ha);
• Armadilhas aderentes (filme de
plástico com cola), distribuídas
regularmente, junto ao solo,
antes da plantação. A colocação
de uma cápsula de feromona
pode aumentar a eficácia.
• Reguladores de crescimento
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
6,33€
25,30€
5,50€
Luta Legislativa
• A introdução de Tuta absoluta, vulgarmente conhecida por traça
do tomate, oriunda da América Latina, foi detetada pela primeira
vez no Continente Europeu na Comunidade Autónoma de
Valência, na Primavera de 2007, e assinalada no Algarve, em
Maio de 2009, em explorações hortícolas e mais recentemente,
noutras zonas do País;
• Para a rápida disseminação da Tuta absoluta contribuíram os
fluxos de comercialização do tomate mesa e plantas;
• Medidas fitossanitárias, a Tuta absoluta foi adicionado em 2004 à
lista EPPO A1 de ação sobre pragas recomendado para regulação
como pragas quarentenárias. Plantas para plantio e frutos de
tomate originárias de países onde Tuta absoluta ocorre devem ser
livre de praga (EPPO).
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Luta Legislativa
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Luta Biológica (limitação natural e tratamento biológico)
Inimigo natural Ordem Família Espécie Forma de controlo
Parasitoides Hymenóptera
Bethylidae Parasita ovos, lagartas e pupas
Braconidae Bracon sp. Parasita lagartas
Eulophidae Necremnus artynes Parasita lagartas
Ichneumonidae Parasita lagartas
Chalcididae Parasita ovos
Trichogrammatidae Trichogramma achaeae Parasita ovos
Predadores
Acarina Phytoseiidae Amblyseius spp. Predação de ovos
Hymenóptera
Vespidae Polybia sp. Predação de lagartas
Formicidae Solenopsis sp. Predação de ovos e lagartas
Neuróptera Chrysopidae Chrysoperla externa Predação de ovos
Hemíptera
Reduvidae Coranus subapterus Predação de ovos e lagartas
Nabidae
Nabis pseudoferus ibericus
Predação de ovos e lagartas
Nabistenuis
Miridae
Macrolophus pygmaeus Predação de ovos (100/dia) e lagartas
Nesidiocoris tenuis Predação de ovos e lagartas
B. Entomapatogénicas Bacilales Bacilaceae Bacillus thuringiensis (Bt) Primeiros instares (L1-L2)
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Luta Biológica
Trichogramma achaea Nagaraja & Nagarkatti, 1969
Amblyseius spp.
Necremnus artynes Walker, 1839
Dicyphus errans Wolff, 1804 Nesidiocoris tenuis Reuter, 1895 Macrolophus pygmaeus Rambur, 1839
Luta Química
• Realização de tratamentos fitossanitários com produtos
fitofarmacêuticos homologados;
• Quando disponíveis produtos fitofarmacêuticos com base
em outras substâncias ativas, dever-se-ão utilizar em
alternância;
• Devem considerar-se os efeitos secundários dos pesticidas
sobre os auxiliares (mírideos, tricogramas);
• Em PI devem ser privilegiados os meios de luta indiretos, só
depois os meios de luta diretos e dentro destes, como último
recurso, a luta química.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Luta Química
Nome Comercial Substância ativa
Grupo
Químico
Modo de ação
Intervalo de
Segurança
Empresa
Distribuidora
STEWARD
EXPLICIT WG
AVAUNT
indoxacarbe Oxadiazina
contato; ingestão
ovicida; larvicida
3
3
3
SAPEC
BASF
Selectis
SPINTOR
SUCCESS spinosade Spinosinal Contato; ingestão
3
3 Lusosem
AFFIRM emamectina benzoato Avermectina contato; ingestão 3 Syngenta
CORAGEN
ALTACOR clorantraniliprol
Diamida
antranilica
Contato
Ingestão
larvicida
3
3
Bayer
Bayer
LANNATE L
METHOMYL 20 SL
LANNATE 25 WP
metomil
Carbamato de
oxima
contato; ingestão
ovicida; larvicida; adulticida
7
7
7
SAPEC
Selectis
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Efeitos Secundários dos Produtos Fitofarmacêuticos
Nome Comercial
Homem
Ambiente
Abelhas
Organis.
aquáticos
Aves
Fauna
selvagem
Auxiliares
Cocc Sirf Crisop Antoc Himen Fitos.
STEWARD Xn N R51/53 _ _
EXPLICIT WG Xn N R51/53 _ _
AVAUNT Xn N R51/53 _ _
SPINTOR _ N R50/53 _ _
SUCCESS _ N R50/53 _ _
AFFIRM _ N R50/53 _ _ _
CORAGEN _ N _ R50/53 _ _
ALTACOR _ N _ R50/53 _ _
LANNATE L T N R50/53 _ _ _
LANNATE 25 WP T N R50/53 _ _ _
METHOMYL 20SL T N R50/53 _ _ _
o
Xn nocivo
T tóxico
_ isento
N perigoso para o ambiente
tóxico a muito tóxico
medianamente tóxico
neutro a pouco tóxico
_ ausência de dados
perigoso para abelhas
R50 muito tóxico
R51 tóxico
R53 pode causar efeitos
nefastos a longo prazo
no meio aquático
Cultura em estudo Solanum lycopersicum L.
S. lycopersicum var. cerasiforme Lycopersicum esculentum Lycopersicon lycopersicum
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Estados Fenológicos Solanum lycopersicum L.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
GERMINAÇÃO DESENVOLVIMENTO DAS FOLHAS
APARECIMENTO
DO ORGÃO
FLORAL
FLORAÇÃO
FORMAÇÃO
DO FRUTO
emergência Cotilédones
completamente
desenvolvidos
2ª folha verdadeira
do caule principal
desenvolvida
Continuação dos estádios
de desenvolvimento das
folhas do caule principal
1ª inflorescência
visível
1ª inflorescência
1ª flor aberta
1º cacho fruto
com tamanho
típico
Estimativa do Risco
Data
2016
Nº
Plantas Fenologia
Tuta absoluta
Observações
Ovo Lagarta Pupa Adulto
04/04 30 3 _ _ _ _ Colocação da armadilha
11/04 30 4 _ _ _ 1 Adulto congelado
18/04 30 4 _ _ _ 1 Alternaria
26/04 30 5 _ _ _ 2 Presença de afídios
03/05 29 5 5 _ _ 5+2 Morte de uma planta
10/05 29 6 _ _ _ 2 Mudança de feromona
18/05 29 6 4 _ _ 4
23/05 29 6 _ _ _ _ Tutoragem e poda verde
06/06 30 7 5 _ _ 1 Ovo guardado em placa de
Petri
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Estimativa de Risco
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
0
1
2
3
4
5
6
7
8
4-Apr
6-Apr
8-Apr
10-Apr
12-Apr
14-Apr
16-Apr
18-Apr
20-Apr
22-Apr
24-Apr
26-Apr
28-Apr
30-Apr
2-May
4-May
6-May
8-May
10-May
12-May
14-May
16-May
18-May
20-May
22-May
24-May
26-May
28-May
30-May
1-Jun
3-Jun
5-Jun
NºIndividuos
Datas
Número de indivíduos na armadilha e cultura
Ovo
Lagarta
Pupa
Adulto
Conclusão
De acordo com os princípios da Proteção Integrada, o objetivo não é erradicar o inimigo da
cultura mas aceitar a sua presença desde que não ultrapasse o nível económico de ataque. Com
base na estimativa do risco, tendo em consideração os fatores de nocividade e o NEA, procede-
se à tomada de decisão e à seleção dos meios de luta. Deve ser verificado o valor da produção, o
custo do controle da praga, o valor esperado das perdas da cultura, as previsões sobre a
intensidade da praga na tomada de decisão e determinar o período e local, para efetivar o
controle. A racionalização do uso de pesticidas em agricultura, enquadra-se nas atuais
preocupações que caracterizam os modelos de agricultura sustentável por forma à preservação
dos recursos naturais e aumento da qualidade dos produtos alimentares;
O combate desta praga exige a integração de vários meios de luta disponíveis;
Na cultura onde foi dirigido o estudo não foi atingido o NEA.
ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
Bibliografia
EPPO (2016). EPPO Global Database. https://gd.eppo.int/taxon/GNORAB/distribution, consultado em 24/05/2016
USDA (2011). New Pest Response Guidelines. Tomato Leafminer (Tuta absoluta)
IRAC (2011). Tuta absoluta – The Tomato Leafminer or Tomato Borer.
Serra, C. et al. (2009). Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) Uma nova praga em Portugal, Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR)
EMBRAPA (2009). Circular técnica 73. Manejo integrado da Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta)
Valério, E. et al. (2015). Tomate para Indústria Estratégias Sustentáveis no Combate a Tuta absoluta, AGROTEC
ARNÓ,J.; GABARRA R. (2010). Training in Integrated Pest Management Nº. 5. Controlling Tuta absoluta, a new invasive pest in Europe , ENDURE
MATOS, T.; FIGUEIREDO, E. e MEXIA, A. (2012) Armadilhas de feromona sexual com luz para captura em massa de Tuta Absoluta (Meyrick), sim ou não?. Rev.
de Ciências Agrárias [online]. Vol.35, n.2 [citado 2016-05-15], pp.282-286. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-
018X2012000200030&lng=pt&nrm=iso. ISSN 0871-018X.
Syngenta (2015) Tomate. Tuta absoluta. http://www3.syngenta.com/country/pt/pt/culturas/Tomate/Problemas/Pages/TutaAbsoluta.aspx, consultado em 15/05/2016
Gratas pela
vossa atenção
Docente: Anabela Nave
Manuela Alves 2733
Rita Ferreira 2800
Projeto Proteção Integrada das Culturas

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Tuta absoluta

  • 1. Tuta absoluta Docente: Anabela Nave Manuela Alves 2733 Rita Ferreira 2800 Projeto Proteção Integrada das Culturas
  • 2. Objetivo • O objetivo deste trabalho, consiste na monotorização da Tuta absoluta na cultura do tomateiro, ao longo do semestre, a partir da avaliação quantitativa de populações de Tuta absoluta nas armadilhas e na própria cultura, tendo em conta o ciclo biológico da praga, em contexto com os dados climáticos fornecidos pela estação meteorológica da ESAV; • Pesquisa sobre os meios de luta utilizados no seu combate em proteção integrada. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 3. Classificação Sistemática • Reino: Animalia • Filo: Anthropoda • Classe: Insecta • Ordem. Lepidoptera • Família: Gelechiidae • Género: Tuta • Espécie: Tuta absoluta (Meyrick,1917) • Sinonímias: Phthorimaea absoluta (Meyrick, 1917); Gnorimoschema absoluta (Clarke, 1962); Scrobipalpula absoluta (Povolny, 1964); Scrobipalpuloides absoluta (Povolny, 1987). ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 4. Introdução • Originária da América Latina, Chile. Surge em 1964 na Argentina e em 1979 no Brasil, neste momento está presente em vários países da América Latina, América Central e no sul da América do Norte. Não está presente nos Andes acima dos 1000 m de altitude, já que as temperaturas baixas e a chuva são fatores limitante à sua sobrevivência. • Encontra-se na Europa desde 2006. Detetada nesta data em Espanha depressa se alastrou a vários países europeus e do Norte de África. • Em Portugal foi detetada em Maio de 2009 no Algarve, em Outubro de 2009 na Madeira e em 2009/2010 nos Açores. Neste momento encontra-se disseminada por todo o país. • Desde que apareceu causou enormes prejuízos em todas as zonas produtoras de tomate da orla mediterrânica. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 7. Morfologia - Ovo • O ovo recém posto é geralmente amarelo, elíptico e ligeiramente alargado; • Mede entre 0,3-0,36 mm de comprimento e 0,2-0,25 mm de diâmetro; • Na sua evolução observa-se uma zona escura que corresponde à cabeça da futura lagarta; • Na eclosão, 4-6 dias após postura, a lagarta realiza movimentos no interior do ovo e com as suas mandíbulas roí o córion, que lhe serve de alimento e orifício de saída. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 8. Morfologia - Lagarta • A lagarta passa por quatro estados larvares ou instares nos quais muda o exosqueleto e aumenta de tamanho, durante 13 a 15 dias; • Nos primeiros instares, a lagarta é amarela depois branca amarelada com a cápsula cefálica negra e brilhante, e com uma mancha descontinuada preta no protórax; • Perfura a epiderme da folha com as suas potentes mandíbulas alimentando-se do mesófilo e fazendo galerias deixando a epiderme intacta; • No terceiro instar é normalmente verde. No quarto instar adquire uma tonalidade ligeiramente avermelhada. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 9. Morfologia - Pupa na Folha • Com fios de seda a lagarta envolve-se num leve casulo; • Com movimentos bruscos despega- se da exúvia para dar lugar à crisálida verde brilhante; • Toma uma cor amarelada depois acastanhada, tem aproximadamente 6 mm de comprimento; • Na parte posterior possui o cremáster com umas garras com a ponta dobradas em forma de gancho que servem para se fixar à camada de seda e facilitar o desprendimento da parte quitinosa e saída do lepidóptero adulto; • O processo pode durar 10-12 dias. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 10. Morfologia - Pupa no Solo • A lagarta abandona a folha do tomateiro dirigindo-se à extremidade desta; • Com a ajuda de secreções sedosas emitidas pelas glândulas sericígenas deixa-se cair no solo; • No solo tenta ocultar-se debaixo das folhas caídas ou de uma pequena camada de terra e com os fios de seda das secreções serosas, constrói um casulo onde crisalidará. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 11. Morfologia - Adulto • Os adultos apresentam uma coloração parda, com escamas prateadas, e manchas escuras nas asas podem atingir os 10 mm; • As fêmeas podem viver entre 10 a 15 dias enquanto os machos apenas vivem de 6 a 7 dias; • Quando é perturbada a traça faz voos curtos e erráticos, tem hábitos crepusculares, estando quieta e oculta durante o dia. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 12. Adulto - Cabeça • Duas antenas de pelos claros e escuros, filiformes maiores que metade das asas, por cima dos olhos. Normalmente as antenas encontram-se separadas do corpo e são recolhidas em caso de perigo; • Um par de olhos grandes, compostos, com uma área escura central e diversas zonas mais claras à sua volta; • Dois grandes palpos cobertos de escamas na sua metade basal; • Na parte inferior entre os palpos encontra-se a espiritromba, de cor amarelada enrolada em espiral. A espiritromba estendesse ou enrola-se para se alimentar. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 13. Adulto - Tórax • Na parte inferior observam-se no tórax três segmentos ou camadas duplas cobertas de escamas sendo a primeira mais escura e a parte posterior mais clara. As escamas com a luz produzem reflexos claros; • Dois pares de asa que se dobram sobre o abdómen. O 1º par com escamas tem cor parda acinzentada com diversas manchas escuras. O 2º par é franjado; • Nos três pares de patas apresenta pelos claros e escuros. A tíbia é pubescente com três espinhos característicos. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 14. Adulto - Abdómen • Coberto de escamas acinzentadas ou amareladas marcando as linhas de separação dos segmentos abdominais; • Em cada segmento existem duas linhas oblíquas escuras e simétricas; • O abdómen da fêmea é maior e finaliza com o ovipositor retraído, o abdómen do macho é mais estreito quase cilíndrico; • O acasalamento realiza-se no dia seguinte à saída da exúvia, em posição oposta e pode durar várias horas. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 15. Ciclo Vida Ovo Incubação 4-6 dias Pupa 10-12 dias Adulto longevidade ♀ 10-15 dias ♂ 6-7 dias 3 ♂ /4 ♀ L1 L2 L3L4 Desenvolvimento das lagartas 1- 2 semanas Metamorfose Holometabólica ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV Instares L1-L4 29-38 dias Verão 90 dias Inverno Ciclo Biológico 10-12 gerações
  • 16. Ciclo Biológico Temperatura (°C) Duração Ciclo (Dias) 14 76 20 40 27 24 O ciclo biológico varia em função da temperatura; A Tuta absoluta pode hibernar em ovo, pupa ou adulto; A Tuta absoluta requer 459,6 °C Dia para completar o seu desenvolvimento. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV Desenvolvimento Temperatura mín. °C °C Dia Ovo 6,9 103,8 Lagarta 7,6 238,5 Pupa 9,2 117,3 Base 8,14 459,6 09/05/2016 10,97 2,83 237,48 10/05/2016 10,56 2,42 239,90 11/05/2016 9,84 1,70 241,60 06/06/2016 18,48 10,34 422,29
  • 17. Sintomatologia • As galerias nas folhas têm uma forma irregular aumentam em número e mais tarde sofrem desidratação, ficam necróticas e encarquilhadas; • As galerias nos caules podem alterar o desenvolvimento geral da planta; • Os frutos podem ser atacados, desde o início da sua formação, e as galerias dentro deles podem ser invadidas por patogénicos secundários que levam à sua podridão. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 18. • A lagarta pode penetrar no fruto junto ao cálice. A postura na sépala origina uma galeria estreita e no interior do fruto a lagarta também escava uma galeria alimentando-se do tecido vegetal, podem ver-se vários orifícios no mesmo fruto. Ao abrir-se o fruto podem ver-se várias lagartas e neste caso os danos são maiores com perda total; • Desde que apareceu causou enormes prejuízos em todas as zonas produtoras de tomate da orla mediterrânica. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV Danos/Prejuízos
  • 19. Plantas Hospedeiras • Tomate (Solanum lycopersicum); • Batata (Solanum tuberosum); • Beringela (Solanum melongena); • Pimento (Capsium annuum); • Tabaco (Nicotiana tabacum); • Erva-moura (Solanum nigrum); • Figueira-do-inferno (Datura stramonium). ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 20. Estimativa de Risco • Armadilha delta com feromona sexual • Observações visuais ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 21. Estimativa do Risco Nº indivíduos capturados em armadilha delta/semana Modo de atuação Risco de ataque 0 Vigilância da parcela Não há 0 a 3 Colocação de armadilhas de água 15-30 armadilhas/ha Baixo Observações visuais 3 a 30 Armadilhas de água Tratamento biológico Moderado Intensificar observações visuais > 30 Armadilhas de água Tratamento biológico Tratamento químico Alto ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 22. Fatores de Risco e Nocividade Há alguns fatores que podem favorecer ou reduzir a intensidade de ataque desta praga: • historial da parcela, quanto a anteriores ataques de Tuta absoluta; • temperatura e humidade; • chuva que limita o voo dos adultos de T. absoluta e as posturas nos órgãos da planta; • presença e abundância de auxiliares, tanto predadores como parasitoides; • presença e abundância de outras pragas e doenças que dificultem as posturas; • bordaduras e proximidade de culturas com hospedeiros alternativos, nomeadamente tomate, batata e solanáceas infestantes; • redução da área envolvente com solanáceas, nomeadamente, o início das colheitas de campos vizinhos; • utilização de produtos fitofarmacêuticos não seletivos para a fauna auxiliar. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 23. Nível Económico de Ataque O nível económico de ataque corresponde à intensidade de ataque do inimigo da cultura a partir do qual se devem aplicar medidas limitativas, ou de combate, para impedir que a cultura sofra prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adotar, acrescidos dos efeitos indesejados que estas possam causar. • o nível económico de ataque de referência utilizado em Espanha é 0,5 galerias por folha; • em Portugal, a decisão de intervir no combate da Tuta absoluta é 1,5 galerias por planta, este valor depende dos fatores de nocividade presentes. O responsável pela tomada de decisão deverá atuar de acordo com a combinação destes fatores. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 24. Luta cultural • Plantação de cultivares mais adaptadas à região; • Uso de rotações de culturas de modo a interromper gerações sucessivas de Tuta absoluta na mesma área; • Adubação racional e equilibrada que propicie plantas vigorosas e saudáveis; • Eliminação de infestantes hospedeiras (são um modo de manter a população da praga) e restos culturais após colheita por combustagem ou compostagem; • Instalação/manutenção de redes de exclusão nas aberturas das estufas, de modo a impedir a entrada dos insetos adultos. Densidade mínima da malha 6 x 9 fios/cm²; • Utilizar plântulas isentas de Tuta absoluta; • Monotorização das áreas de produção. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 25. Luta biotécnica • Captura em massa por armadilhas de água com feromona sexual, a 40 cm de altura do solo, com algumas gotas de detergente e renovação frequente da água (20 a 40 armadilhas/ha); • Armadilhas aderentes (filme de plástico com cola), distribuídas regularmente, junto ao solo, antes da plantação. A colocação de uma cápsula de feromona pode aumentar a eficácia. • Reguladores de crescimento ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV 6,33€ 25,30€ 5,50€
  • 26. Luta Legislativa • A introdução de Tuta absoluta, vulgarmente conhecida por traça do tomate, oriunda da América Latina, foi detetada pela primeira vez no Continente Europeu na Comunidade Autónoma de Valência, na Primavera de 2007, e assinalada no Algarve, em Maio de 2009, em explorações hortícolas e mais recentemente, noutras zonas do País; • Para a rápida disseminação da Tuta absoluta contribuíram os fluxos de comercialização do tomate mesa e plantas; • Medidas fitossanitárias, a Tuta absoluta foi adicionado em 2004 à lista EPPO A1 de ação sobre pragas recomendado para regulação como pragas quarentenárias. Plantas para plantio e frutos de tomate originárias de países onde Tuta absoluta ocorre devem ser livre de praga (EPPO). ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 28. Luta Biológica (limitação natural e tratamento biológico) Inimigo natural Ordem Família Espécie Forma de controlo Parasitoides Hymenóptera Bethylidae Parasita ovos, lagartas e pupas Braconidae Bracon sp. Parasita lagartas Eulophidae Necremnus artynes Parasita lagartas Ichneumonidae Parasita lagartas Chalcididae Parasita ovos Trichogrammatidae Trichogramma achaeae Parasita ovos Predadores Acarina Phytoseiidae Amblyseius spp. Predação de ovos Hymenóptera Vespidae Polybia sp. Predação de lagartas Formicidae Solenopsis sp. Predação de ovos e lagartas Neuróptera Chrysopidae Chrysoperla externa Predação de ovos Hemíptera Reduvidae Coranus subapterus Predação de ovos e lagartas Nabidae Nabis pseudoferus ibericus Predação de ovos e lagartas Nabistenuis Miridae Macrolophus pygmaeus Predação de ovos (100/dia) e lagartas Nesidiocoris tenuis Predação de ovos e lagartas B. Entomapatogénicas Bacilales Bacilaceae Bacillus thuringiensis (Bt) Primeiros instares (L1-L2) ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 29. Luta Biológica Trichogramma achaea Nagaraja & Nagarkatti, 1969 Amblyseius spp. Necremnus artynes Walker, 1839 Dicyphus errans Wolff, 1804 Nesidiocoris tenuis Reuter, 1895 Macrolophus pygmaeus Rambur, 1839
  • 30. Luta Química • Realização de tratamentos fitossanitários com produtos fitofarmacêuticos homologados; • Quando disponíveis produtos fitofarmacêuticos com base em outras substâncias ativas, dever-se-ão utilizar em alternância; • Devem considerar-se os efeitos secundários dos pesticidas sobre os auxiliares (mírideos, tricogramas); • Em PI devem ser privilegiados os meios de luta indiretos, só depois os meios de luta diretos e dentro destes, como último recurso, a luta química. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 31. Luta Química Nome Comercial Substância ativa Grupo Químico Modo de ação Intervalo de Segurança Empresa Distribuidora STEWARD EXPLICIT WG AVAUNT indoxacarbe Oxadiazina contato; ingestão ovicida; larvicida 3 3 3 SAPEC BASF Selectis SPINTOR SUCCESS spinosade Spinosinal Contato; ingestão 3 3 Lusosem AFFIRM emamectina benzoato Avermectina contato; ingestão 3 Syngenta CORAGEN ALTACOR clorantraniliprol Diamida antranilica Contato Ingestão larvicida 3 3 Bayer Bayer LANNATE L METHOMYL 20 SL LANNATE 25 WP metomil Carbamato de oxima contato; ingestão ovicida; larvicida; adulticida 7 7 7 SAPEC Selectis ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 32. Efeitos Secundários dos Produtos Fitofarmacêuticos Nome Comercial Homem Ambiente Abelhas Organis. aquáticos Aves Fauna selvagem Auxiliares Cocc Sirf Crisop Antoc Himen Fitos. STEWARD Xn N R51/53 _ _ EXPLICIT WG Xn N R51/53 _ _ AVAUNT Xn N R51/53 _ _ SPINTOR _ N R50/53 _ _ SUCCESS _ N R50/53 _ _ AFFIRM _ N R50/53 _ _ _ CORAGEN _ N _ R50/53 _ _ ALTACOR _ N _ R50/53 _ _ LANNATE L T N R50/53 _ _ _ LANNATE 25 WP T N R50/53 _ _ _ METHOMYL 20SL T N R50/53 _ _ _ o Xn nocivo T tóxico _ isento N perigoso para o ambiente tóxico a muito tóxico medianamente tóxico neutro a pouco tóxico _ ausência de dados perigoso para abelhas R50 muito tóxico R51 tóxico R53 pode causar efeitos nefastos a longo prazo no meio aquático
  • 33. Cultura em estudo Solanum lycopersicum L. S. lycopersicum var. cerasiforme Lycopersicum esculentum Lycopersicon lycopersicum ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 34. Estados Fenológicos Solanum lycopersicum L. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV GERMINAÇÃO DESENVOLVIMENTO DAS FOLHAS APARECIMENTO DO ORGÃO FLORAL FLORAÇÃO FORMAÇÃO DO FRUTO emergência Cotilédones completamente desenvolvidos 2ª folha verdadeira do caule principal desenvolvida Continuação dos estádios de desenvolvimento das folhas do caule principal 1ª inflorescência visível 1ª inflorescência 1ª flor aberta 1º cacho fruto com tamanho típico
  • 35. Estimativa do Risco Data 2016 Nº Plantas Fenologia Tuta absoluta Observações Ovo Lagarta Pupa Adulto 04/04 30 3 _ _ _ _ Colocação da armadilha 11/04 30 4 _ _ _ 1 Adulto congelado 18/04 30 4 _ _ _ 1 Alternaria 26/04 30 5 _ _ _ 2 Presença de afídios 03/05 29 5 5 _ _ 5+2 Morte de uma planta 10/05 29 6 _ _ _ 2 Mudança de feromona 18/05 29 6 4 _ _ 4 23/05 29 6 _ _ _ _ Tutoragem e poda verde 06/06 30 7 5 _ _ 1 Ovo guardado em placa de Petri ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 37. Conclusão De acordo com os princípios da Proteção Integrada, o objetivo não é erradicar o inimigo da cultura mas aceitar a sua presença desde que não ultrapasse o nível económico de ataque. Com base na estimativa do risco, tendo em consideração os fatores de nocividade e o NEA, procede- se à tomada de decisão e à seleção dos meios de luta. Deve ser verificado o valor da produção, o custo do controle da praga, o valor esperado das perdas da cultura, as previsões sobre a intensidade da praga na tomada de decisão e determinar o período e local, para efetivar o controle. A racionalização do uso de pesticidas em agricultura, enquadra-se nas atuais preocupações que caracterizam os modelos de agricultura sustentável por forma à preservação dos recursos naturais e aumento da qualidade dos produtos alimentares; O combate desta praga exige a integração de vários meios de luta disponíveis; Na cultura onde foi dirigido o estudo não foi atingido o NEA. ProjetoProteçãoIntegradadasCulturas–Tutaabsoluta-ESAV
  • 38. Bibliografia EPPO (2016). EPPO Global Database. https://gd.eppo.int/taxon/GNORAB/distribution, consultado em 24/05/2016 USDA (2011). New Pest Response Guidelines. Tomato Leafminer (Tuta absoluta) IRAC (2011). Tuta absoluta – The Tomato Leafminer or Tomato Borer. Serra, C. et al. (2009). Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) Uma nova praga em Portugal, Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) EMBRAPA (2009). Circular técnica 73. Manejo integrado da Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) Valério, E. et al. (2015). Tomate para Indústria Estratégias Sustentáveis no Combate a Tuta absoluta, AGROTEC ARNÓ,J.; GABARRA R. (2010). Training in Integrated Pest Management Nº. 5. Controlling Tuta absoluta, a new invasive pest in Europe , ENDURE MATOS, T.; FIGUEIREDO, E. e MEXIA, A. (2012) Armadilhas de feromona sexual com luz para captura em massa de Tuta Absoluta (Meyrick), sim ou não?. Rev. de Ciências Agrárias [online]. Vol.35, n.2 [citado 2016-05-15], pp.282-286. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871- 018X2012000200030&lng=pt&nrm=iso. ISSN 0871-018X. Syngenta (2015) Tomate. Tuta absoluta. http://www3.syngenta.com/country/pt/pt/culturas/Tomate/Problemas/Pages/TutaAbsoluta.aspx, consultado em 15/05/2016
  • 39. Gratas pela vossa atenção Docente: Anabela Nave Manuela Alves 2733 Rita Ferreira 2800 Projeto Proteção Integrada das Culturas

Notas do Editor

  1. A2 a1?
  2. 72,3 por cento dos ovos foram depositados durante os primeiros 5 dias e 90 por cento nos primeiros 10 dias, até 300 vos. A eclosão dá-se entre as 6 -9 h.
  3. 5 semanas na Argentina