Este documento discute a importância de incluir a literatura indígena na educação escolar para promover o respeito à diversidade cultural. Argumenta que os Parâmetros Curriculares Nacionais determinam que o tema da pluralidade cultural seja abordado na escola para combater a discriminação. Defende que a literatura indígena mostra diferentes perspectivas culturais e deve ser valorizada como parte da identidade cultural brasileira.
O documento descreve a origem e o desenvolvimento do Romantismo no Brasil entre 1836 e 1881. O movimento teve início com a publicação do livro "Suspiros Poéticos e Saudades" por Domingos José Gonçalves de Magalhães em 1836. O Romantismo brasileiro foi influenciado pelos autores românticos portugueses e franceses e caracterizou-se pela valorização do nacionalismo e da liberdade. A prosa romântica iniciou-se com a publicação do primeiro romance brasileiro "O Filho do P
O Realismo no Brasil surgiu no século XIX em resposta à crise econômica do açúcar e ao crescimento dos ideais abolicionistas e republicanos. Obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas e O Mulato trouxeram uma abordagem mais realista e psicológica aos romances. Machado de Assis foi o principal expoente do Realismo brasileiro, criticando a hipocrisia social através de uma narrativa não linear e analisando a complexa natureza humana.
O documento discute os diferentes sentidos de literatura negra, seja como objeto ou sujeito. Como objeto, o negro é estereotipado na literatura do século XIX de acordo com visões racistas da época. Como sujeito, a literatura escrita por negros revela suas próprias visões e identidades. Exemplos literários ilustram estereótipos positivos e negativos do negro ao longo dos séculos.
O documento resume a segunda fase do Modernismo Brasileiro na prosa, entre 1930 e 1945. Apresenta os principais autores do período como Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado, e características como o engajamento político e a denúncia social. Também discute obras individuais como O Quinze de Rachel de Queiroz e Memórias de um Cárcere de Graciliano Ramos.
O documento discute o movimento literário do Realismo no século 19. Resume-se em 3 pontos:
1) O Realismo surgiu como reação ao sentimentalismo do Romantismo, buscando retratar a realidade de forma objetiva.
2) Abordou temas sociais como a hipocrisia burguesa e a crítica às instituições através do romance.
3) Autores portugueses importantes foram Eça de Queirós, que escreveu obras como O Crime do Padre Amaro, e Ramalho Ortigão.
O documento discute o Pré-Modernismo na literatura brasileira, caracterizando-o como um período de transição entre estéticas do século XIX e o Modernismo, que não constitui uma escola literária em si. Apresenta os principais autores pré-modernistas como Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Augusta dos Anjos, destacando os temas e tipos humanos abordados em suas obras.
O documento descreve a evolução do Romantismo no Brasil ao longo de três gerações de escritores. A primeira geração, nacionalista, buscou estabelecer uma identidade literatura brasileira distinta da portuguesa através de temas como o indianismo e o sertanismo. A segunda geração foi mais individualista e influenciada pelo mal do século europeu. A terceira geração, liderada por Castro Alves, deu ao Romantismo brasileiro um caráter mais social e progressista.
O documento discute a importância da literatura para as civilizações e como ela surgiu de narrativas ancestrais como mitos e contos folclóricos. Também diferencia linguagem literária de não-literária e explica a evolução histórica da literatura desde a antiguidade até os dias atuais, quando continua viva apesar de ser considerada um gênero menor pela crítica.
O documento descreve a origem e o desenvolvimento do Romantismo no Brasil entre 1836 e 1881. O movimento teve início com a publicação do livro "Suspiros Poéticos e Saudades" por Domingos José Gonçalves de Magalhães em 1836. O Romantismo brasileiro foi influenciado pelos autores românticos portugueses e franceses e caracterizou-se pela valorização do nacionalismo e da liberdade. A prosa romântica iniciou-se com a publicação do primeiro romance brasileiro "O Filho do P
O Realismo no Brasil surgiu no século XIX em resposta à crise econômica do açúcar e ao crescimento dos ideais abolicionistas e republicanos. Obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas e O Mulato trouxeram uma abordagem mais realista e psicológica aos romances. Machado de Assis foi o principal expoente do Realismo brasileiro, criticando a hipocrisia social através de uma narrativa não linear e analisando a complexa natureza humana.
O documento discute os diferentes sentidos de literatura negra, seja como objeto ou sujeito. Como objeto, o negro é estereotipado na literatura do século XIX de acordo com visões racistas da época. Como sujeito, a literatura escrita por negros revela suas próprias visões e identidades. Exemplos literários ilustram estereótipos positivos e negativos do negro ao longo dos séculos.
O documento resume a segunda fase do Modernismo Brasileiro na prosa, entre 1930 e 1945. Apresenta os principais autores do período como Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado, e características como o engajamento político e a denúncia social. Também discute obras individuais como O Quinze de Rachel de Queiroz e Memórias de um Cárcere de Graciliano Ramos.
O documento discute o movimento literário do Realismo no século 19. Resume-se em 3 pontos:
1) O Realismo surgiu como reação ao sentimentalismo do Romantismo, buscando retratar a realidade de forma objetiva.
2) Abordou temas sociais como a hipocrisia burguesa e a crítica às instituições através do romance.
3) Autores portugueses importantes foram Eça de Queirós, que escreveu obras como O Crime do Padre Amaro, e Ramalho Ortigão.
O documento discute o Pré-Modernismo na literatura brasileira, caracterizando-o como um período de transição entre estéticas do século XIX e o Modernismo, que não constitui uma escola literária em si. Apresenta os principais autores pré-modernistas como Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Augusta dos Anjos, destacando os temas e tipos humanos abordados em suas obras.
O documento descreve a evolução do Romantismo no Brasil ao longo de três gerações de escritores. A primeira geração, nacionalista, buscou estabelecer uma identidade literatura brasileira distinta da portuguesa através de temas como o indianismo e o sertanismo. A segunda geração foi mais individualista e influenciada pelo mal do século europeu. A terceira geração, liderada por Castro Alves, deu ao Romantismo brasileiro um caráter mais social e progressista.
O documento discute a importância da literatura para as civilizações e como ela surgiu de narrativas ancestrais como mitos e contos folclóricos. Também diferencia linguagem literária de não-literária e explica a evolução histórica da literatura desde a antiguidade até os dias atuais, quando continua viva apesar de ser considerada um gênero menor pela crítica.
O documento descreve a literatura brasileira desde o período colonial, com a literatura informativa do século XVI, a poesia jesuítica e o Barroco baiano dos séculos XVII-XVIII, até o Neoclassicismo de Minas Gerais no século XVIII. Também apresenta conceitos-chave da literatura e seus principais autores de cada período no Brasil.
O documento resume as principais características da literatura romântica no Brasil e apresenta os principais autores e obras do período. O romantismo valorizava a natureza, a religiosidade, o amor e a figura feminina idealizada. A poesia romântica teve três fases principais e foi influenciada por Lord Byron. Na prosa, destacaram-se obras como A Moreninha, Memórias de um Sargento de Milícias e A escrava Isaura.
O documento discute o que é literatura, definindo-a como uma arte que permite experiências vividas através de textos. A literatura é também um instrumento de comunicação cultural e histórica, e as obras literárias nos ajudam a compreender e refletir sobre nós mesmos e a humanidade. Há diferentes estilos literários ao longo dos séculos.
O documento apresenta as principais características da literatura do Quinhentismo no Brasil. A literatura dessa época tinha como tema central a conquista material e espiritual durante a expansão marítima portuguesa. Dividia-se entre a literatura de informação, escrita por viajantes com o objetivo de registrar recursos sobre o Brasil, e a literatura jesuítica, produzida por missionários como José de Anchieta com fins educacionais e de catequese. A Carta de Pero Vaz de Caminha foi o primeiro texto escrito no Bras
Dom Casmurro conta a história de Bentinho, um homem atormentado pelo ciúme da esposa Capitu. Ao longo da narrativa, Bentinho tenta provar que Capitu o traiu com o amigo Escobar, porém as evidências são tendenciosas devido ao seu ciúme. A obra examina como o ciúme transforma Bentinho em um homem solitário e fechado conhecido como "Dom Casmurro".
O documento discute os conceitos de literatura afro-brasileira e negra no Brasil. A literatura afro-brasileira considera critérios como temática, autoria, ponto de vista e linguagem do autor. Além disso, analisa como esses conceitos ainda estão em construção no país e quais elementos distinguem uma literatura negra de uma "não negra" no contexto brasileiro.
Slides utilizados pelo Projeto Nas trilhas da língua portuguesa: o texto em foco, para estudo das especificidades do gênero reportagem, no período 2016.1.
O documento descreve os primeiros registros históricos e literários do Brasil no século XVI, quando os portugueses chegaram em 1500. Relatos de viajantes eram a principal forma de literatura, com o objetivo de informar sobre as novas terras e incentivar o interesse de Portugal. Padres jesuítas também escreveram sobre sua missão de catequizar os indígenas.
1) O documento discute a obra e a importância de Gonçalves Dias para o Romantismo brasileiro.
2) Gonçalves Dias foi um dos principais nomes da primeira geração romântica e consolidou o índio como símbolo da identidade nacional brasileira por meio de sua poesia indianista.
3) Sua poesia lírica deu forma poética aos ideais românticos e contribuiu para a afirmação da independência literária do Brasil.
O documento descreve as principais mudanças ocorridas no Brasil entre 1972 e 2012. Em três frases: (1) A população brasileira envelheceu significativamente, com menos jovens e mais idosos; (2) Os níveis de alfabetização e educação melhoraram substancialmente no período; (3) Entretanto, o envelhecimento populacional representa um desafio para a Previdência Social devido ao aumento da expectativa de vida.
O documento descreve o período do Trovadorismo entre 1198-1418, marcando a origem da literatura portuguesa. Neste período, poemas eram compostos por nobres e plebeus para serem cantados em festas. As obras tratavam de temas religiosos dentro de um contexto de teocentrismo e poder da Igreja, e incluíam cantigas de amor, sátira e novelas de cavalaria em prosa.
Este documento fornece uma introdução sobre o que é um artigo de opinião, suas características principais e a estrutura básica que deve seguir, incluindo uma introdução, desenvolvimento com argumentos e uma conclusão para resolver o problema apresentado.
O documento resume 5 competências avaliadas pela redação do ENEM: 1) domínio da norma culta da língua portuguesa, 2) compreensão do tema e aplicação do conhecimento, 3) seleção e organização de argumentos, 4) uso de mecanismos linguísticos para construção da argumentação, 5) proposta de solução respeitando valores humanos e diversidade.
O documento discute a representação do negro na literatura brasileira ao longo dos séculos. Apresenta os estereótipos raciais comuns na literatura barroca e romântica, como o "bom negro" e o "negro perverso". Também analisa como o negro foi retratado como objeto ou sujeito nas obras literárias.
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, expondo as mazelas sociais da época através de um realismo crítico influenciado pelo naturalismo. A obra descreve a luta pela sobrevivência e as relações de poder entre os personagens de forma a denunciar a exploração do homem pelo homem
O documento descreve o Classicismo como o estilo literário surgido no Renascimento entre os séculos XV e XVI na Europa. As obras da época expressavam novos conceitos sobre o mundo e valorizavam a perfeição formal, a razão e a cultura clássica greco-romana.
Fernando Pessoa introduziu o modernismo em Portugal ao publicar a revista "Orpheu" em 1915 com outros escritores. Ele criou vários heterônimos, personagens com estilos e personalidades próprias, para escrever suas obras. Os principais heterônimos foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro.
O documento descreve a literatura produzida no Brasil colonial no século XVI, conhecida como Quinhentismo. Consistia principalmente em relatos e crônicas escritas por portugueses e jesuítas com o objetivo de fornecer informações sobre a nova colônia à metrópole. Também incluía poesia religiosa de autores como José de Anchieta, que tinha fins catequéticos de converter os indígenas.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil e o papel da escola em reconhecer e valorizar a diversidade étnica e cultural do país. Ele explica que a sociedade brasileira é formada por diferentes etnias e culturas e que a escola deve ensinar o respeito pela diversidade para combater o preconceito. A escola deve mostrar como a pluralidade cultural enriquece a identidade nacional brasileira.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil. Ele explica que a sociedade brasileira é formada por diversas etnias e culturas e que a escola deve reconhecer e valorizar essa diversidade, promovendo o respeito entre os diferentes grupos e combater a discriminação. A escola deve ensinar sobre a riqueza da diversidade cultural brasileira e preparar os estudantes para viverem democraticamente em uma sociedade plural.
O documento descreve a literatura brasileira desde o período colonial, com a literatura informativa do século XVI, a poesia jesuítica e o Barroco baiano dos séculos XVII-XVIII, até o Neoclassicismo de Minas Gerais no século XVIII. Também apresenta conceitos-chave da literatura e seus principais autores de cada período no Brasil.
O documento resume as principais características da literatura romântica no Brasil e apresenta os principais autores e obras do período. O romantismo valorizava a natureza, a religiosidade, o amor e a figura feminina idealizada. A poesia romântica teve três fases principais e foi influenciada por Lord Byron. Na prosa, destacaram-se obras como A Moreninha, Memórias de um Sargento de Milícias e A escrava Isaura.
O documento discute o que é literatura, definindo-a como uma arte que permite experiências vividas através de textos. A literatura é também um instrumento de comunicação cultural e histórica, e as obras literárias nos ajudam a compreender e refletir sobre nós mesmos e a humanidade. Há diferentes estilos literários ao longo dos séculos.
O documento apresenta as principais características da literatura do Quinhentismo no Brasil. A literatura dessa época tinha como tema central a conquista material e espiritual durante a expansão marítima portuguesa. Dividia-se entre a literatura de informação, escrita por viajantes com o objetivo de registrar recursos sobre o Brasil, e a literatura jesuítica, produzida por missionários como José de Anchieta com fins educacionais e de catequese. A Carta de Pero Vaz de Caminha foi o primeiro texto escrito no Bras
Dom Casmurro conta a história de Bentinho, um homem atormentado pelo ciúme da esposa Capitu. Ao longo da narrativa, Bentinho tenta provar que Capitu o traiu com o amigo Escobar, porém as evidências são tendenciosas devido ao seu ciúme. A obra examina como o ciúme transforma Bentinho em um homem solitário e fechado conhecido como "Dom Casmurro".
O documento discute os conceitos de literatura afro-brasileira e negra no Brasil. A literatura afro-brasileira considera critérios como temática, autoria, ponto de vista e linguagem do autor. Além disso, analisa como esses conceitos ainda estão em construção no país e quais elementos distinguem uma literatura negra de uma "não negra" no contexto brasileiro.
Slides utilizados pelo Projeto Nas trilhas da língua portuguesa: o texto em foco, para estudo das especificidades do gênero reportagem, no período 2016.1.
O documento descreve os primeiros registros históricos e literários do Brasil no século XVI, quando os portugueses chegaram em 1500. Relatos de viajantes eram a principal forma de literatura, com o objetivo de informar sobre as novas terras e incentivar o interesse de Portugal. Padres jesuítas também escreveram sobre sua missão de catequizar os indígenas.
1) O documento discute a obra e a importância de Gonçalves Dias para o Romantismo brasileiro.
2) Gonçalves Dias foi um dos principais nomes da primeira geração romântica e consolidou o índio como símbolo da identidade nacional brasileira por meio de sua poesia indianista.
3) Sua poesia lírica deu forma poética aos ideais românticos e contribuiu para a afirmação da independência literária do Brasil.
O documento descreve as principais mudanças ocorridas no Brasil entre 1972 e 2012. Em três frases: (1) A população brasileira envelheceu significativamente, com menos jovens e mais idosos; (2) Os níveis de alfabetização e educação melhoraram substancialmente no período; (3) Entretanto, o envelhecimento populacional representa um desafio para a Previdência Social devido ao aumento da expectativa de vida.
O documento descreve o período do Trovadorismo entre 1198-1418, marcando a origem da literatura portuguesa. Neste período, poemas eram compostos por nobres e plebeus para serem cantados em festas. As obras tratavam de temas religiosos dentro de um contexto de teocentrismo e poder da Igreja, e incluíam cantigas de amor, sátira e novelas de cavalaria em prosa.
Este documento fornece uma introdução sobre o que é um artigo de opinião, suas características principais e a estrutura básica que deve seguir, incluindo uma introdução, desenvolvimento com argumentos e uma conclusão para resolver o problema apresentado.
O documento resume 5 competências avaliadas pela redação do ENEM: 1) domínio da norma culta da língua portuguesa, 2) compreensão do tema e aplicação do conhecimento, 3) seleção e organização de argumentos, 4) uso de mecanismos linguísticos para construção da argumentação, 5) proposta de solução respeitando valores humanos e diversidade.
O documento discute a representação do negro na literatura brasileira ao longo dos séculos. Apresenta os estereótipos raciais comuns na literatura barroca e romântica, como o "bom negro" e o "negro perverso". Também analisa como o negro foi retratado como objeto ou sujeito nas obras literárias.
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, expondo as mazelas sociais da época através de um realismo crítico influenciado pelo naturalismo. A obra descreve a luta pela sobrevivência e as relações de poder entre os personagens de forma a denunciar a exploração do homem pelo homem
O documento descreve o Classicismo como o estilo literário surgido no Renascimento entre os séculos XV e XVI na Europa. As obras da época expressavam novos conceitos sobre o mundo e valorizavam a perfeição formal, a razão e a cultura clássica greco-romana.
Fernando Pessoa introduziu o modernismo em Portugal ao publicar a revista "Orpheu" em 1915 com outros escritores. Ele criou vários heterônimos, personagens com estilos e personalidades próprias, para escrever suas obras. Os principais heterônimos foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro.
O documento descreve a literatura produzida no Brasil colonial no século XVI, conhecida como Quinhentismo. Consistia principalmente em relatos e crônicas escritas por portugueses e jesuítas com o objetivo de fornecer informações sobre a nova colônia à metrópole. Também incluía poesia religiosa de autores como José de Anchieta, que tinha fins catequéticos de converter os indígenas.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil e o papel da escola em reconhecer e valorizar a diversidade étnica e cultural do país. Ele explica que a sociedade brasileira é formada por diferentes etnias e culturas e que a escola deve ensinar o respeito pela diversidade para combater o preconceito. A escola deve mostrar como a pluralidade cultural enriquece a identidade nacional brasileira.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil. Ele explica que a sociedade brasileira é formada por diversas etnias e culturas e que a escola deve reconhecer e valorizar essa diversidade, promovendo o respeito entre os diferentes grupos e combater a discriminação. A escola deve ensinar sobre a riqueza da diversidade cultural brasileira e preparar os estudantes para viverem democraticamente em uma sociedade plural.
Boa esperança.santa rita pluralidade cultural 1.ppttemastransversais
O documento discute a pluralidade cultural no Brasil de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Ele explica que a sociedade brasileira é marcada pela diversidade cultural e que as diferenças culturais devem ser valorizadas para promover a autoestima, a cidadania e o convívio pacífico entre os grupos. Os PCN visam desenvolver o respeito pela diversidade e combater a discriminação.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil. Ele descreve a diversidade étnica e cultural da sociedade brasileira e argumenta que a escola deve ensinar o respeito pelas diferentes culturas para promover a convivência democrática. O objetivo é conscientizar os alunos sobre a igualdade entre todos os grupos, independentemente de suas diferenças.
Boa esperança.santa rita pluralidade cultural 1.ppttemastransversais
O documento discute a pluralidade cultural no Brasil de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Os objetivos são conhecer a diversidade cultural brasileira, valorizar as diferentes culturas e promover a cidadania e o respeito entre os grupos. A pluralidade deve ser vista como fator de fortalecimento da democracia pelo convívio entre as diversas formas de organização social presentes no país.
O documento discute a importância de se ensinar sobre a pluralidade cultural brasileira na escola. Apresenta a justificativa para o tema, incluindo a necessidade de combater o racismo e a discriminação, e descreve o estado atual dos trabalhos sobre o assunto, que ainda é pouco discutido de forma abrangente.
O documento discute a importância da pluralidade cultural como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais. A sociedade brasileira é composta por diversas culturas e etnias, portanto é essencial que as escolas valorizem essas diferenças e combatam a discriminação. Os PCNs propõem objetivos como reconhecer a diversidade cultural e repudiar preconceitos, para formação de cidadãos conscientes e solidários.
Este documento apresenta um projeto interdisciplinar sobre a pluralidade cultural no Brasil. O projeto visa reconhecer a diversidade étnica e cultural do país, combatendo o preconceito e valorizando as contribuições dos povos indígenas, negros africanos e imigrantes europeus na formação da sociedade e cultura brasileiras. Atividades como a análise de músicas, produção de autorretratos e estudos de ritmos musicais serão realizadas com alunos do 5o ano para promover o respeito às diferentes culturas.
1) O documento discute a importância de repensar o ensino de história no Brasil contemporâneo, levando em conta a diversidade cultural e os processos de globalização.
2) Ele propõe que o ensino de história foque em temas locais e nacionais, mostrando continuidades e mudanças ao longo do tempo para ajudar os alunos a refletirem sobre sua identidade.
3) O documento também discute critérios para selecionar conteúdos históricos nos diferentes ciclos do ensino fundamental.
1) O documento discute a importância do ensino de história para a formação da identidade dos estudantes e cidadania.
2) Propõe que o ensino de história deve ajudar os alunos a refletirem sobre seus valores e como eles se relacionam com problemas históricos locais, nacionais e globais.
3) Discutem critérios para seleção de conteúdos históricos, como focar em questões relevantes para as realidades locais dos estudantes.
[1] O documento discute a diversidade cultural e suas consequências no ambiente escolar, especificamente a homofobia. [2] A pesquisa foi realizada em uma escola municipal em Senhor do Bonfim, Bahia para entender como professores lidam com situações homofóbicas. [3] A discriminação e preconceito com base em orientação sexual, raça, gênero e outras características ainda são problemas preocupantes que precisam ser enfrentados na escola.
1) O documento discute a cultura no Brasil, enfatizando sua diversidade e pluralidade. Cada região possui suas próprias manifestações culturais.
2) As festas populares são importantes expressões culturais que reafirmam a identidade dos grupos através de elementos como música, dança e artefatos.
3) O estudo irá se concentrar especialmente no Reisado, manifestação cultural do distrito de Igara com influência portuguesa, e analisar como os idosos se identificam com ela e o papel da mem
O documento discute a importância da pluralidade cultural no currículo escolar. Aponta que é essencial que a escola valorize as diversas culturas presentes no Brasil para promover a autoestima e o respeito entre os estudantes. Também destaca a necessidade de a escola combater estereótipos e preconceitos por meio de uma abordagem que reconheça as diferentes origens culturais.
Este documento discute o tema transversal "Pluralidade Cultural" nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Apresenta a diversidade cultural do Brasil e propõe que as escolas valorizem as diferentes culturas, promovam o respeito mútuo e combatam a discriminação.
A diversidade cultural e o ensino inter 3° perClaudia Martins
A cultura é plural e dinâmica, refletindo as identidades e realidades dos indivíduos e grupos. Entretanto, há um descompasso entre a cultura valorizada na escola e a cultura de referência dos alunos de grupos marginalizados. É necessário conhecer as lógicas culturais internas de cada grupo para combater preconceitos e promover respeito e dignidade nas relações humanas.
O documento discute a importância da diversidade cultural na educação. Apresenta fatores que definem o multiculturalismo e discute como a cultura forma a identidade de cada pessoa. Também aborda conceitos como racismo, preconceito e inclusão social e defende que o respeito à diversidade é essencial para uma sociedade justa.
Este documento discute a temática da pluralidade cultural no contexto escolar brasileiro. Aborda a importância do ensino sobre diversas culturas presentes no Brasil para promover a igualdade, o respeito às diferenças e a valorização da diversidade. Também apresenta diretrizes e conteúdos sobre a pluralidade cultural que podem ser trabalhados na educação básica.
O documento discute o conceito de identidade cultural e como ela é formada através da cultura e do processo de socialização. Aborda temas como diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo cultural, globalização e como esses fatores influenciam a identidade cultural na atualidade. Também discute o papel da educação na representação e formação da identidade cultural.
O Desenvolvimento Humano dentro do contexto multipluralista
Neste trabalho acadêmico, abordamos o ser humano dentro do contexto sociocultural, destacando sua individualidade através da identidade que possui e a perspectiva cultural que o norteia. Apresentamos também as diferentes escolas que contemplam determinadas culturas no Brasil como; escola do campo, educação cigana, escola quilombola e escola indígena.
- Aline Martendal, estudante de psicologia na faculdade
Anhanguera - Caxias do Sul.
- Maria Rosângela Santana Hoppe, estudante de pedagogia na
Universidade de Caxias do Sul
Este documento discute a educação multicultural versus a educação dos povos indígenas da Amazônia brasileira. Ele descreve a grande diversidade cultural da região Amazônica e argumenta que as escolas regulares ainda têm uma visão etnocêntrica que não valoriza as culturas indígenas. A educação multicultural busca equilibrar as culturas locais e universais, mas o acesso à educação ainda é difícil para alguns grupos como os indígenas.
Semelhante a A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALIDADE CULTURAL (20)
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIROInstituto Uka
O documento discute a inserção do indígena no contexto literário brasileiro. Ele descreve como os nativos brasileiros foram desconsiderados e maltratados por séculos e como a Constituição de 1988 deu início a um processo de resgate cultural, abrindo caminho para a produção de literatura indígena. A literatura indígena vem conquistando espaço e servindo como porta-voz desse grupo, tendo um caráter emocional, filosófico e político.
Caro(a) professor(a),
as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor
pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de
seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as
atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos
reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o
desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que
o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro.
Tese completa e com revisão das notas pele silenciosa, pele sonoraInstituto Uka
O objetivo desta tese de doutoramento é investigar a construção da
identidade do índio pela perspectiva ocidental (de tradição européia) e pela perspectiva
indígena, nas literaturas brasileira e norte-americana. Assim, estudamos textos
produzidos no Brasil e nos Estados Unidos da América por escritores vinculados à
tradição literária ocidental, do período colonial ao século XX, e pelo próprio índio, nas
contra-narrativas do final do século XX. Ao longo de cinco séculos de dominação da
América, o colonizador europeu construiu uma representação etnocêntrica do índio
que ainda hoje preenche o imaginário ocidental. Lido e traduzido pelo olhar do outro,
o ameríndio tem sua identidade elaborada a partir de eixos de representação europeus e
de estereótipos. No entanto, o índio não ficou silencioso desde seu encontro com o
colonizador; sua voz de resistência tem se manifestado há séculos por meio de
multimodalidades discursivas que também constroem representações da identidade
indígena.
Ilustração em obras de autores indígenasInstituto Uka
Resumo
Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla, que tem como foco as produções de
literatura que abordam a temática indígena. Trata-se, aqui, de um recorte, cujo objetivo é
discutir as representações que se produzem sobre os índios nas ilustrações de algumas
obras que compõem o acervo da pesquisa. Foram selecionados 10 livros para crianças,
ilustrados por três profissionais diferentes. No texto são apresentadas duas categorias
analíticas resultantes deste estudo: o uso de estereótipos na composição dos personagens
e algumas estratégias utilizadas pelos ilustradores para dar dinamicidade às representações
dos povos indígenas. Observa-se, nas imagens, uma tipificação que parece marcar tanto na
caracterização dos personagens, quanto na composição dos cenários das histórias, e que
tem por base alguns estereótipos. Por outro lado, a análise mostra que, em algumas obras,
os autores utilizam estratégias variadas na composição das ilustrações, aspecto que, em
certa medida, contribui para dar dinamicidade às representações.
Palavras-Chave: Estudos Culturais, Literatura Indígena, Literatura Infantil.
A Voz Indígena - por Evandro Vieira OuriquesInstituto Uka
O II Cumbre Continental de los Pueblos Indígenas de las Américas, em Quito, e
a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-SBPC, Brasil, pela
primeira vez com a participação oficial de povos indígenas, nos estimula a entender -
mais do que nunca- que vivemos um momento decisivo para a questão indígena em
todo o mundo.
Com o aprofundamento brutal da crise gerada pelo materialismo, e a
consequente re-valorização dos sistemas de entendimento e de ação concreta
fundados no amor e no brincar
2
, no diálogo e na cooperação, a situação sócio-histórica
indígena e a contribuição de sua cultura para a Humanidade passam a ocupar um lugar
determinante.
Determinante porque escutar a voz indígena -que clama em todo o mundo por
respeito, de maneira dramática- é escutar a voz indígena que está dentro de cada um
de nós mesmos. Esta voz que nos fala do fundo de nossa consciência. Do fundo de
nossa mente e de nosso coração, a respeito de nossa origem. Que nos identifica como
uma só família -irmãos e irmãs. Partes da Totalidade.
Hoje esta consciência está quase esquecida, pois é uma outra lógica de
"irmandade", a Big Brother, que articula os interesses, as pessoas, as nações e a
globalização neo-liberal. Todos (des)afinados na unidimensionalidade do desespero e
da ignorância do individualismo competitivo e destrutivo. Motivados pela vã esperança e
pela ardilosa ilusão do poder.
Olá Professores,
A Tv Escola esta contratando professores/conteudistas via Edital da Unesco para as nossas produções e outras ações da coordenação.
Buscamos conteudistas para o Ensino Médio, Fundamental e Educação Infantil. Pode ser professor universitário sim.
Em especial estamos buscando conteudistas para uma co-produção que faremos com a Marinha, “Aventura em alto-mar”, precisamos de professores de diferentes áreas (ciências, biologia, química, física... sempre tendo o mar como cenário e pensando na integração dessas áreas – visão sistêmica).
Divulguem na sua rede de contatos o prazo e curto.
Em anexo, seguem as orientações.
Qualquer dúvida, pode me ligar ou mandar email.
As inscrições se encerram dia 16/11.
Daniela Pontes Vieira
TV Escola - CGMID /SEB/MEC
tel: (61) 2022-9584
1) O Fundo Brasil anunciou o resultado de seu primeiro edital específico, apoiando 13 novos projetos de direitos humanos em 9 estados.
2) Os 13 projetos selecionados pelo edital específico em parceria com a Fundação Ford começarão a desenvolver suas atividades nos próximos meses.
3) O Fundo Brasil lançará seu edital anual 2013 em 30 de novembro, oferecendo apoio a iniciativas em todo o país que combatam a discriminação e violência institucional.
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e SociedadeInstituto Uka
O documento anuncia a abertura das inscrições para o processo seletivo do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE para 2013, com 20 vagas disponíveis. Detalha os requisitos para inscrição, critérios e etapas de seleção, calendário, estrutura curricular do programa e corpo docente.
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DEInstituto Uka
O documento descreve a programação do 5o Encontro da Rede Municipal de Bibliotecas Escolares de Curitiba, ocorrendo entre os dias 23 e 25 de julho. A programação inclui palestras, intervenções literárias, momentos culturais como teatro e visitas monitoradas ao Museu Oscar Niemayer. O objetivo é promover a literatura e a cultura entre professores e alunos da rede municipal.
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuInstituto Uka
Este documento discute a literatura indígena brasileira e o processo de (re)invenção identitária por meio da escrita. Apresenta Daniel Munduruku como um autor indígena que usa sua obra para contrapor estereótipos e criar novos olhares sobre o índio brasileiro. Analisa especificamente seu livro "Meu vô Apolinário" para mostrar como a assinatura do autor representa uma nova consciência de classe fundada em linguagem simples e clara.
Literatura afro-brasileira e indígena na escolaInstituto Uka
Este documento discute como os professores de uma escola no interior do Rio de Janeiro abordam a literatura afro-brasileira e indígena em suas aulas de acordo com as leis 10 639/2003 e 11 645/2008. Os professores reconhecem a importância dessas leis, mas relatam dificuldades em encontrar recursos e internalizar essas culturas em seu ensino de forma consistente. Eles tendem a abordar esses temas de forma pontual em vez de integrada ao currículo.
Literatura Infantil de Autoria IndígenaInstituto Uka
Este artigo analisa 15 livros de literatura infantil escritos por autores indígenas publicados depois de 2000. Discute como essas obras representam a vida indígena e estratégias usadas para apresentar essa realidade para leitores não-indígenas. Analisa se referendam ou contestam imagens tradicionais sobre indígenas e como dão a conhecer culturas indígenas de forma acessível.
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...Instituto Uka
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] The document discusses a book titled "O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje" (The Brazilian Indian: What You Need to Know About Indigenous Peoples in Brazil Today), which aims to provide information and context about indigenous peoples in Brazil to educate readers. The book was published by the Brazilian Ministry of Education and UNESCO, and written by Gersem dos Santos Luciano.
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuInstituto Uka
Este documento discute a literatura indígena brasileira e como ela contribui para novas configurações de identidade indígena. A autoria nativa visa contrapor estereótipos sobre os povos indígenas e evidenciar suas próprias experiências e tradições por meio da escrita. O documento analisa a obra de Daniel Munduruku como exemplo de como a literatura indígena cria novos olhares sobre os índios brasileiros.
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)Instituto Uka
1. A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas reconhece os direitos coletivos e individuais dos povos indígenas.
2. Ela visa promover a igualdade e combater a discriminação contra os povos indígenas, reconhecendo seu direito à autodeterminação e à propriedade de suas terras tradicionais.
3. A Declaração foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 2007 para promover o respeito, a proteção e a realização dos direitos humanos e liberdades fundamentais
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...Instituto Uka
Munduruku e o diálogo com a tradição
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Departamento de Ciências Sociais e Letras da Universidade de Taubaté, como parte dos requisitos para colação de grau no curso de Letras.
Orientadora: Professora Mestre Isabelita Maria Crosario
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo. Instituto Uka
O documento descreve o Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas (PROGDOC) do Museu do Índio, que tem como objetivo preservar, reforçar e revitalizar o patrimônio cultural indígena brasileiro. O PROGDOC atua em 109 aldeias de 39 culturas diferentes com a participação das próprias comunidades indígenas. Um dos pontos positivos é o grande envolvimento das comunidades no programa.
1) A exposição "Reflexos da Ancestralidade" apresenta obras dos artistas indígenas Uziel Guainê e Jaider Esbell Macuxi, retratando a cultura e história de seus povos.
2) Os artistas buscam transmitir os reflexos da ancestralidade indígena, mostrando que o passado está dentro do presente.
3) A exposição ocorre na Galeria Gustavo Schnoor em Brasília entre 2 de abril e 30 de abril de 2012.
1) O deputado indígena Mario Juruna usava um gravador para registrar o que os outros deputados falavam, mas um dia ele foi roubado em Brasília.
2) Anos depois, um homem idoso levou o mesmo gravador para o NEARIN, dizendo que Juruna tinha esquecido na casa dele.
3) Um indígena xavante reconheceu o gravador como sendo de Juruna por ter suas iniciais gravadas, provando que na verdade o homem idoso tinha roubado.
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A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALIDADE CULTURAL
1. A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A
REFLEXÃO SOBRE A PLURALIDADE CULTURAL
THIÉL, Janice Cristine - PUCPR 1
janicecthiel@hotmail.com
QUIRINO, Vanessa Ferreira dos Santos - PUCPR 2
vanessaquirino@uol.com.br
Eixo temático: Diversidade e inclusão
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Abordar a pluralidade cultural na escola é essencial para uma sociedade que pretende
combater a exclusão e a discriminação. Os Parâmetros Curriculares Nacionais determinam
que o tema seja tratado no Ensino Fundamental, com o objetivo de promover o respeito à
diversidade e formar um aluno capaz de reconhecer a influência de diversos povos na
construção de nosso patrimônio cultural. Por isso, apresentamos uma reflexão sobre a
pluralidade cultural e a literatura indígena, discutindo sua relevância como manifestação
cultural legítima. Visamos propor a inserção da literatura indígena na escola, como expressão
da identidade e dos valores de um povo que revela uma configuração de mundo distinta da
cultura dominante. Contudo, muitos educadores desconhecem tal literatura ou não sabem
como introduzi-la nas aulas de leitura. A fim de que o educador conheça alguns elementos
constitutivos da literatura indígena, apresentamos sua configuração como uma
multimodalidade textual. Assim, trabalhar com a literatura indígena pode ser um caminho
para desenvolver os multiletramentos. Para a apreensão da identidade dos produtores dessa
literatura, tratamos da diferença entre os termos indígena, indianista e indigenista, segundo
POLAR (2000), pois tais termos são comumente confusos em sua utilização. Além disso,
confrontamos um texto produzido por um não-índio a um texto indígena para demonstrar a
singularidade das textualidades indígenas brasileiras. Finalmente, enfocamos a obra A terra
dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio, de Kaka Werá JECUPÉ,
para exemplificarmos como as textualidades indígenas podem ser discutidas na escola. A
literatura indígena mostra-se um caminho para valorizar a pluralidade e a expressão do outro,
do diferente, reconhecer sua contribuição para a cultura e sociedade e, consequentemente,
respeitar o outro e a nós mesmos.
Palavras-chave: Pluralidade Cultural. Literatura indígena. Diversidade.
1
Doutora em Estudos Literários. Professora titular da graduação de Letras, da PUCPR.
2
Acadêmica do curso de graduação em Letras Português-Inglês PUCPR
2. 6631
Introdução
Este trabalho propõe-se a mostrar a necessidade de estudar a literatura indígena na
escola, de forma a promover o respeito à diversidade, reconhecer e valorizar a contribuição de
diferentes etnias na constituição da identidade cultural brasileira. Os Parâmetros Curriculares
Nacionais abordam a importância em abordar o tema no âmbito escolar, visando a rejeitar a
discriminação e o preconceito sofridos pelas minorias.
Diversas etnias contribuíram para formar o patrimônio cultural riquíssimo de nosso
país. A diferença entre culturas é fruto da singularidade de cada grupo social, que constrói
suas formas de subsistência, organiza sua vida social e política, bem como professa suas
crenças. A aceitação da cultura do outro não significa aniquilar a própria individualidade, mas
conviver de forma harmônica com o outro, interrompendo o ciclo de preconceito e exclusão,
responsável pela desigualdade sócio-econômica presente em nossa sociedade. Dessa forma, é
primordial que a educação seja capaz de promover novas atitudes e modificar mentalidades.
Conhecer e valorizar a pluralidade cultural existente no Brasil, e em outras nações, é
essencial para promover o respeito à diversidade. Assim, o indivíduo passa a posicionar-se
contra a discriminação de etnia, sexo, religião, classe.
A pluralidade cultural na escola
Faz parte do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer discriminação. A
prática preconceituosa de raça, classe, de gênero ofende a substantividade do ser
humano e nega radicalmente a democracia.
Paulo Freire
Para Wilder (2009, p.79), “identidade significa singularizar-se, distinguir como
unidade (...) identificar-se é apontar as marcas que particularizam, personificam o objeto.”
Segundo a autora, a busca pela própria identidade pressupõe a consciência da singularidade de
uma pessoa ou povo. Assim, a identidade coletiva ou individual é um valor, sua afirmação e
reconhecimento fortalecem a autoestima do sujeito ou de um grupo, sua perda implica
angústia e a ruptura do sentimento de pertencimento.
A identidade coletiva é constituída por um conjunto de crenças, atitudes e
comportamentos. Revela-se, ainda, nas formas de sentir, compreender e atuar no mundo,
expressa-se por meio de objetos artísticos e saberes transmitidos. O homem é um ser social,
3. 6632
faz parte de sua natureza viver em grupos, com os quais compartilha ideologias semelhantes.
Pertencer a um grupo é também diferenciar-se dos demais e, com isso, constituir a própria
identidade. Nesse sentido, Eagleton (2005, p.15) afirma:
Se somos seres culturais, também somos parte da natureza que trabalhamos. Com
efeito, faz parte do que caracteriza a palavra “natureza” o lembrar da continuidade
de nós mesmos e nosso ambiente, assim com a palavra “cultura” serve para realçar a
diferença. (grifos do autor)
O referido autor associa cultura à ideia de cultivo, já que um dos significados originais
para a palavra é lavoura. Assim, “o termo sugere uma dialética entre o artificial e natural,
entre o que fazemos ao mundo e o que o mundo nos faz.” ( 2005, p. 11) Por outro lado,
também relaciona-se a questões de liberdade e a convenções, a uma necessidade de seguir
regras.
O Estado está presente na sociedade civil, aplacando seus rancores e refinando suas
sensibilidades, e esse processo é o que conhecemos como cultura. A cultura seria
uma espécie de pedagogia que nos torna aptos para a cidadania política ao liberar o
eu ideal ou coletivo, um eu que encontra sua representação suprema no âmbito
universal do Estado.
Por isso, o Estado deve estimular o respeito à diversidade cultural, devido à
necessidade de conciliar a cultura heterogênea brasileira, na qual muitas manifestações
culturais são desprestigiadas por pertenceram às minorias excluídas. Nesse sentido, o
documento que norteia a educação no país determina que o assunto deva ser abordado na
escola, de forma que os educandos possam conhecer as diferentes culturas para reconhecer a
contribuição de todas as etnias na constituição da identidade nacional.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, “o tema da Pluralidade
Cultural busca contribuir para a construção da cidadania na sociedade pluriétnica e
pluricultural. Tendo esse objetivo maior em vista, propõe o desenvolvimento das seguintes
capacidades:”
• conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro,
cultivando atitude de respeito para com pessoas e grupos que
a compõem, reconhecendo a diversidade cultural como um
direito dos povos e dos indivíduos e elemento de fortalecimento
da democracia;
• compreender a memória como construção conjunta, elaborada
como tarefa de cada um e de todos, que contribui para a
percepção do campo de possibilidades individuais, coletivas,
comunitárias e nacionais;
• valorizar as diversas culturas presentes na constituição do Brasil
4. 6633
como nação, reconhecendo sua contribuição no processo de
constituição da identidade brasileira;
• reconhecer as qualidades da própria cultura, valorando-as
criticamente, enriquecendo a vivência de cidadania;
• desenvolver uma atitude de empatia e solidariedade para com
aqueles que sofrem discriminação;
• repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raça/
etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras características
individuais ou sociais;
• exigir respeito para si e para o outro, denunciando qualquer
atitude de discriminação que sofra, ou qualquer violação dos
direitos de criança e cidadão;
• valorizar o convívio pacífico e criativo dos diferentes
componentes da diversidade cultural;
• compreender a desigualdade social como um problema de todos
e como uma realidade passível de mudanças;
• analisar com discernimento as atitudes e situações
fomentadoras de todo tipo de discriminação e injustiça social.
No entanto, a questão pode ser deixada em um segundo plano, dada a característica da
sociedade moderna, na qual são exigidos conhecimentos utilitários, voltados para a
produtividade e funcionalidade. Isso acarreta um individualismo exacerbado, uma
desumanização alienante em detrimento do sistema produtivo. Silva (2008, p. 16) defende
que a escola esteja “apta a fazer do ensino um instrumento sustentador de valores e não mais
pura e simplesmente reprodutora de aprendizado técnico.”
Portanto, é preciso recusar o etnocentrismo, ou seja, a valorização de uma única
maneira de ser e de viver. Não podemos esquecer que “as culturas humanas são diferentes,
mas nunca desiguais. São qualidades diversas de uma mesma experiência humana, mas
qualquer hierarquia que as quantifique é indevida.” Silva (2008, p.17).
Considerando os aspectos relacionados à alteridade, Azevedo (2008) mostra que as
narrativas populares podem formar leitores e despertá-los para a Literatura. As textualidades
indígenas, que ora propomos que componham o universo da leitura na escola, por meio de
seus temas e expressão multimodal, além de suscitar a imaginação, promovem a percepção de
como os outros, os diferentes, representam sua realidade, leem o mundo, e produzem textos
com uma configuração estética diferente daquela do cânone ocidental. Portanto, sua
abordagem na escola significa a inclusão também do outro, no caso o índio, nesse universo, e
uma reflexão sobre as culturas indígenas como formadoras do pensamento e do fazer literário
nacional.
5. 6634
A identidade da literatura indígena brasileira
Por séculos o Ocidente constrói o silenciamento do índio, encena sua submissão e/ou
seu desaparecimento. No entanto, na segunda metade do século XX, o índio passa de objeto a
agente da narrativa. Embora não haja no século XX uma inversão dos papéis de colonizador e
colonizado, em termos de escritura, o índio passa de objeto no enunciado de outros – não-
índios- a sujeito da enunciação em discurso próprio.
A fim de inserir os textos indígenas na escola, precisamos, inicialmente, compreender
o universo de sua escritura. As culturas indígenas americanas têm construído textualidades
por meio de recursos discursivos pertencentes a poéticas diversas da poética ocidental, mas
não menos complexas. Considerada extraocidental - por estar à margem da poética de tradição
européia de ideologia dominante - a produção literária indígena é geralmente associada à
etnopoética, denominação que não implica ser esta literatura precária ou menor, pois todas as
poéticas podem ser consideradas etnopoéticas, já que concebidas e configuradas de acordo
com perspectivas étnicas e normas próprias a cada cultura produtora de textualidade.
Compostas em um entre-lugar cultural de enfrentamento e intercâmbio, as
textualidades indígenas revelam seu caráter híbrido, estando não só vinculadas à grafia
pictórica ou táctil, mas também à tradição oral e a elementos de performance. Assim, é
necessário valorizar sua multimodalidade discursiva, sua narração e narrativa, e os contextos
de sua produção e recepção. A composição de todos estes elementos justifica, então, nossa
preferência pelo termo textualidades indígenas, em vez de literatura ou oratura.
Os textos indígenas brasileiros incluem não só palavras, mas desenhos, cores e
representações que provocam reações baseadas em valores e tradições culturais próprias. As
ilustrações, por exemplo, vistas normalmente por olhos educados na tradição ocidental como
expressão artística ou como decoração, comportam significados que implicam leitura e
tradução. Além disso, embora ilustrações sejam consideradas muitas vezes complementares à
escrita, pode ser a escrita alfabética também complemento do elemento pictórico.
Ler textos indígenas também implica refletir sobre a localização sócio-político-cultural
do narrador/autor e do ouvinte/leitor, as cosmovisões tradicionais e ocidentais em sua
interação, bem como os contextos de produção e de recepção das textualidades indígenas.
Precisamos considerar que não há uma textualidade narrativa indígena, mas
textualidades, construídas segundo a diversidade cultural das nações indígenas, seus contextos
6. 6635
e formas de utilização de multimodalidades discursivas. Ademais, a maneira como teóricos
tendem a classificar obras da tradição ocidental torna-se inadequada para a análise de poéticas
periféricas.
Outro elemento que deve ser considerado é o uso do termo ‘indígena’, que requer
esclarecimento a fim de ser diferenciado de outros como ‘indigenista’ e ‘indianista’. O termo
indianista refere-se, mais especificamente, à produção literária de escritores não-índios de
tradição ocidental do período romântico brasileiro, período voltado para a construção de uma
identidade nacional. Já a classificação de um texto como indígena ou indigenista depende da
perspectiva a partir da qual ele é construído. Ao analisar o indigenismo andino, Polar (2000,
p.193-194) afirma:
É óbvio que a produção indigenista se instala no cruzamento de duas culturas e de
duas sociedades. Tácita mas muito sagazmente, no remoto ano de 1928, já o indicou
José Carlos Mariátegui, ao distinguir com decisão os conceitos de ‘indígena’ e
‘indigenista’: aquele alude à produção intelectual e artística realizada pelos índios,
conforme seus próprios meios e códigos, e este, à vasta criatividade que, com base
em outras posições sociais e culturais, no lado ‘ocidental’ das nações andinas, busca
informar sobre o universo e o homem indígenas.
Dessa forma, entendemos a obra indigenista como transcultural, mas produzida a
partir de uma perspectiva ocidental, e caracterizada como escrita ou traduzida pelo outro (não-
índio), para quem o mundo indígena é referente e o índio é informante, mas não agente da
narrativa. Além disso, uma obra pode ser considerada indigenista devido ao seu modo de
produção e recepção. Segundo Polar (2000, p.171), “[...] as obras indigenistas assumem,
mesmo em sua estrutura formal, o signo ocidentalizado que domina o processo produtivo: de
fato, todos os gêneros usados pelo indigenismo correspondem à literatura do Ocidente e
marcam, [...] um mesmo ritmo histórico.” Ainda devemos considerar que a produção
indigenista visa a informar não-índios sobre um homem e um universo que lhe são alheios; o
público-alvo está distante do universo que lhe é apresentado por meio de uma tradução
domesticadora do referente indígena.
Uma obra brasileira intitulada Lendas do índio brasileiro, organizada por Alberto da
Costa e Silva, exemplifica a visão de texto indigenista. Seu texto apresenta 44 histórias
colhidas da tradição oral de diferentes nações indígenas brasileiras e, em seu prefácio, Costa e
Silva (2002, p.7) declara:
Este pequeno livro coloca ao alcance do leitor comum uma seleção da riquíssima
7. 6636
literatura oral do índio brasileiro. Nele incluem-se os mais variados tipos de lendas e
contos: aos mitos cosmogônicos sucedem-se as histórias de animais; e às narrativas
que exprimem uma concepção heróica ou mágica da vida, os relatos alegres,
brincalhões e escatológicos. Aqui estão dois textos clássicos, que figuravam quase
que obrigatoriamente nas antologias escolares de minha infância e nas coletâneas de
contos brasileiros que então se publicavam: aquele para mim sempre misterioso e
denso de inevitabilidade ‘Como a noite apareceu’ e a pungente ‘Lenda de Mani’,
ambos coligidos por Couto de Magalhães e publicados, em 1876, em O selvagem.
A obra de Costa e Silva pode ser considerada indigenista devido a aspectos anunciados
já em seu prefácio. Destacamos que seu público-alvo é o ‘leitor-comum’, ou seja, o não-índio,
que ignora os elementos que compõem a cosmovisão e a discursividade indígenas; sua estrutura
formal corresponde à composição de histórias segundo gêneros da narrativa ocidental. Lendas
do índio brasileiro constitui obra indigenista por sua perspectiva, sua estrutura, finalidade e
comunidade interpretativa; nesse sentido, apresenta uma tradução domesticadora das
textualidades indígenas de tradição oral. O título da obra determina que os textos selecionados
são lendas, o que decorre de uma leitura ocidental das modalidades discursivas indígenas, e
significa uma uniformização e generalização das construções textuais indígenas; pelo título,
interpretamos também que do índio brasileiro indica o referente ou fonte de coleta da produção,
mas não seu agente ou veiculador. Cada história é seguida de nota cuja finalidade é esclarecer o
significado de vocábulos indígenas utilizados, mas, principalmente, destacar o nome de seus
coletores e estudiosos não-índios.
Enquanto a produção indigenista pode ser vista como elaborada pelo discurso alheio
ou não-índio, a produção indígena é, segundo Mariátegui, aquela realizada pelos próprios
índios segundo os meios e códigos que lhe são peculiares. No que tange à temática,
encontramos, em muitas textualidades indígenas, discursos voltados para construir uma
revisão da história de nações periféricas em contraposição à uma história oficial. Como
propõe Said (1995, p. 389), “[...] ler e escrever textos nunca são atividades neutras:
acompanham-nas interesses, poderes, paixões, prazeres, seja qual for a obra estética ou de
entretenimento”; assim, a contra-memória marca uma conexão com os ancestrais, documenta
a existência de histórias paralelas normalmente não relatadas pelo discurso hegemônico
ocidental, bem como sinaliza um posicionamento ideológico do índio que assume a voz
narrativa como estratégia de resistência e meio de tornar sua presença visível e permanente.
A produção textual indígena brasileira floresceu na última década do século XX, entra
o século XXI como movimento literário e também político, de afirmação de identidade e
8. 6637
cidadania, o que faz com que sua inserção na escola, nas leituras propostas para os alunos, se
torne ainda mais relevante.
Segundo Ricardo (2004, p. 29-30), existem hoje, no Brasil, 206 etnias (dentre as mais
de mil que provavelmente existiam na época da chegada dos colonizadores portugueses) e
170 línguas nativas. Essas etnias, unidas pelo termo ‘índios’ e assim não associadas a nações
específicas, continuam sendo vistas pela maior parte da população branca urbana como
primitivas e ágrafas. Portanto, em função das diferentes imposições feitas aos índios como
forma de sujeição ao outro, a afirmação identitária e autodenominação por parte da
pluralidade de etnias indígenas brasileiras torna-se imprescindível do ponto de vista nativo. A
escrita desenvolvida por escritores indígenas brasileiros propõe uma revisão da história oficial
do Brasil e a inclusão da perspectiva de comunidades consideradas periféricas frente à cultura
hegemônica nacional. Em seus textos, autores indígenas recorrem a multimodalidades
discursivas, transitam por tradições tribais e ocidentais, e produzem obras destinadas às suas
próprias comunidades tribais, às comunidades de parentes (outras etnias) e ao leitor não-índio
ocidental.
Com relação aos autores ‘de sangue indígena’, Souza (2003) menciona os nomes de
Daniel Munduruku, Kaka Werá Jecupé e Olívio Tupã, escritores que vêm de comunidades
tribais, mas que estão localizados em centros de produção cultural não-indígena, ocidental, e a
eles dirigem seus textos. Autores indígenas como Jecupé e Daniel Munduruku estão inseridos
nas culturas tribal e ocidental e discutem as múltiplas identidades dos índios em trânsito no
mundo contemporâneo.
Ser uma ponte entre culturas parece corresponder à trajetória de vida de Kaka Werá
Jecupé, que realiza trabalho de difusão das culturas ancestrais brasileiras pelo país e no
exterior. Ao abrirmos o livro A terra dos mil povos: história indígena brasileira contada por
um índio (1998) lemos - sob o título e nome do autor – a finalidade da publicação deste texto:
“Esta obra foi escrita com o objetivo de contribuir para a consolidação do Instituto Nova
Tribo, voltado para o resgate e a difusão da sabedoria ancestral indígena brasileira”. Portanto,
o leitor, provavelmente não-índio, percebe que o livro faz parte de um projeto que visa a
trazer para a contemporaneidade saberes ancestrais, não vinculados a apenas uma, mas a
várias etnias indígenas. A partir do título e subtítulo, percebemos também que o texto aponta
para a pluralidade dos grupos étnicos brasileiros, alguns dos quais terão sua história contada
pela perspectiva de um índio, e a escolha do termo ‘contada’ remete à tradição oral, integrada
9. 6638
ao texto escrito.
A inserção deste texto para trabalho na escola exige por parte do educador certa
preparação não só em termos de conhecimento sobre a localização cultural do texto, mas
também em termos metodológicos.
Para iniciar a leitura deste texto, é relevante observar as partes que constituem a obra.
A terra dos mil povos inclui o que consideramos ser um prefácio, bem como um posfácio e
um corpo constituído de quatro partes: A terra dos mil povos; A invenção do tempo 1500;
Pequena síntese cronológica da história indígena brasileira; e Contribuição dos filhos da terra
à humanidade. O prefácio apresenta o autor/narrador do texto e discute a denominação índio
imposta pelo colonizador europeu, o que já propõe uma reflexão sobre a origem e o uso do
termo índio, como denominação étnica, mas também podendo ter configuração pejorativa sob
o olhar do colonizador.
As partes que integram o corpo do texto seguem uma trajetória que se propõe dar a
saber ao não-índio conhecimentos diversos sobre a presença indígena no Brasil, seu encontro
com o não-índio, a história indígena silenciada em livros de história ocidentais e a
contribuição indígena brasileira para a humanidade. Essas informações são fornecidas sob
forma de gêneros híbridos que agregam autobiografia, testemunhos ensaísticos, narrações
míticas, anais, história, ensaios sobre semântica, fonética e pedagogia nativas, associados a
gravuras e textos originários da tradição oral. Todas estas observações são relevantes, pois
sinalizam para o aluno do Ensino Fundamental que há diferentes modalidades de
comunicação e de produção de discurso, inclusive literário, segundo visões culturais. Isto se
torna relevante também como forma de promover os multiletramentos na escola.
O posfácio, assinado por Regina de Fátima Migliori, diretora do Campus 21 da
Fundação Peirópolis, trata de um novo olhar sendo lançado hoje sobre as tradições indígenas;
finalmente, o livro se fecha com informações sobre o escritor, formando uma narrativa em
círculo que retorna à questão da autoria e à história pessoal deste índio que conta a história de
outros índios. Em um texto, incluído no prefácio, intitulado “O que é índio”, Jecupé (1998,
p.13) afirma:
O índio não chamava nem chama a si mesmo de índio. O nome ‘índio’ veio trazido
pelos ventos dos mares do século XVI, mas o espírito ‘índio’ habitava o Brasil antes
mesmo de o tempo existir e se estendeu pelas Américas para, mais tarde, exprimir
muitos nomes, difusores da Tradição do Sol, da Lua e do Sonho.
Então, o que é índio, para o índio? Eu vou responder conforme me foi ensinado
10. 6639
pelos meus avós, através do Ayvu Rapyta, passado de boca a boca com a
responsabilidade do fogo sobre a noite estrelada, e através das cerimônias e
encontros por que tenho passado com os ancestrais na terra e no Sonho.
Esse texto, especificamente, pode ser trabalhado na escola de modo que seja feita uma
leitura da forma como Jecupé se apresenta como partícipe de tradições tribais e narrador de
textos de autoria coletiva. Para os membros dessa coletividade que representa, comumente
designada ‘índios’, esta palavra não é o que eles são, embora seja utilizada como referência.
Portanto, Jecupé responde a pergunta ‘o que é índio, para o índio’ segundo a tradição Guarani,
vinculando sua resposta à cosmogonia indígena e ao Ayvu Rapyta, assim conceituado por
Melià (1989, p.309):
Perguntados sobre o sentido do conceito-chave de ayvú rapytá (=fundamento da
palavra ou palavra fundamental), dois mbyá, dirigentes do grupo, fizeram sua
exegese: ‘ao fundamento da palavra fez que se abrisse e que tomasse seu ser
(divinamente) celeste Nosso Primeiro Pai, para que fosse o centro e a medula da
palavra-alma’; ‘o fundamento da palavra é a palavra original, a que Nossos
Primeiros Pais, ao enviar seus numerosos filhos à morada terrena para que se
erguessem, lhes comunicariam”.
Portanto, percebemos a importância que os nomes ou palavras utilizadas para
autodeterminação assumem para os Guarani e para as demais etnias indígenas. Para Castro
(1983, p.235), “A autodeterminação, como idéia, sublinha [...] o caráter de sujeito dos povos
indígenas, sublinha sua diferença ativa; sua capacidade virtual de definir os rumos da própria
história. A autodeterminação implica um direito essencial: o direito à diferença [...]”. Com
base em ensinamentos recebidos pelos antepassados e pelo Ayvu Rapyta, Jecupé (1998, p.13)
traduz para o não-índio o significado da autodeterminação:
Para o índio, toda palavra possui espírito. Um nome é uma alma provida de um
assento, diz-se na língua ayvu. É uma vida entonada em uma forma. Vida é o
espírito em movimento. Espírito, para o índio, é silêncio e som. O silêncio-som
possui um ritmo, um tom, cujo corpo é a cor. Quando o espírito é entonado, torna-se,
passa a ser, ou seja, possui um tom. Antes de existir a palavra ‘índio’ para designar
todos os povos indígenas, já havia o espírito índio espalhado em centenas de tons.
Os tons se dividem por afinidade, formando clãs, que formam tribos, que habitam
aldeias, constituindo nações. Os mais antigos vão parindo os mais novos. O índio
mais antigo dessa terra hoje chamada Brasil se autodenomina Tupy, que na língua
sagrada, o abanhaenga, significa: tu = som, barulho; e py = pé, assento; ou seja, o
som-de-pé, o som-assentado, o entonado. De modo que índio é uma qualidade de
espírito posta em uma harmonia de forma.
11. 6640
A partir dessa visão, notamos a impossibilidade da redução das inúmeras culturas
tribais, de suas ‘centenas de tons’, à palavra utilizada pelo colonizador para denominá-las, já
que o termo índio não só demonstra um equívoco geográfico, mas principalmente uma
ignorância cultural. Contudo, é esse o termo utilizado pelo autor como ponto de partida para
provocar uma reflexão sobre a identidade do índio pela palavra sob as perspectivas tribal e
ocidental. Assim, é fundamental que, na escola, no momento em que os alunos constroem
suas identidades próprias, individuais e coletivas, e as identidades dos outros, desenvolvam
também a consciência da importância dos nomes, dos rótulos muitas vezes impostos, e como
essas denominações podem ser construtoras de semelhanças ou diferenças, podem aproximar
ou criar conflitos, implicar uma visão positiva ou pejorativa de si e/ou dos outros.
Por meio de um discurso que propõe uma revisão da história, Jecupé comenta sobre a
denominação indígena fundamentada no equívoco e no preconceito. A denominação do nativo
pela cor da pele ou pelo trabalho escravo realizado demonstra o etnocentrismo presente na
prática de nomeação do outro pelo europeu. Consequentemente, a obra A terra dos mil povos
apresenta-nos uma visão de nossa história, das culturas formadoras do Brasil e de sua literatura.
Considerações Finais
Observando o diálogo que existe entre as culturas hegemônicas e periféricas, entre as
textualidades ocidentais e extraocidentais, notamos a importância da visibilidade e da inserção
das textualidades indígenas na escola. Ainda hoje percebemos a construção de cegueiras
culturais que muitas vezes impedem o reconhecimento da presença e da voz do outro, do
diferente.
A inserção de A terra dos mil povos e de outras obras indígenas na escola é também a
inserção do outro no espaço da promoção dos saberes e a valorização da pluralidade. Dessa
forma, o outro/diferente e sua produção cultural passa a ser reconhecida como relevante. É
papel do educador viabilizar a expressão do outro, de todos os outros, pois somos todos
étnicos e diferentes, a fim de, pela literatura, gerar novas formas de manifestação cultural e
de respeito pelo outro e, consequentemente, também por nós mesmos.
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