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A GERAÇÃO MIMEÓGRAFO
A geração mimeógrafo (também denominado
movimento Alissara) foi um movimento, ou
fenômeno sociocultural brasileiro que ocorreu
imediatamente após a Tropicália, durante a
década de 1970, em função da censura
imposta pela ditadura militar , que levou
intelectuais, professores universitários, poetas
e artistas em geral, em todo o país, a
buscarem meios alternativos de difusão
cultural, notadamente o mimeógrafo,
tecnologia mais acessível na época. Da
tecnologia mais usada vem o seu nome.
Sua produção literária não foi aceita por grandes
editoras, pelo menos até 1975, quando a editora
Brasiliense publicou o livro "26 Poetas Hoje". Por
estar à margem do circuito editorial estabelecido,
sua poesia foi denominada poesia marginal. A
produção artística desta geração igualmente não
circulava em tradicionais galerias. A geração
mimeógrafo também se expressou através da
música, do cinema e da dramaturgia, sendo a sua
produção poética a mais lembrada, possivelmente
por ser aquela produção mais adequada às
restrições de suporte impostas pela página
mimeografada. As outras artes podiam ser
divulgadas, porém não poderíamos ouvir uma
canção ou ver um filme em um pequeno jornal ou
revista mimeografados, ou fotocopiados.
POESIA MARGINAL
 No Brasil, poesia marginal é a designação dada à
poesia produzida pela geração mimeógrafo,
incluindo aí poetas absolutamente desconhecidos
que produziram suas obras fora do eixo Rio-São
Paulo, embora ao redor do mundo se use o termo
para referir-se à tendências que funcionam
independentemente de uma poesia "oficial",
canonicamente aceita.
O gênero de poesia que foi denominado de
"marginal" no Brasil se tornou conhecido por este
nome porque seus poetas abandonaram os meios
tradicionais de circulação das obras, através de
(editoras e livrarias), e buscaram meios alternativos,
realizando cópias mimeografadas de seus
trabalhos, comercializados a baixo custo, vendidos
de mão em mão, nas ruas, em praças e nas
universidades.
ATRAVÉS DELA, OS POETAS DA GERAÇÃO MIMEOGRAFADA
QUERIAM SE EXPRESSAR LIVREMENTE EM PLENO REGIME DA
DITADURA MILITAR, BEM COMO REVELAR NOVAS VOZES POÉTICAS.
ESTA TRADIÇÃO MARGINAL SE ESTENDEU PELOS ANOS DE 1980,
TENDO UTILIZADO TAMBÉM O RECURSO DA FOTOCÓPIA E A
PRODUÇÃO DE FANZINES.
POSSIVELMENTE, POSSA-SE CONSIDERAR UMA CONTINUIDADE
DESTA TENDÊNCIA NA POESIA QUE SE ENCONTRA APENAS NA
INTERNET, SENDO PRODUZIDA POR POETAS QUE NÃO USAM OUTRO
MEIO DE DIVULGAÇÃO, À PARTE DE UM MERCADO LITERÁRIO
PROPRIAMENTE DITO, OU DA INDÚSTRIA CULTURAL, POR POSTURA
OU EXCLUSÃO, ESTANDO À MARGEM NÃO POR MOTIVOS
POLÍTICOS, COMO A POESIA MARGINAL DOS ANOS DE 1970, MAS,
PRINCIPALMENTE, ECONÔMICOS. NOS EUA, O TERMO "POESIA
MARGINAL" É USADO PARA DESIGNAR A POESIA FEITA PELOS
POETAS CHAMADOS DE PÓS-BEATS.
INFLUÊNCIAS E CARACTERÍSTICAS
Influenciada pela primeira fase do Modernismo
brasileiro, pelo Tropicalismo e por movimentos
de contracultura, tais como o rock, o movimento
hippie, histórias em quadrinhos e o cinema, a
poesia marginal é tendente à coloquialidade, à
espontaneidade, à experimentação rítmica e
musical, ao humor, à paródia e à representação
do cotidiano urbano . É uma exceção a algumas
destas tendências o poeta Roberto Piva, mais
tendente ao Surrealismo e próximo à poesia da
Geração Beat, demonstrando grande erudição
em seus poemas, tal qual o faz Geraldo
Carneiro, que, no entanto, utiliza frequentemente
recursos semelhantes aos da poesia concreta.
A poesia marginal sempre foi do
povo do gueto, a dos participantes
da antologia 26 Poetas Hoje,
apresenta também, no geral,
tendência à oposição ao
concretismo, pelo menos à sua
forma mais usual, sendo a
exploração da subjetividade a
principal característica a opô-los
àquele movimento.
26 POETAS HOJE
Em 1975, publicou-se o livro 26 Poetas
Hoje, organizado por Heloísa Buarque de
Hollanda. Reunindo poemas de vinte e
seis poetas da geração mimeógrafo,
trata-se de uma verdadeira antologia da
poesia marginal e é considerado o ápice
da expressão poética da geração
mimeógrafo, já que antes dele os poemas
eram impressos pelo mimeógrafo.Os
poetas incluídos no livro foram:
 NOMES DE POETAS
 Rodrigo Lisboa
 Francisco Alvim
 Carlos Saldanha
 Antônio Carlos de
Brito(Cacaso)
 Roberto Piva
 Torquato Neto
 José Carlos Capinan
 Roberto Schwarz
 Zulmira Ribeiro Tavares
 Afonso Henriques Neto
 Vera Pedrosa
 Antonio Carlos Secchin
 Flávio Aguiar
 Ana Cristina Cesar
 Geraldo Carneiro
 João Carlos Pádua
 Luiz Olavo Fontes
 Eudoro Augusto
 Waly Salomão
 Ricardo G.Ramos
 Leomar Fróes
 Isabel Câmara
 Chacal
 Charles
 Bernardo Vilhena
 Leila Miccolis
 Adauto de Souza Santos
 Röhrig C.
A CRÔNICA
A crônica tem assumido na literatura
brasileira um papel cada vez mais
relevante,destacando-se como gênero
literário mais lido pelo grande
público.Veiculada geralmente em jornais
diários ou em revistas periódicas , a
crônica foi aos poucos abandonando o
caráter exclusivamente
jornalístico,voltado apenas para os fatos
ocorridos no dia a dia, e penetrando
lentamente o universo da ficção.
Entre os Cronistas da atualidade,
destacam-se:
 Fernando Sabino,
 Luis Fernando Verissimo,
 Millôr Fernades,
 Moacyr Scliar,
 Carlos Heitor Cony,
 Fernando Bonassi,
 Affonso Romano de Sant’Anna,
 Walcyr Carrasco e Mário Prata.
A PROSA
A ficção brasileira a parti da década de
1960 consolida a tendência,já apontada
pela geração de 1940-50,de abandonar
a abordagem realista.A visão de um
mundo complexo e fragmentado
manifestou-se na prosa de ficção com a
ruptura da narrativa linear e totalizante e
com a construção de uma narração
desordenada,fragmentária,sem um foco
narrativo claramente definido.
Nesse período, a crônica e o conto,mais
do que a poesia,ganharam novos
representantes.A crônica é amplamente
difundida em jornais e revistas
semanais,revelando ou confirmando
autores como Luis Fernando
Veríssimo,Jô Soares,Marcos Rey,Walcyr
Carrasco,Moacyr Scliar,Carlos Heitor
Cony,Mário Prata,entre outros.O romance
desdobra-se em diferentes linhas,como o
romance policial,o psicológico,o histórico
e o memorialista.
O CONTO
Com a estética modernista,o conto foi
submetido a radicais transformações,sendo
uma delas o enriquecimento temático
proporcionado pela contribuição da literatura
regionalista.Do Ponto de vista técnico,o relativo
objetivo e linear,com sua estrutura de
começo,meio e fim,e narrativa em
crescendo,mantida pelo suspense,deu pouco a
pouco lugar à simples evocação,ao instantâneo
fotográfico, aos episódios ricos de
sugestão,aos flagrantes de atmosferas
intensamente poéticas,aos casos densos de
significação humana.
DENTRE OS REPRESENTANTES DO
GÊNERO,DESTACAM-SE:
 Lygia Fagundes Telles,
 Homero Homem,
 Osman Lins,
 Murilo Rubião,
 Autran Dourado,
 Moacyr Scliar,
 Otto Lara Rezende,
 Samuel Rawet,
 Dalton Trevisan,
 José J. Veiga,
 Nélida Piñon,
 Rubem Fonseca,
 Etc.
O ROMANCE
Em linhas gerais,o romance contemporâneo
seguiu as direções tradicionais de nossa
ficção-regionalista e a psicológica,
enriquecendo-a,diversificando-a,inovando-
a.Isso pela adoção de novos temas,como
violência urbana;ou por uma abordagem mais
realista e crua de temas já gastos;ou pela
introdução de personagens dos chamados
grupos marginalizados;ou pela incorporação
do fantástico,do simbólico,do absurdo;ou pelo
uso de técnicas originárias do novo romance
francês e da linguagem cinematográfica e
pictórica.
FRANCISCO DANTAS E O RESGATE
REGIONALISTA
Francisco Dantas vem se
firmando,na
atualidade,como um dos
mais importantes
romancistas da tradição
regionalista. Explorando
temas como autoritarismo
patriarcal dos coronéis,o
cangaço,as relações sociais
de opressão,a violência,
Dantas publicou obras de
grande valor literário,como
Os desvalidos(1997)e sob o
Peso das sombras(2004).
"PARA OS ERROS HÁ PERDÃO;
PARA OS FRACASSOS, CHANCE;
PARA OS AMORES IMPOSSÍVEIS, TEMPO...
NÃO DEIXE QUE A SAUDADE SUFOQUE,
QUE A ROTINA ACOMODE,
QUE O MEDO IMPEÇA DE TENTAR.
DESCONFIE DO DESTINO E
ACREDITE EM VOCÊ.
GASTE MAIS HORAS REALIZANDO QUE SONHANDO,
FAZENDO QUE PLANEJANDO,
VIVENDO QUE ESPERANDO
PORQUE, EMBORA QUEM QUASE MORRE ESTEJA VIVO,
QUEM QUASE VIVE JÁ MORREU."
LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
ARTISTAS QUE INTERAGIRAM COM A GERAÇÃO
MIMEÓGRAFO
Música
 Caetano Veloso
 Chico Buarque
 Francis Hime
 Gilberto Gil
 Jards Macalé
 João Bosco
 Paulo Leminski
Cinema e teatro
 Glauber Rocha
Artistas plásticos
 Hélio Oiticica
 Lygia Clark
LEGADO
Além de inaugurar no Brasil uma tradição de uso de
meios inusuais de difusão cultural, à margem da
mídia, o fenômeno da geração mimeógrafo produziu
interação entre várias artes, deixando uma produção
musical popular de altíssimo valor. É o caso do
trabalho de vários artistas inquestionavelmente
pertencentes a esta geração, como os letristas
Bernardo Vilhena, Geraldo Carneiro e Waly
Salomão.
Além disso, alguns poetas ditos desta geração
estão entre os mais significativos poetas brasileiros
ainda producentes no século XXI, como é o caso
de Roberto Piva (até falecer em 2010), Chacal e
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 OBRIGADA PELA
ATENÇÃO!! 

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Seminario de portugues poesia marginal

  • 1.
  • 2. A GERAÇÃO MIMEÓGRAFO A geração mimeógrafo (também denominado movimento Alissara) foi um movimento, ou fenômeno sociocultural brasileiro que ocorreu imediatamente após a Tropicália, durante a década de 1970, em função da censura imposta pela ditadura militar , que levou intelectuais, professores universitários, poetas e artistas em geral, em todo o país, a buscarem meios alternativos de difusão cultural, notadamente o mimeógrafo, tecnologia mais acessível na época. Da tecnologia mais usada vem o seu nome.
  • 3. Sua produção literária não foi aceita por grandes editoras, pelo menos até 1975, quando a editora Brasiliense publicou o livro "26 Poetas Hoje". Por estar à margem do circuito editorial estabelecido, sua poesia foi denominada poesia marginal. A produção artística desta geração igualmente não circulava em tradicionais galerias. A geração mimeógrafo também se expressou através da música, do cinema e da dramaturgia, sendo a sua produção poética a mais lembrada, possivelmente por ser aquela produção mais adequada às restrições de suporte impostas pela página mimeografada. As outras artes podiam ser divulgadas, porém não poderíamos ouvir uma canção ou ver um filme em um pequeno jornal ou revista mimeografados, ou fotocopiados.
  • 4. POESIA MARGINAL  No Brasil, poesia marginal é a designação dada à poesia produzida pela geração mimeógrafo, incluindo aí poetas absolutamente desconhecidos que produziram suas obras fora do eixo Rio-São Paulo, embora ao redor do mundo se use o termo para referir-se à tendências que funcionam independentemente de uma poesia "oficial", canonicamente aceita. O gênero de poesia que foi denominado de "marginal" no Brasil se tornou conhecido por este nome porque seus poetas abandonaram os meios tradicionais de circulação das obras, através de (editoras e livrarias), e buscaram meios alternativos, realizando cópias mimeografadas de seus trabalhos, comercializados a baixo custo, vendidos de mão em mão, nas ruas, em praças e nas universidades.
  • 5. ATRAVÉS DELA, OS POETAS DA GERAÇÃO MIMEOGRAFADA QUERIAM SE EXPRESSAR LIVREMENTE EM PLENO REGIME DA DITADURA MILITAR, BEM COMO REVELAR NOVAS VOZES POÉTICAS. ESTA TRADIÇÃO MARGINAL SE ESTENDEU PELOS ANOS DE 1980, TENDO UTILIZADO TAMBÉM O RECURSO DA FOTOCÓPIA E A PRODUÇÃO DE FANZINES. POSSIVELMENTE, POSSA-SE CONSIDERAR UMA CONTINUIDADE DESTA TENDÊNCIA NA POESIA QUE SE ENCONTRA APENAS NA INTERNET, SENDO PRODUZIDA POR POETAS QUE NÃO USAM OUTRO MEIO DE DIVULGAÇÃO, À PARTE DE UM MERCADO LITERÁRIO PROPRIAMENTE DITO, OU DA INDÚSTRIA CULTURAL, POR POSTURA OU EXCLUSÃO, ESTANDO À MARGEM NÃO POR MOTIVOS POLÍTICOS, COMO A POESIA MARGINAL DOS ANOS DE 1970, MAS, PRINCIPALMENTE, ECONÔMICOS. NOS EUA, O TERMO "POESIA MARGINAL" É USADO PARA DESIGNAR A POESIA FEITA PELOS POETAS CHAMADOS DE PÓS-BEATS.
  • 6. INFLUÊNCIAS E CARACTERÍSTICAS Influenciada pela primeira fase do Modernismo brasileiro, pelo Tropicalismo e por movimentos de contracultura, tais como o rock, o movimento hippie, histórias em quadrinhos e o cinema, a poesia marginal é tendente à coloquialidade, à espontaneidade, à experimentação rítmica e musical, ao humor, à paródia e à representação do cotidiano urbano . É uma exceção a algumas destas tendências o poeta Roberto Piva, mais tendente ao Surrealismo e próximo à poesia da Geração Beat, demonstrando grande erudição em seus poemas, tal qual o faz Geraldo Carneiro, que, no entanto, utiliza frequentemente recursos semelhantes aos da poesia concreta.
  • 7. A poesia marginal sempre foi do povo do gueto, a dos participantes da antologia 26 Poetas Hoje, apresenta também, no geral, tendência à oposição ao concretismo, pelo menos à sua forma mais usual, sendo a exploração da subjetividade a principal característica a opô-los àquele movimento.
  • 8.
  • 9. 26 POETAS HOJE Em 1975, publicou-se o livro 26 Poetas Hoje, organizado por Heloísa Buarque de Hollanda. Reunindo poemas de vinte e seis poetas da geração mimeógrafo, trata-se de uma verdadeira antologia da poesia marginal e é considerado o ápice da expressão poética da geração mimeógrafo, já que antes dele os poemas eram impressos pelo mimeógrafo.Os poetas incluídos no livro foram:
  • 10.  NOMES DE POETAS  Rodrigo Lisboa  Francisco Alvim  Carlos Saldanha  Antônio Carlos de Brito(Cacaso)  Roberto Piva  Torquato Neto  José Carlos Capinan  Roberto Schwarz  Zulmira Ribeiro Tavares  Afonso Henriques Neto  Vera Pedrosa  Antonio Carlos Secchin  Flávio Aguiar  Ana Cristina Cesar  Geraldo Carneiro  João Carlos Pádua  Luiz Olavo Fontes  Eudoro Augusto  Waly Salomão  Ricardo G.Ramos  Leomar Fróes  Isabel Câmara  Chacal  Charles  Bernardo Vilhena  Leila Miccolis  Adauto de Souza Santos  Röhrig C.
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  • 16. A CRÔNICA A crônica tem assumido na literatura brasileira um papel cada vez mais relevante,destacando-se como gênero literário mais lido pelo grande público.Veiculada geralmente em jornais diários ou em revistas periódicas , a crônica foi aos poucos abandonando o caráter exclusivamente jornalístico,voltado apenas para os fatos ocorridos no dia a dia, e penetrando lentamente o universo da ficção.
  • 17. Entre os Cronistas da atualidade, destacam-se:  Fernando Sabino,  Luis Fernando Verissimo,  Millôr Fernades,  Moacyr Scliar,  Carlos Heitor Cony,  Fernando Bonassi,  Affonso Romano de Sant’Anna,  Walcyr Carrasco e Mário Prata.
  • 18. A PROSA A ficção brasileira a parti da década de 1960 consolida a tendência,já apontada pela geração de 1940-50,de abandonar a abordagem realista.A visão de um mundo complexo e fragmentado manifestou-se na prosa de ficção com a ruptura da narrativa linear e totalizante e com a construção de uma narração desordenada,fragmentária,sem um foco narrativo claramente definido.
  • 19. Nesse período, a crônica e o conto,mais do que a poesia,ganharam novos representantes.A crônica é amplamente difundida em jornais e revistas semanais,revelando ou confirmando autores como Luis Fernando Veríssimo,Jô Soares,Marcos Rey,Walcyr Carrasco,Moacyr Scliar,Carlos Heitor Cony,Mário Prata,entre outros.O romance desdobra-se em diferentes linhas,como o romance policial,o psicológico,o histórico e o memorialista.
  • 20. O CONTO Com a estética modernista,o conto foi submetido a radicais transformações,sendo uma delas o enriquecimento temático proporcionado pela contribuição da literatura regionalista.Do Ponto de vista técnico,o relativo objetivo e linear,com sua estrutura de começo,meio e fim,e narrativa em crescendo,mantida pelo suspense,deu pouco a pouco lugar à simples evocação,ao instantâneo fotográfico, aos episódios ricos de sugestão,aos flagrantes de atmosferas intensamente poéticas,aos casos densos de significação humana.
  • 21. DENTRE OS REPRESENTANTES DO GÊNERO,DESTACAM-SE:  Lygia Fagundes Telles,  Homero Homem,  Osman Lins,  Murilo Rubião,  Autran Dourado,  Moacyr Scliar,  Otto Lara Rezende,  Samuel Rawet,  Dalton Trevisan,  José J. Veiga,  Nélida Piñon,  Rubem Fonseca,  Etc.
  • 22. O ROMANCE Em linhas gerais,o romance contemporâneo seguiu as direções tradicionais de nossa ficção-regionalista e a psicológica, enriquecendo-a,diversificando-a,inovando- a.Isso pela adoção de novos temas,como violência urbana;ou por uma abordagem mais realista e crua de temas já gastos;ou pela introdução de personagens dos chamados grupos marginalizados;ou pela incorporação do fantástico,do simbólico,do absurdo;ou pelo uso de técnicas originárias do novo romance francês e da linguagem cinematográfica e pictórica.
  • 23. FRANCISCO DANTAS E O RESGATE REGIONALISTA Francisco Dantas vem se firmando,na atualidade,como um dos mais importantes romancistas da tradição regionalista. Explorando temas como autoritarismo patriarcal dos coronéis,o cangaço,as relações sociais de opressão,a violência, Dantas publicou obras de grande valor literário,como Os desvalidos(1997)e sob o Peso das sombras(2004).
  • 24. "PARA OS ERROS HÁ PERDÃO; PARA OS FRACASSOS, CHANCE; PARA OS AMORES IMPOSSÍVEIS, TEMPO... NÃO DEIXE QUE A SAUDADE SUFOQUE, QUE A ROTINA ACOMODE, QUE O MEDO IMPEÇA DE TENTAR. DESCONFIE DO DESTINO E ACREDITE EM VOCÊ. GASTE MAIS HORAS REALIZANDO QUE SONHANDO, FAZENDO QUE PLANEJANDO, VIVENDO QUE ESPERANDO PORQUE, EMBORA QUEM QUASE MORRE ESTEJA VIVO, QUEM QUASE VIVE JÁ MORREU." LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
  • 25. ARTISTAS QUE INTERAGIRAM COM A GERAÇÃO MIMEÓGRAFO Música  Caetano Veloso  Chico Buarque  Francis Hime  Gilberto Gil  Jards Macalé  João Bosco  Paulo Leminski Cinema e teatro  Glauber Rocha Artistas plásticos  Hélio Oiticica  Lygia Clark
  • 26. LEGADO Além de inaugurar no Brasil uma tradição de uso de meios inusuais de difusão cultural, à margem da mídia, o fenômeno da geração mimeógrafo produziu interação entre várias artes, deixando uma produção musical popular de altíssimo valor. É o caso do trabalho de vários artistas inquestionavelmente pertencentes a esta geração, como os letristas Bernardo Vilhena, Geraldo Carneiro e Waly Salomão. Além disso, alguns poetas ditos desta geração estão entre os mais significativos poetas brasileiros ainda producentes no século XXI, como é o caso de Roberto Piva (até falecer em 2010), Chacal e Geraldo Carneiro.