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OFICINA 14
Tecnologias digitais na educação:
perspectivas críticas
UERJ | Auditório 111 - 11º andar | 2 e 3 de julho de 2019
Prof. Dr. Márcio Lemgruber | mslemgruber@gmail.com
PPGE/UNESA
Profa. Dra. Giselle Ferreira | giselle-ferreira@puc-rio.br
Educação, PUC-Rio
Profa. Dra. Jaciara Carvalho | jsacarvalho@gmail.com
PPGE/UNESA
Prof. Dr. Alexandre Rosado | alexandre.rosado@gmail.com
PPGEB/INES
Proposta
Problematizar alguns elementos básicos
dos discursos hegemônicos sobre a tecnologia:
O discurso da "neutralidade" da tecnologia.
O otimismo e o “solucionismo” tecnológico.
O ofuscamento de especificidades sociais, culturais, 

econômicas e políticas das tecnologias.
A concepção de tecnologias como “ferramentas” 

(metáfora conceitual).
Encorajar a criticidade com base na análise 

de material representativo do que se diz na área das
tecnologias na educação.
Metodologia: 

abordagem experiencial e dialógica.
Roteiro proposto
1º dia
Apresentações
Comentários iniciais
O que é “crítica”?
Atividade: análise e discussão de tirinhas
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sobre tecnologia educacional
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recebido no dia anterior
Metáforas conceituais e exemplos da Educação
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Bibliografia introdutória
O que é “crítica"?
Crítica é um termo polissêmico.
Na academia, possui concepções muito distintas
daquilo que concebe o “senso comum”, em que
criticar é visto como algo pejorativo.
Criticar é identificar relações para
compreender e possibilitar que se
pense em transformação e melhoria.
Crítica demanda contextualização
Algumas perguntas necessárias
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de sites e aplicativos que visam manter o usuário
“vidrado”.
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How Technology is Highjacking your Mind 

(Como a tecnologia está sequestrando a sua mente) 

https://medium.com/thrive-global/how-technology-hijacks-peoples-minds-from-a-magician-and-
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As 7 questões de Neil Postman
“É preciso desconfiar” 

(Selwyn, 2017)
Qual é o problema para o qual 

a tecnologia se afirma como solução?
De quem é o problema?
Que novos problemas serão criados 

com a resolução do problema velho?
Que pessoas e instituições serão 

mais prejudicadas por esta nova tecnologia?
Que mudanças de linguagem estão 

sendo promovidas por essas novas tecnologias?
Que redirecionamentos de poder econômico e político
podem resultar dessa nova tecnologia?
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A partir das imagens nos slides
seguintes, o que podemos dizer
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Metáforas encapsulam determinadas formas de perceber,
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A crítica da metáfora como mero ornamento, "engodo"
oratório/estilístico, pertencente à poesia e literatura, mas
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Metáforas fundamentais (Perelman & Olbrecths-Tyteca,
1996), raiz (Black, 1966) ou conceituais (Lakoff & Johnson,
2002): quando um elenco de metáforas são a elas
subordinadas e coerentes.
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uma analogia parcial. Metáforas dizem respeito a
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Roteiro
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Qual é o problema para o qual 

a tecnologia se afirma como solução?
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mais prejudicadas por esta nova tecnologia?
Que mudanças de linguagem estão 

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Que redirecionamentos de poder econômico e político podem resultar
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Tecnologias educacionais 

como ferramentas
Ferramentas são objetos que possibilitam, apoiam ou facilitam a realização
de determinadas tarefas. Constituem-se suporte a ações necessárias à
resolução de problemas de ordem prática.
Tecnologias são, em geral, vistas como simples suportes ou apoios a ações
educacionais, mais "eficientes" para conduzir ações previamente realizadas
de outras maneiras.
Parte-se do pressuposto que novas tecnologias (substituição de suportes)
engendram, por si mesmas, mudanças. Através de novos artefatos haveria a
"solução tecnológica" para situações educacionais "problemáticas".
A neutralidade da tecnologia educacional parece se esvair quando
pensamos que as tarefas a serem executadas por elas foram bem definidas,
compreendidas e representadas no contexto de produção desses artefatos.
São, portanto, ideológicas, quando favorece alguns fins específicos e
obstrui outros. Usar uma "ferramenta" educacional é propor que algo está
quebrado e precisa ser consertado.
Seriam as tecnologias educacionais 

soluções em busca de problemas?
Propósitos de uso são concretizados em
materialidades específicas.
“Mais do mesmo”, um pouco diferente
“Para quem só sabe usar um martelo, todo
problema é prego”
https://unoparitape.com.br/
https://bit.ly/2XgnEKi
https://usemobile.com.br/tecnologia-e-educacao/
Síntese das ideias centrais
Artefatos construídos por pessoas possuem funções,
usos e significados que não são nem "naturais" e muito
menos “neutros”. Seus usos e apropriações são
sustentados por ideologias.
É preciso olhar o contexto econômico, cultural, social e
político de criação/produção de artefatos e os atores
envolvidos na sua promoção: governos, empresas,
ONGs, associações, organismos internacionais.
Identificar os jargões (rótulos) da tecnologia educacional
e questionar a naturalização de ideias que esse tipo de
linguagem sustenta.
Nem os artefatos e nem a linguagem para falar sobre
eles são neutros. Existem posições políticas, culturais e
econômicas dos grupos que os produzem e disseminam.
Acesse nosso e-book
https://ticpe.files.wordpress.com/2017/04/ebook-ticpe-2017.pdf
Referências
DUSEK, V. Filosofia da Tecnologia. São Paulo: Loyola, 2009.
EAGLETON, T. Ideologia. São Paulo: Unesp, 1997.
FERREIRA, G. M. S.; ROSADO, L. A. S.; CARVALHO, J. S. (Org.) Educação e
tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: Editora UNESA, 2017.
FERREIRA, G. M. S.; LEMGRUBER, M. S. Tecnologias educacionais como ferramentas:
Considerações críticas acerca de uma metáfora fundamental. Education Policy Analysis
Archives, v. 26, p. 112, 2018.
LEMGRUBER, M.S.; FERREIRA, G. M. S. Metáforas da Tecnologia Educacional.
Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 23, p. 15-38, 2018.
LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metáforas da vida cotidiana. São Paulo: EDUC e Mercado
de Letras, 2002.
MOROZOV, E. To save everything, click here. The folly of technological solutionism.
Edição para Kindle. Nova Iorque: Public Affairs, 2013.
PERELMAN, C. e OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da Argumentação - a nova
retórica. São Paulo, ed. Martins Fontes, 1996. Trad. de Maria Ermantina Galvão G. Pereira.
RUDIGER, F. Introdução às teorias da cibercultura. Perspectivas, questões e autores.
Porto Alegre: Sulina, 2011.
SELWYN, Neil. Educação e tecnologia: questões críticas. In: FERREIRA, Giselle. M. S.;
ROSADO, Alexandre; CARVALHO, Jaciara de Sá. (Org.) Educação e tecnologia: abordagens
críticas. Rio de Janeiro: SESES/Universidade Estácio de Sá, 2017, p. 85-103
____. Education and Technology: key issues and debates. Edição para Kindle. Londres:
Bloomsbury, 2011.
____. Distrusting Educational Technology. Edição para Kindle. Londres: Routledge,
2014.
____. Is Technology good for Education? Edição pada Kindle. Cambridge: Polity Press,
2016.

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Slides para oficina Redes 2019

  • 1. X Seminário Internacional | As Redes Educativas e as Tecnologias OFICINA 14 Tecnologias digitais na educação: perspectivas críticas UERJ | Auditório 111 - 11º andar | 2 e 3 de julho de 2019 Prof. Dr. Márcio Lemgruber | mslemgruber@gmail.com PPGE/UNESA Profa. Dra. Giselle Ferreira | giselle-ferreira@puc-rio.br Educação, PUC-Rio Profa. Dra. Jaciara Carvalho | jsacarvalho@gmail.com PPGE/UNESA Prof. Dr. Alexandre Rosado | alexandre.rosado@gmail.com PPGEB/INES
  • 2. Proposta Problematizar alguns elementos básicos dos discursos hegemônicos sobre a tecnologia: O discurso da "neutralidade" da tecnologia. O otimismo e o “solucionismo” tecnológico. O ofuscamento de especificidades sociais, culturais, 
 econômicas e políticas das tecnologias. A concepção de tecnologias como “ferramentas” 
 (metáfora conceitual). Encorajar a criticidade com base na análise 
 de material representativo do que se diz na área das tecnologias na educação. Metodologia: 
 abordagem experiencial e dialógica.
  • 3. Roteiro proposto 1º dia Apresentações Comentários iniciais O que é “crítica”? Atividade: análise e discussão de tirinhas Atividade: recebimento de um texto de site 
 sobre tecnologia educacional 2º dia Atividade: análise e discussão sobre o texto 
 recebido no dia anterior Metáforas conceituais e exemplos da Educação Metáfora da ferramenta Fechamento e conclusões.
  • 5. O que é “crítica"? Crítica é um termo polissêmico. Na academia, possui concepções muito distintas daquilo que concebe o “senso comum”, em que criticar é visto como algo pejorativo. Criticar é identificar relações para compreender e possibilitar que se pense em transformação e melhoria.
  • 6. Crítica demanda contextualização Algumas perguntas necessárias De onde vem? Quem promove? Com quais intenções? Porque tem esse nome 
 e não outro? Quais a consequências 
 de seu uso? Quem ganha financeiramente 
 e politicamente com isso?
  • 7. Exemplos de não-neutralidade Existem técnicas de marketing utilizadas no design de sites e aplicativos que visam manter o usuário “vidrado”. Notificações via push: WhatsApp vs. e-mail Organização do espaço em farmácias, e supermercados: distração e consumismo Recompensas em jogos (slot machines) “Saco sem fundo”: feeds infindos; autoplay no YouTube, Instagram e Facebook Controle das opções: escolhas dos designers já naturalizadas (Web tem mais de 20 anos) FOMO (Fear of Missing Out): Medo de Ficar de Fora How Technology is Highjacking your Mind 
 (Como a tecnologia está sequestrando a sua mente) 
 https://medium.com/thrive-global/how-technology-hijacks-peoples-minds-from-a-magician-and- google-s-design-ethicist-56d62ef5edf3
  • 8. As 7 questões de Neil Postman “É preciso desconfiar” 
 (Selwyn, 2017) Qual é o problema para o qual 
 a tecnologia se afirma como solução? De quem é o problema? Que novos problemas serão criados 
 com a resolução do problema velho? Que pessoas e instituições serão 
 mais prejudicadas por esta nova tecnologia? Que mudanças de linguagem estão 
 sendo promovidas por essas novas tecnologias? Que redirecionamentos de poder econômico e político podem resultar dessa nova tecnologia? Que usos alternativos poderiam ser feitos da tecnologia?
  • 9. Discussão A partir das imagens nos slides seguintes, o que podemos dizer sobre a tecnologia? DICA: pensar na relação entre artefatos, pessoas e usos.
  • 12. Sucintamente… Artefatos materializam 
 propósitos de uso específicos É possível utilizar um objeto criado para propósitos diferentes daqueles que fundamentaram seu design e construção: necessidade, criatividade, “serendipidade” → usos fortuitos Porém, há limites nas possibilidades de “subversão” de usos
  • 13. Metáforas Metáforas encapsulam determinadas formas de perceber, pensar e relacionar-se com o mundo, estruturando o pensamento e a ação. São analogias condensadas. A crítica da metáfora como mero ornamento, "engodo" oratório/estilístico, pertencente à poesia e literatura, mas não ao pensamento “sério" e científico. A metáfora e o resgate de sua importância 
 como forma de conhecimento. Metáforas fundamentais (Perelman & Olbrecths-Tyteca, 1996), raiz (Black, 1966) ou conceituais (Lakoff & Johnson, 2002): quando um elenco de metáforas são a elas subordinadas e coerentes. O problema da metáfora quando não é vista como somente uma analogia parcial. Metáforas dizem respeito a similitudes, e não igualdades de relações.
  • 16. Atividade Ler o texto “Inteligência Artificial na Educação: não ignore, faça bom uso!" http://porvir.org/inteligencia-artificial-na-educacao-nao-ignore-faca-bom-uso/
  • 17. Roteiro 1º passo: leitura livre (“flutuante”) 2º passo: leitura focalizada Procurar metáforas associadas à inteligência artificial Usar as questões críticas de Postman Qual é o problema para o qual 
 a tecnologia se afirma como solução? De quem é o problema? Que novos problemas serão criados 
 com a resolução do problema velho? Que pessoas e instituições serão 
 mais prejudicadas por esta nova tecnologia? Que mudanças de linguagem estão 
 sendo promovidas por essas novas tecnologias? Que redirecionamentos de poder econômico e político podem resultar dessa nova tecnologia? Que usos alternativos poderiam ser feitos da tecnologia?
  • 18. Tecnologias educacionais 
 como ferramentas Ferramentas são objetos que possibilitam, apoiam ou facilitam a realização de determinadas tarefas. Constituem-se suporte a ações necessárias à resolução de problemas de ordem prática. Tecnologias são, em geral, vistas como simples suportes ou apoios a ações educacionais, mais "eficientes" para conduzir ações previamente realizadas de outras maneiras. Parte-se do pressuposto que novas tecnologias (substituição de suportes) engendram, por si mesmas, mudanças. Através de novos artefatos haveria a "solução tecnológica" para situações educacionais "problemáticas". A neutralidade da tecnologia educacional parece se esvair quando pensamos que as tarefas a serem executadas por elas foram bem definidas, compreendidas e representadas no contexto de produção desses artefatos. São, portanto, ideológicas, quando favorece alguns fins específicos e obstrui outros. Usar uma "ferramenta" educacional é propor que algo está quebrado e precisa ser consertado. Seriam as tecnologias educacionais 
 soluções em busca de problemas?
  • 19. Propósitos de uso são concretizados em materialidades específicas. “Mais do mesmo”, um pouco diferente “Para quem só sabe usar um martelo, todo problema é prego”
  • 23. Síntese das ideias centrais Artefatos construídos por pessoas possuem funções, usos e significados que não são nem "naturais" e muito menos “neutros”. Seus usos e apropriações são sustentados por ideologias. É preciso olhar o contexto econômico, cultural, social e político de criação/produção de artefatos e os atores envolvidos na sua promoção: governos, empresas, ONGs, associações, organismos internacionais. Identificar os jargões (rótulos) da tecnologia educacional e questionar a naturalização de ideias que esse tipo de linguagem sustenta. Nem os artefatos e nem a linguagem para falar sobre eles são neutros. Existem posições políticas, culturais e econômicas dos grupos que os produzem e disseminam.
  • 25. Referências DUSEK, V. Filosofia da Tecnologia. São Paulo: Loyola, 2009. EAGLETON, T. Ideologia. São Paulo: Unesp, 1997. FERREIRA, G. M. S.; ROSADO, L. A. S.; CARVALHO, J. S. (Org.) Educação e tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: Editora UNESA, 2017. FERREIRA, G. M. S.; LEMGRUBER, M. S. Tecnologias educacionais como ferramentas: Considerações críticas acerca de uma metáfora fundamental. Education Policy Analysis Archives, v. 26, p. 112, 2018. LEMGRUBER, M.S.; FERREIRA, G. M. S. Metáforas da Tecnologia Educacional. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 23, p. 15-38, 2018. LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metáforas da vida cotidiana. São Paulo: EDUC e Mercado de Letras, 2002. MOROZOV, E. To save everything, click here. The folly of technological solutionism. Edição para Kindle. Nova Iorque: Public Affairs, 2013. PERELMAN, C. e OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da Argumentação - a nova retórica. São Paulo, ed. Martins Fontes, 1996. Trad. de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. RUDIGER, F. Introdução às teorias da cibercultura. Perspectivas, questões e autores. Porto Alegre: Sulina, 2011. SELWYN, Neil. Educação e tecnologia: questões críticas. In: FERREIRA, Giselle. M. S.; ROSADO, Alexandre; CARVALHO, Jaciara de Sá. (Org.) Educação e tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: SESES/Universidade Estácio de Sá, 2017, p. 85-103 ____. Education and Technology: key issues and debates. Edição para Kindle. Londres: Bloomsbury, 2011. ____. Distrusting Educational Technology. Edição para Kindle. Londres: Routledge, 2014. ____. Is Technology good for Education? Edição pada Kindle. Cambridge: Polity Press, 2016.