2. O que é Osteoporose?
A osteoporose é uma doença caracterizada por diminuição de massa óssea e perda de
tecido ósseo provocando consequantemente, que os ossos fiquem fracos e frágeis.
Se você tem osteoporose, você tem um risco aumentado de fraturas ósseas.
3. A osteoporose afeta somente pessoas idosas?
A osteoporose tem sido associada com mulheres idosas. No entanto, o dano da
osteoporose começa mais cedo na vida. Devido que a densidade óssea alcança seu pico
aproximadamente aos 25 anos de idade, é importante construir ossos fortes desde a
infância, de maneira que os ossos permanecerão fortes mais adiante ao passar os anos.
A ingestão adequada de cálcio e exercícios são essenciais para a construção de ossos
fortes.
4. Osteoporose um problema de saúde pública
Osteoporose é um problema brasileiro e mundial. Aproximadamente 1.6 milhões de
fraturas de quadril ocorrem no mundo a cada ano. Em 2050 este número pode atingir mais
de 5 milhões. Nas mulheres com mais de 45, o número de dias de internação por causa da
fratura por osteoporose é maior comparado com internações por outras doenças como
diabetes e infarto do miocárdio.
Estima-se que apenas uma em cada quatro fraturas receba o tratamento adequado. Nos
pacientes com correção cirúrgica de fratura de fêmur por osteoporose, apenas 13% dos
pacientes receberão tratamento para osteoporose. O que implica na ocorrência de novas
fraturas e na diminuição da sobrevida.
5. Quais são os sintomas da osteoporose?
Os ossos normais estão compostos por proteínas, cálcio e colágeno que dão ao osso a sua
característica. Os ossos que são acometidos pela osteoporose podem quebrar (fratura)
frequentemente por uma lesão relativamente menor e que normalmente não causaria
uma fratura.
A osteoporose pode estar presente sem qualquer sintoma durante décadas. Portanto, os
pacientes podem não estar cientes de sua osteoporose até sofrer uma fratura.
6. Osteoporose vertebral
Fratura por compressão
Sintomas da osteoporose: Fraturas da Coluna Vertebral
Fraturas da coluna vertebral pode causar uma grave lesão e dor intensa que se irradia ao
redor do tórax ou um lado do corpo. Com o passar dos anos, repetidas fraturas de coluna
podem causar dor lombar crônica, bem como diminuição de altura da pessoa ou
aparecimento de uma curvatura na coluna vertebral, o que dá a aparência de uma pessoa
corcunda.
7. Sintomas da osteoporose: fratura por estresse
Uma fratura que ocorre durante a realização de uma atividade considerada normal é
chamada de fratura por trauma mínimo ou fractura por estresss. Por exemplo, alguns
pacientes com osteoporose podem ter fraturas por estresse nos óssos dos pés ao caminhar
ou pisar em falso.
8. Os sintomas da osteoporose: Fratura de quadril
As fraturas de quadril tipicamente ocorrem como resultado de uma queda. Em pessoas
com osteoporose, fraturas de quadril podem ocorrer por acidentes triviais.
As fraturas de quadril podem também ser difíceis de cicatrizar após a correção cirúrgica
por causa da qualidade óssea deficiente..
9. Quais são as conseqüências da osteoporose?
Fraturas ósseas por osteoporose são responsáveis por dor intensa, diminuição da
qualidade de vida, perda de dias de trabalho e deficiência.física. Até 30% dos pacientes
que sofrem uma fratura de quadril irão exigir a longo prazo cuidados médicos em casa.
Cerca de 20% das mulheres com uma fratura de quadril morre no ano seguinte como
resultado indireto da fratura. Além disso, pessoas com fratura de coluna vertebral devido à
osteoporose, aumentam seu risco de sofrer uma nova fratura futuramente.
10. Densidade óssea
A densidade óssea é a quantidade de osso presente no esqueleto. Geralmente, quanto
maior a densidade do osso mais forte o osso. A densidade óssea é influenciada por fatores
genéticos e pode ser afetada por fatores ambientais e por medicamentos. Por exemplo, os
homens têm uma maior densidade óssea do que as mulheres. Pessoas de raça negra têm
uma maior densidade óssea do que caucasianos ou asiáticos.
A densidade óssea atinge seu pico cerca dos 25 anos de idade. É então mantida durante
cerca de 10 anos. Após os 35 anos, homens e mulheres, normalmente perdem 0,3% -0,5%
de sua densidade óssea por ano como parte do processo de envelhecimento.
11. Menopausa, estrogênio, e osteoporose.
O estrogênio é importante na manutenção da densidade óssea nas mulheres. Quando os
níveis de estrogênio caem após a menopausa, a perda óssea se acelera. Durante os
primeiros cinco a 10 anos após a menopausa, as mulheres podem sofrer perda de 2 - 4%
da densidade óssea por ano. Isto pode resultar na perda de até 25% -30% de sua
densidade óssea durante esse período de tempo. A rápida perda óssea após a menopausa
é uma das principais causas de osteoporose nas mulheres.
12. Fatores de risco para osteoporose
Sexo feminino Falta de exercício
Raça branca ou asiática Dieta pobre em cálcio
História familiar de osteoporose Má nutrição
História pessoal de fratura em idade adulta Má absorção (nutrientes no intestino não são
Tabagismo devidamente absorvidos)
Consumo excessivo de álcool Baixos níveis de estrogênio
Menopausa
13. Fatores de risco para osteoporose (continuação)
Quimioterapia
Inflamação crônica
Imobilização, por exemplo, após um acidente vascular cerebral ou qualquer condição que
determine falta de mobilização dos membros
Hipertireoidismo (excesso de hormônio da tireóide)
Hperparatiroidismo (produção excessiva de hormônio paratiróide provoca maior
reabsorção de cálcio dos óssos
Deficiência de vitamina D (a vitamina D ajuda o corpo a absorver cálcio)
Uso de alguns medicamentos, por exemplo, uso prolongado de heparina (um
anticoagulante), anticonvulsivantes, fenitoína, fenobarbital, corticosteróides orais
14. Diagnóstico de osteoporose
Uma radiografia pode sugerir osteoporose ao mostrar o osso aparentemente mais fino e
mais leve do que os ossos normais. Infelizmente, quando é visível pelos raios-X 30% do
osso já se perdeu. Por tanto os raios X não são indicadores precisos de densidade óssea e
osteoporose.
Atualmente, a técnica padrão para determinar a densidade óssea é chamada
densitometria por DEXA (dual-energy X-ray absorptiometry). A densitometria por DEXA é
simples e indolor. O teste mede a densidade óssea no quadril e da coluna vertebral, leva
apenas de 5 a 15 minutos para ser realizado.
15. Quem deve fazer densitometria óssea?
O exame está indicado em mulheres em fase de pré-menopausa, menopausa, pós-
menopausa, em regime de reposição com hormônios estrógenos, e também nos
indivíduos em uso de hormônios tireoidianos, corticosteroides, e medicamentos
anticonvulsivantes.
Nas crianças, está indicado quando há necessidade de acompanhamento do
desenvolvimento ósseo, em doenças osteometabólicas, e ocasionalmente em regimes
dietéticos para emagrecimento.
16. Como os resultados da densitometria são interpretados?
Após a conclusão do exame DEXA, a densidade óssea do paciente que realizou o teste é
comparada com a densidade média do osso de adultos jovens do mesmo sexo e raça. Esta
pontuação é chamado de "escore T", e expressa a densidade óssea em termos de número
de desvios padrão abaixo da massa óssea do adulto jovem de pico.
A osteoporose é definida como uma pontuação T densidade óssea de -2,5 DP ou abaixo.
Osteopenia que é a diminuição da densidade óssea é definida como uma pontuação T
densidade óssea entre -1 e -2,5 desvios padrão.
17. Prevenção e Tratamento
O objetivo do tratamento da osteoporose é a prevenção de fraturas ósseas, interrompendo
a perda óssea e aumentando a densidade óssea e a resistência Embora a detecção precoce
e tratamento oportuno da osteoporose pode reduzir substancialmente o risco de fraturas
no futuro, nenhum dos tratamentos disponíveis leva à cura. Em outras palavras, é difícil
reconstruir completamente o osso que foi atingido pela osteoporose. Por isso, a prevenção
da osteoporose é tão importante quanto o tratamento.
18. Prevenção e Tratamento: Exercício
Fazer exercício traz uma grande variedade de efeitos benéficos para a saúde. Com tudo, o
exercício não traz um aumento substancial na densidade óssea. O benefício do exercício
para a osteoporose tem sobretudo a ver com a diminuição do risco de
quedas, provavelmente porque o equilíbrio é melhorado, assim como a força muscular.
Pesquisa estão sendo realizadas para determinar o tipo, intensidade e duração dos
exercícios para combater a osteoporose. No entanto, a maioria dos médicos recomendam
exercícios como caminhar, de preferência diariamente.
19. Prevenção e Tratamento: Parar de fumar e diminuir o consumo de álcool
Fumar um maço de cigarros por dia ao longo da vida adulta pode levar a uma perda de 5 -
10% da massa óssea. Fumar cigarros diminui os níveis de estrogênio e pode levar à perda
óssea em mulheres antes da menopausa.
Os dados sobre o efeito do consumo regular de álcool sobre a osteoporose não é tão claro
quanto os efeitos do exercício e o cigarro. De fato, pesquisas sobre álcool apresentam
resultados diferentes e controversos. Certamente, esses efeitos não são tão poderosos
quanto outros fatores. No entanto, a moderação no consumo de álcool é prudente.
20. Prevenção e Tratamento: Suplementos de cálcio
Ter ossos fortes e saudáveis exige uma adequada ingestão dietética de cálcio e prática de
exercícios na infância e adolescência para ambos os sexos.
É importante mencionar que uma vez que a osteoporose está presente, ingestão de
grandes quantidades de cálcio não é suficiente no tratamento da osteoporose.
Nos primeiros anos após a menopausa, a rápida perda óssea pode ocorrer mesmo se os
suplementos de cálcio são tomados.
Cálcio adicional pode ser obtido ao consumir mais leite, yogurt e comer queijo ou com
suplementos de cálcio em comprimidos.
21. Prevenção e Tratamento: Vitamina D
Uma ingestão adequada de cálcio e reservas corporais adequadas de vitamina D são bases
importantes para a manutenção da densidade óssea. Infelizmente, a deficiência de
vitamina D é bastante comum.
A vitamina D é importante em vários aspectos:
Ajuda a absorção de cálcio a partir dos intestinos;
A falta de vitamina D causa desmineralização e enfraquecimento ossos (osteomalacia);
A vitamina D, juntamente com ingestão adequada de cálcio (1200 mg /dia ), tem mostrado
que aumenta a densidade óssea e diminui a incidência de fraturas na pós-menopausa, mas
não em mulheres na menopausa ou perimenopausa.
Boas fontes de vitamina D incluem luz solar natural, leite
fortificado, queijo, manteiga, margarina, cereais e peixes.
22. Prevenção e tratamento: Terapia hormonal na menopausa
Terapia de reposição hormonal tem sido utilizada para evitar a perda óssea, aumentar a
densidade óssea, e prevenir a fraturas. O estrogênio pode estar disponível em combinação
com progesterona em pílulas ou adesivos. A progesterona é rotineiramente administrada
juntamente com estrogênio para evitar o câncer de útero que pode resultar do uso de
estrogênio isolado. As mulheres que tiveram uma histerectomia (remoção cirúrgica do
útero) podem tomar só estrogênio. Devido aos efeitos adversos da terapia hormonal na
menopausa, tais como aumento do risco de ataque cardíaco, derrame e coágulos
sanguíneos nas veias, e câncer de mama, terapia hormonal na menopausa não é mais
recomendada para uso a longo prazo, mas pode ser usada a curto prazo para aliviar os
sintomas da menopausa. Discuta com seu médico o que é mais conveniente para você
pesando os riscos e benefícos dessa terapia.
23. Prevenção e Tratamento: Medicamentos
Atualmente, os medicamentos mais eficazes para a osteoporose são agentes anti-
reabsorção, ou seja, medicamentos que impedem a decomposição dos ossos. Funcionam
alterando o equilíbrio em favor da reconstrução do osso e no aumento da densidade
óssea. A terapia hormonal na menopausa com estrogênio é um exemplo de um agente
anti-reabsorção. Outros medicamentos incluem:
alendronato, risedronato, raloxifeno, ibandronato, calcitonina e zoledronato.
Moduladores selectivos dos receptores de estrogênio (SERMs) são uma classe de drogas
que atuam como o estrogênio em alguns tecidos. Os SERMs são desenvolvidos para obter
os benefícios do estrogênio, evitando os efeitos colaterais do hormõnio. Exemplos incluem
o tamoxifeno e o raloxifeno.
24. Para não esquecer
A osteoporose enfraquece ossos e aumenta o risco de fratura óssea.
A densidade óssea diminui após 35 anos de idade e diminui mais rapidamente em
mulheres após a menopausa.
Os principais fatores de risco para osteoporose incluem: fatores genéticos, falta de
exercício, falta de cálcio e vitamina D, história artrite reumatoide, tabagismo, consumo
excessivo de álcool, baixo peso corporal.
Os pacientes com osteoporose não apresentam sintomas senão até que ocorre alguma
fraturas.
O diagnóstico é feito medindo a densidade óssea, a radiografia pode ajudar mas não em
todos os casos.
Tratamentos contra osteoporose, além de medicamentos incluem a interrupção do
consumo de álcool e cigarros, prática de exercícios, ingestão de cálcio e vitamina D.