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MEIO AMBIENTE :
Sustentabilidade através da tendência Progressista Libertadora.
Carolline de Lima Silva
Prof. Mirela Fleck
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (0367) – Temas Transversais/ Prática Módulo I
05/05/2012
RESUMO
O meio ambiente, sendo um dos temas transversais, hoje em dia está em alta, pois cada vez mais
nós estamos contribuindo para a destruição da Terra. E há algum tempo já se ouve falar da
palavra sustentabilidade, na televisão, rádio, jornais e em vários lugares por onde vamos já vimos
ou ouvimos falar dessa prática. Mas será que sabemos o que realmente isto significa? É o que
tentarei esclarecer a seguir, fornecendo as informações possíveis para que todos possamos não só
saber mas também FAZER algo pelo nosso planeta. E também como a tendência progressista
libertadora que teve o inspirador Paulo Freire pode nos ajudar a ensinar de uma forma lúdica,
responsável e eficaz.
Palavras-chave: Planeta. Sustentabilidade. Escola.
1. INTRODUÇÃO
Vivemos em dias modernos, que temos um mundo rodeado de praticidades e tecnologias, porém
tudo isso que facilita nosso dia a dia têm um preço e quem está pagando esta conta é o meio em que
vivemos. Precisamos agir antes que nossos recursos naturais (que são finitos) acabem rapidamente.
Além de fazermos algo pelo planeta, precisamos ensinar às gerações futuras que elas terão de lutar
bastante para possuir algo que seus pais e avós destruíram consciente e inconscientemente.
Aí se dá a importância de se trabalhar o tema Meio Ambiente desde a Educação Infantil até o
Ensino Médio e não só em datas comemorativas como dia da árvore e semana da água. Precisa ser
conversado constantemente para conscientizá-los da importância de respeitar o meio em que
vivemos, pois uma hora ele se voltará contra nós. Afinal, as catástrofes naturais e problemas como
aquecimento global estão cada vez mais intensos e presentes batendo à nossa porta e servindo de
alerta para acordarmos e aderirmos às práticas sustentáveis.
2. MAS, AFINAL, O QUE É SUSTENTABILIDADE?
Na prática, sustentabilidade é promover o uso de recursos que prejudiquem o menos possível o
meio em que vivemos.
Pode parecer um conceito difícil de ser implementado talvez pelo custo e também pela dificuldade
de mudar algumas práticas que tirem as pessoas de sua zona de conforto. Quanto ao custo, sim
algumas coisas são realmente economicamente inviáveis mas, algumas empresas já adotaram
medidas que consigam ajudar o Planeta e baixar os custos como cita ABREU (2008):
Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a
mineração, a extração vegetal, a agricultura em larga escala, a fabricação de papel e
celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos;
revelou-se economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.
A notícia boa é que cada vez mais as empresas querem ter em seu slogan a frase: “ Empresa
ecologicamente correta”, pois isso atrai as pessoas de certa forma. Hoje em dia, as pessoas, por
exemplo, preferem comprar uma caixa de lápis de cor de uma empresa que use madeira de
reflorestamento do que daquela que não se preocupa com isso.
Além disso, as idéias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade,
começaram a multiplicar-se e a espalhar-se por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas
comunidades que antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo; provocadas por indústrias
poluidoras instaladas em suas vizinhanças viram sua qualidade de vida ser gradativamente
recuperada e melhorada ao longo do desenvolvimento desses projetos sustentáveis. Da mesma
forma, cuidando para que o envolvimento das comunidades viventes nessas regiões seja total e que
elas ganhem algo com isso; todos ganham e cuidam para que os projetos atinjam o sucesso
esperado.
A exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de
recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática aplicada
com muito mais frequência aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de
recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; além de manter, ou melhorar, a
qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio
permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e
entidades ambientais, bem como assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão
ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de idéias e formador de opiniões
ainda muito maior do que já existe nos dias atuais.
[...]De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto
ou de uma região determinada; é dar garantias de que mesmo explorada essa área
continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela
vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se
mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana. ABREU (2008)
3. SUSTENTABILIDADE NAS ESCOLAS
Quando qualquer tema é abordado na educação escolar, faz-se necessária uma pesquisa para saber
como está sendo trabalhado, qual a qualidade e os recursos utilizados para que os alunos
compreendam verdadeiramente.
As escolas, de um modo geral, trazem em seu currículo o tema meio ambiente mas, cada uma
diferencia na maneira e qualidade de exposição do assunto.
Há escolas que felizmente tornam-se modelos a serem seguidos pelos seus exemplos diários de
práticas sustentáveis e levam os alunos (crianças e adolescentes) a participarem ativamente deste
processo não só no ambiente escolar como em casa e na sociedade.
Porém, a maioria das escolas não se preocupa em trabalhar todos os dias com essa área e nem, tão
pouco, servem de exemplos para seus alunos.
Vemos ainda escolas que lembram da sustentabilidade uma vez por ano apenas, quando é
promovida a Semana dedicada ao Meio Ambiente. Nessa semana, os alunos procuram demonstrar
tudo que sabem apresentando trabalhos maravilhosos, ouvindo palestras, participando de debates e
gincanas.
Encerrada a semana acaba-se tudo que foi divulgado e lá se vão os papéis, chicletes e restos de
lanches espalhados pelo chão.
As carteiras lixadas ganham novamente desenhos e rabiscos, e nada mais se faz sentido em relação
ao que aprenderam e pregaram. Falo isso, por experiência própria pois depois disso, as luzes
continuam acesas sem necessidade e as torneiras voltam a pingar e os alunos continuam agindo
como antes, tanto na escola quanto fora dela.
4. TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA E MEIO AMBIENTE
4.1 TENDÊNCIA PROGRESSISTA, O QUE É?
Essa tendência tem sua origem ligada diretamente com o método de alfabetização de Paulo Freire.
Nessa concepção, o homem é considerado um ser situado num mundo material, concreto,
econômico, social e ideologicamente determinado. Sendo assim, resta-lhe transformar essa
situação. A busca do conhecimento é imprescindível, é uma atividade inseparável da prática social,
e não deve se basear no acúmulo de informações mas, sim, numa reelaboração mental que deve
surgir em forma de ação, sobre o mundo social.
Assim, a escola deve ser valorizada como instrumento de luta das camadas populares, propiciando
o acesso ao saber historicamente acumulado pela humanidade, porém reavaliando a realidade social
na qual o aluno está inserido. A educação se relaciona dialeticamente com a sociedade, podendo
constituir-se em um importante instrumento no processo de transformação da mesma. Sua principal
função é elevar o nível de consciência do educando a respeito da realidade que o cerca, a fim de
torná-lo capaz para atuar no sentido de buscar sua emancipação econômica, política, social e
cultural.
4.2 QUEM FOI PAULO FREIRE, O INSPIRADOR DA TENDÊNCIA PROGRESSISTA
LIBERTADORA?
Segundo o MEC, Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife, PE.
Apesar de pertencer a uma família de classe média, Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância
durante a depressão de 1929. Uma experiência que o levou a se preocupar com os mais pobres e o
inspirou a construir seu revolucionário método de ensino.
Assim uma das motivações para a sua elaboração pedagógica partiu de seus estudos sobre a
linguagem do povo. Paulo Freire participou do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife e
do Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife, sendo, inclusive, um dos seus
fundadores e primeiro diretor. Destaca-se, principalmente, o trabalho realizado em Angicos, no Rio
Grande do Norte, em 1962, onde começaram as primeiras experiências de alfabetização – o
Método Paulo Freire. Em 1963, foi chamado à Brasília para coordenar, no MEC, a criação do
Programa Nacional de Educação.
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações
de professores, especialmente na América Latina e na áfrica. Mas, em 1964, o golpe militar
reprimiu todos os trabalhos de mobilização popular. Paulo Freire foi acusado de subverter a ordem
ao utilizar suas campanhas de alfabetização, sendo preso e exilado por mais de 15 anos.
Em 1980, voltou ao Brasil e assumiu cargos de docência na PUC – SP e na Unicamp e, entre 1989
e 1991, trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo.
É autor de uma vasta obra traduzida em várias línguas. Dentre os livros mais conhecidos estão a
Educação como Prática da Liberdade, Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia.
O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento
filosófico de sua época e com isso conquistou um amplo público de pedagogos, cientistas sociais,
teólogos e militantes políticos.
Paulo Freire morreu em 02 de maio de 1997, em São Paulo, SP.
© 2009 Brasil - Ministério da Educação - Todos os direitos reservados.
Fonte: http://freire.mec.gov.br/index/sobre
4.2 COMO RELACIONAR MEIO AMBIENTE E MÉTODO PROGRESSISTA DE PAULO
FREIRE?
Segundo esse método progressista, um dos papéis da escola é conscientizar o aluno da realidade
para haver uma transformação social. Para isso o professor deve levar o aluno a questionar a
realidade, formá-lo para uma educação crítica. E o tema meio ambiente cabe muito bem à essa
transformação social.
Além de falar sobre sustentabilidade aos alunos queremos que eles saibam o que é ser
autossustentável. A palavra autossustentável remete a ideia de aquele que se sustenta sozinho, mas
falo no âmbito de sua própria responsabilidade social, aquele sujeito que cria suas próprias ideias e
age pensando em sua sustentabilidade, não age por impulso ou porque a professora ensinou, e sim,
porque sabe que isso será bom para sua própria vida, e a de seus descendentes.
Mas ser autossustentável requer alguns importantes requisitos: ser economicamente possível,
socialmente justo, culturalmente aceito e ecologicamente correto.
De que adianta ficarmos trabalhando conteúdos escolares, se não damos condições para os alunos
se virarem sozinhos, diante das dificuldades da vida? Esse é o novo compromisso social da
educação, qualificar para manter boas condições de vida, oportunizar para a dignidade.
[...] Aprender a aproveitar materiais descartáveis é uma forma de enriquecer o
conhecimento, além de mostrar que o lixo precisa ser transformado. Não temos mais lixões
o suficiente para armazenar tudo que é descartado pelo homem. Além disso, é uma matéria
prima sem custo para quem sabe reaproveitá-la.
Com o lixo descartado, pode-se levar para a sala de aula técnicas que estimulem o saber, o
aprender, pois o resultado aparece quase que instantaneamente, de forma rápida, e é isso
que os alunos gostam. Montar uma mini fábrica de brinquedos é uma boa opção. Os
produtos construídos podem ir para o acervo da escola ou serem doados para uma
instituição que atende crianças carentes. Comercializá-los levará os alunos a aprenderem
que seu trabalho tem valor e que é possível iniciar as primeiras atividades lucrativas, que
podem garantir o sustento de suas famílias.
Montar uma horta na escola é uma forma enriquecedora de trabalhar a sustentabilidade.
Técnicas de plantio podem ser ensinadas aos alunos, que poderão cultivar espécies vegetais
que garantam a qualidade de uma boa refeição. Com isso, vão percebendo que podem se
manter, que esses aprendizados podem ser estendidos para suas casas, suas famílias, ou
mesmo que os alimentos colhidos podem ser divididos entre toda a comunidade escolar.
Tem-se a segurança de que a fome não estará mais presente em suas vidas; basta cultivar.
Além disso, é o aprendizado de uma profissão que também poderá trazer o sustento da casa.
Às vezes os alunos têm frutas no quintal de casa e não sabem reaproveitá-las, como
bananas, abacates, laranjas, limões, mamões, etc. É papel da escola capacitar os mesmos
para estas aprendizagens, pois poderão encontrar dignidade em suas vidas. Com uma
cozinha experimental, pode-se ensinar a fazer compotas de doces e aproveitar as frutas que
antes eram desperdiçadas. As cascas poderão ir para receitas de tortas, sucos ou mesmo
para a horta da escola, servindo como adubo. E aos poucos, cria-se a consciência de que
através da transformação é possível sobreviver. As mesmas ainda podem ser vendidas em
feiras livres, levando algum dinheiro para a vida dos mesmos. (BARROS, 2011)
Precisamos mostrar que a coletividade é uma forma de crescer, que a divisão de tarefas e
responsabilidades pode proporcionar qualidade nos resultados de nossas intenções, e que um grupo
de pessoas pode transformar a sociedade. Dessa forma nossos alunos estarão convivendo com
conceitos de sustentabilidade, conteúdos e aprendizados que ficarão por toda a vida. E
transformaremos o mundo através de pequenas atitudes, primeiramente realizadas por pequenos
grupos.
4.3 MAIS SOBRE TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
Além do questionamento da realidade para uma educação crítica, o papel da escola têm uma
atuação não formal, propriamente dita, todos os assuntos são extraídos da vida dos educandos, de
suas práticas no dia a dia, temos que deixá-los curiosos querendo sempre saber mais e também
fazer mais. Além disso, segundo FREIRE (1996):
A curiosidade é como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo,
como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção
que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a
curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que
não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos.
O professor deve instigar essa curiosidade e ser um animador que por princípio desce do seu
“pedestal de sabedoria”, fica ao nível dos alunos e perde o seu ar de autoritarismo, sendo esse um
dos métodos dessa pedagogia, alunos e professores são sujeitos do conhecimento, ambos
descobrem-o juntos sem relação de autoridade, predominando o diálogo.
5. MEIO AMBIENTE EM SALA DE AULA
Um dos objetivos deste trabalho é mostrar aos colegas em sala de aula como aplicar o método de
Paulo Freire e entender o que é a sustentabilidade.
Primeiramente iremos mostrá-los um vídeo conscientizador sobre o que está realmente acontecendo
com o meio onde vivemos e o porquê temos de fazer algo para garantir a nossa continuidade como
parte dele.
Após isso, teremos dez envelopes, onde conterão gravuras, frases e perguntas sobre a destruição do
Planeta, onde cada um irá refletir sobre suas práticas e ações diárias. Propondo uma educação
problematizadora que se dá a partir da codificação da situação-problema, refletindo criticamente
sobre nosso dia a dia. Após colher informações e dialogar com os colegas mostrando a prática do
professor progressista libertador, iremos expor nossas ideias de como tornar o mundo melhor
através de atitudes simples no dia a dia. Concluindo com a apresentação de um “papa-pilha” que
ficará em sala de aula para coletar pilhas e baterias usadas, a fim de contribuir para o não descarte
desses materiais sem o devido cuidado.
6. ATITUDES QUE CONTRIBUEM PARA UMA VIDA SUSTENTÁVEL
Pequenas atitudes são capazes de fazer grande diferença. Confira abaixo algumas sugestões do
BLOG MUNDO VERDE:
Fechar bem as torneiras e não usar a água além do tempo necessário para a higiene pessoal;
Evitar ao máximo o uso de detergentes e produtos químicos na limpeza de casa;
Definir um dia para a lavagem de roupas, isso poupará o desperdício de água;
Aproveitar a água do molho das roupas para lavar o quintal;
Diminuir ou até acabar com o uso de sacolas plásticas;
Separar os objetos recicláveis dos não recicláveis;
Nunca jogue nenhum tipo de lixo na rua;
Troque as lâmpadas comuns pelas lâmpadas fluorescentes;
Não deixe lâmpadas acesas sem necessidade;
Mantenha fora das tomadas os eletrodomésticos após usá-los;
Deixe sempre o carro em casa quando tiver que ir a algum lugar perto;
Combine com os amigos rodízio com os carros para ir para o trabalho, escola, ou levar os
filhos para escola ou passeio. Se isso não for possível, prefira os transportes coletivos;
Ensine as crianças o quanto é importante cuidar da natureza e incentive seus vizinhos a
terem os mesmos cuidados que você está tendo.
Quando se hospedar em hotéis, deixe claro que não precisa trocar as suas roupas de cama e
banho todos os dias;
Não provoque queimadas.
Ser sustentável não é tarefa tão difícil assim e qualquer pessoa pode adotar este perfil. Basta agir
com coerência e ter consciência que, atitudes que embora pareçam pequenas, são muito importantes
para o socorro a todos os seres vivos desse planeta.
FREIRE (1996) cita que: “[...] ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para
a sua própria produção e construção.”
Essa frase quer dizer que somos responsáveis pelas atitudes de nossos educandos, ou seja, se
tivermos boas atitudes, verão em nós um exemplo a ser seguido, e será mais fácil para que eles
pratiquem a autossustentabilidade.
7. LEITURA COMPLEMENTAR
A seguir, um texto reflexivo de Berenice Gehlen Adams sobre o Meio Ambiente:
MEIO AMBIENTE - VIVER ou SOBREVIVER
Somos todos responsáveis pela situação atual do meio ambiente e já estamos "carecas" de saber,
mas enquanto a situação ambiental não mudar, devemos lembrar disto.
Não podemos continuar a observar a natureza como se ela fosse, simplesmente, uma bela
paisagem; como se estivéssemos a contemplar uma obra de arte; como se fôssemos meros
espectadores deste espetáculo. Somos parte dela e devemos viver sentindo na alma a essência da
nossa própria natureza.
Ás vezes, assistindo a TV, sinto falta de um vaso com uma planta entre os apresentadores de um
tele-jornal. Nos filmes não vejo ninguém separando seu lixo ou comprando um produto observando
sua real utilidade e seu verdadeiro valor (pagamos caro por produtos que poluem nosso sangue,
nosso corpo, causando-nos doenças, e o que é pior, sabemos disto).
Nas propagandas o ambiente urbano toma conta, e nos mostra que vivemos para consumir, e
conforme o que consumimos, evidenciamos a classe a qual pertencemos. E o que isto significa para
a luz do Sol, ou para o ar que envolve a terra, ou para a lua que descansa em seu lençol de estrelas?
Vamos voltar a sentir nossas raízes, somos filhos da Terra. Vamos pegar um grão de areia e
observá-lo alguns segundos, sentindo que este minúsculo grão ajuda a construir o Universo.
O que estamos fazendo com a Terra?
Verifique se, hoje, você:
... cheirou o perfume de uma flor...
... saboreou a doçura de uma fruta tenra...
... observou um pássaro riscando o céu...
... tocou em uma planta de folhas macias...
... fez um carinho em alguém...
... olhou para o céu só para admirá-lo...
... respirou profundamente sentindo o ar fazer parte de sua vida, de seu corpo...
Vamos voltar a sentir!
Vamos voltar a viver e deixar de apenas sobreviver...
8. CONCLUSÃO
Deixamos o Planeta fraco e doente e, através de práticas danosas provocamos a ira da mãe natureza
e nos encontramos em uma encruzilhada onde devemos escolher, ou mudamos a forma como
exploramos nossos recursos naturais e passamos viver a sustentabilidade e ensinemos isso às
gerações futuras, ou perecemos de forma brutal e imersos em nossos próprios resíduos.
Acredito que seja mais fácil mudar do que se afundar no imediatismo e na ignorância que custam a
imperar pela falta de consciência vital.
E essa mudança tem que começar em casa, e depois na escola, ensinando nossos alunos a se
autossustentarem, a garantir a nossa continuidade no mundo, através da curiosidade, das conversas ,
debates, reflexões críticas que conscientizem sobre esse tema que transcorre cada vez mais nosso
dia a dia.
9. REFERÊNCIAS

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Ensinando sustentabilidade de forma lúdica e eficaz

  • 1. MEIO AMBIENTE : Sustentabilidade através da tendência Progressista Libertadora. Carolline de Lima Silva Prof. Mirela Fleck Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Pedagogia (0367) – Temas Transversais/ Prática Módulo I 05/05/2012 RESUMO O meio ambiente, sendo um dos temas transversais, hoje em dia está em alta, pois cada vez mais nós estamos contribuindo para a destruição da Terra. E há algum tempo já se ouve falar da palavra sustentabilidade, na televisão, rádio, jornais e em vários lugares por onde vamos já vimos ou ouvimos falar dessa prática. Mas será que sabemos o que realmente isto significa? É o que tentarei esclarecer a seguir, fornecendo as informações possíveis para que todos possamos não só saber mas também FAZER algo pelo nosso planeta. E também como a tendência progressista libertadora que teve o inspirador Paulo Freire pode nos ajudar a ensinar de uma forma lúdica, responsável e eficaz. Palavras-chave: Planeta. Sustentabilidade. Escola. 1. INTRODUÇÃO Vivemos em dias modernos, que temos um mundo rodeado de praticidades e tecnologias, porém tudo isso que facilita nosso dia a dia têm um preço e quem está pagando esta conta é o meio em que vivemos. Precisamos agir antes que nossos recursos naturais (que são finitos) acabem rapidamente.
  • 2. Além de fazermos algo pelo planeta, precisamos ensinar às gerações futuras que elas terão de lutar bastante para possuir algo que seus pais e avós destruíram consciente e inconscientemente. Aí se dá a importância de se trabalhar o tema Meio Ambiente desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e não só em datas comemorativas como dia da árvore e semana da água. Precisa ser conversado constantemente para conscientizá-los da importância de respeitar o meio em que vivemos, pois uma hora ele se voltará contra nós. Afinal, as catástrofes naturais e problemas como aquecimento global estão cada vez mais intensos e presentes batendo à nossa porta e servindo de alerta para acordarmos e aderirmos às práticas sustentáveis. 2. MAS, AFINAL, O QUE É SUSTENTABILIDADE? Na prática, sustentabilidade é promover o uso de recursos que prejudiquem o menos possível o meio em que vivemos. Pode parecer um conceito difícil de ser implementado talvez pelo custo e também pela dificuldade de mudar algumas práticas que tirem as pessoas de sua zona de conforto. Quanto ao custo, sim algumas coisas são realmente economicamente inviáveis mas, algumas empresas já adotaram medidas que consigam ajudar o Planeta e baixar os custos como cita ABREU (2008): Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a mineração, a extração vegetal, a agricultura em larga escala, a fabricação de papel e celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra. A notícia boa é que cada vez mais as empresas querem ter em seu slogan a frase: “ Empresa ecologicamente correta”, pois isso atrai as pessoas de certa forma. Hoje em dia, as pessoas, por exemplo, preferem comprar uma caixa de lápis de cor de uma empresa que use madeira de reflorestamento do que daquela que não se preocupa com isso. Além disso, as idéias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade, começaram a multiplicar-se e a espalhar-se por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas comunidades que antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo; provocadas por indústrias poluidoras instaladas em suas vizinhanças viram sua qualidade de vida ser gradativamente recuperada e melhorada ao longo do desenvolvimento desses projetos sustentáveis. Da mesma forma, cuidando para que o envolvimento das comunidades viventes nessas regiões seja total e que
  • 3. elas ganhem algo com isso; todos ganham e cuidam para que os projetos atinjam o sucesso esperado. A exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática aplicada com muito mais frequência aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; além de manter, ou melhorar, a qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais, bem como assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de idéias e formador de opiniões ainda muito maior do que já existe nos dias atuais. [...]De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região determinada; é dar garantias de que mesmo explorada essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana. ABREU (2008) 3. SUSTENTABILIDADE NAS ESCOLAS Quando qualquer tema é abordado na educação escolar, faz-se necessária uma pesquisa para saber como está sendo trabalhado, qual a qualidade e os recursos utilizados para que os alunos compreendam verdadeiramente. As escolas, de um modo geral, trazem em seu currículo o tema meio ambiente mas, cada uma diferencia na maneira e qualidade de exposição do assunto. Há escolas que felizmente tornam-se modelos a serem seguidos pelos seus exemplos diários de práticas sustentáveis e levam os alunos (crianças e adolescentes) a participarem ativamente deste processo não só no ambiente escolar como em casa e na sociedade. Porém, a maioria das escolas não se preocupa em trabalhar todos os dias com essa área e nem, tão pouco, servem de exemplos para seus alunos. Vemos ainda escolas que lembram da sustentabilidade uma vez por ano apenas, quando é promovida a Semana dedicada ao Meio Ambiente. Nessa semana, os alunos procuram demonstrar
  • 4. tudo que sabem apresentando trabalhos maravilhosos, ouvindo palestras, participando de debates e gincanas. Encerrada a semana acaba-se tudo que foi divulgado e lá se vão os papéis, chicletes e restos de lanches espalhados pelo chão. As carteiras lixadas ganham novamente desenhos e rabiscos, e nada mais se faz sentido em relação ao que aprenderam e pregaram. Falo isso, por experiência própria pois depois disso, as luzes continuam acesas sem necessidade e as torneiras voltam a pingar e os alunos continuam agindo como antes, tanto na escola quanto fora dela. 4. TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA E MEIO AMBIENTE 4.1 TENDÊNCIA PROGRESSISTA, O QUE É? Essa tendência tem sua origem ligada diretamente com o método de alfabetização de Paulo Freire. Nessa concepção, o homem é considerado um ser situado num mundo material, concreto, econômico, social e ideologicamente determinado. Sendo assim, resta-lhe transformar essa situação. A busca do conhecimento é imprescindível, é uma atividade inseparável da prática social, e não deve se basear no acúmulo de informações mas, sim, numa reelaboração mental que deve surgir em forma de ação, sobre o mundo social. Assim, a escola deve ser valorizada como instrumento de luta das camadas populares, propiciando o acesso ao saber historicamente acumulado pela humanidade, porém reavaliando a realidade social na qual o aluno está inserido. A educação se relaciona dialeticamente com a sociedade, podendo constituir-se em um importante instrumento no processo de transformação da mesma. Sua principal função é elevar o nível de consciência do educando a respeito da realidade que o cerca, a fim de torná-lo capaz para atuar no sentido de buscar sua emancipação econômica, política, social e cultural. 4.2 QUEM FOI PAULO FREIRE, O INSPIRADOR DA TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA? Segundo o MEC, Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife, PE. Apesar de pertencer a uma família de classe média, Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância
  • 5. durante a depressão de 1929. Uma experiência que o levou a se preocupar com os mais pobres e o inspirou a construir seu revolucionário método de ensino. Assim uma das motivações para a sua elaboração pedagógica partiu de seus estudos sobre a linguagem do povo. Paulo Freire participou do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife e do Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife, sendo, inclusive, um dos seus fundadores e primeiro diretor. Destaca-se, principalmente, o trabalho realizado em Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1962, onde começaram as primeiras experiências de alfabetização – o Método Paulo Freire. Em 1963, foi chamado à Brasília para coordenar, no MEC, a criação do Programa Nacional de Educação. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na áfrica. Mas, em 1964, o golpe militar reprimiu todos os trabalhos de mobilização popular. Paulo Freire foi acusado de subverter a ordem ao utilizar suas campanhas de alfabetização, sendo preso e exilado por mais de 15 anos. Em 1980, voltou ao Brasil e assumiu cargos de docência na PUC – SP e na Unicamp e, entre 1989 e 1991, trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo. É autor de uma vasta obra traduzida em várias línguas. Dentre os livros mais conhecidos estão a Educação como Prática da Liberdade, Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia. O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época e com isso conquistou um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos. Paulo Freire morreu em 02 de maio de 1997, em São Paulo, SP. © 2009 Brasil - Ministério da Educação - Todos os direitos reservados. Fonte: http://freire.mec.gov.br/index/sobre
  • 6. 4.2 COMO RELACIONAR MEIO AMBIENTE E MÉTODO PROGRESSISTA DE PAULO FREIRE? Segundo esse método progressista, um dos papéis da escola é conscientizar o aluno da realidade para haver uma transformação social. Para isso o professor deve levar o aluno a questionar a realidade, formá-lo para uma educação crítica. E o tema meio ambiente cabe muito bem à essa transformação social. Além de falar sobre sustentabilidade aos alunos queremos que eles saibam o que é ser autossustentável. A palavra autossustentável remete a ideia de aquele que se sustenta sozinho, mas falo no âmbito de sua própria responsabilidade social, aquele sujeito que cria suas próprias ideias e age pensando em sua sustentabilidade, não age por impulso ou porque a professora ensinou, e sim, porque sabe que isso será bom para sua própria vida, e a de seus descendentes. Mas ser autossustentável requer alguns importantes requisitos: ser economicamente possível, socialmente justo, culturalmente aceito e ecologicamente correto. De que adianta ficarmos trabalhando conteúdos escolares, se não damos condições para os alunos se virarem sozinhos, diante das dificuldades da vida? Esse é o novo compromisso social da educação, qualificar para manter boas condições de vida, oportunizar para a dignidade. [...] Aprender a aproveitar materiais descartáveis é uma forma de enriquecer o conhecimento, além de mostrar que o lixo precisa ser transformado. Não temos mais lixões o suficiente para armazenar tudo que é descartado pelo homem. Além disso, é uma matéria prima sem custo para quem sabe reaproveitá-la. Com o lixo descartado, pode-se levar para a sala de aula técnicas que estimulem o saber, o aprender, pois o resultado aparece quase que instantaneamente, de forma rápida, e é isso que os alunos gostam. Montar uma mini fábrica de brinquedos é uma boa opção. Os produtos construídos podem ir para o acervo da escola ou serem doados para uma instituição que atende crianças carentes. Comercializá-los levará os alunos a aprenderem que seu trabalho tem valor e que é possível iniciar as primeiras atividades lucrativas, que podem garantir o sustento de suas famílias. Montar uma horta na escola é uma forma enriquecedora de trabalhar a sustentabilidade. Técnicas de plantio podem ser ensinadas aos alunos, que poderão cultivar espécies vegetais que garantam a qualidade de uma boa refeição. Com isso, vão percebendo que podem se manter, que esses aprendizados podem ser estendidos para suas casas, suas famílias, ou mesmo que os alimentos colhidos podem ser divididos entre toda a comunidade escolar. Tem-se a segurança de que a fome não estará mais presente em suas vidas; basta cultivar. Além disso, é o aprendizado de uma profissão que também poderá trazer o sustento da casa. Às vezes os alunos têm frutas no quintal de casa e não sabem reaproveitá-las, como bananas, abacates, laranjas, limões, mamões, etc. É papel da escola capacitar os mesmos para estas aprendizagens, pois poderão encontrar dignidade em suas vidas. Com uma cozinha experimental, pode-se ensinar a fazer compotas de doces e aproveitar as frutas que antes eram desperdiçadas. As cascas poderão ir para receitas de tortas, sucos ou mesmo para a horta da escola, servindo como adubo. E aos poucos, cria-se a consciência de que
  • 7. através da transformação é possível sobreviver. As mesmas ainda podem ser vendidas em feiras livres, levando algum dinheiro para a vida dos mesmos. (BARROS, 2011) Precisamos mostrar que a coletividade é uma forma de crescer, que a divisão de tarefas e responsabilidades pode proporcionar qualidade nos resultados de nossas intenções, e que um grupo de pessoas pode transformar a sociedade. Dessa forma nossos alunos estarão convivendo com conceitos de sustentabilidade, conteúdos e aprendizados que ficarão por toda a vida. E transformaremos o mundo através de pequenas atitudes, primeiramente realizadas por pequenos grupos. 4.3 MAIS SOBRE TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA Além do questionamento da realidade para uma educação crítica, o papel da escola têm uma atuação não formal, propriamente dita, todos os assuntos são extraídos da vida dos educandos, de suas práticas no dia a dia, temos que deixá-los curiosos querendo sempre saber mais e também fazer mais. Além disso, segundo FREIRE (1996): A curiosidade é como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos. O professor deve instigar essa curiosidade e ser um animador que por princípio desce do seu “pedestal de sabedoria”, fica ao nível dos alunos e perde o seu ar de autoritarismo, sendo esse um dos métodos dessa pedagogia, alunos e professores são sujeitos do conhecimento, ambos descobrem-o juntos sem relação de autoridade, predominando o diálogo. 5. MEIO AMBIENTE EM SALA DE AULA Um dos objetivos deste trabalho é mostrar aos colegas em sala de aula como aplicar o método de Paulo Freire e entender o que é a sustentabilidade. Primeiramente iremos mostrá-los um vídeo conscientizador sobre o que está realmente acontecendo com o meio onde vivemos e o porquê temos de fazer algo para garantir a nossa continuidade como parte dele. Após isso, teremos dez envelopes, onde conterão gravuras, frases e perguntas sobre a destruição do Planeta, onde cada um irá refletir sobre suas práticas e ações diárias. Propondo uma educação
  • 8. problematizadora que se dá a partir da codificação da situação-problema, refletindo criticamente sobre nosso dia a dia. Após colher informações e dialogar com os colegas mostrando a prática do professor progressista libertador, iremos expor nossas ideias de como tornar o mundo melhor através de atitudes simples no dia a dia. Concluindo com a apresentação de um “papa-pilha” que ficará em sala de aula para coletar pilhas e baterias usadas, a fim de contribuir para o não descarte desses materiais sem o devido cuidado. 6. ATITUDES QUE CONTRIBUEM PARA UMA VIDA SUSTENTÁVEL Pequenas atitudes são capazes de fazer grande diferença. Confira abaixo algumas sugestões do BLOG MUNDO VERDE: Fechar bem as torneiras e não usar a água além do tempo necessário para a higiene pessoal; Evitar ao máximo o uso de detergentes e produtos químicos na limpeza de casa; Definir um dia para a lavagem de roupas, isso poupará o desperdício de água; Aproveitar a água do molho das roupas para lavar o quintal; Diminuir ou até acabar com o uso de sacolas plásticas; Separar os objetos recicláveis dos não recicláveis; Nunca jogue nenhum tipo de lixo na rua; Troque as lâmpadas comuns pelas lâmpadas fluorescentes; Não deixe lâmpadas acesas sem necessidade; Mantenha fora das tomadas os eletrodomésticos após usá-los; Deixe sempre o carro em casa quando tiver que ir a algum lugar perto; Combine com os amigos rodízio com os carros para ir para o trabalho, escola, ou levar os filhos para escola ou passeio. Se isso não for possível, prefira os transportes coletivos; Ensine as crianças o quanto é importante cuidar da natureza e incentive seus vizinhos a terem os mesmos cuidados que você está tendo. Quando se hospedar em hotéis, deixe claro que não precisa trocar as suas roupas de cama e banho todos os dias; Não provoque queimadas. Ser sustentável não é tarefa tão difícil assim e qualquer pessoa pode adotar este perfil. Basta agir com coerência e ter consciência que, atitudes que embora pareçam pequenas, são muito importantes para o socorro a todos os seres vivos desse planeta. FREIRE (1996) cita que: “[...] ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua própria produção e construção.” Essa frase quer dizer que somos responsáveis pelas atitudes de nossos educandos, ou seja, se tivermos boas atitudes, verão em nós um exemplo a ser seguido, e será mais fácil para que eles pratiquem a autossustentabilidade.
  • 9. 7. LEITURA COMPLEMENTAR A seguir, um texto reflexivo de Berenice Gehlen Adams sobre o Meio Ambiente: MEIO AMBIENTE - VIVER ou SOBREVIVER Somos todos responsáveis pela situação atual do meio ambiente e já estamos "carecas" de saber, mas enquanto a situação ambiental não mudar, devemos lembrar disto. Não podemos continuar a observar a natureza como se ela fosse, simplesmente, uma bela paisagem; como se estivéssemos a contemplar uma obra de arte; como se fôssemos meros espectadores deste espetáculo. Somos parte dela e devemos viver sentindo na alma a essência da nossa própria natureza. Ás vezes, assistindo a TV, sinto falta de um vaso com uma planta entre os apresentadores de um tele-jornal. Nos filmes não vejo ninguém separando seu lixo ou comprando um produto observando sua real utilidade e seu verdadeiro valor (pagamos caro por produtos que poluem nosso sangue, nosso corpo, causando-nos doenças, e o que é pior, sabemos disto). Nas propagandas o ambiente urbano toma conta, e nos mostra que vivemos para consumir, e conforme o que consumimos, evidenciamos a classe a qual pertencemos. E o que isto significa para a luz do Sol, ou para o ar que envolve a terra, ou para a lua que descansa em seu lençol de estrelas? Vamos voltar a sentir nossas raízes, somos filhos da Terra. Vamos pegar um grão de areia e observá-lo alguns segundos, sentindo que este minúsculo grão ajuda a construir o Universo. O que estamos fazendo com a Terra? Verifique se, hoje, você: ... cheirou o perfume de uma flor... ... saboreou a doçura de uma fruta tenra... ... observou um pássaro riscando o céu... ... tocou em uma planta de folhas macias... ... fez um carinho em alguém... ... olhou para o céu só para admirá-lo... ... respirou profundamente sentindo o ar fazer parte de sua vida, de seu corpo... Vamos voltar a sentir! Vamos voltar a viver e deixar de apenas sobreviver... 8. CONCLUSÃO Deixamos o Planeta fraco e doente e, através de práticas danosas provocamos a ira da mãe natureza e nos encontramos em uma encruzilhada onde devemos escolher, ou mudamos a forma como exploramos nossos recursos naturais e passamos viver a sustentabilidade e ensinemos isso às gerações futuras, ou perecemos de forma brutal e imersos em nossos próprios resíduos.
  • 10. Acredito que seja mais fácil mudar do que se afundar no imediatismo e na ignorância que custam a imperar pela falta de consciência vital. E essa mudança tem que começar em casa, e depois na escola, ensinando nossos alunos a se autossustentarem, a garantir a nossa continuidade no mundo, através da curiosidade, das conversas , debates, reflexões críticas que conscientizem sobre esse tema que transcorre cada vez mais nosso dia a dia. 9. REFERÊNCIAS