O documento descreve um projeto que usa arte para promover a leitura em escolas. Estudantes universitários visitaram uma biblioteca escolar e notaram que os livros não eram muito usados em sala de aula. A pesquisa objetiva investigar como a literatura é ensinada e encontrar novas estratégias para incentivar a leitura.

1. Projeto “A Arte de Ler” e as Práticas Relacionadas à Literatura:
investigações a partir das inserções em uma escola de
Montenegro/RS
Patrícia de Sousa Borges (PIBID/CAPES/UERGS)
Ranielly Boff Scheffer (PIBID/CAPES/UERGS)
Orientadora: Profª Drª Cristina Rolim Wolffenbüttel (PIBID/CAPES/UERGS)
Introdução
O Projeto “A Arte de Ler” constitui-se de um conjunto de ações
pedagógico-artísticas de cunho interdisciplinar, com vistas à promoção da
leitura junto a professores, estudantes e comunidades escolares de escolas
públicas da cidade de Montenegro.
É desenvolvido por estudantes dos cursos de Graduação: Licenciatura,
nas áreas de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, integrantes do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, da Universidade Estadual do
Rio Grande do Sul (PIBID/CAPES/UERGS).
A partir do projeto “A Arte de Ler” e das visitas feitas à biblioteca do
Colégio Estadual A. J. Renner, uma das escolas em que tem sido
desenvolvido este projeto, surgiram alguns questionamentos: “Os livros desta
biblioteca são trabalhados em sala de aula? Quais são as obras literárias
trabalhadas em sala de aula? De que forma é trabalhada a literatura pelos
professores de português? Como as artes poderiam colaborar para o incentivo
da leitura?
Objetivos
1º ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID-UERGS/2º ENCONTRO INSTITUCIONAL DO PIBIDUERGS/2º SEMINÁRIO ARTE E EDUCAÇÃO NA UERGS
14, 15, 16 de março de 2013 – MONTENEGRO/RS

2. Partindo dos questionamentos, a presente pesquisa objetiva investigar
práticas pedagógicas relacionadas à leitura, realizadas na escola, e construir
estratégias pedagógico-artísticas para ampliar os índices de leitura da escola.
Referencial
A leitura é o caminho mais importante para se chegar ao
conhecimento. Portanto, a necessidade da familiarização das pessoas com os
livros desde o primeiro ano de vida é primordial.
Ninguém nasce um leitor, é preciso aprender a gostar da leitura. O
hábito de ler histórias ajuda a colocar as crianças em contato com o mundo da
leitura, aumentando seu vocabulário e sequência de ideias.
A leitura participa ativamente do processo educativo, sendo importante
que seja desenvolvida com base em práticas prazerosas. Por conseguinte,
para que se desenvolva o gosto pela leitura, faz-se necessário que os
professores consigam desenvolvê-la como alternativas de lazer desde a
infância. De acordo com Souza (2009), os adultos fazem o papel de
intermediários entre os livros e as crianças. Desse modo, já no ambiente
familiar, os pais como educadores possibilitam o primeiro contato com a leitura
que desperta a curiosidade e o imaginário da criança por meio de contação de
histórias.
Hoffmann (1996) enfatiza a importância da leitura. Para a autora,
ensinar a gostar de ler deve ser a preocupação de todos os
educadores que, em nossa sociedade se dão conta de que a
alfabetização não pode ser uma atividade apenas mecânica e
didática desligada do contexto cultural e das motivações mais
profundas que o ato de ler pode despertar no eventual ou
potencial leitor, em especial na criança. (HOFFMANN, 1996,
p.19).
Metodologia
Para alcançar os objetivos da pesquisa serão utilizadas entrevistas e
observações com a comunidade escolar, envolvendo estudantes, professores
e funcionários da escola.
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3. Resultados Preliminares
A partir dos relatos das duas professoras entrevistadas na Escola
Estadual A.J. Renner destaca-se o fato da falta de um profissional na
biblioteca da escola, pois os alunos estão impossibilitados de retirarem livros e
visitarem o espaço. Suas retiradas de livros na biblioteca dependem dos seus
professores, que são os únicos autorizados a fazerem retiradas, sendo eles os
responsáveis pelo material.
Outro problema existente é a falta de acervo da biblioteca. Muitas
obras que poderiam ser trabalhadas em sala de aula estão disponíveis em
poucos exemplares, isto quando a obra está disponível na biblioteca.
Uma das duas professoras nos convidou a observar uma aula sua, na
qual seriam feitas apresentações de livros que ela propôs aos alunos, para
este trabalho a turma, foi dividida em quatro grupos, destes grupos somente
dois tinham feito o trabalho, sendo ele oral e escrito.
Este tipo de ocorrência parece demonstrar, de certo modo, um pouco
das dificuldades pelas quais algumas proposições de incentivo à leitura podem
passar em ambientes escolares. Todavia, não deveria ser algo para
desestimular práticas ou proposições para este estímulo.
Considerações Finais
Está pesquisa encontra-se em andamento, mas, a partir dos dados já
coletados, pudemos observar que a trabalho literário desenvolvido na escola
na qual estão sendo realizadas as inserções, é precário.
Esta
prática
pedagógica,
quando
desenvolvida,
possui
baixa
qualidade, sendo por consequência da falta de acervo na biblioteca, uma
bibliotecária, orientações dos professores ou disponibilidade dos alunos.
Espera-se que, a partir destas e das informações que ainda serão coletadas,
possamos colaborar com a promoção da leitura na escola.
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4. Referências
HOFFMANN, Rosemira da Silva. A aprendizagem da criança pela leitura.
Florianópolis: UFSC, 1996.
SOUZA, Juliana Daura de. A biblioteca e o bibliotecário escolar no processo de
incentivo à leitura: uma pesquisa bibliográfica. Trabalho de Conclusão do Curso
de Graduação em Biblioteconomia, do Centro de Ciências da Educação da
Universidade Federal de Santa Catarina. 2009.
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