Hoje o objetivo do produtor rural é produzir mais gastando menos e pensando nisso as plantas daninhas representam um caminho totalmente contrário. Além de disputar por nutrientes, água e luz com as culturas, podem ser hospedeiras de organismos nocivos as plantas de interesse.
Nos últimos anos os gastos com o controle de plantas daninhas vêm aumentando, em parte, se devem ao aumento no número de casos de resistência a defensivos agrícolas, somado a isso, um controle ineficiente as plantas daninhas infestadas nas lavouras. Hoje, no Brasil, temos 49 casos de resistência registrada.
Portanto, mostra-se importante saber identificar e controlar as plantas daninhas, visando aumentar a produtividade e diminuir os custos.
3. Plantas daninhas são todas as espécies de plantas que causam
danos a nossa cultura de interesse.
Nesse sentido, o milho é uma planta daninha?
Definição
3
Fonte: Coamo, 2018.
4. Danos:
Diminuem produtividade;
o Porquê a competição por luz pode ser considerada o processo de
competição mais importante?
Causam doenças na cultura de interesse, ex:nematóides dos
gêneros Meloydogyne e Heterodera (nematóide-do-cisto da soja);
Introdução
4
5. Redução da qualidade comercial;
Não certificação de sementes, ex:(arroz-vermelho);
Redução do valor da terra.
Introdução
5
6. Introdução - ciclo
6
Anuais
Germinam e realizam seu ciclo completo
(desenvolvimento vegetativo, florescimento e produção
de sementes) em um ano; Ex.: Buva.
Bianuais Duração de ciclo de dois anos. No geral, durante o
primeiro ano elas germinam e vegetam e, no segundo
ano, florescem e produzem sementes e depois morrem;
Ex.: Rubim.
Perenes Já as plantas daninhas perenes tem capacidade de
permanecer no campo por mais de dois anos, por meio
da reprodução de sementes ou propágulos vegetativos.
Ex.: Tiririca.
7. Alta capacidade adaptativa;
o Porquê o método de roçagem não funciona para o controle de
plantas daninhas perenes?
Elevada produção de sementes;
Capacidade reprodutiva também através de bulbos,
tubérculos, rizomas e enraizamento.
Características
7
8. Dormência e germinação desuniforme;
o De que maneira o banco de sementes no solo aumenta a
variabilidade genética das populações de plantas daninhas em áreas
de cultura?
Características
8
9. Uso de práticas que visam prevenir a introdução, o estabelecimento
e, ou, a disseminação de determinadas espécies-problema em áreas
ainda por elas não infestadas.
Controle
9
Controle preventivo:
11. Utilização das próprias características ecológicas das culturas e das
plantas daninhas, visando beneficiar o estabelecimento e
desenvolvimento das culturas. Essas práticas contribuem para
reduzir o banco de sementes de espécies daninhas.
Controle
11
Controle cultural:
13. São métodos mecânicos de controle de
plantas daninhas como arranque manual, a capina manual, a
roçada, e o cultivo mecanizado.
Controle
13
Controle mecânico:
Fonte: Massey Ferguson, 2020.
15. Consiste na utilização de inimigos naturais
das plantas daninhas (fungos, bactérias, vírus, insetos etc);
inibição alelopática.
Controle
15
Controle biológico*:
Fonte: Portal minha descanso, 2017.
16. Aplicação de herbicidas;
Utilização de forma coerente para evitar surgimento de plantas
resistentes, sempre buscando aplicar nos momentos corretos tanto
da daninha quanto da cultura em si.
Controle
16
Controle químico:
19. Nome comum: Buva, voadeira ou rabo-de-
foguete;
Nome científico: Conyza bonariensis,
Conyza canadensis e Conyza sumatrensis;
Família: Asteraceae;
Forma de propagação: sementes;
Ciclo: anual.
Plantas daninhas (Buva)
19
20. Plantas daninhas (Buva)
20
Identificação C. bonariensis C. canadensis C. sumatrensis
Folha As basais: margens
serradas e longas.
As superiores:
margens lineares e
menores.
Margem dentada. Folhas ficam mais
longas na parte
basal e diminuem
em direção ao
ápice.
Caule Folhoso em toda
sua extensão.
Folhoso em toda
sua extensão.
Folhoso em toda
sua extensão.
Inflorescência Panícula
espiciforme.
Panícula maior
com numerosos
capítulos.
Panícula piramidal.
Capítulos Muitas flores, com
invólucro reto.
Poucas flores. Com
invólucro com
forma de campana,
não reto.
Muitas flores. Com
invólucro com
forma de campana,
não reto.
29. Amargoso x Capim-branco: parte aérea.
Plantas daninhas (Amargoso)
29
Fonte: Agrobaseapp, 2018. Fonte: Manual de identificação de plantas daninhas, 2017.
30. Resistência: Em 2008 foram encontrados biótipos de capim-
amargoso resistente ao glifosato em lavouras de soja e milho
no Estado do Paraná.
Já, em 2016, foram encontrados biótipos resistentes aos
herbicidas fenoxaprop e ao haloxyfop, ambos Inibidores da
ACCase, os conhecidos graminicidas.
Plantas daninhas (Amargoso)
30
32. Nome comum: Capim pé-de-galinha, capim-de-pomar, pé-de-
galinha;
Nome científico: Eleusine indica;
Família: Poaceae;
Forma de propagação: sementes;
Ciclo: anual.
Plantas daninhas (Pé-de-galinha)
32
33. Identificação: planta cespitosa, possui colmos achatados, possui
coloração mais clara na base em comparação ao restante da planta,
forma densas touceiras, fortemente enraizada.
Plantas daninhas (Pé-de-galinha)
33
Fonte: Agrolink, ano não identificado.
34. Resistência: No Brasil foram registrados 3 casos, o primeiro
foi em 2003 aos herbicidas cyhalofop, fenoxaprop e
sethoxydim (Inibidores da ACCase);
Em 2016 foi registrado a resistência ao glyphosate;
Já em 2017, caso de resistência múltipla a fenoxaprop e
haloxyfop (Inibidores da ACCase) e glyphosate (Inibidor da
EPSPs).
Plantas daninhas (Pé-de-galinha)
34
36. Nome científico: Commelina benghalensis;
Nome comum: Trapoeraba, rabo-de-cachorro, andaca, maria-mole;
Família: Commelinaceae;
Forma de propagação: sementes e pedaços de hastes;
Ciclo: perene.
Plantas daninhas (Trapoeraba)
36
37. Identificação: se diferencia das outras espécies pela presença
de 3 pétalas nas flores, sendo uma delas menor. Altura varia de
30-60cm, folhas pubescentes, marcadas pelas nervuras.
Plantas daninhas (Trapoeraba)
37
Fonte: Agrolink, ano não identificado.
38. Nome científico: Commelina diffusa;
Nome comum: Trapoeraba, capoeraba, mata Brasil, marianinha;
Família: Commelinaceae;
Meio de propagação: sementes e pedaços de hastes;
Ciclo: perene.
Plantas daninhas (Trapoeraba)
38
39. Identificação: Folhas com lâminas que lembram uma
gramínea, rizomas ausentes, inflorescência com 3 pétalas.
Plantas daninhas (Trapoeraba)
39
Fonte: Agrolink, ano não identificado.
40. Nome científico: Commelina erecta;
Nome comum: Trapoeraba, rabo de cachorro, andaca, maria-mole;
Família: Commelinaceae;
Meio de propagação: sementes e pedaços de hastes;
Ciclo: perene;
Resistência: sem casos registrados no Brasil.
Plantas daninhas (Trapoeraba)
40
41. Identificação: Possui rizomas sem frutificação, flores com duas
pétalas grandes azuis e uma pétala residual. Possui como diferencial
um florescimento vistoso, sendo por muitas vezes cultivada como
planta ornamental.
Plantas daninhas (Trapoeraba)
41
Fonte: Agrolink, ano não identificado.
43. Nome comum: junça, junquinho, tiririca, tiririca-
amarela, tiririca mansa ou tiriricão;
Nome científico: Cyperus esculentus;
Família: Cyperaceae;
Meio de propagação: sementes e tubérculos;
Ciclo: perene;
Resistência: Sem casos registrados no Brasil.
Plantas daninhas (Tiririca)
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44. Identificação: planta herbácea, ereta, caule triangular sem
pelos, eixo da inflorescência contém no seu ápice até 6
brácteas, sendo 2 muito longas, 1 mediana e as outras curtas.
Plantas daninhas (Tiririca)
44
Fonte: Moreira e Bragança, 2010 Fonte: Agrolink, ano não identificado.
45. Nome comum: capim-dandá, junça, tiririca, tiririca vermelha ou
tiririca-de-três-quinas;
Nome científico: Cyperus rotundus;
Família: Cyperaceae;
Meio de propagação: sementes, bulbos, tubérculos e rizomas.
Ciclo: perene
Resistência: sem casos registrados.
Plantas daninhas (Tiririca)
45
46. Identificação: O caule é triangular, liso, sem ramificação,
com 3 brácteas no ápice, com uma delas se destacando pelo
seu comprimento. A inflorescência é do tipo espiga de
coloração vermelho-ferrugínea.
Plantas daninhas (Tiririca)
46
Fonte: Moreira e Bragança 2010