Fabiano estava satisfeito com sua nova situação apesar de ter chegado em estado faminto, comendo raízes. Agora ele é um vaqueiro que se estabeleceu na terra, se sentindo como uma planta enraizada, embora saiba que é apenas um hóspede temporário expulso pela seca.
Apresentação sobre a utilização dos resultados de Língua Portuguesa da Avaliação em Processo no Planejamento 2013 - OT Planejamento, Diretoria de Ensino Leste 4, 15/02/2013.
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LÍNGUA PORTUGUESA | SEMANA 34 | 3ª SÉRIE | GÊNEROS TEXTUAIS E COMPARAÇÃO DE ...GoisBemnoEnem
DESCRITOR - D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
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A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
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Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
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Spaece simulado 1° ano portugues
1. TRABALHANDO OS DESCRITORES DO SPAECE+++
1° SIMULADO VIA- L.E.I-
Objetivo- Reforçar o estudo para o 1° simulado – Quarta- FEIRA
Trabalhar descritores implica em contextualizar alguns segmentos textuais,
gramaticais fazendo a compreensão semântica e inferências pertinentes.
VIDAS SECAS
GRACILIANO RAMOS
Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a
família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um
juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se
habituado à camarinha escura, pareciam ratos _ e a lembrança dos sofrimentos
passados esmorecera.
Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas
sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho,
acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
_Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se
ouvindo falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado
em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os
cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios,
descobria-se, encolhia-se, na presença dos brancos e julgava-se cabra.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a
frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando: _Você é um bicho, Fabiano.
Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer
dificuldades.
Chegara naquela situação medonha _ e ali estava, forte até gordo, fumando o seu
cigarro de palha.
Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias
mastigando raiz de imbu e semente de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o
azendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus
préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era
ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho,
entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou as quipás, os
mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras
e as baraúnas. Ele, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cachorra baleia estavam agarrados
à terra.
Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro
derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados.
Parecia um macaco.
Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era
correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um
2. vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim
senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao
chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.
Resolva as questões com base no texto.
trecho para as questões 01 e02
Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família
morrendo de fome, comendo raízes.
1.(D-03) Do trecho entende-se:
a. Fabiano conformou-se com o pouco que arrumou.
b. O nordestino se adapta às situações de estiagem.
c. As pessoas sofridas alegram-se com qualquer benefício.
d. Fabiano estava morrendo de fome, porém estava feliz.
e. Fabiano ia conformado com a situação.
2.(D-02) Fabiano no trecho representa:
a. A situação do nordestino que se desloca de sua terra à procura de emprego.
b. A satisfação de quem viaja conhecendo o país.
c. O emigrante sofrido que não desanima com os reveses da vida.
d. A persistência do homem para sobreviver.
e. Uma pessoa sofrida que se sujeita a comer raízes para sobreviver.
3.(D-07) Fabiano, personagem do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, vive um
problema social inerente aos:
a. Nordestinos
b. Pobres
c. Desempregados
d. Sem-terra
e. Retirantes
-4.(D-08) Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-
se de desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os
cotovelos, sorrindo aflito. Neste trecho depreende-se que:
a. Fabiano fora beneficiado com a chuva
b. Fabiano sentiu-se desempregado com a chegada da chuva.
c. A chuva, de um certo modo, fez Fabiano ficar preocupado.
d. O personagem fingiu não entender, e se prontificou a aceitar outras ocupações.
e. A chuva só traz benefícios para os retirantes.
5.(D-09) Em qual das opções abaixo a situação de Fabiano não se assemelha?
a. Assim como Fabiano muitas pessoas se adaptam viver na situação de miséria,
como exemplo tem os partícipes do seguro safra que querem a seca e a perca do
legume, para ganhar o seguro:
b. Fabiano é uma figura que também está na escola na pessoa daqueles alunos,
com menos de dezesseis anos, que não se esforçam para sair do ensino
3. fundamental para não perder o bolsa escola.
c. Fabiano se adapta à miséria como àqueles mendigos que mesmo recebendo
aposento continuam na mendicância.
d. Fabiano também está presente na pessoa do bandido, que quer permanecer no
cárcere para que a família não perca o auxílio-reclusão.
6.(D-08)”Um vagabundo empurrado pela seca.” Sobre o significado desta expressão
pode-se afirmar que o autor foi infeliz ao usá-la :
a. Fabiano é vagabundo porque não enfrenta a dureza.
b. Fabiano é vagabundo porque anda passeando de fazenda em fazenda.
c. As Vítimas da seca se tornam vagabundas.
d. Vagabundo é aquele que não se adapta a nenhum emprego.
e. Vagabundo é um termo muito forte para qualificar as vítimas da seca.
7.(D-14) Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes,
estava plantado.
O sentido da frase acima permanecerá inalterado, mesmo se substituirmos o vocábulo
destacado pela expressão
a. de modo que
b. sem que
c. tal qual
d. para que
e. logo que
8- (Descritor 05) TEXTO:
UM ÍNDIO
“Um índio descerá
De uma estrela colorida brilhante
De uma estrela que virá
Numa velocidade estonteante
E pousará no coração do Hemisfério Sul, na América num claro instante.
(...)”
O trecho retrata o índio de maneira
(A) conceituada.
(B) exaltada.
(C) formalizada.
(D) problematizada.
(E) realista.
9-(Descritor 02) TEXTO:
O LOBO E O CORDEIRO
Vamos mostrar que a razão do mais forte é sempre a melhor.
Um cordeiro matava a sede numa corrente de água pura, quando chega um lobo
4. cuja fome o levava a buscar caça.
– Que atrevimento é esse de sujar a água que estou bebendo? diz enfurecido o lobo. –
Você será castigado por essa temeridade.
– Senhor – respondeu o cordeiro –, que Vossa Majestade não se encolerize e leve em
conta que estou bebendo vinte passos mais baixo que o Senhor. Não posso, pois sujar
a água que está bebendo.
– Você a suja – diz o cruel animal. – Sei que você falou mal de mim no ano passado.
– Como eu poderia tê-lo feito, se não havia sequer nascido? – respondeu o cordeiro. –
Eu ainda mamo.
– Se não foi você, foi seu irmão.
– Eu não tenho irmãos.
– Então, foi alguém dos seus, porque todos vocês, inclusive pastores e cães, não me
poupam. Disseram-me isso e, portanto, preciso vingar-me.
Sem fazer nenhuma outra forma de julgamento, o lobo pegou o cordeiro, estraçalhou-
o e devorou-o.
(LA FONTAINE, Jean de. Fables. Tours. Alfred Mame et Fils, 1918. v.1. p.10.)
No trecho “…a razão do mais forte é sempre a melhor”, está expressa a ideia de que
(A) o lobo se sentiu dono da água por ser maior que o cordeiro.
(B) o lobo usou todos os argumentos para humilhar o cordeiro que era sempre manso.
(C) pensando que o cordeiro havia falado mal dele resolveu devorá-lo.
(D) aproveitando-se de sua grandeza física sente-se no direito de devorá-lo, sem
justificativa.
(E) a aproximação entre o lobo e o cordeiro, através de conversa irritante, facilitou a
captura.
10-Descritor 19)-
02. AOS POETAS CLÁSSICOS
Poetas niversitário,
Poetas de Cadêmia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.
Eu nasci aqui no mato,
Vivi sempre a trabaiá,
Neste meu pobre recato,
Eu não pude estudá.
No verdô de minha idade,
5. Só tive a felicidade
De dá um pequeno insaio
In dois livro do iscritô,
O famoso professô
Felisberto de Carvaio.
(Patativa do Assaré, Canta aqui que canto lá.)
Na poesia de Patativa do Assaré, percebe-se a ocorrência de um tipo de variante
linguística, que foge às regras das competências da linguagem formal ou padrão.
Contudo, verifica-se que tal linguagem pertence a uma classe específica de falantes
da língua que vivem no meio:
(A) familiar.
(B) fraterno.
(C) rural.
(D) acadêmico.
(E) político.