O documento descreve a Open University do Reino Unido, a maior universidade da Europa com aproximadamente 250.000 alunos. Foi criada em 1969 como uma "Universidade do Ar" para fornecer educação de qualidade a distância. Ela utiliza um modelo educacional baseado em materiais didáticos, tutoria personalizada e apoio online e presencial. Apesar de desafios, a Open University continua a oferecer educação acessível com altos níveis de satisfação dos alunos.
1. Qualidade na Educação
a Distância: o caso da
Open University do
Reino Unido
Profa. Dra. Giselle Martins dos Santos Ferreira
PPGE/UNESA
Apresentação no 11º SINAED
9-10 junho 2015
Rio de Janeiro
5. Open University do Reino
Unido
Campus central em Milton Keynes, 12 Centros Regionais no Reino Unido e centros
locais em vários países da Europa Ocidental
Aproximadamente 250.000 alunos: a maior universidade da Europa
Aproximadamente 4.500 funcionários:
• 1.200 acadêmicos especializados em diversas áreas do conhecimento
• Departamentos e centros de apoio (administrativo, legal, editorial, design, etc.)
Quase 8.000 Docentes Associados (Tutores)
Nota 5/5 de satisfação do aluno
6. Proposta: a “Universidade do
Ar”
“ Eu acredito que uma
Universidade do Ar,
devidamente planejada, poderia
fazer uma contribuição
imensurável à vida cultural e ao
enriquecimento do nosso
padrão de vida”.
(Harold Wilson, Primeiro-Ministro do
Reino Unido, 1970)
7. Proposta: um projeto social
• Projeto liderado pela Ministra das Artes, Jennie
Lee (Partido Trabalhista)
• Fundada em 1969
• Recrutamento de recém-doutores de Oxbridge e
outras universidades de “elite” britânicas
• 85% financiada pelo governo (inicialmente)
• Parceria com a BBC
Uma universidade criada para “esnobar os
esnobes”
11. Modelo: SOL
SOL
Materiais didáticos Apoio pessoal
Tutoria (<25)
Student Services Presencial
On-line
Telefone e
correio12 Regiões
Central de
atendimento
Impresso
TV e Rádio
(BBC)
Mídias
(VHS a DVD)
Web
12. Criação do “pacote
educacional”
3 Fases:
– Desenvolvimento
– Produção
– Apresentação: 6-9
meses; cursos curtos (10
pontos), 10 semanas
Estratégias de “garantia de qualidade” em todas
as etapas
14. Iteratividade
• 4 drafts, mais
versão Handover (para
edição final)
• Em paralelo: desenvolvimento
de software, AV, Web, compra de
direitos de reprodução, localização de
imagens, criação de material promocional, etc.
Leitura
pela
equipe e
discussão
em grupo
Escrita
DRAFT FB1
FB2
FBn
Revisão
15. Estratégias
Planejamento
Draft 0: Mapeamento do módulo
• Objetivos de Aprendizagem
(integração com Mapa Curricular)
• Blocos, Partes, Unidades
• Mídias integradas
Trabalho em equipe
• Leitura por pares
• Leitura por leigos (e procedimentos de
Testes de Desenvolvimento)
• Edição por profissional especializado
• Diálogo, com liderança acadêmica,
fundamentando a criação de artefatos
de software e mídias.
Escrita especializada
• Autores com conhecimento
de questões pedagógicas relativas
a sua área do conhecimento
(“literacias acadêmicas” – Lea, 2004)
Apresentação
• Treinamento continuado
de tutores
• Monitoria (por
acadêmicos)
• Apoio extra por
profissionais
17. Tecnologias
Integradas por design: “ensaio e erro”
Sistema de gestão de avaliação (eTMA System)
Gestão de recursos e processos: Documentum eRoom
Criação de recursos:
Structured Authoring (Autoria Estruturada; XML)
Learning Design Templates (Desenho de Aprendizagem)
Produção: Web services
Mídias: popularização/acesso
OA: não (DI apenas nos últimos anos)
AVA: 3 anos de desenvolvimento
REA: estrategicamente integrados
Missão institucional e marketing
MOOC: FutureLearn (https://www.futurelearn.com/)
Risco compartilhado em parcerias
18. Tendências
Diminuição de custos
Financiamento da ES na GB
OU em “pé de igualdade” nas avaliações nacionais
Centralização e gestão top-down
AVA centralizado(r) versus experimentação
“Enxugamento” do currículo
Expansão da concepção de “abertura” em iniciativas
institucionais: REA, MOOC, etc.
Padronização: imagem corporativa
Internacionalização: modelos de parceria (Open University
Worldwide – http://www.ouworldwide.com/)
“Globalização” da oferta via Internet “virtualidade” vs.
“presencialidade”
20. Referências
FERREIRA, G.; MOREIRA, L. Qualidade na Educação Superior: reflexões sobre
um trabalho de tradução. Postagem no blog Diálogos sobre TIC e Educação, 2014.
Disponível em: https://ticpe.wordpress.com/2014/12/04/qualidade-na-educacao-
superior-reflexoes-sobre-um-trabalho-de-traducao/
HARVEY, L. Twenty years of trying to make sense of quality assurances: the
misalignment of quality assurance with institutional quality frameworks and quality
culture. In: 5th European Quality Assurance Forum: making sense of QA in
European, national and institutional contexts. Disponível em:
http://www.eua.be/Libraries/EQAF_2010/WGSII_7_Papers_Harvey.sflb.ashx.
LEA, M. Academic literacies: a pedagogy for course design. Studies in Higher
Education, v. 29, n. 6, p. 739-756.
WEINBREN, D. The Open University: a history. Manchester: Manchester University
Press, 2014.
21. Créditos das imagens
Imagens disponíveis no site Flickr, http://www.flickr.com, sob licença
Creative Commons, http://creativecommons.org/licenses/by/2.0/:
Birthday present with a bow:
http://www.flickr.com/photos/48424574@N07/4893076714/
Broadcast Antenna
http://www.flickr.com/photos/7715592@N03/2177026879/
Innocent girl with laptop:
http://www.flickr.com/photos/45688888@N08/5868477998/
What arrived in the post today:
http://www.flickr.com/photos/54459164@N00/2812346838/
Mapas: Giselle Ferreira (CC By 3.0)
Diagramas: Giselle Ferreira (CC By 3.0)