2. ORIENTAÇÃO !!! Para quê ?
para encont rar o post o de cont rolo ...
para encont rar o caminho de casa ...
para saber onde nos
encont ramos ...
3. Orientação
Orientamo-nos para podermos descobrir o caminho certo para um
determinado lugar, é algo que sempre nos preocupou. No entanto a nossa
capacidade de orientação nem sempre foi a melhor, por isso, servimo-nos
de vários processos como sejam: a posição do sol; a localização do mar e
das árvores.
Não havendo um ponto de referência
não havia possibilidade de nos
orientarmos;
15-04-15 3
4. CONCEITO de ORIENTAÇÃO
É a capacidade de descobrir o caminho certo, o mais
rapidamente possível, para um determinado objetivo
(meta), utilizando para tal o auxílio de uma carta
topográfica e de uma bússola.
Ao longo da prova tens que te apresentar em vários
postos de controlo, previamente definidos e que
estão devidamente assinalados na carta.
15-04-15 4
5. Orientação
A Orientação aplicada ao desporto surgiu na Suécia em 1918.
Esta modalidade tem a preocupação de respeitar a natureza,
sabendo quão importante é uma boa relação entre o Homem e
a Natureza;
A Orientação é praticada, em Portugal, nas seguintes
disciplinas diferentes: Orientação Pedestre, Orientação em
BTT, em canoas, etc.
15-04-15 5
22. Como funciona uma Prova de Orientação?
15-04-15 22
Em cada POSTO DE CONTROLO encontras uma
BALIZA, de cores branca e laranja, junto à qual
se encontra um ALICATE. Ao chegares a uma
baliza, deves, com o alicate, picotar o cartão de
controlo que trazes contigo desde o início da
corrida. Este procedimento é o garante da tua
passagem pelos diferentes postos de controlo.
26. BÚSSOLA
A bússola é o único auxiliar
permitido para ajudar na
orientação, embora não seja
obrigatório.
Nas etapas de formação de
jovens é importante não
utilizar bússola.
Uma bússola é um aparelho com
uma agulha magnética que é
atraída para o polo magnético
terrestre. Os atletas utilizam-na
para orientar o mapa para norte
fazendo coincidir a agulha da
bússola com as linhas de norte
presentes no mapa.
27. BÚSSOLA
No hemisfério sul as bússolas têm de ser diferentes das utilizadas
no hemisfério norte, devido à diferente influência do campo
magnético terrestre entre os dois hemisférios.
Existem bússolas próprias de
competição que se transportam
presas ao dedo e diretamente
em cima do mapa. No entanto,
mesmo em competição, pode ser
utilizada qualquer tipo de
bússola
28. O Mapa ou Carta
Para se conhecer o local
precisamos de utilizar um mapa
ou uma carta.
Na orientação utiliza-se a carta
topográfica que é bastante
pormenorizada (ou uma planta
da escola, em casos menores).
15-04-15 28
29. Conhecer o Mapa de
Orientação ou Carta
Topográfica
Tem as seguintes características:
• Legenda – permite conhecer todos os símbolos utilizados na carta;
• Escala – é a relação que existe entre a realidade e a carta que utilizas
(ex.º: 1: 10 000, ou seja 1 cm da carta é igual a 10 000 cm da realidade) i.é.
10.000 cm = 100 m;
• Coordenadas – permite-nos saber a localização de um qualquer ponto
do globo terrestre através da determinação da latitude e da longitude;
30. MAPA
Sendo o Mapa de Orientação um mapa topográfico detalhado,
deverá conter as características do terreno que sejam óbvias para
um orientista em corrida. Nele se insere tudo o que possa
influenciar a leitura do mapa ou a escolha de trajetos: relevo,
formações rochosas, tipo de superfície, velocidade de progressão
através da vegetação, áreas de cultivo, hidrografia, zonas privadas
e casas individuais, rede de caminhos, outras linhas de
comunicação e todas as demais características úteis à orientação.
31. O Mapa e as Curvas
de Nível
A forma do terreno é uma das
características mais importantes
num Mapa de Orientação. A
utilização de curvas de nível é
essencial para a representação de
uma imagem tridimensional do
terreno (a sua forma e variação em
altitude).
34. Para facilitar a leitura das cartas, desenha-se curvas um pouco
mais grossas que se designam por CURVAS MESTRAS , as quais
por vezes se interrompem para impor a cota . Estas curvas estão
desenhadas de 5 em 5 , ou seja , de 50 em 50 MT. na carta 1 /
25.000 .
34
CURVAS
MESTRAS
36. Mapa de
Orientação
O mapa deverá conter linhas de norte
magnético e poderá conter nomes de
locais e outro texto periférico que
possam ajudar o seu utilizador a
orientá-lo para Norte.
Este texto deverá ser escrito de oeste
para este. O texto dentro da área do
mapa deverá ser colocado de modo a
que não obscureça outras informações
e o seu estilo de letra deverá ser
simples.
As linhas de Norte Magnético devem
ser paralelas aos limites da folha do
mapa, podendo conter setas na sua
extremidade superior.
37.
38. O Relevo (castanho)
A forma do terreno é representada a
castanho por curvas de nível detalhadas
e por alguns símbolos especiais para
representar cotas, depressões, etc.
O relevo é complementado a preto com os
símbolos para rochas e falésias.
Mapa de
Orientação
39. • CASTANHO – Curvas de Nível, Vértices Geodésicos,
Pontos Cotados.
40. Terreno rochoso eTerreno rochoso e pedraspedras
(preto +(preto + cinzentocinzento))
A inclusão das rochas é útil para avaliar
perigos e velocidades de progressão.
Fornece também elementos para
uma melhor leitura do mapa e para
pontos de controlo. As rochas são
representadas a preto para se
distinguirem de outros elementos de
relevo.
Mapa de
Orientação
41. Elementos construídos (preto)Elementos construídos (preto)
A rede de caminhos fornece informação
importante ao orientista e a sua
classificação deve ser facilmente
reconhecível no mapa. É
particularmente importante a
classificação de trilhos menores.
Deve ser considerada não apenas a
largura mas também a visibilidade do
caminho para o orientista.
Outros elementos construídos (casas,
vedações, etc), são também
importantes tanto para a leitura do
mapa como para a colocação de
pontos de controle.
Mapa de
Orientação
42. • PRETO – Aterros; Desaterros; Construções; Caminhos
de Ferro.
42
43. Água e pântanos (azul)Água e pântanos (azul)
Este grupo inclui zonas aquáticas
e tipos especiais de terreno
criados pela presença de água
(pântanos). A classificação é
importante visto que indica o
grau de dificuldade que se
apresenta perante o orientista
e fornece elementos (poços,
nascentes e outros) para a
leitura do mapa e para pontos
de controlo.
Mapa
de
Orientação
44. • AZUL – Cursos de água; Linhas de água; Lagos; Regiões
pantanosas; arrozais….
44
45. Vegetação (verdeVegetação (verde + amarelo)+ amarelo)
A representação da vegetação é
importante para o orientista
porque indica a velocidade de
progressão e a visibilidade,
fornecendo também elementos
(árvores, troncos, etc) para a
leitura do mapa.
Mapa de
Orientação
51. • Apresenta e identifica todos os símbolos usados na
carta (sinais convencionais). Está situada na margem
inferior .
• Para tornar mais fácil a identificação dos pormenores
sobre a carta dando-lhe uma aparência e um
contraste mais naturais, os sinais convencionais são
de diferentes cores, cada uma das quais
corresponde a pormenores de determinada natureza.
52. ESCALAS QUE MAIS SE UTILIZAM:
•Cartas geográficas : 1 / 2.000.000 e 1 / 4.000.000
•Cartas corográficas : 1 / 500.000 e 1 / 100.000
•Cartas topográficas : 1 / 10.000 , 1 / 25.000 e 1 / 50.000
53. • Escala 1 / 10.000
Um quilómetro (1 Km – 1.000 m) no terreno equivale a 10 cm na carta e
um centímetro na carta equivale no terreno a 100 MT.
• Escala 1 / 25.000:
Um quilómetro no terreno equivale a 4 cm na carta e um centímetro
na carta equivale no terreno a 250 MT.
• Escala 1 / 50.000
• Um quilómetro no terreno equivale a 2 cm na carta e um centímetro
na carta equivale no terreno a 500 MT.
54. ESCALA GRÁFICA SIMPLES
A escala gráfica simples é formada por um segmento de recta ,
dividido em partes iguais , de modo que cada uma delas
represente no terreno 10 MT., 100 MT., 200 MT. ou outra
distância simples .
55. SINALÉTICA
A sinalética é a descrição da
localização exata dos pontos de
controle indicados pelo mapa.
Para além disso, indica qual a
colocação da baliza relativamente
ao elemento característico onde
está o ponto de controle e
assegura ao orientista, através do
código, que se trata do ponto
procurado.
58. SINALÉTICA
Não deve ser confundida com a
simbologia do mapa, embora exista
semelhança entre a maioria dos
símbolos utilizados no mapa e os
utilizados na sinalética.
Para o transporte da sinalética é
normalmente utilizado um porta-
sinalética que se adapta ao antebraço
do atleta.
62. Imagina uma rua de uma cidade.....
e... como é a mesma numa planta da cidade!
Coloca-te agora no cimo da montanha e
olha para baixo atravéz do mapa...
DEVES FAZES COINCIDIR O MAPA COM A REALIDADE... E TU
COLOCAS-TE SEMPRE ATRÁS DO PONTO ONDE ESTÁS EM
RELAÇÃO ÁQUELE PARA ONDE QUERES IR......
63. Nós colocamo-nos sempre atrás da do
percurso e...
TEMOS QUE FAZER COINCIDIR O
MAPA COM A REALIDADE
64. Verifica como é a realidade
transformada num mapa,
visto por cima...
66. TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO
Leitura do mapa
Linhas de segurança
Pequenos atalhos
Bússola (orientar mapa)
Relevo
Bússola (azimute)
Ponto de ataque
Orientação precisa
Relocalização
Escolha do itinerário
67. • 1º - Escolhe-se dois ou mais pontos de relevo do terreno, bem
visíveis.
• 2º - Localizam-se esses pontos na carta, bem como o local
onde nos encontramos.
• 3º - Colocam-se em coincidência as linhas definidas pela união
dos pontos do terreno com as que lhe correspondem na carta .
O ponto onde estas linhas (imaginárias) se cruzam, é, em
principio, o lugar onde nos encontramos.
68. • ATENÇÃO : Trata-se de um processo expedito e não-exacto .
69. É bastante falível este método de orientação, que consiste em
observar certos pormenores naturais ou artificiais.
1 – As igrejas têm, normalmente o altar-mor a Nascente e, a
porta a Poente. Porem modernamente, a construção nem
sempre pode considerar este costume antigo, devido às
exigências de ordem urbanística, pelo que este processo é por
vezes falto de confiança .
2 – As torres e os campanários têm, no cimo, uma cruzeta
com a indicação dos pontos cardeais.
70. 3 – A casca das árvores apresenta-se mais rugosa do lado em
que é mais batida pelas chuvas, isto é, do lado Norte, contrário
ao que se encontra mais exposto ao Sol.
4 – A existência de musgo, que se desenvolve mais do lado
húmido , indica-nos o Norte.
5 – Os caracóis encontram-se mais nas paredes voltadas a Sul
e a Leste.
6 – As formigas têm o formigueiro, especialmente as entradas,
abrigado dos ventos predominantes ( Norte, no caso do nosso
continente europeu), ficando portanto o lado Sul o acesso a
eles.
7 – Os ventos dominantes e a inclinação das árvores são
também métodos de orientação .
72. REGRAS PARA REALIZAÇÃO
DE UM PERCURSO
Num percurso tradicional de Orientação terão de ser visitados todos os
pontos de controle pela ordem indicada sob pena de desclassificação.
O percurso a seguir entre os pontos de controle não está definido e é
decidido por cada participante. Este elemento de escolha do percurso
e a capacidade de se orientar através da floresta são a essência da
Orientação.
A maioria das provas de Orientação utiliza o sistema de contra-relógio
com partidas intervaladas para que o orientista tenha a possibilidade
de realizar individualmente as suas próprias opções. Mas existem
muitas outras formas populares, incluindo estafetas e provas de partida
em massa.
73. A PARTIDA
Um triângulo que
corresponde ao ponto
onde se inicia a
orientação propriamen-
te dita e materializado
no terreno por uma
“baliza” (prisma de cores
laranja e branca), sem
código nem picotador.
74. OS PONTOS DE CONTROLO
Os Círculos que correspondem
a PONTOS DE CONTROLE,
materializados no terreno pelas
"balizas", com um código definido
para cada uma e que estão
acompanhadas de uma estação
eletrónica e/ou um picotador.
Introduzindo o seu identificador
eletrónico que é transportado
preso num dedo, ou picotando o
seu cartão de controle, o
praticante comprova a passagem
por cada ponto.
75. A CHEGADA
Dois círculos concêntricos que
correspondem à CHEGADA,
materializada no terreno por
uma “baliza”, também ela
acompanhada de uma estação
electrônica (e/ou um
picotador). Introduzindo o seu
identificador (ou picotando o
seu cartão de controle) o
praticante comprova o termino
do seu percurso.
78. Dos diferentes tipos de orientação podemos desde já começar por aqueles que, sem
qualquer tipo de equipamento especial, nos permitem estar sempre orientados e
saber sempre qual o local, ou orientação geográfica, onde nos encontramos,
bastando para isso olharmos com alguma atenção especial para aquilo que nos
rodeia.
Antes de tudo o mais, recordemos a Rosa-dos-Ventos.
Esta configuração dos pontos cardeais, deverá estar permanentemente
presente na nossa mente.
Nasce o SolPor do Sol
A ROSA-DOS-VENTOS
79. Antes de avançarmos mais, e já que vimos a Rosa-dos-Ventos, é importante
que recordemos aqui, para além dos pontos cardeais, também os restantes
pontos da Rosa-dos-Ventos.
A Rosa-dos-Ventos mais completa, divide-se assim, em:
Pontos Cardeais N
S
EO
N – Norte - 0º
S – Sul – 180º
E – Este – 90º
O – Oeste – 270º
Pontos Colaterais
NE – Nordeste – 45º
SE – Sueste – 135º
SO – Sudoeste – 225º
NO – Noroeste – 315º
NE
SESO
NO
Pontos Sub-Colaterais
NNE – Nor-Nordeste – 22,5º
ENE – Lés-Nordeste – 67,5º
ESE – Lés-Sueste – 112,5º
SSE – Su-Sueste – 157,5º
NNE
ENE
ESE
SSESSO
SSO – Su-Sudoeste – 202,5º
OSO – Oés-Sudoeste – 247,5º
ONO – Oés-Noroeste – 292,5º
NNO – Nor-Noroeste – 337,5º
OSO
ONO
NNO
80. Como determinar os pontos cardeais…?
Pode-se fazer pela observação do terreno, pelo Sol, pela bússola, pela sombra
e pelas estrelas.
Pela OBSERVAÇÃO DO TERRENO: as árvores apresentam mais folhas no local
onde estão expostas mais tempo ao sol - indicação do Sul; nas partes das
árvores, ou nos rochedos, mais expostos aos ventos frescos dominantes, ou
nas suas partes mais sombrias, crescem musgos – indicação do Norte; o gelo e
a neve aparecem em maiores quantidades nas encostas viradas a norte –
indicação do Norte.
15-04-15 80
81. Como determinar os pontos cardeais…?
Pelo Sol: o Sol nasce por volta das 6 da manhã a
este – indicação do Este; ao meio dia está a Sul –
indicação do Sul; ao final da tarde o Sol está a
Oeste – indicação do Oeste.
15-04-15 81
82. Como determinar os pontos cardeais…?
Pela Bússola
• É o meio mais eficaz para te orientares. No
entanto, para que a possas utilizar corretamente,
deves ter em consideração os seguintes pontos:
• Colocar a bússola sempre longe de objetos
metálicos (relógio, etc.), uma vez que estes
interferem no movimento da agulha magnética;
• Não a deves utilizar para grandes distâncias
(40mts), porque os erros podem ser graves;
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83. A Rosa dos Ventos
É o conjunto de todos os rumos que são determinados no
horizonte pelos pontos cardeais,
Pontos cardeais
N - norte ou setentrião;
S -sul ou Meridião;
E - este, oriente ou Nascente;
O - oeste, Ocidente ou poente.)
Pontos Colaterais (NE – nordeste; SE – sueste; NW –
noroeste; SW – sudoeste);
Pontos subcolaterais ou intermédios (nor-nordeste, és –
nordeste…..
15-04-15 83
84. CONCLUSÃO
Apesar da importância que a
componente física desempenha na
performance em orientação, a
verdade é que as técnicas na
Orientação são quase puramente
cognitivas, o que confirma a
importância dos processos
psicológicos na modalidade (Seiler,
1991).
Passamos agora a conhecer alguns dos
processos psicológicos.
85. A Tomada de decisão
Estádios do processo de decisão
- Reconhecer a necessidade de tomar uma decisão;
- Formular o tipo de decisão;
- Gerar alternativas;
- Procurar informação relativa a alternativas possíveis;
- Julgamento em função da comparação das alternativas;
- Ação (a decisão só é válida se for realizada);
- Feedback que permitirá a aprendizagem.
Vejamos agora alguns dos processos psicológicos
importantes….
86. CONCLUSÃO
"Os orientistas são homens e mulheres da solidão. No
momento da partida, ultrapassaram já a barreira da
civilização. Seguem pelo instinto e pela inteligência um
caminho imaginário e têm por únicos companheiros os seus
violentos batimentos do coração, a sua feroz vontade de
correr e o tic-tac de relógios invisíveis. Respiram o ar
balsâmico das florestas através das estações. À chegada,
regressam ao seio dos seus semelhantes, e precisam de algum
tempo para sair do seu isolamento. É então nesse momento
que os podemos abordar de novo".
Kaspar Wolf