Educar para a diversidade significa dar voz aos sujeitos de forma crítica e ética, considerando suas singularidades e promovendo a igualdade. Isso implica desenvolver a autonomia, curiosidade e criticidade dos estudantes, reconhecendo diferentes culturas e saberes em diálogo. A luta pela inclusão social deve ocorrer em todos os âmbitos para que a dignidade seja alcançada.
Multiculturalismo, diversidade e direitos humanosWilson Melo
O multiculturalismo democrático valoriza a diversidade enquanto uma forma de interação entre culturas diferentes e operacionalização dos direitos humanos através de políticas públicas de reconhecimento da diferença. O artigo busca desenvolver uma apreciação analítica das relações entre multiculturalismo, diversidade e os direitos humanos. O pressuposto inicial é o de que sociedades multiculturais precisam reconhecer a diversidade como um elemento de respeito à dignidade humana. Buscar esta perspectiva de compreensão da gestão da diversidade (multiculturalismo) é desconstruir as desigualdades históricas postas no Estado-nação onde a diferença foi excluída. Atentar para a diversidade é respeitar os direitos humanos e um elemento de democracia. O estudo produzido resultou de uma breve apreciação da questão multicultural. Para fazer a coleta dos textos foi utilizado um “motor de pesquisa” que utiliza a base de dados ERIC. Um pouco mais específico foi consultado o “motor” Atrium da Université de Montréal. Para uma exploração mais genérica do objeto de estudo foi consultado o Google Scholar. Outra parte das fontes bibliográficas foi levantada em consultas nacionais. Como o interesse da temática foca sociedades multiculturais foram tomados como exemplos o Canadá, a América Latina e o Brasil. A partir deste critério, uma gama de artigos selecionados foi desconsiderada. Preservadas as proporções, os desafios no contexto observado prestam-se de referência para o estudo da questão multicultural. O valor da diferença é um fator de reconhecimento como expressão de cidadania. Neste âmbito há um destaque para o papel da educação na articulação multiculturalismo, diversidade e direitos humanos.
Palavras-chave: Multiculturalismo. Diversidade. Direitos humanos.
Multiculturalismo, diversidade e direitos humanosWilson Melo
O multiculturalismo democrático valoriza a diversidade enquanto uma forma de interação entre culturas diferentes e operacionalização dos direitos humanos através de políticas públicas de reconhecimento da diferença. O artigo busca desenvolver uma apreciação analítica das relações entre multiculturalismo, diversidade e os direitos humanos. O pressuposto inicial é o de que sociedades multiculturais precisam reconhecer a diversidade como um elemento de respeito à dignidade humana. Buscar esta perspectiva de compreensão da gestão da diversidade (multiculturalismo) é desconstruir as desigualdades históricas postas no Estado-nação onde a diferença foi excluída. Atentar para a diversidade é respeitar os direitos humanos e um elemento de democracia. O estudo produzido resultou de uma breve apreciação da questão multicultural. Para fazer a coleta dos textos foi utilizado um “motor de pesquisa” que utiliza a base de dados ERIC. Um pouco mais específico foi consultado o “motor” Atrium da Université de Montréal. Para uma exploração mais genérica do objeto de estudo foi consultado o Google Scholar. Outra parte das fontes bibliográficas foi levantada em consultas nacionais. Como o interesse da temática foca sociedades multiculturais foram tomados como exemplos o Canadá, a América Latina e o Brasil. A partir deste critério, uma gama de artigos selecionados foi desconsiderada. Preservadas as proporções, os desafios no contexto observado prestam-se de referência para o estudo da questão multicultural. O valor da diferença é um fator de reconhecimento como expressão de cidadania. Neste âmbito há um destaque para o papel da educação na articulação multiculturalismo, diversidade e direitos humanos.
Palavras-chave: Multiculturalismo. Diversidade. Direitos humanos.
Seminário Globalização - A Globalização e as Questões Sociais - Parte IIHenrique Nascimento
Trabalho de Ciência Política, em resposta as perguntas:
10. Que fatores estão fazendo de nossa sociedade um ambiente cada vez mais multiculturalista?
11. Como os povos estão lidando com o multiculturalismo? Vivemos choques de culturas?
12. Podemos afirmar que hoje existem novas formas de racismo e intolerância? Como elas se manifestam? Dê exemplos.
13. Apresente dados estatísticos que revelam como a riqueza é distribuída em nossa sociedade.
14. Apresente os dados da última PNAD 2012 (IBGE) publicados em setembro de 2013.
15. Apresente dados estatísticos sobre a desigualdade e exclusão social no mundo e em nosso país ao longo das últimas décadas.
16. Quais os principais fatores responsáveis pelo aumento da violência urbana? Apresente dados estatísticos sobre a criminalidade (homicídios, furto, roubo) ao longo das últimas décadas.
17. Apresente dados estatísticos sobre a evolução da população carcerária no Brasil e no mundo ao longo das últimas décadas.
Seminário Globalização - A Globalização e as Questões Sociais - Parte IIHenrique Nascimento
Trabalho de Ciência Política, em resposta as perguntas:
10. Que fatores estão fazendo de nossa sociedade um ambiente cada vez mais multiculturalista?
11. Como os povos estão lidando com o multiculturalismo? Vivemos choques de culturas?
12. Podemos afirmar que hoje existem novas formas de racismo e intolerância? Como elas se manifestam? Dê exemplos.
13. Apresente dados estatísticos que revelam como a riqueza é distribuída em nossa sociedade.
14. Apresente os dados da última PNAD 2012 (IBGE) publicados em setembro de 2013.
15. Apresente dados estatísticos sobre a desigualdade e exclusão social no mundo e em nosso país ao longo das últimas décadas.
16. Quais os principais fatores responsáveis pelo aumento da violência urbana? Apresente dados estatísticos sobre a criminalidade (homicídios, furto, roubo) ao longo das últimas décadas.
17. Apresente dados estatísticos sobre a evolução da população carcerária no Brasil e no mundo ao longo das últimas décadas.
Apresentação de Heoloisa Helena Ciqueto Peres, feita durante o evento "O contexto da educação na era digital", realizado em 15 de outubro na sede do CAPE.
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...Instituto Uka
Resumo
Abordar a pluralidade cultural na escola é essencial para uma sociedade que pretende
combater a exclusão e a discriminação. Os Parâmetros Curriculares Nacionais determinam
que o tema seja tratado no Ensino Fundamental, com o objetivo de promover o respeito à
diversidade e formar um aluno capaz de reconhecer a influência de diversos povos na
construção de nosso patrimônio cultural. Por isso, apresentamos uma reflexão sobre a
pluralidade cultural e a literatura indígena, discutindo sua relevância como manifestação
cultural legítima. Visamos propor a inserção da literatura indígena na escola, como expressão
da identidade e dos valores de um povo que revela uma configuração de mundo distinta da
cultura dominante. Contudo, muitos educadores desconhecem tal literatura ou não sabem
como introduzi-la nas aulas de leitura. A fim de que o educador conheça alguns elementos
constitutivos da literatura indígena, apresentamos sua configuração como uma
multimodalidade textual. Assim, trabalhar com a literatura indígena pode ser um caminho
para desenvolver os multiletramentos. Para a apreensão da identidade dos produtores dessa
literatura, tratamos da diferença entre os termos indígena, indianista e indigenista, segundo
POLAR (2000), pois tais termos são comumente confusos em sua utilização. Além disso,
confrontamos um texto produzido por um não-índio a um texto indígena para demonstrar a
singularidade das textualidades indígenas brasileiras. Finalmente, enfocamos a obra A terra
dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio, de Kaka Werá JECUPÉ,
para exemplificarmos como as textualidades indígenas podem ser discutidas na escola. A
literatura indígena mostra-se um caminho para valorizar a pluralidade e a expressão do outro,
do diferente, reconhecer sua contribuição para a cultura e sociedade e, consequentemente,
respeitar o outro e a nós mesmos.
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
A Lei Orgânica é o instrumento maior de um Município, promulgada pela Câmara Municipal, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e Estadual.
Nela estão contidos os mais diversos princípios que norteiam a vida da sociedade, numa soma comum de esforços visando o bem-estar social, o progresso e o desenvolvimento de um povo.
A Lei Orgânica é a Constituição da Cidade, contendo as normas legais que, subsidiarias às Federais e às Estaduais, disciplinam as relações entre os poderes Executivo e Legislativo e entre esses e os munícipes: estabelecendo as atribuições daqueles poderes, suas limitações e abrangências, papel que cada um cumpre em relação ao outro, fixando, em síntese, a moldura e as relações políticas do Município.
Em Bom Jardim, a Lei Orgânica do Município foi promulgada em 05 de Abril de 1990, não tendo sofrido alterações com o decorrer do tempo, sendo que não acompanhou a evolução do Município nos mais diversos setores, e com isso, deixando de aperfeiçoar ainda mais as normas até então existentes e melhorando o relacionamento entre os poderes Constituintes.
Art. 1º - O Município de Bom Jardim integra, com autonomia político-administrativa e financeira, o Estado do Maranhão, membro da República Federativa do Brasil.
Parágrafo Único - O município organiza-se e rege-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado.
Um dos fatos mais polêmicos na atualidade escancarado na era pós ditatorial ou “era democrática” à luz do século XXI, é sem dúvida, a privatização da Vale do Rio Doce, conhecida por alguns críticos e intelectuais como “privataria”, cuja iniciativa excluiu a sociedade brasileira na decisão – como se esta não existisse. No momento da privatização, 70% da opinião pública era contra o ato de privatizar. E nesse clima de “imposição” aconteceu. Enquanto que no passado, grandes presidentes que o Brasil já possuiu sonhavam e desenhavam um futuro promissor para o país a partir da perspectiva do potencial mineral que possuí(-amos) e que foi entregue ao setor privado, destituindo a Nação Brasileira que se beneficiavam dessas riquezas – hoje entregues a “meia-dúzia” de grandes acionistas – entre esses, grandes banqueiros internacionais - e um alto número de pequenos acionistas (500 mil acionistas, segundo a empresa). O que contribui(u) para a concentração de renda e representa um golpe no futuro e horizonte do Brasil.
Este livro aborda sobre o histórico e potencial econômico que representa a CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), sua expropriação e internacionalização e consequências sócio-político e econômica num país onde num processo político, assistimos sua dilapidação e entreguismo ao capital privado e internacional, com sua privatização em 6 de maio de 1997 – no Governo FHC.
A empresa cresceu, gerou enorme patrimônio da noite para o dia mas como é uma empresa de capital aberto, a maior parte de seus donos por ações preferenciais são estrangeiros. No Brasil fica recursos de empregos e 2% de impostos minerário mas a fabulosa riqueza maior está sendo investida lá fora na aquisição de outras empresas minerárias e perspectiva potencial de se tornar a número um em nível mundial com nossas riquezas minerais.
Como o título é colocado na forma de questionamento, foi de propósito, é um espaço para que cada cidadão reflita sobre os caminhos que foram dados a nosso país – especialmente no que toca às privatizações, que para alguns,foi um crime de lesa-pátria cometido contra a sociedade brasileira e que ainda pode ser repensada – desde que, através de nossa autonomia, a nação seja submetida a um plebiscito e haja instauração de uma auditoria para investigar e fiscalizar como se deram “os fatos e processo” da privatização, que é uma ferida aberta, e o comprometimento de séculos à frente da história do povo brasileiro.
Neste texto, construído na forma de mapa mental, resumidamente é delineado sobre o Novo Ensino Médio, suas mudanças e perspectivas. Um novo olhar à educação brasileira.
FRASES À CIDADANIA É UMA COLETÂNEA DE FRASES VOLTADAS PARA ASPECTOS REFLEXIVOS SOBRE CIDADANIA. MUITAS PRODUZIDAS POR ADILSON MOTTA, OUTRAS POR AUTORES DIVERSOS E FAMOSOS.
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
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Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Multiculturalismo e a Política Educacional Brasileira
1. Multiculturalismo e a
política educacional
brasileira
O que significa educar para a
diversidade ?
Profª Ivanilde Apoluceno de Oliveira
(Adaptado: Profª. Giza Carla Bandeira)
2. A escola
• A escolarização é necessária para a formação
da cidadania e da formação ética do indivíduo.
• A escolarização é uma exigência das novas
relações
entre
conhecimento
e
trabalho,
proveniente
da
globalização
econômica (novo profissional com novas
competências: ter iniciativa, ser inovador e
crítico).
• Caminho de mudança de atitudes, através da
aquisição
de
conhecimento
sobre
a
diversidade cultural. O lema é conhecer para
transformar.
• Espaço de transformação social a partir das
práticas dos educadores.
3. O Pluralismo Cultural e a Problemática da
Diferença (PCN’s)
• A concepção de pluralidade está
fundamentada numa visão hegemônica e
não dialética entre a diversidade cultural
(o particular) e as características comuns
(Universais).
• Visão hegemônica e essencialista da
diversidade cultural por meio da busca da
construção de uma identidade nacional
caracterizada pelo plural.
4. • A diversidade é vista como (1) constitutiva da
natureza humana e (2) determinação da identidade
nacional (tratada pelo conceito de «brasilidade»).
• Brasilidade com o significado de «singularidade
múltipla, multifacetada e complexa», que permite a
cada um reconhecer-se como brasileiro.
• A identidade Nacional pressupõe a diversidade e se
contrapõe à imagem do Brasil sem diferenças
culturais pautado no «mito da democracia racial»
(idéia de um Brasil sem diferenças, formado
originalmente por 03 raças: o índio, o branco e o
negro - que se dissolveram dando origem ao
brasileiro)
5. • A Pluralidade Cultural parte da constatação
de uma diversidade cultural e de uma
desigualdade social, considerados conceitos
de naturezas diferentes:
– Diferença
Cultural proveniente
da
singularidade dos processos de produção
cultural de cada grupo social.
– Desigualdade Social produzida na
relação de dominação e exploração
social, econômica e política. Neste
processo de dominação, exploração e
exclusão aparecem a discriminação, o
preconceito, a injustiça, etc.
6. Diferença como Identidade
• Diferença é um conceito oriundo do latim
dis (divisão ou negação) e do verbo ferre
(levar com violência, arrastar).
• «O diferente significa o “arrastado desde a
identidade, indiferença original ou unidade
até a dualidade” e colocado como oposto»
(REGINA e GUARESCHI apud OLIVEIRA, 2004).
• A diferença tem como horizonte
sistema identitário.
um
7. Diferença como Alteridade
• Diferença como «diversidade dis-tinta», baseada
na
relação
«distinção-convergência»
de
alteridade.
– O ser humano «distinto por sua constituição real
como coisa eventual ou livre, converge, se
reúne, se aproxima de outros homens (...) O
outro
é
alteridade
de
todo
sistema
possível, além do "mesmo" que a totalidade
sempre é (...) O outro se revela realmente como
outro, em toda a acuidade de sua
exterioridade, quando irrompe como o mais
extremamente distinto, como o não habitual ou
cotidiano, como o extraordinário, o enorme (fora
da norma), como o pobre, o oprimido
(DUSSEL, 1980).
8. • Cada ser humano é sempre distinto, sua
existência real é como «Outro», como
exterioridade e alteridade.
• O horizonte não é o «Ser» identitário e
sim o Outro como Outro.
• Ruptura com a unicidade do mesmo.
• Novo
conceito
de
identidade
>
dinâmico,
processual,
histórico
e
cultural, que supõe um sujeito ativo, capaz
de constituir-se a si mesmo nas suas
relações intersubjetivas, sociais e históricas
(OLIVEIRA, 2004).
• A aceitação do outro como Outro é uma
opção ética.
9. • Discursos hegemônicos filosóficos e
científicos caracterizam-se por discursos
morais de legitimação da exclusão de
pessoas, grupos sociais e culturas na
sociedade.
• A questão da diferença está no cerne do
debate ético sobre a exclusão social.
– Quem é o outro negado?
– Que discursos legitimam a diferença e as
práticas sociais de exclusão?
10. O que significa educar para a
diversidade?
• O conceito de diversidade é oriundo do latim
diversitate, forma derivada de diversitas
significando diversidade, variedade, diferença
e contradição. A diversidade tem como
horizonte um sistema não-identitário. O
diverso é o outro distinto.
• A diversidade pressupõe uma característica
própria, uma especificidade que faz com que
sujeitos sociais, grupos sociais ou culturas
não se identifiquem com os outros. A
diversidade
é
constituída
pela
alteridade, heterogeneidade e a diferença
como distinção.
11. – « O outro se revela realmente como
outro, em toda a acuidade de sua
exterioridade, quando irrompe como o
mais extremamente distinto, como o não
habitual
ou
cotidiano,
como
o
extraordinário, o enorme (fora da
norma), como o pobre, o oprimido»
(DUSSEL)
• Neste sentido é preciso um olhar crítico
para o conceito essencialista de diversidade
presente no discurso neoliberal que «cria um
falso consenso, uma idéia de que a
normalidade hospeda os diversos, porém
mascara normas etnocêntricas e serve para
conter a diferença» (BHABHA).
12. Educar para a diversidade
• A educação deve estar alicerçada a um
projeto ético e político, ampliando as
possibilidades de vida e de liberdade
humanas.
• Constitui uma questão ética, porque se
reveste em uma luta contra a exclusão
social, luta pela afirmação da vida
humana, ou seja, pela humanização de
homens e mulheres
13. • Constitui a educação uma questão
política, porque se reveste numa luta
pela eqüidade social, pela justiça
social,
possibilitando
que
todos
(as),
tenham
o
direito
à
educação,
sendo
capazes
de
ler,
escrever,
compreender
o
mundo, expressando a sua palavra e
exercendo sua cidadania.
– «Respeitar os diferentes discursos e por em
prática a compreensão de pluralidade (a
qual exige tanto crítica e criatividade no ato
de dizer a palavra, quanto no ato de ler a
palavra) exige uma transformação política e
social (...) A legitimação desses diversos
discursos legitimaria a pluralidade de vozes
na reconstrução de uma sociedade
verdadeiramente democrática» (FREIRE)
14. Educar para a diversidade significa:
• dar voz ao sujeito, viabilizando a sua
participação
crítica
na
sociedade, desenvolvendo elementos da sua
subjetividade: a criatividade, a curiosidade e a
criticidade
• olhar
para
as
necessidades
de
desenvolvimento integral da pessoa humana
15. Educar para a diversidade implica em:
– direcionar-se ao ser humano, ao seu potencial
educativo, como ser:
pensante, por organizar o seu pensamento;
falante, por expressar a sua visão de mundo;
curioso e investigativo, por buscar conhecer e
compreender o mundo
produtor do conhecimento, criador de novas idéias
e conhecimentos.
leitor do mundo, da palavra e da escrita;
crítico e agente de transformação social.
16. Considerar-se no ensino- aprendizagem:
A relação entre os saberes – o uso de diversas
formas de representação, presentes na práxis
cotidiana social, expressa nas narrativas orais e
escritas e nos discursos dos diferentes campos
específicos do conhecimento.
– A diversidade de sujeitos e de culturas – como
referencial das práticas educativas.
– A relação dialógica e solidária entre os sujeitos – o
estabelecimento de relações intersubjetivas solidárias
e dialógicas, possibilitando o respeito à diversidade de
sujeitos e grupos sociais;
17. Na educação para a diversidade é
imprescindível:
– que se desenvolvam atividades que
estimulem no educando a curiosidade, o
questionamento e a problematização da
realidade;
– a relação entre as experiências de vida, o
afetivo e o cognitivo; a relação entre o oral e o
escrito;
– o desenvolvimento
da criticidade, da
criatividade e da participação histórica do
educando na sociedade.
18. • A luta pela inclusão social precisa estar
articulada entre diversos campos do
saber:
educação, saúde, desporto, cultura, jurídic
o, etc...; sistemas e práticas sociais.
• A inclusão precisa ser debatida e
ampliada na educação e nos demais
sistemas e organizações sociais.
19. Para reflexão:
Fala do líder Zapatista Marcos
• A Dignidade exige que sejamos nós mesmos.
• Mas a Dignidade não é somente que sejamos nós
mesmos.
• Para que haja Dignidade é necessário o outro.
• E o outro só é outro na relação conosco.
• A Dignidade é então um olhar.
• Um olhar a nós mesmos que também se dirige ao outro
olhando-se e olhando-nos.
• Reconhecimento do que somos e respeito a isto que
somos, sim, mas também reconhecimento do que é o
outro e respeito ao que ele é.
• A Dignidade então é a ponte e olhar e reconhecimento e
respeito.
• Então a Dignidade é o amanhã.
• Mas o amanhã não pode ser se não é para todos, para o
que somos nós e para os que são outros.
20. • A Dignidade é então uma casa que nos inclui e inclui o
outro.
• A Dignidade é então uma casa de um só andar, onde
nós e o outro temos nosso próprio lugar, isto e não outra
coisa é a vida, e a própria casa.
• Então a Dignidade deveria ser o mundo, um mundo que
tenha lugar para muitos mundos.
• A Dignidade então ainda não é.
• Então a Dignidade ainda está por ser.
• A Dignidade então é lutar para que a Dignidade seja
finalmente o mundo.
• Um mundo onde haja lugar para todos os mundos.
• Então a Dignidade é e está por construir.
• É um caminho a percorrer.
• A Dignidade é o amanhã.