Este documento discute como professores de escolas públicas no Rio de Janeiro tecem conhecimentos em redes urbanas diversas, permitindo compreender os espaços escolares dentro dessas redes. Também mostra um vídeo criado por professores retratando situações por que passam como participantes dessas redes.
Este documento descreve a oficina "Tecnologias digitais na educação: perspectivas críticas" que será realizada na UERJ. A oficina abordará temas como o discurso da neutralidade tecnológica, o otimismo excessivo em relação à tecnologia e a necessidade de considerar aspectos sociais, culturais e políticos. Serão realizadas atividades para analisar criticamente como a tecnologia é representada na educação.
Slides da Profa. Raquel Goulart Barreto, da UERJ, apresentados no lançamento do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*, em 4 de agosto de 2017, no PPGE/UNESA
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2Alice Costa
O documento discute o uso de dispositivos móveis na educação, incluindo cursos online, livros digitais, mapas colaborativos e publicações de alunos em redes sociais. Também aborda a definição de Recursos Educacionais Abertos e seu potencial para professores.
O documento discute o uso da ficção científica como recurso para examinar criticamente as implicações da relação entre educação e tecnologia. Apresenta obras clássicas do gênero como Frankenstein, Metropolis e Admirável Mundo Novo que abordam questões atuais sobre controle social, desumanização do trabalho e alienação. O grupo de pesquisa realiza experiências formativas com essas obras para promover o questionamento crítico desses temas.
O documento descreve uma atividade complementar de sociologia para alunos do 9o ano. A atividade aborda os temas da cibercultura, ciberespaço, redes sociais e inteligência coletiva, bem como os impactos do cyberbullying. O objetivo é complementar o ensino e aprendizagem sobre esses tópicos relacionados ao processo de globalização.
Educação e Cibercultura: tempos de redes sociais, mobilidade, jogos eletrônicosmarcoparangole
O documento discute a integração de jogos eletrônicos no currículo em tempos de mobilidade ubíqua. Apresenta como jogos podem ser usados para estender habilidades humanas através de linguagens e como as tecnologias móveis permitem novas formas de aprendizagem dentro e fora da escola. Também destaca os desafios de compreender a cultura contemporânea em sua complexidade e formar professores capazes de habitar as redes com autoridade pedagógica.
Midiatização, prática social – prática de sentido de Antônio Fausto Neto UFRGS
O documento discute a midiatização como um conceito em formação e pouco problematizado. A midiatização transcende os meios de comunicação e afeta as relações entre indivíduos e instituições. Teóricos propuseram esquemas para analisar como a midiatização influencia as práticas sociais através de quatro zonas de produção de processos.
Este documento descreve a oficina "Tecnologias digitais na educação: perspectivas críticas" que será realizada na UERJ. A oficina abordará temas como o discurso da neutralidade tecnológica, o otimismo excessivo em relação à tecnologia e a necessidade de considerar aspectos sociais, culturais e políticos. Serão realizadas atividades para analisar criticamente como a tecnologia é representada na educação.
Slides da Profa. Raquel Goulart Barreto, da UERJ, apresentados no lançamento do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*, em 4 de agosto de 2017, no PPGE/UNESA
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2Alice Costa
O documento discute o uso de dispositivos móveis na educação, incluindo cursos online, livros digitais, mapas colaborativos e publicações de alunos em redes sociais. Também aborda a definição de Recursos Educacionais Abertos e seu potencial para professores.
O documento discute o uso da ficção científica como recurso para examinar criticamente as implicações da relação entre educação e tecnologia. Apresenta obras clássicas do gênero como Frankenstein, Metropolis e Admirável Mundo Novo que abordam questões atuais sobre controle social, desumanização do trabalho e alienação. O grupo de pesquisa realiza experiências formativas com essas obras para promover o questionamento crítico desses temas.
O documento descreve uma atividade complementar de sociologia para alunos do 9o ano. A atividade aborda os temas da cibercultura, ciberespaço, redes sociais e inteligência coletiva, bem como os impactos do cyberbullying. O objetivo é complementar o ensino e aprendizagem sobre esses tópicos relacionados ao processo de globalização.
Educação e Cibercultura: tempos de redes sociais, mobilidade, jogos eletrônicosmarcoparangole
O documento discute a integração de jogos eletrônicos no currículo em tempos de mobilidade ubíqua. Apresenta como jogos podem ser usados para estender habilidades humanas através de linguagens e como as tecnologias móveis permitem novas formas de aprendizagem dentro e fora da escola. Também destaca os desafios de compreender a cultura contemporânea em sua complexidade e formar professores capazes de habitar as redes com autoridade pedagógica.
Midiatização, prática social – prática de sentido de Antônio Fausto Neto UFRGS
O documento discute a midiatização como um conceito em formação e pouco problematizado. A midiatização transcende os meios de comunicação e afeta as relações entre indivíduos e instituições. Teóricos propuseram esquemas para analisar como a midiatização influencia as práticas sociais através de quatro zonas de produção de processos.
1. O documento discute diferentes correntes pedagógicas e modalidades de ensino, incluindo racional-tecnológica, neocognitivista, sociocríticas, "holísticas" e "pós-modernas".
2. A teoria escolhida para análise foi o construtivismo pós-piagetiano, onde a aprendizagem é resultado da construção mental do aluno por meio da interação social e com o mundo.
3. O documento argumenta que a cibercultura e ferramentas digitais podem ser
Tic e desenvolvimento na américa latina uma análise sob a perspectiva da educ...ACORN-REDECOM
As TICs servem ao desenvolvimento da Educação de um país, de uma região e a partir da Educação de base, até níveis
avançados de Educação Permanente, sua utilização tem-se mostrado cada vez mais eficaz como meio de
aprendizagem.Pergunta-se nesta investigação: como se dará, do ponto de vista cognitivo, a grande mudança nos aspectos
cognitivos do Sujeito? A hipótese que orienta este trabalho é que o sujeito, ao ser exposto cada vez mais aos produtos do
mundo digital consegue se adequar às características que o meio exige para sua utilização.Nesse sentido, o que se antevê é
que o cérebro e os sistemas neurais humanos vão se adaptando e se transformando para enfrentar as mudanças ocasionadas
pelo mundo digital, de modo a ser possível afirmar que a Educação é fator decisivo para o desenvolvimento das novas
funções e atividades geradas pelo complexo – corpo-mente-cérebro. Em pauta, portanto, a relação Mundo Digital X
Cognição.
O documento discute as mudanças trazidas pela sociedade midiática e a comunicação em rede. Apresenta breves biografias de autores que abordam temas como a saturação de estímulos midiáticos, a mercantilização da cultura, as identidades em transformação e a coexistência de velhas e novas tecnologias de comunicação. Também reflete sobre a cultura do espetáculo, a incomunicação crescente e o poder e a liberdade na era da informação.
O documento discute as relações entre sociedade e tecnologia. Aponta que as novas tecnologias transformam a sociedade e o trabalho, gerando novas formas de comunicação e linguagem. Também destaca que a escola deve preparar os estudantes para participarem criticamente da sociedade tecnológica.
Muitos meios, muitas comunicações informação e comunicaçãovideoparatodos
O documento discute a importância histórica da técnica no desenvolvimento humano e como as tecnologias moldaram a racionalidade e cultura humanas. Também argumenta que as escolas devem ensinar alunos a dominar as tecnologias para não serem dominados por elas, e usar a educomunicação para construir espaços democráticos e de cidadania.
Este documento discute a importância da educação em comunicação e fotografia no ensino fundamental. Ele propõe que ensinar essas habilidades desde cedo pode ajudar a desenvolver cidadãos mais críticos em relação à mídia. O documento apresenta um estudo de caso de uma escola pública em São Paulo que ensina fotografia e comunicação para crianças e discute como isso contribui para o desenvolvimento de competências importantes.
Power Point do seminário apresentado na disciplina "A informação eletrônica em questão: os pensadores do ciberespaço" do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação – ECA-USP.
Ppt por carla de oliveira tozo tr 36 educomunicacao e terceiro entorno - gr...videoparatodos
O documento discute o conceito de educomunicação e sua relação com o terceiro entorno, definido como o conjunto de instrumentos e meios de comunicação. Explica que a educomunicação envolve a criação de ecossistemas comunicativos mediados por tecnologia com o objetivo de ampliar a cidadania e o coeficiente comunicativo das pessoas.
A interoperabilidade na construção de tesauros e ontologias cidaAdrianelegnani
O documento discute a interoperabilidade entre ferramentas ontológicas e redes sociais na construção de tesauros e ontologias em ambientes digitais. A digitalização da informação exige alterações nas metodologias de elaboração de instrumentos de representação da informação. As ferramentas ontológicas permitem a interoperabilidade e compartilhamento de informações na Web 2.0, enquanto as redes sociais ad hoc podem validar termos em domínios de conhecimento.
O documento descreve a trajetória acadêmica e áreas de pesquisa de Mirna Tonus, incluindo seus estudos iniciais em Comunicação Social e Jornalismo na década de 1980, seu trabalho na USP sobre a intersecção entre educação e comunicação na década de 1990, e suas pesquisas atuais sobre educação mediada por tecnologia e educomunicação.
A PresençA Das Ies Do Abc Paulista Na Rede Social Orkutclauonn
Este artigo discute a presença das Instituições de Ensino Superior do ABC Paulista na rede social Orkut, visando a analisar como esta rede contribui com essas instituições na promoção e discussão dos serviços prestados a sua comunidade acadêmica. Por meio de pesquisa empírica, o estudo busca identificar como os membros destas comunidades participam das temáticas que circulam nos fóruns, enquetes e discussões relacionadas às respectivas instituições.
Palavras- chave: Comunicação; Ensino Superior; Orkut.
O documento discute como as tecnologias de informação influenciam a identidade cultural e o papel do bibliotecário como agente cultural nesse contexto. Analisa como as TICs mudaram as interações sociais e como o bibliotecário deve usar as TICs para disseminar informação e estimular o consumo de informação pelo público. Conclui que o bibliotecário tem um papel importante no desenvolvimento da sociedade ao ajudar o acesso à informação e produção de novos conhecimentos.
Este documento discute a importância da dialogicidade no mundo atual, principalmente no âmbito escolar. Primeiramente, apresenta como a sociedade contemporânea é estruturada pela comunicação midiática e define os termos comunicação e informação. Em seguida, resume as teorias da recepção que deram visibilidade ao papel ativo do receptor na construção de significados. Por fim, aponta a Educomunicação como área de estudos relevante para repensar os processos educacionais e a necessidade de diálogo na escola.
Este documento discute como as tecnologias da informação e comunicação (TIC) estão sendo usadas para reconfigurar o trabalho e formação docente de acordo com a ideologia da "sociedade da informação". Primeiramente, analisa como as TIC são vistas como elemento central nos discursos educacionais atuais, embora com sentidos diversos. Em seguida, critica a concepção de "sociedade da informação" por simplificar as tecnologias e ignorar seus aspectos sociais. Por fim, examina como os discursos atuais usam termos como "
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]claudiocpaiva
Este documento apresenta o programa de curso da disciplina Teorias da Comunicação II ministrada na Universidade Federal da Paraíba. O curso tem como objetivo instrumentalizar os alunos para as atividades básicas da comunicação e fornecer instrumentos para a elaboração de trabalhos críticos. A estratégia metodológica envolve mapeamento de fatos midiáticos, observação sistemática e análise contextualizada com base em conceitos da comunicação. O programa é dividido em quatro unidades que abordam história das teorias,
Uma Teoria Sociocrítica no Contexto da CiberculturaMonica Aragon
O documento discute a teoria sociocrítica no contexto da cibercultura. Apresenta conceitos-chave como cibercultura, redes sociais e teoria da ação comunicativa. Argumenta que as redes sociais permitem a interconexão entre sujeitos e espaços de aprendizagem, exigindo novas abordagens curriculares e em rede na educação.
Este documento descreve as atividades do Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede (GRUPAR) da Universidade Federal de Juiz de Fora. O grupo se concentra em temas como mediação compartilhada, aprendizagem em redes online, plasticidade social e linguagem emocional. O grupo também estuda percursos online múltiplos abertos e rizomáticos chamados POMAR que permitem a criação colaborativa e compartilhamento de conhecimento.
O documento apresenta uma coleção de frases de amor retiradas de músicas da MPB ilustradas com fotos do Rio de Janeiro. As frases expressam sentimentos como saudade de um amor perdido, a necessidade de amor e paz, e a beleza e significado do primeiro amor.
The Absedy Alphabet ISBI Challenge-Chapter 2WistfulRose
The document is a summary of Chapter 2 of "The Absedy Alphabet ISBI Challenge" gameplay. It describes the controller struggling to control their Sims family, which includes twins Aelwin and Aislin, their mother Laura, and their father Komei. A new baby, Amaryllis, is born at the end. The controller finds the family difficult to control and notes it will be a long challenge to complete over 26 generations.
O documento resume as comemorações do 40o aniversário do Rotary Club do Recife Casa Amarela. Destaca a presença do Governador Francisco Leandro e homenageia os fundadores do clube. Também descreve as atividades do clube, como o Ambulatório Vicente Gallo Junior que oferece atendimento médico gratuito à comunidade.
1. O documento discute diferentes correntes pedagógicas e modalidades de ensino, incluindo racional-tecnológica, neocognitivista, sociocríticas, "holísticas" e "pós-modernas".
2. A teoria escolhida para análise foi o construtivismo pós-piagetiano, onde a aprendizagem é resultado da construção mental do aluno por meio da interação social e com o mundo.
3. O documento argumenta que a cibercultura e ferramentas digitais podem ser
Tic e desenvolvimento na américa latina uma análise sob a perspectiva da educ...ACORN-REDECOM
As TICs servem ao desenvolvimento da Educação de um país, de uma região e a partir da Educação de base, até níveis
avançados de Educação Permanente, sua utilização tem-se mostrado cada vez mais eficaz como meio de
aprendizagem.Pergunta-se nesta investigação: como se dará, do ponto de vista cognitivo, a grande mudança nos aspectos
cognitivos do Sujeito? A hipótese que orienta este trabalho é que o sujeito, ao ser exposto cada vez mais aos produtos do
mundo digital consegue se adequar às características que o meio exige para sua utilização.Nesse sentido, o que se antevê é
que o cérebro e os sistemas neurais humanos vão se adaptando e se transformando para enfrentar as mudanças ocasionadas
pelo mundo digital, de modo a ser possível afirmar que a Educação é fator decisivo para o desenvolvimento das novas
funções e atividades geradas pelo complexo – corpo-mente-cérebro. Em pauta, portanto, a relação Mundo Digital X
Cognição.
O documento discute as mudanças trazidas pela sociedade midiática e a comunicação em rede. Apresenta breves biografias de autores que abordam temas como a saturação de estímulos midiáticos, a mercantilização da cultura, as identidades em transformação e a coexistência de velhas e novas tecnologias de comunicação. Também reflete sobre a cultura do espetáculo, a incomunicação crescente e o poder e a liberdade na era da informação.
O documento discute as relações entre sociedade e tecnologia. Aponta que as novas tecnologias transformam a sociedade e o trabalho, gerando novas formas de comunicação e linguagem. Também destaca que a escola deve preparar os estudantes para participarem criticamente da sociedade tecnológica.
Muitos meios, muitas comunicações informação e comunicaçãovideoparatodos
O documento discute a importância histórica da técnica no desenvolvimento humano e como as tecnologias moldaram a racionalidade e cultura humanas. Também argumenta que as escolas devem ensinar alunos a dominar as tecnologias para não serem dominados por elas, e usar a educomunicação para construir espaços democráticos e de cidadania.
Este documento discute a importância da educação em comunicação e fotografia no ensino fundamental. Ele propõe que ensinar essas habilidades desde cedo pode ajudar a desenvolver cidadãos mais críticos em relação à mídia. O documento apresenta um estudo de caso de uma escola pública em São Paulo que ensina fotografia e comunicação para crianças e discute como isso contribui para o desenvolvimento de competências importantes.
Power Point do seminário apresentado na disciplina "A informação eletrônica em questão: os pensadores do ciberespaço" do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação – ECA-USP.
Ppt por carla de oliveira tozo tr 36 educomunicacao e terceiro entorno - gr...videoparatodos
O documento discute o conceito de educomunicação e sua relação com o terceiro entorno, definido como o conjunto de instrumentos e meios de comunicação. Explica que a educomunicação envolve a criação de ecossistemas comunicativos mediados por tecnologia com o objetivo de ampliar a cidadania e o coeficiente comunicativo das pessoas.
A interoperabilidade na construção de tesauros e ontologias cidaAdrianelegnani
O documento discute a interoperabilidade entre ferramentas ontológicas e redes sociais na construção de tesauros e ontologias em ambientes digitais. A digitalização da informação exige alterações nas metodologias de elaboração de instrumentos de representação da informação. As ferramentas ontológicas permitem a interoperabilidade e compartilhamento de informações na Web 2.0, enquanto as redes sociais ad hoc podem validar termos em domínios de conhecimento.
O documento descreve a trajetória acadêmica e áreas de pesquisa de Mirna Tonus, incluindo seus estudos iniciais em Comunicação Social e Jornalismo na década de 1980, seu trabalho na USP sobre a intersecção entre educação e comunicação na década de 1990, e suas pesquisas atuais sobre educação mediada por tecnologia e educomunicação.
A PresençA Das Ies Do Abc Paulista Na Rede Social Orkutclauonn
Este artigo discute a presença das Instituições de Ensino Superior do ABC Paulista na rede social Orkut, visando a analisar como esta rede contribui com essas instituições na promoção e discussão dos serviços prestados a sua comunidade acadêmica. Por meio de pesquisa empírica, o estudo busca identificar como os membros destas comunidades participam das temáticas que circulam nos fóruns, enquetes e discussões relacionadas às respectivas instituições.
Palavras- chave: Comunicação; Ensino Superior; Orkut.
O documento discute como as tecnologias de informação influenciam a identidade cultural e o papel do bibliotecário como agente cultural nesse contexto. Analisa como as TICs mudaram as interações sociais e como o bibliotecário deve usar as TICs para disseminar informação e estimular o consumo de informação pelo público. Conclui que o bibliotecário tem um papel importante no desenvolvimento da sociedade ao ajudar o acesso à informação e produção de novos conhecimentos.
Este documento discute a importância da dialogicidade no mundo atual, principalmente no âmbito escolar. Primeiramente, apresenta como a sociedade contemporânea é estruturada pela comunicação midiática e define os termos comunicação e informação. Em seguida, resume as teorias da recepção que deram visibilidade ao papel ativo do receptor na construção de significados. Por fim, aponta a Educomunicação como área de estudos relevante para repensar os processos educacionais e a necessidade de diálogo na escola.
Este documento discute como as tecnologias da informação e comunicação (TIC) estão sendo usadas para reconfigurar o trabalho e formação docente de acordo com a ideologia da "sociedade da informação". Primeiramente, analisa como as TIC são vistas como elemento central nos discursos educacionais atuais, embora com sentidos diversos. Em seguida, critica a concepção de "sociedade da informação" por simplificar as tecnologias e ignorar seus aspectos sociais. Por fim, examina como os discursos atuais usam termos como "
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]claudiocpaiva
Este documento apresenta o programa de curso da disciplina Teorias da Comunicação II ministrada na Universidade Federal da Paraíba. O curso tem como objetivo instrumentalizar os alunos para as atividades básicas da comunicação e fornecer instrumentos para a elaboração de trabalhos críticos. A estratégia metodológica envolve mapeamento de fatos midiáticos, observação sistemática e análise contextualizada com base em conceitos da comunicação. O programa é dividido em quatro unidades que abordam história das teorias,
Uma Teoria Sociocrítica no Contexto da CiberculturaMonica Aragon
O documento discute a teoria sociocrítica no contexto da cibercultura. Apresenta conceitos-chave como cibercultura, redes sociais e teoria da ação comunicativa. Argumenta que as redes sociais permitem a interconexão entre sujeitos e espaços de aprendizagem, exigindo novas abordagens curriculares e em rede na educação.
Este documento descreve as atividades do Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede (GRUPAR) da Universidade Federal de Juiz de Fora. O grupo se concentra em temas como mediação compartilhada, aprendizagem em redes online, plasticidade social e linguagem emocional. O grupo também estuda percursos online múltiplos abertos e rizomáticos chamados POMAR que permitem a criação colaborativa e compartilhamento de conhecimento.
O documento apresenta uma coleção de frases de amor retiradas de músicas da MPB ilustradas com fotos do Rio de Janeiro. As frases expressam sentimentos como saudade de um amor perdido, a necessidade de amor e paz, e a beleza e significado do primeiro amor.
The Absedy Alphabet ISBI Challenge-Chapter 2WistfulRose
The document is a summary of Chapter 2 of "The Absedy Alphabet ISBI Challenge" gameplay. It describes the controller struggling to control their Sims family, which includes twins Aelwin and Aislin, their mother Laura, and their father Komei. A new baby, Amaryllis, is born at the end. The controller finds the family difficult to control and notes it will be a long challenge to complete over 26 generations.
O documento resume as comemorações do 40o aniversário do Rotary Club do Recife Casa Amarela. Destaca a presença do Governador Francisco Leandro e homenageia os fundadores do clube. Também descreve as atividades do clube, como o Ambulatório Vicente Gallo Junior que oferece atendimento médico gratuito à comunidade.
LA MOTIVAZIONE VIENE UTILIZZATA PER SPIEGARE I COMPORTAMENTI DEGLI INDIVIDUI E LE LORO DIFFERENZE, PER COMPRENDERE COME MAI LE PERSONE SI COMPORTANO IN UN MODO PIUTTOSTO CHE IN UN ALTRO E IN ALCUNI CASI FANNO SCELTE SIMILI, MENTRE IN ALTRI SI ESPRIMONO IN MODO ASSOLUTAMENTE ORIGINALE.
Este documento discute os principais filósofos gregos pré-socráticos, sofistas e Sócrates. Os pré-socráticos debateram questões cosmologia e ontologia. Os sofistas ampliaram para ética, moral e política, enquanto Sócrates usou a maiêutica para questionar conceitos. Platão registrou os ensinamentos de Sócrates e estabeleceu a Filosofia como campo sistemático de estudo.
Ganesh Manjunath is a senior automation test engineer with over 5 years of experience in the IT industry testing banking and telecom applications. He has expertise in test automation, quality assurance, and testing telecom networking and devices. Currently working as a senior project engineer, he is proficient with various testing tools and frameworks and has successfully led automation testing for multiple projects.
O documento descreve agregadores, sites que permitem o compartilhamento e armazenamento de conteúdo entre usuários com interesses em comum. Exemplos incluem o PutPlace, Magma e Filebox, que permitem o upload e organização de arquivos como fotos, vídeos e documentos. Os agregadores cresceram em popularidade graças à sua utilidade para economizar tempo e facilitar a vida dos usuários da Internet.
1) O Brasil teve um processo de modernização tardio devido ao isolamento imposto pela Coroa portuguesa. 2) Após a independência em 1822, a população continuou majoritariamente analfabeta e dependente da escravidão. 3) A economia do Brasil no século XIX dependia das exportações de produtos agrícolas como café, açúcar e algodão produzidos por mão de obra escrava.
This document provides an overview of PowerDRC/LVS, an advanced physical verification solution for integrated circuits. It summarizes the tool's capabilities, which include design rule checking, layout vs schematic verification, netlist comparisons, and electrical rule checking. The document also outlines the tool's performance advantages from its one-shot parallel processing approach and ability to leverage multiple CPUs. It provides examples of PowerDRC/LVS runtimes on various technology nodes.
Recent pictures show a family enjoying their time at the beach on a sunny afternoon. The father and daughter are building a sandcastle together while the mother watches and takes pictures. They all appear to be having fun in the sun.
Este documento presenta una estrategia para mejorar la comprensión lectora de los estudiantes del grado tercero de una institución educativa utilizando las TIC. El proyecto usará software educativo, páginas web y otras herramientas tecnológicas para desarrollar actividades que incentiven el hábito lector. El objetivo es beneficiar directamente a los estudiantes y padres, e indirectamente a los docentes y la comunidad. Se implementará durante dos años escolares.
O documento discute as tecnologias e artefatos culturais utilizados no cotidiano escolar e na formação de professores. Aborda a teoria da cultura da convergência e os usos que os praticantes fazem das tecnologias disponíveis. Defende que não são os artefatos em si que importam, mas os usos que fazemos deles, e que a formação docente deve se dar de forma dialógica e coletiva.
O documento discute os desafios da educação na sociedade contemporânea marcada pelas tecnologias digitais. Aponta que as TICs podem contribuir para a aprendizagem ao facilitar a representação do pensamento, a busca de informações e a troca de experiências. No entanto, é necessário que os professores desenvolvam novas competências para mediar o uso pedagógico das tecnologias e garantir que a aprendizagem seja significativa.
Tecnologia,sociedade e educacao na era digital cfrancisca
Este livro aborda as relações entre tecnologia, sociedade e educação em 10 capítulos escritos por pesquisadores de diferentes áreas. O livro discute tópicos como infoinclusão digital, cultura na era digital, corpo e tecnologia, políticas de inclusão, linguagem online e o uso de tecnologias na formação de professores e no ensino.
Os usos dos professores das Mídias digitais e softwares Sociais: Potenciais c...Rosemary Santos
O documento discute o uso de mídias digitais e softwares sociais por professores. Ele apresenta: 1) O contexto e objetivos da pesquisa, que visa investigar como professores usam essas ferramentas; 2) Uma revisão da literatura sobre cibercultura, cotidiano escolar e redes de conhecimento; 3) O quadro teórico-metodológico multirreferencial e os métodos de pesquisa.
Educação e tecnologias : reflexão, inovação e práticas - Daniela MelaréElizabeth Fantauzzi
Este documento discute o tema da educação e tecnologias. Apresenta reflexões sobre como as tecnologias digitais estão transformando a educação e os desafios que isso traz. Contém contribuições de pesquisadores de diversos países sobre como integrar as tecnologias no currículo escolar, desenvolver competências digitais de professores e explorar novas formas de aprendizagem com tecnologias como a aprendizagem colaborativa.
O documento discute a evolução histórica da tecnologia e da educação a distância, desde as primeiras formas de comunicação e escrita até os sistemas de educação a distância modernos baseados em computadores e internet. Também aborda as diferentes gerações de sistemas de educação a distância de acordo com as tecnologias utilizadas e conceitua educação a distância como um processo no qual professores e alunos estão fisicamente separados e interagem por meio de tecnologias de comunicação.
A rede social my english club como um recurso tecnológico no processo de ensi...Joyce Fettermann
O documento discute o uso da rede social My English Club como recurso no ensino e aprendizagem da língua inglesa em ambientes presenciais. Ele explora como as novas tecnologias podem motivar os alunos e conectar o aprendizado à vida real, além de discutir a importância da interação social no processo de aquisição de uma segunda língua.
O documento discute a cibercultura e a teoria histórico-cultural. A cibercultura é definida como a cultura estruturada pelo uso de tecnologias digitais. A teoria histórico-cultural enfatiza o papel das atividades mediadas culturalmente no desenvolvimento humano. A educação deve direcionar os estudantes a apropriarem-se de conhecimentos úteis à cidadania de acordo com essa teoria. As novas tecnologias podem apoiar um trabalho educacional voltado ao desenvolvimento integral do ser humano.
- A entrevista discute como as tecnologias, além de computadores e internet, influenciam a sociedade e a educação de forma complexa, dependendo do contexto social e dos interesses de cada grupo. A história mostra a relação entre sistemas educacionais e produtivos, com modelos escolares influenciados pelo trabalho, como o taylorismo e fordismo. As novas tecnologias não determinam as mudanças, mas sim novas formas de poder econômico e visões de mundo que enfraquecem a construção social da modernidade.
O objetivo deste trabalho é destacar uma das teorias pedagógicas citadas no texto no Libâneo no contexto da Cibercultura, ou seja, como essas tecnologias podem ser utilizadas na educação segundo a teorias pedagógicas Contemporâneas, mais precisamente a corrente racional-tecnológica. Curso de Pós da UFF em NOVAS TECNOLOGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA
O documento descreve a trajetória acadêmica e pesquisas de Mirna Tonus sobre educação e comunicação. Ela estudou Comunicação Social na UFU e pesquisou os limites de uma Didática da Comunicação na USP, desenvolvendo projetos com escolas públicas para investigar a intersecção entre educação e comunicação. Suas pesquisas trataram de temas como mediação tecnológica, gestão da comunicação e convergência das mídias em espaços educativos.
Este documento discute o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas práticas docentes de artes visuais. Ele analisa publicações de um encontro sobre artes plásticas para identificar como professores usam TIC e para que fins. O documento sugere que as TIC podem contribuir para aprendizagens significativas e colaborativas quando usadas de forma apropriada no ensino de artes.
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019fabiolamore
O documento discute os desafios da educação diante das visualidades e conexões dos sujeitos nos percursos de consumo na atualidade. Apresenta a Rede de Formação Docente, que realiza ações de formação com foco em narrativas, experiências e prática educativa como exercício da liberdade. Reflete sobre como as mudanças nas formas de narrar afetam a escola e quais articulações entre memória, tempo e narrativa emergem no contexto das visualidades compartilhadas.
Encontro 1: Que educação, que tecnologias, para quem, com quais objetivos?Bianca Santana
Este documento discute a relação entre educação e tecnologias digitais. Apresenta conceitos como cibercultura, educação popular e educação aberta. Discute agentes importantes como Paulo Freire e André Lemos e como eles contribuíram para compreender esses campos. Também fornece 7 parâmetros para analisar educação e tecnologia como um campo e sugere que esta interface pode ser um espaço em potencial para transformação se for colaborativa e participativa.
O documento discute a importância da comunicação em qualquer relação e como a comunicação pode ser estudada academicamente. Também descreve como a internet pode ser usada para ampliar a comunicação entre alunos e professores, permitindo a quebra de barreiras e a autonomia na aprendizagem. Finalmente, o texto apresenta caminhos para uma boa comunicação na internet.
O documento discute a importância da comunicação em qualquer relação e como a comunicação pode ser estudada academicamente. Também destaca como a internet amplia a comunicação entre alunos e professores, permitindo a quebra de barreiras e a autonomia na aprendizagem. Por fim, ressalta caminhos para uma boa comunicação na internet.
Que educação, que tecnologias, para quem, com quais objetivos?Bianca Santana
O documento discute como as tecnologias podem melhorar a aprendizagem, desde post-its até celulares. Apresenta exemplos como pad, nuvem de palavras e wiki para construir conhecimento de forma colaborativa. Também aborda conceitos como educação popular, aberta, campo da educação e tecnologia e como as interfaces entre esses campos podem promover transformações quando há diálogo e participação.
Este documento discute a integração das tecnologias digitais no currículo escolar. Argumenta que as tecnologias fazem parte da cultura digital vivida por estudantes e devem ser incorporadas no currículo para apoiar a aprendizagem. Define o termo "web currículo" para descrever esta integração das tecnologias no currículo. Aponta desafios como a falta de orientação para o uso educativo de tecnologias pelos estudantes.
Tecnologia ou metodologia? Uma análise da EAD como modalidade de ensino-apren...Luiza Carvalho
Este documento discute a relação entre tecnologia e metodologia na educação a distância. Apresenta como as mídias modificaram a aquisição de conhecimento e criaram a "historicidade mediada". Argumenta que a educação a distância, ao utilizar tecnologias, pode democratizar o acesso à educação de forma autônoma e independente, desde que haja um equilíbrio entre tecnologia e metodologia pedagógica.
Tecnologia ou metodologia? Uma análise da EAD como modalidade de ensino-apren...
R1346 1dfgjgf
1. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005
Redes Urbanas de Conhecimentos e Tecnologias na Escola1
Nilda Alves2
UERJ
Resumo
Partindo da noção de redes cotidianas de conhecimentos e da idéia de que a escola é um
fenômeno urbano dentro da qual seus praticantes entram prenhes dessas redes, o
trabalho busca indicar e discutir como em pesquisas desenvolvidas até o presente os
docentes de escolas públicas do Rio de Janeiro, de diversos graus e níveis de ensino,
tecem valores, entendidos como conhecimentos especiais que levam à ação, em redes
urbanas diversas, permitindo compreender os espaços escolares dentro das redes
urbanas nas quais estão inseridos, bem como os processos pedagógicos só podem ser
compreendidos dentro delas. Mostra-se ao final o processo de produção de um vídeo
criado por professores/professoras de jovens e adultos da rede municipal do Rio de
Janeiro, retratando algumas situações por que passam como participantes dessas redes.
Palavras-chave
produção/consumo cultural e mediações; metrópoles e hibridismo cultural; imagens,
novos sensóreos e imaginário urbano; cotidiano, mídia e escola.
Corpo do trabalho
Nas pesquisas que desenvolvo, venho entendendo que os seres humanos, em suas ações
e para se comunicarem, estão carregados de valores que reproduzem, transmitem, mas
também criam, n contatos que têm entre si e com toda a produção técnica e artística,
os
em redes de conhecimentos e tecnologias. Assim, em um mesmo processo, vão
aplicando o que lhes é imposto pela cultura dominante, com os produtos técnicos
colocados à disposição para consumo e, em contrapartida, vão criando modos de usar e
conhecer o invento técnico ou artefato cultural, fazendo surgir tecnologias e
possibilidades de mudanças tanto dos artefatos técnicos, como das técnicas de uso. A
1
Trabalho apresentado no NT 21 – Comunicação e culturas urbanas, do V Encontro dos Núcleos de Pesquisa da
Intercom
2
Professora titular da Faculdade de Educação da UERJ, onde coordena o Laboratório Educação e Imagem
(www.labeducimagem.br) e o Programa de Pós-graduação em Educação (www2.uerj.br/~proped). Editora das
coleções “O sentido da Escola” (com Regina Leite Garcia) e “Metodologia e pesquisa do cotidiano”, pela D,P&A,
Rio de Janeiro. Organizadora da Série “Cultura, memória e currículo”, pela Cortez, S. Paulo. Organizadora de livros,
em editoras nacionais, do qual o último publicado foi, junto com Maria Ciavatta, A Leitura de imagens na pesquisa
social – história, comunicação e educação, S. Paulo, Cortez, 2004. Organizadora (com outras) do Dossiê “Imagens e
pesquisa em educação: currículos e cotidianos escolar”, publicado na revista Educação e Sociedade. Campinas:
CEDES, vol.25, jan./abr. 2004 (86). Autora de livros e artigos em periódicos nacionais e internacionais.
Coordenadora do Grupo de pesquisa “Redes de conhecimentos em educação e comunicação: questão de cidadania”.
Últimas pesquisas desenvolvidas: “Memórias de professoras sobre televisão: o cotidiano escolar e a televisão na
reprodução, transmissão e c riação de valores” (1999-2001) e “O uso da tecnologia, de imagens e de sons por
professoras de jovens e adultos e a tessitura de conhecimentos (valores) no cotidiano: a ética e a estética que nos
fazem professoras” (2002 a 2005). Pesquisa em desenvolvimento: “Artefatos tecnológicos relacionados à imagem e
ao som na expressão das culturas de afro-brasileiros e seu ‘uso’ em processos curriculares de formação de professoras
na Educação Superior – o caso do curso de Pedagogia da Uerj/campus Maracanã” (2005-2008).
(nildalves@uol.com.br)
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compreensão desse processo foi possível no desenvolvimento da idéia de tessitura de
conhecimentos em redes nessas pesquisas e em outras, desenvolvidas por grupos de
pesquisas nos/dos/com os cotidianos com os quais mantemos relações diversas3 .
Nesses processos, foi indispensável compreender que no caso do cotidiano escolar, ao
contrário do que foi dito em outras pesquisas, é impossível a existência de ‘muros’ entre
as escolas e os “contextos externos” ou a “vida”, por mais grades que sejam colocadas
em torno das primeiras. Isto porque, como é dito por SANTOS (1995, 2000) somos,
cada um de nós, uma rede de subjetividades formada nos tantos contextos cotidianos de
que participamos. Ou seja, cada conhecimento (valor, arte ou tecnologia) incorporado,
entra na escola, sempre, por que encarnado em cada um de seus praticantes.
Buscar compreender, assim, o que se fabrica, o que se cria/transmite/reproduz no uso de
tantos artefatos tecnológicos postos à disposição para o consumo tem sido possível
incorporando a idéia de redes de relações entre os vários contextos cotidianos nos quais
vivemos, o que vai explicar tanto a indisciplina do uso (CERTEAU, 1994), como a
hibridização desses/nesses produtos (CANCLINI, 1995). Por isso, precisamos nos
dedicar a estudar as táticas dos praticantes (CERTEAU, 1994; et al, 1997) e as relações
de comunicação que os mesmos, como receptores (MARTIN-BARBERO,
2000;1997;1995; e REY, 2001) estabelecem com os produtos colocados à disposição,
entendendo-os, todos, como artefatos culturais.
Dessa maneira, trabalhos de autores tão diversos ajudam a compreender o praticantes
s
do cotidiano escolar em seu contato com a tecnologia como sujeitos da sua história,
entendendo que não são nem ‘passivos’, nem ‘alienados’ pois, permanentemente, criam
valores e articulam práticas éticas e estéticas, ao mesmo tempo, em que usam técnicas e
tecnologias (FELDMAN, 1994), em redes cotidianas, dentro de processos múltiplos de
mediação e hibridização.
Nos escritos desses autores, assim, percebe-se preocupações comuns, no campo da
comunicação, que deslocam as idéias iniciais, centradas exclusivamente na produção,
para outras, em uma perspectiva diferente que busca compreender como as
apropriações, as articulações e as negociações se verificam no processo de recepção e
no processo de uso. Com isso, vão levando ao entendimento de que há criação de
3
Creio poder citar, sabendo que faltam alguns, aqueles grupos com os quais mantenho uma proximidade maior: o
grupo coordenado por Inês Barbosa de Oliveira, na UERJ; o coordenado por Regina Leite Garcia e Maria Teresa
Esteban, na UFF; o coordenado por Carlos Eduardo Ferraço, na UFES; o coordenado por Marcos Reigota, na
UNISO; o coordenado por Marisa Vorraber Costa e Rosa Hesserl, na UFRGS e na ULBRA; o coordenado por
Corinta Geraldi, na UNICAMP.
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conhecimentos, para além dos processos de reprodução e transmissão dos mesmos, no
contato com a tecnologia, as imagens e os sons (ALMEIDA, 2002 a; 2004 b; 2000).
Nesse sentido, com CERTEAU (1994), entendemos que a necessária “empreitada
teórica”, nesses estudos, se refere à busca para compreender não como se dá o consumo
dos produtos culturais oferecidos no mercado de bens, mas sim as operações dos
praticantes dos cotidianos no seu uso. É preciso, pois compreender que existem
múltiplas e diversas maneiras de ‘marcar’ socialmente o desvio operado num dado por
uma prática e só assim conseguiremos responder “a questão indiscreta” levantada por
CERTEAU (1994): como se cria?
Especificamente no que se refere à imagem, por exemplo, este autor lembra que só
buscando compreender essas maneiras de fazer dos praticantes é que poderemos
apreciar a diferença ou a semelhança entre a produção da imagem e a produção
secundária que se esconde nos processos de sua utilização (p. 40). Dessas ‘maneiras de
fazer’, portanto, é preciso descobrir os procedimentos, as bases, os efeitos, as
possibilidades, nas intrincadas redes de relações que, com suas ações, os praticantes
estabelecem, cotidianamente. Essa posição exige, também, diálogos constantes e
permanentes com outras formas de pensar (CIAVATTA e ALVES, 2004).
Ainda que FOUCAULT (1999) nos proponha uma problemática nova de modo
diferente mostrada e interrogada, privilegiando o aparelho produtor (da disciplina) e nos
evidenciando, na ‘educação’, a existência de um sistema de ‘repressão’ que se expande
em redes microbianas, ao mesmo tempo, nos indica como tecnologias mudas
determinam ou curtam-circuitam as encenações institucionais (CERTEAU, 1994: 41). É
por este motivo que CERTEAU entende ser importante buscar saber outra coisa, sobre o
que afirma:
se é verdade que por toda a parte se estende e se precisa a rede da ‘vigilância’,
mais urgente ainda é descobrir como é que uma sociedade inteira não se reduz
a ela: que procedimentos populares (também minúsculos e cotidianos) jogam
com os mecanismos da disciplina e não se conformam com ela a não ser para
alterá-los; enfim, que ‘maneiras de fazer’ formam a contrapartida, do lado dos
consumidores (ou ‘dominados’?), dos processos mudos que organizam a
ordenação sócio-política (p.41).
São essas maneiras de praticar que vão compor o que CERTEAU indica ser uma rede
de antidisciplina, na qual as práticas exercidas permitem indicar que há uma maneira de
pensar investida em uma maneira de agir, uma arte de combinar indissociável de uma
arte de utilizar (p.42). É por isso que se torna imprescindível compreender que o sujeito
do cotidiano faz sua síntese intelectual não pela forma de um discurso, mas pela própria
3
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decisão, ato e maneira de aproveitar a ‘ocasião’ (p. 47), o que exige que nas pesquisas
nos/dos/com os cotidianos tenhamos que nos dedicar a conversas sobre práticas
presentes, passadas e futuras para conseguir entender as maneiras como, nos modos de
fazer pedagogia dentro dos cotidianos escolares, estão presentes as redes cotidianas dos
tantos contextos urbanos vividos pelos praticantes.
Culturas urbanas e currículos praticados
Considerar as possibilidades de presença das redes urbanas nas escolas, através de
valores, conhecimentos e significados encarnados nos praticantes dos cotidianos
escolares exige incorporar o que em estudos da educação vimos chamando de
currículos praticados (OLIVEIRA, 2003). Esses consideram, para além do que é
oficialmente imposto (currículo oficial) e do que é declarado por todos os sujeitos
envolvidos nos processos pedagógicos escolares (currículos declarados), que é
necessário considerar a criação cotidiana em processos de conhecer, de ensinar e de
aprender nas escolas. Isso porque:
a cultura, seja na educação ou nas ciências sociais, é mais do que um conceito
acadêmico. Ela diz respeito às vivências concretas dos sujeitos, à variabilidade
de formas de conceber o mundo, às particularidades e semelhanças construídas
pelos seres humanos ao longo do processo histórico e social. (...) [Assim] a
cultura negra pode ser vista como uma particularidade cultural construída
historicamente por um grupo étnico/racial específico, não de maneira isolada,
mas no contato com outros grupos e povos. Essa cultura faz-se presente no
modo de vida do brasileiro, seja qual for o seu pertencimento étnico. Todavia,
a sua predominância se dá entre os descendentes de africanos escravizados no
Brasil, ou seja, o segmento negro da população.(GOMES, 2003: 75 e 77).
No processo de compreender o que é produzido nas escolas como integrante das redes
urbanas de produção do conhecimento, parte da articulação que existe entre a produção
cultural ampla e aquela particular aos espaçostempos4 escolares. Esse processo exige
levantar e discutir duas questões, em especial, e que foram discutidas, antes, por LOPES
(1999) e OLIVEIRA (2003). Essas questões permitem relacionar culturas e currículos: a
primeira indica a necessidade de se interrogar sobre se há diferenças entre o que se
articula nas escolas como conhecimento e o que é produzido fora dela enquanto tal; a
segunda, se refere à possibilidade de inter-influência entre o que é desenvolvido pelas
escolas e o que é tecido, como cultura, nos espaçostempos fora delas5 .
4
A escrita desse modo foi exigida quando ‘descobrimos’ que os modos de escrever herdados da ciência moderna era
limite para o que precisávamos dizer nas pesquisas que desenvolvemos.
5
Chervel (1998) indica, em síntese, o que se tem discutido sobre isso: A noção de ‘cultura escolar’ que tende, hoje, a
se difundir, comporta uma ambigüidade de princípio: trata-se da cultura que se adquire na escola ou da cultura que
não se adquire que na escola? Dito de outra maneira, entendemos nessa expressão a parte da cultura global que é
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Sobre a primeira dessas questões, LOPES (1999) lembra, em suas conclusões, de alguns
aspectos que ajudam a pensar o que aqui queremos discutir. Um deles se refere ao tipo
de razão e conhecimento que precisam estar presentes na escola para ‘estreitar’ os seus
vínculos com outros espaçostempos Acerca disso, essa autora, indicando a importância
dos saberes hegemônicos diz que eles permitem acessar
à razão e ao conhecimento que fazem jus à ‘vontade de intelectualidade’6 de
cada um de nós. A vontade de saber significativamente mais, a vontade de
participar ativamente da dinâmica cultural. Um saber que nos dota de maior
fatia de poder, seja pela capacidade de interfer6encia nas esferas cotidianas e
não-cotidianas da vida, seja pela maior possibilidade de compreender os
diferentes aspectos da história humana (p. 222) (...) não a história concebida
como o desenrolar de uma corrente, cujos elos se determinam indefinidamente
e, sim, o processo histórico marcado por rupturas na razão constituinte, [já
que] não há uma razão definidora da única forma possível de conhecer,
baseada em uma entidade transcendente, capaz de lhe conferir legitimidade e
poder. São múltiplas as razões, múltiplas as formas de conhecer, múltiplas as
dialogias em que está imerso o ser humano, esse ser social e linguageiro
(p.222).
Dessa indicação, desenvolvendo seu pensamento, essa mesma autora conclui que
é questionável estabelecer uma hierarquia de saberes e culturas, tanto quanto
conceber uma unidade na pluralidade cultural. Admitir a pluralidade de
culturas é admitir não só a pluralidade e a descontinuidade da razão, mas
também admitir a divisão do trabalho na sociedade de classes. É conceber
culturas dominante e dominada como mescla ambígua e contraditória de
repressão e libertação, reprodução e resistência (p.222-3).
Quanto ao que se refere à possibilidade de inter-influência entre o que é desenvolvido
pelas escolas e o que é tecido, enquanto culturas, nos espaçostempos fora delas,
discutindo o princípio da comunidade, dentro do que SANTOS (2000) chama de
regulação emancipatória, na relação com os currículos praticados, OLIVEIRA (2003)
diz que
duas dimensões desse princípio – a participação e a solidariedade – são
fundamentais, em função de sua pouca colonização pela ciência moderna. No
caso da participação, a colonização deu-se, sobretudo, na esfera política
(cidadania e democracia participativa), permitindo que muitos domínios da
vida social mantivessem a participação como uma competência não-
especializada e indiferenciada da comunidade. No caso da solidariedade, a
colonização atuou, sobretudo, através das políticas sociais do estado-
providência. Porém, na esmagadora maioria dos países a solidariedade
comunitária não especializada – a sociedade providência – continua a ser a
forma dominante de solidariedade.
difundida pela escola às jovens gerações ou, ao contrário, uma cultura específica escolar não somente no seu modo
de difusão, mas também, na sua origem, na sua gênese e na sua constituição? (p.5).
6
Cf Bachelard (1994).
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O desenvolvimento cotidiano de práticas participativas e solidárias em todos os
espaços estruturais nos quais estamos inseridos, bem como a busca de ampliar
sua institucionalidade, assumem, nesse sentido, importância capital na
tessitura da emancipação social. As práticas pedagógicas desenvolvidas nessa
perspectiva, pela importância que possuem na formação das subjetividades
daqueles que delas participam, aparecem, portanto, como fundamentais nessa
compreensão (p. 142).
É tudo isso que explica os modos diferenciados como são discutidos os usos de artefatos
tecnológicos, bem como de todos os processos culturais que estão nas escolas, em todos
os seus níveis, mesmo que poucos deles ainda possamos compreender porque não os
podemos enxergar com o que temos em nós d heranças modernas de ‘fazer ciência’,
as
com seus métodos que ‘cegam’ para o que não consideram como processos nobres de
conhecer e apreender a realidade.
No entanto, é da potencialidade dessas mediações estabelecidas pelos praticantes dos
cotidianos escolares, pelo que trazem encarnados para esses espaçostempos de tudo o
que aprendemensinam na práticasteorias dos múltiplos contextos urbanos em que
vivem que entendo ser possível discutir e produzir conhecimentos de todo o tipo – de
valores éticos e estéticos a recursos pedagógicos vários, de artefatos culturais a
ideologias, de tecnologias a produtos materiais, de idéias produzidas ao próprio corpo –
que contribuam para uma existência de uma escola melhor para todos e todas, com a
aceitação das diferenças de todo o tipo de que são portadores os praticantes dos
múltiplos cotidianos.
A produção da realidade social vivida em espaçostempos urbanos por professores e
professoras
A partir daqui, busco mostrar como através de narrativas, originadas de ‘conversas’,
‘depoimentos’ ou ‘escritos pessoais’, formando um tipo especial de texto, se vem
produzindo um material – vídeos produzidos por professores/professoras – que tem
permitido interrogar as múltiplas relações das escolas com os contextos urbanos,
possibilitando melhor conhecer tantos os processos culturais mais amplos como aqueles
que são criados nos cotidianos escolares.
As histórias das pessoas comuns, acumulando dados de caráter antropológico,
etnográfico, sociológico, comunicacionais e educacionais, no processo de pesquisa que
passarei a descrever ressalta a posição transdisciplinar da educação. Os trabalhos de
pesquisas realizados com narrativas têm, assim, permitido trazer ao conhecimento mais
amplo, histórias desconhecidas ou ignoradas, tanto de períodos anteriores como da
contemporaneidade, ou seja, têm permitido tecer uma outra história da escola para além
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da história oficial, já que conhecendo dados diferentes é possível escrever histórias
diferentes (BEILLEROT, 1988; NÓVOA, 1992; LINHARES, 1997; CROS, 1998;
BUENO, CATANI E SOUSA, 1998; FONTANA, 2000; ALVES, 2002 a; 2002 b;
2001; FERRAÇO, 2003).
Uma experiência de uso da tecnologia, interrogando-a: fazendo, formando-se e
ensinandoaprendendo
A experiência se deu em um curso de extensão em encontros semanais realizados
durante em período de 18 semanas, nos anos de 2003, 2004 e 2005. Todos esses
encontros foram gravados, no processo conhecido como making of, já que em cada
grupo tratava-se de criar um vídeo a partir de histórias que os professores e professoras
participantes contavam de suas experiências e contatos com os alunos e com a
comunidade das escolas em que trabalhavam, com ênfase em questões do uso de
artefatos culturais, de imagens e sons. Contando com o apoio de alunos do Mestrado e
do Doutorado, em especial Maja Vargas e Valter Filé, e de bolsistas de IC, os
alunos/professores do curso de extensão, desde o primeiro dia, gravavam as narrativas
que iam surgindo nas conversas que eram desenvolvidas, sabendo que desse registro em
making of surgiriam as idéias que transformadas em argumento e em seguida em roteiro
iam permitir a produção do vídeo que fariam/fizeram. Dessa maneira, nas conversas
sobre sua ‘vida de professor/professora’ e nas discussões sobre a temática e a criação do
vídeo, a câmera circulava pela sala de aula. Quem tivesse vontade, pegava-a e gravava.
Simples, assim. Simples?
Como acontece com qualquer grupo, cada turma teve reações bastante
heterogêneas e concluíram por fazer vídeos bem diferentes: o primeiro grupo – e sobre
esse vamos falar mais detalhadamente – decidiu por fazer um vídeo em torno da
inserção de alunos e membros da comunidade com a questão da droga; o segundo
decidiu por mostrar o que chamaram de ‘aspectos mais positivos de seus alunos’,
buscando caracterizar a busca pela escola para melhorarem no trabalho que já
desenvolviam; o terceiro grupo decidiu colocar os professores/professoras no centro da
roda e mostrar a ‘outra fase’ de cada professor, indicando as tantas outrs atividades que
desenvolviam dentro de contextos culturais múltiplos.
Assim, enquanto alguns professores/alunos imediatamente se dispuseram a gravar,
experimentando enquadramentos, ângulos, zooms, travellings, tilts e outros “baratos” da
linguagem audiovisual, outros permaneceram resistentes a proposta. Estes
argumentavam que não poderiam fazer um vídeo sem antes receberem algumas
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explicações sobre a técnica de fazê-lo, pois, afinal, podiam até mesmo contar com
um/uma diretor/diretora de vídeos presente em todos os encontros do grupo. Desta
forma, sempre com a câmera gravando, começaram ao mesmo tempo as discussões
sobre o vídeo que seria feito, as reflexões sobre novas tecnologias e sobre a escola,
como espaçotempo no qual são vivenciados processos tecnológicos os mais diversos e
onde os múltiplos contextos urbanos estão presentes com seus problemas e sua
potencialidade.
Mas, afinal, o que é que se estava aprendendo e ensinando, com aquela experiência?
Já, nestes primeiros momentos, ficava claro que alguns iriam aprender como se faz um
vídeo deste porte, pois era isso que os interessava. Estes acompanharam a roterização,
gravação e finalmente a edição do vídeo. Outros estavam, a partir daquela experiência,
tecendo uma rede de questionamentos sobre as relações possíveis que se estabelecem
entre as ditas novas e velhas tecnologias de aprender e ensinar, sobre seus alunos como
participantes de culturas diversas, dentro da cidade. Possivelmente, outros tantos
estariam, em outra direção, formulando reflexões sobre as negociações entre os
universos da educação e da comunicação. Afinal, quando se tratava de relatar
experiências vividas nas escolas e nos lares ficava claro que qualquer tecnologia,
quando praticada socialmente, assumia irremediavelmente um caráter simbólico e,
portanto, comunicacional.
A proposta pedagógica desenvolvida apontou, então, em diversas direções possíveis,
tanto como são diferentes os três vídeos realizados. Dessa maneira, esses vídeos valem
tanto como um produto criado por quem antes nunca tinha feito um vídeo, como por ter
permitido diferentes processos de questionamento das múltiplas redes urbanas em que
todos nós estamos ‘enredados”.
A experiência aponta, portanto, para mais um questionamento: aquele que enreda
produto e processo no universo da comunicação. Mais uma vez, recorrendo a Certeau
(1994), podemos afirmar que os produtos de nossa sociedade só ganham sentido
processualizando-se, isso é, sendo usados em contextos cotidianos. Trazer esta visão
para os universos da escola e da tecnologia, evita maniqueísmos ou simplificações do
tipo: “os professores precisam ser alfabetizados para usar as tecnologias e o universo da
comunicação”. Afinal, estes, como indicaram os três grupos de professores/professoras,
já conferem cotidianamente os mais diversos sentidos a estas práticas sociais. A
experiência indicou que não se trata de implantar recursos tecnológicos na escola e sim
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de reconhecer pedagogicamente os processos tecnológicos e de comunicação que são
vividos cotidianamente nas escolas e lares.
Algumas possibilidades de concluir
Acredito que para esta história inúmeros comentários poderiam ser feitos, no limite do
que podemos perceber. O primeiro deles é sobre o modo como tanto de nós da
Universidade, viemos participando de iniciativas oficiais e oficiosas para “levar a luz”
aos outros níveis de ensino, partindo do princípio (avaliando) que o cotidiano é sempre
espaçotempo do não saber, do senso comum e da mesmice. Só muito recentemente, isto
está podendo ser explicitado de maneira diversa. Este outro movimento do pensamento
e da prática está sendo possível, a partir do crescimento de um modo crítico de pensar e
fazer, que nos vem ajudando, em especial, a perceber os limites dessas ações e do
pensamento anterior. Entender esses limites tem significado se incorporarmos, em todo
o processo e não só “como ponto de partida”, como tantos de nós pensávamos
anteriormente, todos os conhecimentos que circulam e são criados no espaço apropriado
do poder instituído e instituinte, e que são produzidos pelas diversas práticas dos tantos
praticantes dos múltiplos cotidianos em que vivemos. Estamos aprendendo, ao discutir
nossos limites e os limites das/os tecnólogas/s que tantas vezes apoiávamos, com a
impressão de estarmos sendo um pouco mais bem intencionados, que a prática produz
certos conhecimentos insubstituíveis e que só podem ser produzidos, unicamente, pela
própria prática, como nos lembra BOURDIEU (1998).
Neste sentido, situações vividas nos fazem parar e pensar tanto no que fazíamos como
no que sabíamos e que se mostrou insuficiente em condições concretas. Creio que se
pode chamar a isto, não podendo ser outra coisa, conhecimento criado ou novo
conhecimento. Com ESTEBAN (1992), podemos entender que no processo do não
saber ao saber existe o ainda não saber, que nos permite afirmar que é na prática e com
a prática que podemos saber. Se nos dedicarmos a entender este processo, com afinco,
permitiremos que os conhecimentos nele produzidos tenham um conteúdo e ganhem
formas diferentes daquelas produzidas a partir da perspectiva do poder. Isto só será
possível se, com h
onestidade, declararmos todo o processo de criação de conhecimento
e não só seu resultado final, ou seja, nossos erros, dúvidas e angústias, comuns ao
mesmo.
Um segundo aspecto a comentar se refere à necessidade que vem exigindo,
crescentemente, que se perceba os conhecimentos tecidos para além daquilo que é
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produzido pelo poder, suas/eus funcionárias/os e livros, folhetos e vídeos para consumo
em massa. Para além, também, do que achamos que ensinamos e que as/os alunas/os
devem saber. Este movimento de se ir além desses limitados saberes, buscando entender
o que, efetivamente, alunas/os e professoras/es aprendemensinam em processos
curriculares múltiplos, como em todos os processos educativos com os quais estão em
redes, é o que vem criando outras e mais complexas possibilidades de se entender a
existência da tecnologia nas escolas e as relações que mantêm com as redes culturais
nos espaçostempos urbanos, em especial. Limitar nossa compreensão deste fato ao
“visível a olho nu”, que nos foi “dado” como saber sobre estas questões é nos fecharmos
em um labirinto (MOLES, 1995) do qual não encontraremos a saída, arriscando-nos a
sermos “comidos pelo Minotauro”.
Compreender todos esses processos, no entanto, não é fácil pois precisamos, na
Universidade e com nossos tantos parceiros, aceitar que perderemos alguns dos
privilégios que adquirimos por nos colocarmos, muitas vezes, ao lado dos que faziam
políticas de modelos a serem aplicados. Hoje, o momento está exigindo estarmos,
também, ao lado daqueles que tecem conhecimentos na ação, os praticantes dos
cotidianos, buscando, ao estudar esse processo, organizar com eles os limites e as reais
possibilidades de sua superação.
Isto significa, por um lado, que temos que adquirir uma postura nesses contatos que seja
aquela de sentir, com todos os nossos sentidos, o quê e como os acontecimentos
aparecem na redes de significados desses praticantes, pedindo licença respeitosamente
para entrar em sua intimidade. Por outro lado, precisamos compreender que os contatos
com as tecnologias estão se dando para muito além de programas ou projetos oficiais,
por mais amplos que se apresentem e que neles os processos de mediação são,
necessariamente, diversos e incontroláveis..
Uma e outra dessas posturas, levam-nos a entender que é preciso assumir todos os
praticantes envolvidos em todas as ações educativas como sabendo muito mais do que
achamos que sabem, sobre educação, tecnologia, comunicação e os espaçostempos nos
quais vivem. Saber o que sabem exige uma compreensão do que é a tessitura cultural
deste povo, na qual tantos saberes e conhecimentos se trançam. Exige, ainda, que as
autoridades deste país em qualquer instância e nas múltiplas instituições existentes,
entre as quais a Universidade, deixem de lado a soberba tão própria das elites deste país,
e tratem de se educar sobre esses saberes e conhecimentos.
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