O documento descreve o Parnasianismo de Olavo Bilac, um dos principais poetas do movimento no Brasil. O texto destaca que Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a tríade brasileira do Parnasianismo, e que apesar de influenciado pelo movimento francês, o Parnasianismo brasileiro não foi uma reprodução exata, mantendo certo subjetivismo. O texto também resume alguns poemas característicos de Bilac que ilustram seus temas e estilo parnasiano.
Resumo sobre os principais autores da 2ª fase da Geração Modernista no Brasil. Apresenta características gerais e específicas das obras, assim como contextualização histórica.
Resumo sobre os principais autores da 2ª fase da Geração Modernista no Brasil. Apresenta características gerais e específicas das obras, assim como contextualização histórica.
Pranchas Conceito - Projeto 3 ( Guarda-Chuva)Vitor Morais
Pranchas para a cadeira de Projeto 3 do curso de Design UFCG.
- Conceito
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proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
2. OLAVO BILAC
O Príncipe dos Poetas
Seu nome
– O/la/vo/ Brás/ Mar/tins/ dos/ Gui/ma/rães/ Bi/lac/,
constitui um verso alexandrino perfeito.
Lutou para que o serviço militar fosse obrigatório e fez outras campanhas
em favor da educação. É autor da letra do Hino da Bandeira.
Aposentou-se como inspetor escolar, tendo escrito também muitos e
belos poemas para as crianças e a juventude.
Por reconhecimento dos seus contemporâneos, foi eleito Príncipe dos
poetas brasileiros.
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 15,
cujo patrono é Gonçalves Dias.
Poeta símbolo do Parnasianismo, jornalista
e inspetor de ensino – foi chamado de “O
Príncipe dos poetas brasileiros”.
3. É Considerado o maior nome do parnasiano brasileiro e foi bastante
influenciado pelos poetas franceses.
Suas poesias revelam uma emoção acentuada, nada típica dos
parnasianos, um certo erotismo e influência marcante da poesia
portuguesa camoniana.
A correção da linguagem, o rigor da forma e a espontaneidade são as
principais características de seus versos.
Além de Poesias também publicou Crônicas, Novelas, sendo seu livro
Tarde, o mais famoso (obra póstuma, coleção de 99 sonetos).
Seu volume de Poesias Infantis é uma coleção de 58 poemas
metrificados falando sobre a natureza e a virtude.
É autor do Hino à Bandeira Nacional.
4. HINO À BANDEIRA
Salve, lindo pendão da esperança, Salve,
símbolo augusto da Paz! Tua nobre presença
à lembrança A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra em nosso peito
juvenil, Querido símbolo da terra, Da
amada terra do Brasil..
Sobre a imensa nação Brasileira Nos
momentos de festa e de dor, Paira sempre,
sagrada bandeira Pavilhão da Justiça e do
Amor!
Recebe o afeto que se encerra Em nosso
peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da
amada terra do Brasil.
5. O PROJETO LITERÁRIO DO
PARNASIANISMO
O objetivo declarado dos poetas parnasianos era um só: devolver a beleza
formal à poesia, eliminando o que consideravam os excessos sentimentalistas
românticos que comprometeriam a qualidade artística dos poemas.
Os agentes do discurso
A publicação dos poemas também era feita nos jornais, mas acabava tendo
uma outra forma de circulação importante: a memória dos leitores. Os versos
considerados mais bonitos eram logo decorados e citados na primeira
oportunidade.
6. O parnasianismo e o público
É possível identificar as características do público do Parnasianismo a parti de uma
explicação, elaborada pelo crítico Nestor Vitor, em 1902, para justificar a grande
admiração do público pelos poemas de Olavo Bilac. Ele afirmava que Bilac
correspondia aos ideais da sociedade para a qual escrevia. A elite brasileira não
buscava textos profundo. O que ela queria – e encontrava principalmente nos versos
de Bilac – era a palavra de efeito, a rima trabalhada, o ritmo candente.
O modelo parnasiano
Os parnasianos adotam alguns princípios que orientam a seleção de temas e os
modelos literários a serem seguidos.
› Opção por uma poesia descritiva: uso de imagens que apresentem de modo mais
imparcial fenômenos naturais, fatos históricos.
› Resgate de temas da Antiguidade clássica (referência à mitologia e a personagens
históricas).
› Defesa da “arte pela arte”: a poesia deveria ser composta como um fim em si
mesma.
7. A ESTÉTICA PARNASIANA
Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano trata os
temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza
em si e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias,
buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias
parnasianas;
8. Preferência pelos sonetos; Valorização da metrificação rígida em cada verso;
Uso e valorização da descrição das cenas naturais e objetos.
Cavalgamento ou encadeamento sintático - Ocorre quando o verso termina
quanto à métrica (pois chegou na décima sílaba), mas não terminou quanto à
ideia, quanto ao conteúdo, que se encerra no verso de baixo.
9. O PARNASIANISMO BRASILEIRO
O Parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência que recebeu do
Parnasianismo francês, não é uma exata reprodução dele, pois não obedece à mesma
preocupação de objetividade, de cientificismo e de descrições realistas.
Foge do sentimentalismo romântico, mas não exclui o subjetivismo.
Sua preferência dominante é pelo verso decassílabo e pelo alexandrino de tipo
francês, com rimas ricas, e pelas formas fixas, em especial o soneto.
Quanto ao assunto, caracteriza-se pela objetividade, o universalismo e o esteticismo.
Este último exige uma forma perfeita (formalismo) quanto à construção e à sintaxe.
10. Os poetas parnasianos veem o homem preso à matéria, sem possibilidade de
libertar-se do determinismo, e tendem então para o pessimismo ou para o
sensualismo.
Além de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que
configuraram a chamada tríade parnasiana, o movimento teve outros grandes
poetas no Brasil.
11. Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo
Bilac – a tríade brasileira do Parnasianismo.
12. • Em 1878, os jornais brasileiros deram notícia de uma polêmica literária
intitulada “ A batalha do Parnaso”: debatia-se a possibilidade de criação de
uma poesia filosófico-científica para refletir o espírito da época.
• A primeira obra a incorporar, de fato, os princípios do projeto literário
parnasiano foi o livro fanfarras, de Teófilo Dias, publicado em 1882, data
associada ao início do Parnasianismo no Brasil.
13. O PARNASIANISMO DE OLAVO BILAC
Bilac foi indiscutivelmente o mais popular poeta parnasiano,
principalmente pelos temas abordados pela sua poesia.
Vários de seus poemas possuem uma temática de fundo romântico,
principalmente, quando aborda o amor, a pátria e a cultura brasileira.
Mas também não se afastou da temática parnasiana, abordando a cultura
greco-romana, enaltecendo a estética de objetos e, principalmente,
refletindo filosoficamente alguns temas da existência humana.
A mulher e o amor são temas frequentes em sua poesia, abordados ora
platonicamente, ora sensualmente.
Em alguns poemas reflete metalinguisticamente, ora endeusando o
conceito Arte pela Arte, ora enaltecendo a língua portuguesa.
14. O escritor tinha ideais republicanos e nacionalistas. Estava na oposição
durante o governo de Floriano Peixoto e chegou a ser preso por quatro
meses na Fortaleza da Laje.
Ele marcou a história por outro motivo além da literatura: foi o primeiro a
sofrer um acidente de carro no Brasil, ele bateu em uma árvore na Estrada da
Tijuca.
15. “Só quem ama pode
ter ouvido
Capaz de ouvir e de
entender as estrelas.”
Olavo Bilac
16. A PROFISSÃO DE FÉ
Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma
flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro.
Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papel A
pena, como em prata firme Corre o cinzel.
Corre; desenha, enfeita a imagem, A ideia veste:
Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem Azul-
celeste.
Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima, Como um
rubim.
Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina Sem um defeito:
17. A PROFISSÃO DE FÉ
Vive! que eu viverei servindo Teu culto, e,
obscuro, Tuas custódias esculpindo No ouro mais
puro.
Celebrarei o teu oficio No altar: porém, Se inda
é pequeno o sacrifício, Morra eu também!
Caia eu também, sem esperança, Porém
tranquilo, Inda, ao cair, vibrando a lança, Em
prol do Estilo!
18. COMO QUISESSE LIVRE SER
Como quisesse livre ser, deixando
As paragens natais, espaço em fora,
A ave, ao bafejo tépido da aurora,
Abriu as asas e partiu cantando.
Estranhos climas, longes céus, cortando
Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora
Que morre o sol, suspende o voo, e chora,
E chora, a vida antiga recordando...
E logo, o olhar volvendo compungido
Atrás, volta saudosa do carinho,
Do calor da primeira habitação...
Assim por largo tempo andei perdido:
— Ali! que alegria ver de novo o ninho,
Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!
19. VIA LÁCTEA
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em
pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo! Que
conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?“
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.