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Origem e distribuição
 Origem: Região Mediterrânea
 As primeiras indicações de sua existência datam a 4
500 A.C.
 Lactuca serriola. é considerado o ancestral directo
da alface cultivada
 Disseminou-se pela Europa, juntamente com a
expansão do Império Romano.
 Chegou a América latina no século XVI, através dos
Portugueses
Importância da alface
 É considerada como a mais popular das hortaliças
folhosas, sendo cultivada em quase todas as
regiões do globo terrestre
 O valor nutritivo de alface vária em função da cor das
folhas: As folhas do interior da cabeça de alface são
menos nutritivas que as folhas do exterior.
Cont.
 Pode ser considerada uma boa fonte de
vitaminas e sais minerais, destacando-se seu
elevado teor de vitamina A, além de conter
vitaminas do complexo B(B1 e B2), Cálcio e
Ferro.
 A alface é cultivada pelas folhas,
normalmente consumidas cruas em saladas.
CONT.
 O valor energético da alface é baixo, pois seu conteúdo
em água representa 96% do seu peso.
 A alface contém ferro, mineral com importante papel
no transporte de oxigénio no organismo.
 É rica em fibras, que auxiliam na digestão e no bom
funcionamento do intestino
Características Botânicas
 Taxonomia
 Reino: Plantae
 Divisão: Magnoliophyta
 Classe: Magnoliopsida
 Ordem: Asterales
 Família: Asteraceae
 Género: Lactuca
 Espécie: Lactuca sativa L.
CONT.
 Sistema radicular
Aprumado, pouco ramificado e relativamente
superficial.
A raiz principal de plantas originadas de sementeira
directa pode atingir mais de 60cm
Em cultivo de regadio a maior parte das raízes
concentre-se nos primeiros 30cm do solo
Nas plantas transplantadas, as raízes exploram um
volume de solo reduzid
Cont.
 Caule
 herbácea
na fase de repolhamento, é curto com 2 a 5 cm, onde se
inserem as folhas
Após o repolhamento, desenvolve-se formando uma
haste, com cerca de 1 a 1,5m de altura, com conjunto de
pequenas flores
Cont.
 Folhas
 Dispostas em roseta
 Alongadas nos primeiros estados de desenvolvimento
e alargam-se quando se inicia a formação do repolho
As folhas podem ser lisas ou frisadas de forma
arredondada, lanceoladas ou quase espatuladas com
ou sem bordas recortadas;
Cont.
A cor das folhas varia de verde-claro a verde-escuro,
existindo cultivares avermelhadas ou arroxeadas pela
presença de antocianinas
 Flor
 Pequenas e amarelas, hermafroditas e agrupadas em
capítulos nas extremidades
Variedades
 Geralmente a classificação baseia-se em características
como a forma da folha, tamanho, grau de formação do
repolho. Assim, as alfaces cultivadas podem ser
agrupadas em 4 variedades:
Lactuca sativa. var. capitata: as alfaces repolho ( inclui
as Icebergs): Batávia, Great lakes, Bola-de-Manteiga,
Mercher, Maravilha das quatro estações, dos Mercados
e Senrival;
Cont.
Lactuca sativa var. longifólia: as alfaces Romanas
(Romanas, Orelha-de-mula, Loura das hortas e Balão);
 Lactuca sativa var. crespo - as Alfaces Crespo ou
Frisadas: Escura de olival, Folha de carvão e Lolla-
Rosa, e;
Lactuca sativa var. latina- as alfaces Galegas.
Todas possuem o mesmo número de cromossomas
(2n= 2x= 18).
Cont.
Cont.
Produção mundial de alface
 6ª hortaliça em importância econômica
8ª em termos de volume produzido
É a hortaliça folhosa de maior consumo no mundo.
 China, EUA , Espanha, Italia e India são os maiores
Produtores mundiais
Em Moçambique é produzida nas zonas baixas e os
níveis de produção são muito baixos
Crescimento e
desenvolvimento
 Sob condições favoráveis de cultivo da alface, o
crescimento e o desenvolvimento podem ser divididos
em quatro (4) estágios:
 O primeiro, de 0 a 30 dias, corresponde ao crescimento
inicial, desde a germinação até a formação de 4 a 6
folhas.
 O segundo, de 30 a 50 dias, Ocorre a fase de expansão
das folhas externas
Cont.
 O terceiro estágio, de 50 a 70 dias, Caracteriza-se pelo
desenvolvimento das partes vegetativas (tamanho,
forma e firmeza da cabeça)
 O quarto estágio, de 70 a 90, Caracteriza-se pela
diferenciação e aparecimento dos órgãos florais (O
caule se alonga e as flores da inflorescência principal,
visíveis).
CONT.
O segundo e terceiro estágio de desenvolvimento da
alface são de grande importância na produtividade
(tamanho e conformação das folhas), uma vez que
actuam decisivamente sobre o número e tamanho de
folhas, que definirão a área foliar da planta, ou seja, o
potencial produtivo
EXIGÊNCIAS EDAFO-CLIMÁTICAS
 A alface é uma espécie típica do inverno, desenvolve e
produz sob condições de clima temperado, de estação
fria, moderadamente tolerante a geada.
 A temperatura máxima tolerável pela alface, situa-se
em torno de 30ºC e a mínima em torno de 6ºC,
Cont.
 As melhores qualidades obtêm-se em regiões com
temperaturas uniformes na ordem de 15 a 20ºC.
 Temperaturas superiores a 25ºC, prejudicam a forma
das folhas:
 São sensíveis a seca, os pecíolos se alongam e o aroma
das folhas fica prejudicado, levando a planta a emitir o
pendão floral precocemente,
Cont.
 A temperatura influencia o crescimento e
desenvolvimento de todas plantas, especificamente a
alface.
 Este factor não pode ser facilmente modificado pelas
práticas culturais.
 A temperatura afecta desde a germinação e produção
da semente, desenvolvimento vegetativo, floração,
qualidade das partes económicas, e associada a
humidade, influencia a ocorrência de doenças,
Cont.
os processos metabólicos das plantas possuem
temperaturas críticas que os impedem ou dificultam,
sendo que para a maioria das espécies, a temperatura
óptima para germinação, brotação, desenvolvimento,
floração, fecundação e frutificação, situa-se entre 20 a
30 °C.
O aumento no crescimento ocorre com a subida de
temperatura e tem como limite os 40ºC.
Temperaturas inferiores a 18ºC afectam o seu
crescimento.
Cont.
 o aumento de temperatura acima dos 40 °C retarda
gradativamente a absorção de nutrientes, enquanto a
maior absorção é conseguida entre 25 e 35 °C.
 A alface ganha qualidade com temperaturas baixas.
 A temperatura óptima para o desenvolvimento
vegetativo situa-se em torno de 15 a 20ºC e acima de
25ºC a planta espiga, pelo que deve ser plantada cedo,
preferencialmente no fim do verão ou início do
inverno.
Cont.
 A alface exige muita humidade durante todo o ciclo, e
prefere regiões de clima ameno com humidade relativa
na ordem de 60 a 80%, mas em determinadas fases de
seu ciclo apresenta melhor desempenho com valores
inferiores a 60% .
Cont.
 Influência da luz nas plantas
 A luz joga um papel relevante no desenvolvimento e
crescimento de qualquer espécie vegetal.
 Dependem dela para a fotossíntese, mudanças
morfológicas (retardamento ou promoção caulinar e
foliar), síntese de enzimas e pigmentos.
 No entanto, a quantidade da luz necessária, varia de
espécie para espécie.
Cont.
 A intensidade luminosa e o fotoperíodo, influencia
ainda outros processos vitais tais como:
 Germinação da semente: algumas plantas germinam
na ausência da luz, enquanto outras como a da alface
necessita de uma quantidade mínima;
 Floração: algumas plantas florescem quando os dias
são relativamente longos (plantas de dia longo), outras
de dias curtos (plantas de dias curto), e ainda outras
que não dependem de números de horas por dias
(plantas indiferentes)
 Durante o ciclo vegetal, varias respostas que confere
enormes vantagens no estabelecimento e
sobrevivência da planta (alongamento do caule,
expansão foliar, floração, etc.), estão envolvidas
directamente com a duração e qualidade da luz.
 Contudo, a alface exige dias curto para se manter na
fase vegetativa e dias longos para que ocorra o
pendoamento.
CONT.
 Solos
 A alface pode desenvolver-se em diferentes tipos de
solo, desde que sejam aráveis, férteis, ricos em matéria
orgânica, bem drenados, profundos, e um intervalo de
PH de 6,5 a 7,5.
Plantação/Sementeira
 Geralmente, a Sementeira da alface é feita em alfobre e
só depois de 20 a 30 dias é que se faz o transplante,
quando as plântulas tiverem 4 a 6 folhas e 7 a 8 cm de
altura.
 O local de alfobre deve ser bem arejado com pouca
declividade, boa luminosidade e disponibilidade de
água de boa qualidade.
Cont.
 A aplicação de menor quantidade de água pode
provocar danos irreversíveis as muda, ou acelera o
florescimento impedindo o desenvolvimento
vegetativo mais vigoroso.
 Após o transplante as mudas sentem a mudança
brusca do ambiente, nesse período a planta deixa de
crescer, podendo perder algumas folhas,
principalmente as mais velhas, atrasando a retomada
de crescimento.
Cont.
 Quando as mudas são transplantadas nos meses
frescos, obtêm-se maiores rendimentos.
 Rendimentos da cultura variam conforme a variedade e
em função do nível tecnológico empregado e das
condições ambientais durante o desenvolvimento da
cultura.
Cont.
 Espaçamento:
 0,20 a 0,30 m x 0,20 a 0,30 m, de acordo com as
características botânicas de cada cultivar.
Adubação
 Para uma adubação racional, alem do conhecimento
dos teores de nutrientes existentes no solo e
disponíveis para a planta, também é necessário
conhecer a extração da cultura.
 O programa de adubação deve ser realizado atendendo
as caracteristicas próprias de cada zona de cultivo: tipo
de solo, clima, agua e sistema de rega, variedade, fase
da cultura e compasso utilizado
Cont.Rendimento (ton/ha N P2O
5
K2O CaO MgO
42 80 40 170 40 10
Assim, qualquer programa de adubação,
deve considerar-se apenas orientativo,
devendo adaptar-se a cada caso particular
REGAS
A alface tem um sistema radicular pouco desenvolvido; a
maior parte das raízes desenvolve-se entre os 10 e os
25 cm de profundidade, Isto faz com que as plantas
sejam muito sensíveis à falta de água.
Antes do repolhamento, as regas devem ser frequentes
e pouco moderadas, pois uma dose excessiva de água
pode provocar asfixia radicular, facilitar o
desenvolvimento de doenças e provocar uma lavagem
dos nutrientes solúveis..
CONT.
 Um teor de Humidade uniforme no solo, permite um
bom desenvolvimento da planta e contribui para
diminuir os riscos de aparecimento de necroses nas
folhas
 As regas devem ser feitas atendendo:
Tipos de solo
Condições climaticas
CONT.
Estado de desenvolvimento da planta
Por razoes sobretudo de ordem sanitária, a rega deve
fazer-se preferencialmente de manha, de modo que as
folhas tenham tempo suficiente de secar antes do
inicio da noite
Cont.
Consequências da falta de agua
 Diminuição da turgescência
 Atraso ou paragem de crescimento
 Grande sensibilidade a podridão cinzenta e próximo de
repolhamento, necrose na borda das folhas
Cont.
 Consequência do excesso da água
 Asfixia das raizes
 Paragem de crescimento
 Aparecimento de carências nutritivas
Infestantes
 É necessário controlar as infestantes durante o ciclo da
cultura, especialmente em dois períodos críticos, em
que diminuem significativamente a produtividade:
Durante a fase inicial, a seguir ao transplante, quando
as plantas tem pouca capacidade de competir
Próximo da colheita, quando as infestantes sufocam a
alface e criam um ambiente propicio ao
desenvolvimento das doenças.
Protecção fitossanitária
 Pragas e doenças
 A qualidade de um produto no local de venda, deve
englobar tanto a apresentação visível como o respeito pelas
normas em matérias de resíduos de produtos fitossanitária
 Os produtores deve ser aconselhado e apoiado para
adoptaram programas de protecção integrada contra pragas
e doenças, para minimizar o impacto ambiental.
 Numa hortaliça de folhas como a alface, qualquer sintoma
de parasita nas folhas desvaloriza irremediavelmente o
produto final
Doenças
Doenças Sintomas Condições
favoraveis
Ações
preventivas
No
Botrytis,
Pythium e
Rihzoctecnia
Ausência de
germinação
Destruição das
plântulas por
podridão no colo
Humidade
excessiva
Semente da má
qualidade
Área mal
desinfetada
Semente de boa
qualidade
Assegurar boas
condições de
desenvolvimento
as plântulas
(temperatura e
humidade)
Utilizar
substrato novo e
com garantia de
boas qualidades
sanitárias
Cont.
Doenças (No
local definitivo)
Sintomas Condições
favoraveis
Ações
preventivas
Podridão cinzenta
(Botrytis cinerea)
Temperaturas
baixas (5 a 18ºC):
ocorre também na
faixa de 0 a 35ºC
Humidade
elevada
Evitar excesso de
azoto
Evitar elevadas
densidades de
plantação
Evitar ferimentos
das folhas durante
a plantação, sacha,
etc
Eliminar os
resíduos de outras
culturas
Cont.
Esclerotinia :
sclerotinia minor
e S. sclerotiorum
Plantas
isoladas com
aspectos flácidos
Formação de
pequenos órgãos
negros e duros
(esclerotos)
Temperaturas
entre 18 a 20ºC (
embora se
desenvolva
apartir dos 10ºC)
Humidade
elevada
Solos ligeiros a
ricos em matéria
orgânica
Desinfecção
química
Algumas
semanas antes da
plantação
Solarização do
solo com plástico
Eliminar e
destruir restos da
cultura
pragas
 As principais pragas da cultura de Alface são:
 Nemátodos: Meloidogyna e Patylenchus
 Lesmas e caracois
 afideos
 Lagartas mineiras
 Mosca branca
Cont.
 Assim, as acções contra as doenças e pragas, devem
privilegiar a luta preventiva e racionalizar as
intervenções químicas para assegurar a melhor eficácia
e o respeito pelos intervalos de seguranças de produto.
 As doenças provocadas por fungos são as que mais
ocorrem e temíveis
 No entanto as doenças bacteriana assumem uma
importância cada vez maior
Colheita
 É de máxima importância que as alfaces se apresentem
ao consumidor, frescas com folhas tenras e com um
aspecto atrativo
 Por ser um produto muito frágil, ela deve ser
manuseada o menos possível
 Muitas vezes, uma boa cultura na altura da colheita é
estragada ou vê seu valor reduzida por ser feita em más
conduções
Cont.
 Critérios de Definição da Data de Colheita
 A determinação do estado optimo de colheita das
hortaliças de folhas varia com o produto, mas em geral,
o tamanho é o principal critério.
 É o que se verifica com a alface: No caso das culturas
repolhadas, o grau de formação de repolho e sua
firmeza representam critérios com bastante
importância para alguns compradores.
 O tamanho com que a alface é colhida, depende da
época do ano, sendo sempre maior no verão do que no
inverno
 Também depende do tipo de alface:
 O estado de maturação pode ser determinado por
inspecções regulares ao campo.
 Nas alfaces do tipo Iceberg, a colheita deve ser feita
quando o repolho apresentar uma firmeza tal que só
cede ligeiramente a pressão manual.
 Nas de bola de manteiga, os repolhos são menos
compactas e a colheita é feita geralmente 2 a 3 semanas
antes da dos tipos Iceberg ou batávias
 Se acolheita é atrasada, deixando passar a fase óptima
de colheita, desenvolve-se um sabor amargo forte e as
plantas ficam mais duras
 No verão, em poucos dias evoluem para emissão
precoce da haste floral, tornando-se incomercializável
 A importância de se fazer a colheita no momento
optimo também se evidencia na sua vida pós- colheita.
 Com efeito, as alfaces com uma fraca formação de
repolho ou um repolho demasiada duro tem menor
periodo de conservação.
Tecnicas de Colheita
 Segundo a metodologia habitual, ela é cortada a mão,
aparado e limpa de folhas velhas e danificadas, sendo
de seguida colocado em caixas no campo
 O embalamento no campo permite, geralmente, obter
produções comercializaveis mais elevadas devido a
redução dos seus danos mecanicos
Conservação
 Por ser um produto disponível durante todo o ano e
dada sua perecibilidade, a alface no nosso país não é
conservada por longos períodos
 De qualquer forma são aqui feitas algumas sugestões
que permitem armazenar por um periodo próximo de
um mês
Temperatura Humidade
relativa
Concentração
de O2 e CO2
0-1º c ˃95% 1-2% de O2 e
˂2% de CO2
Cont.
 Dependendo do estado de maturação, qualidade
inicial, condições de armazenamento na altura da
colheita e rapidez na pré- refrigeração, a alface pode
ser conservada entre 21 a 28 dias.
 A pré- refrigeração deve ser feita o mais rapidamente
possível apos a colheita de forma não comprometer o
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Cont.
Cont.
FIM
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Origem e cultivo da alface

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  • 2. Origem e distribuição  Origem: Região Mediterrânea  As primeiras indicações de sua existência datam a 4 500 A.C.  Lactuca serriola. é considerado o ancestral directo da alface cultivada  Disseminou-se pela Europa, juntamente com a expansão do Império Romano.  Chegou a América latina no século XVI, através dos Portugueses
  • 3. Importância da alface  É considerada como a mais popular das hortaliças folhosas, sendo cultivada em quase todas as regiões do globo terrestre  O valor nutritivo de alface vária em função da cor das folhas: As folhas do interior da cabeça de alface são menos nutritivas que as folhas do exterior.
  • 4. Cont.  Pode ser considerada uma boa fonte de vitaminas e sais minerais, destacando-se seu elevado teor de vitamina A, além de conter vitaminas do complexo B(B1 e B2), Cálcio e Ferro.  A alface é cultivada pelas folhas, normalmente consumidas cruas em saladas.
  • 5. CONT.  O valor energético da alface é baixo, pois seu conteúdo em água representa 96% do seu peso.  A alface contém ferro, mineral com importante papel no transporte de oxigénio no organismo.  É rica em fibras, que auxiliam na digestão e no bom funcionamento do intestino
  • 6. Características Botânicas  Taxonomia  Reino: Plantae  Divisão: Magnoliophyta  Classe: Magnoliopsida  Ordem: Asterales  Família: Asteraceae  Género: Lactuca  Espécie: Lactuca sativa L.
  • 7. CONT.  Sistema radicular Aprumado, pouco ramificado e relativamente superficial. A raiz principal de plantas originadas de sementeira directa pode atingir mais de 60cm Em cultivo de regadio a maior parte das raízes concentre-se nos primeiros 30cm do solo Nas plantas transplantadas, as raízes exploram um volume de solo reduzid
  • 8. Cont.  Caule  herbácea na fase de repolhamento, é curto com 2 a 5 cm, onde se inserem as folhas Após o repolhamento, desenvolve-se formando uma haste, com cerca de 1 a 1,5m de altura, com conjunto de pequenas flores
  • 9. Cont.  Folhas  Dispostas em roseta  Alongadas nos primeiros estados de desenvolvimento e alargam-se quando se inicia a formação do repolho As folhas podem ser lisas ou frisadas de forma arredondada, lanceoladas ou quase espatuladas com ou sem bordas recortadas;
  • 10. Cont. A cor das folhas varia de verde-claro a verde-escuro, existindo cultivares avermelhadas ou arroxeadas pela presença de antocianinas  Flor  Pequenas e amarelas, hermafroditas e agrupadas em capítulos nas extremidades
  • 11. Variedades  Geralmente a classificação baseia-se em características como a forma da folha, tamanho, grau de formação do repolho. Assim, as alfaces cultivadas podem ser agrupadas em 4 variedades: Lactuca sativa. var. capitata: as alfaces repolho ( inclui as Icebergs): Batávia, Great lakes, Bola-de-Manteiga, Mercher, Maravilha das quatro estações, dos Mercados e Senrival;
  • 12. Cont. Lactuca sativa var. longifólia: as alfaces Romanas (Romanas, Orelha-de-mula, Loura das hortas e Balão);  Lactuca sativa var. crespo - as Alfaces Crespo ou Frisadas: Escura de olival, Folha de carvão e Lolla- Rosa, e; Lactuca sativa var. latina- as alfaces Galegas. Todas possuem o mesmo número de cromossomas (2n= 2x= 18).
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  • 15. Produção mundial de alface  6ª hortaliça em importância econômica 8ª em termos de volume produzido É a hortaliça folhosa de maior consumo no mundo.  China, EUA , Espanha, Italia e India são os maiores Produtores mundiais Em Moçambique é produzida nas zonas baixas e os níveis de produção são muito baixos
  • 16. Crescimento e desenvolvimento  Sob condições favoráveis de cultivo da alface, o crescimento e o desenvolvimento podem ser divididos em quatro (4) estágios:  O primeiro, de 0 a 30 dias, corresponde ao crescimento inicial, desde a germinação até a formação de 4 a 6 folhas.  O segundo, de 30 a 50 dias, Ocorre a fase de expansão das folhas externas
  • 17. Cont.  O terceiro estágio, de 50 a 70 dias, Caracteriza-se pelo desenvolvimento das partes vegetativas (tamanho, forma e firmeza da cabeça)  O quarto estágio, de 70 a 90, Caracteriza-se pela diferenciação e aparecimento dos órgãos florais (O caule se alonga e as flores da inflorescência principal, visíveis).
  • 18. CONT. O segundo e terceiro estágio de desenvolvimento da alface são de grande importância na produtividade (tamanho e conformação das folhas), uma vez que actuam decisivamente sobre o número e tamanho de folhas, que definirão a área foliar da planta, ou seja, o potencial produtivo
  • 19. EXIGÊNCIAS EDAFO-CLIMÁTICAS  A alface é uma espécie típica do inverno, desenvolve e produz sob condições de clima temperado, de estação fria, moderadamente tolerante a geada.  A temperatura máxima tolerável pela alface, situa-se em torno de 30ºC e a mínima em torno de 6ºC,
  • 20. Cont.  As melhores qualidades obtêm-se em regiões com temperaturas uniformes na ordem de 15 a 20ºC.  Temperaturas superiores a 25ºC, prejudicam a forma das folhas:  São sensíveis a seca, os pecíolos se alongam e o aroma das folhas fica prejudicado, levando a planta a emitir o pendão floral precocemente,
  • 21. Cont.  A temperatura influencia o crescimento e desenvolvimento de todas plantas, especificamente a alface.  Este factor não pode ser facilmente modificado pelas práticas culturais.  A temperatura afecta desde a germinação e produção da semente, desenvolvimento vegetativo, floração, qualidade das partes económicas, e associada a humidade, influencia a ocorrência de doenças,
  • 22. Cont. os processos metabólicos das plantas possuem temperaturas críticas que os impedem ou dificultam, sendo que para a maioria das espécies, a temperatura óptima para germinação, brotação, desenvolvimento, floração, fecundação e frutificação, situa-se entre 20 a 30 °C. O aumento no crescimento ocorre com a subida de temperatura e tem como limite os 40ºC. Temperaturas inferiores a 18ºC afectam o seu crescimento.
  • 23. Cont.  o aumento de temperatura acima dos 40 °C retarda gradativamente a absorção de nutrientes, enquanto a maior absorção é conseguida entre 25 e 35 °C.  A alface ganha qualidade com temperaturas baixas.  A temperatura óptima para o desenvolvimento vegetativo situa-se em torno de 15 a 20ºC e acima de 25ºC a planta espiga, pelo que deve ser plantada cedo, preferencialmente no fim do verão ou início do inverno.
  • 24. Cont.  A alface exige muita humidade durante todo o ciclo, e prefere regiões de clima ameno com humidade relativa na ordem de 60 a 80%, mas em determinadas fases de seu ciclo apresenta melhor desempenho com valores inferiores a 60% .
  • 25. Cont.  Influência da luz nas plantas  A luz joga um papel relevante no desenvolvimento e crescimento de qualquer espécie vegetal.  Dependem dela para a fotossíntese, mudanças morfológicas (retardamento ou promoção caulinar e foliar), síntese de enzimas e pigmentos.  No entanto, a quantidade da luz necessária, varia de espécie para espécie.
  • 26. Cont.  A intensidade luminosa e o fotoperíodo, influencia ainda outros processos vitais tais como:  Germinação da semente: algumas plantas germinam na ausência da luz, enquanto outras como a da alface necessita de uma quantidade mínima;  Floração: algumas plantas florescem quando os dias são relativamente longos (plantas de dia longo), outras de dias curtos (plantas de dias curto), e ainda outras que não dependem de números de horas por dias (plantas indiferentes)
  • 27.  Durante o ciclo vegetal, varias respostas que confere enormes vantagens no estabelecimento e sobrevivência da planta (alongamento do caule, expansão foliar, floração, etc.), estão envolvidas directamente com a duração e qualidade da luz.  Contudo, a alface exige dias curto para se manter na fase vegetativa e dias longos para que ocorra o pendoamento.
  • 28. CONT.  Solos  A alface pode desenvolver-se em diferentes tipos de solo, desde que sejam aráveis, férteis, ricos em matéria orgânica, bem drenados, profundos, e um intervalo de PH de 6,5 a 7,5.
  • 29. Plantação/Sementeira  Geralmente, a Sementeira da alface é feita em alfobre e só depois de 20 a 30 dias é que se faz o transplante, quando as plântulas tiverem 4 a 6 folhas e 7 a 8 cm de altura.  O local de alfobre deve ser bem arejado com pouca declividade, boa luminosidade e disponibilidade de água de boa qualidade.
  • 30. Cont.  A aplicação de menor quantidade de água pode provocar danos irreversíveis as muda, ou acelera o florescimento impedindo o desenvolvimento vegetativo mais vigoroso.  Após o transplante as mudas sentem a mudança brusca do ambiente, nesse período a planta deixa de crescer, podendo perder algumas folhas, principalmente as mais velhas, atrasando a retomada de crescimento.
  • 31. Cont.  Quando as mudas são transplantadas nos meses frescos, obtêm-se maiores rendimentos.  Rendimentos da cultura variam conforme a variedade e em função do nível tecnológico empregado e das condições ambientais durante o desenvolvimento da cultura.
  • 32. Cont.  Espaçamento:  0,20 a 0,30 m x 0,20 a 0,30 m, de acordo com as características botânicas de cada cultivar.
  • 33. Adubação  Para uma adubação racional, alem do conhecimento dos teores de nutrientes existentes no solo e disponíveis para a planta, também é necessário conhecer a extração da cultura.  O programa de adubação deve ser realizado atendendo as caracteristicas próprias de cada zona de cultivo: tipo de solo, clima, agua e sistema de rega, variedade, fase da cultura e compasso utilizado
  • 34. Cont.Rendimento (ton/ha N P2O 5 K2O CaO MgO 42 80 40 170 40 10 Assim, qualquer programa de adubação, deve considerar-se apenas orientativo, devendo adaptar-se a cada caso particular
  • 35. REGAS A alface tem um sistema radicular pouco desenvolvido; a maior parte das raízes desenvolve-se entre os 10 e os 25 cm de profundidade, Isto faz com que as plantas sejam muito sensíveis à falta de água. Antes do repolhamento, as regas devem ser frequentes e pouco moderadas, pois uma dose excessiva de água pode provocar asfixia radicular, facilitar o desenvolvimento de doenças e provocar uma lavagem dos nutrientes solúveis..
  • 36. CONT.  Um teor de Humidade uniforme no solo, permite um bom desenvolvimento da planta e contribui para diminuir os riscos de aparecimento de necroses nas folhas  As regas devem ser feitas atendendo: Tipos de solo Condições climaticas
  • 37. CONT. Estado de desenvolvimento da planta Por razoes sobretudo de ordem sanitária, a rega deve fazer-se preferencialmente de manha, de modo que as folhas tenham tempo suficiente de secar antes do inicio da noite
  • 38. Cont. Consequências da falta de agua  Diminuição da turgescência  Atraso ou paragem de crescimento  Grande sensibilidade a podridão cinzenta e próximo de repolhamento, necrose na borda das folhas
  • 39. Cont.  Consequência do excesso da água  Asfixia das raizes  Paragem de crescimento  Aparecimento de carências nutritivas
  • 40. Infestantes  É necessário controlar as infestantes durante o ciclo da cultura, especialmente em dois períodos críticos, em que diminuem significativamente a produtividade: Durante a fase inicial, a seguir ao transplante, quando as plantas tem pouca capacidade de competir Próximo da colheita, quando as infestantes sufocam a alface e criam um ambiente propicio ao desenvolvimento das doenças.
  • 41. Protecção fitossanitária  Pragas e doenças  A qualidade de um produto no local de venda, deve englobar tanto a apresentação visível como o respeito pelas normas em matérias de resíduos de produtos fitossanitária  Os produtores deve ser aconselhado e apoiado para adoptaram programas de protecção integrada contra pragas e doenças, para minimizar o impacto ambiental.  Numa hortaliça de folhas como a alface, qualquer sintoma de parasita nas folhas desvaloriza irremediavelmente o produto final
  • 42. Doenças Doenças Sintomas Condições favoraveis Ações preventivas No Botrytis, Pythium e Rihzoctecnia Ausência de germinação Destruição das plântulas por podridão no colo Humidade excessiva Semente da má qualidade Área mal desinfetada Semente de boa qualidade Assegurar boas condições de desenvolvimento as plântulas (temperatura e humidade) Utilizar substrato novo e com garantia de boas qualidades sanitárias
  • 43. Cont. Doenças (No local definitivo) Sintomas Condições favoraveis Ações preventivas Podridão cinzenta (Botrytis cinerea) Temperaturas baixas (5 a 18ºC): ocorre também na faixa de 0 a 35ºC Humidade elevada Evitar excesso de azoto Evitar elevadas densidades de plantação Evitar ferimentos das folhas durante a plantação, sacha, etc Eliminar os resíduos de outras culturas
  • 44. Cont. Esclerotinia : sclerotinia minor e S. sclerotiorum Plantas isoladas com aspectos flácidos Formação de pequenos órgãos negros e duros (esclerotos) Temperaturas entre 18 a 20ºC ( embora se desenvolva apartir dos 10ºC) Humidade elevada Solos ligeiros a ricos em matéria orgânica Desinfecção química Algumas semanas antes da plantação Solarização do solo com plástico Eliminar e destruir restos da cultura
  • 45. pragas  As principais pragas da cultura de Alface são:  Nemátodos: Meloidogyna e Patylenchus  Lesmas e caracois  afideos  Lagartas mineiras  Mosca branca
  • 46. Cont.  Assim, as acções contra as doenças e pragas, devem privilegiar a luta preventiva e racionalizar as intervenções químicas para assegurar a melhor eficácia e o respeito pelos intervalos de seguranças de produto.  As doenças provocadas por fungos são as que mais ocorrem e temíveis  No entanto as doenças bacteriana assumem uma importância cada vez maior
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  • 51. Colheita  É de máxima importância que as alfaces se apresentem ao consumidor, frescas com folhas tenras e com um aspecto atrativo  Por ser um produto muito frágil, ela deve ser manuseada o menos possível  Muitas vezes, uma boa cultura na altura da colheita é estragada ou vê seu valor reduzida por ser feita em más conduções
  • 52. Cont.  Critérios de Definição da Data de Colheita  A determinação do estado optimo de colheita das hortaliças de folhas varia com o produto, mas em geral, o tamanho é o principal critério.  É o que se verifica com a alface: No caso das culturas repolhadas, o grau de formação de repolho e sua firmeza representam critérios com bastante importância para alguns compradores.
  • 53.  O tamanho com que a alface é colhida, depende da época do ano, sendo sempre maior no verão do que no inverno  Também depende do tipo de alface:  O estado de maturação pode ser determinado por inspecções regulares ao campo.
  • 54.  Nas alfaces do tipo Iceberg, a colheita deve ser feita quando o repolho apresentar uma firmeza tal que só cede ligeiramente a pressão manual.  Nas de bola de manteiga, os repolhos são menos compactas e a colheita é feita geralmente 2 a 3 semanas antes da dos tipos Iceberg ou batávias
  • 55.  Se acolheita é atrasada, deixando passar a fase óptima de colheita, desenvolve-se um sabor amargo forte e as plantas ficam mais duras  No verão, em poucos dias evoluem para emissão precoce da haste floral, tornando-se incomercializável
  • 56.  A importância de se fazer a colheita no momento optimo também se evidencia na sua vida pós- colheita.  Com efeito, as alfaces com uma fraca formação de repolho ou um repolho demasiada duro tem menor periodo de conservação.
  • 57. Tecnicas de Colheita  Segundo a metodologia habitual, ela é cortada a mão, aparado e limpa de folhas velhas e danificadas, sendo de seguida colocado em caixas no campo  O embalamento no campo permite, geralmente, obter produções comercializaveis mais elevadas devido a redução dos seus danos mecanicos
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  • 60. Conservação  Por ser um produto disponível durante todo o ano e dada sua perecibilidade, a alface no nosso país não é conservada por longos períodos  De qualquer forma são aqui feitas algumas sugestões que permitem armazenar por um periodo próximo de um mês
  • 61. Temperatura Humidade relativa Concentração de O2 e CO2 0-1º c ˃95% 1-2% de O2 e ˂2% de CO2
  • 62. Cont.  Dependendo do estado de maturação, qualidade inicial, condições de armazenamento na altura da colheita e rapidez na pré- refrigeração, a alface pode ser conservada entre 21 a 28 dias.  A pré- refrigeração deve ser feita o mais rapidamente possível apos a colheita de forma não comprometer o tempo de conservação
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