SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
APOSTILA DE TOPOGRAFIA


          CEFS

   MODULO COMUM
     QBMP-0,1



     INSTRUTOR: SGT NUNES
SUMÁRIO



Unidade I

1 – Topografia ..................................................................................1
1.2 – Finalidade da Topografia no CBMERJ....................................1
1.3 – Divisão da Topografia .............................................................1
2 – Unidade de medida.....................................................................1
3 – Escala.........................................................................................2
3.1 – Tipos de escalas e medidas de distância................................3
4 – Processos de orientação............................................................4
5 – Orientação de campanha...........................................................5
6 – Designação de locação de pontos na carta................................6

Unidade II

7 – Convenções cartográficas..........................................................7
8 – representação de relevo.............................................................8
9 – Orientação na carta ...................................................................9
Unidade l




1 – TOPOGRAFIA
1 – Definição

       A palavra topografia tem a seguinte origem etimológica:
Topo – terreno
Grafia – escrita
       Com isso podemos definir topografia como sendo a arte de representar no
papel a configuração de uma porção de terreno com todos os seus acidentes e
objetos que se achem em sua superfície. Resumidamente, é a representação gráfica
de um terreno com seus acidentes naturais e artificiais.

1.2 – Finalidade da topografia no CBMERJ

       Familiarizar o BM com os acidentes naturais e artificiais existente no terreno,
desenvolver aptidões para a interpretação da carta topográfica e tornar o BM capaz
de estabelecer um plano de busca.
1.3 – Divisão da topografia

A topografia de uma forma geral divide-se em:
a) Topografia Militar (campanha) – que visa à orientação sobre o terreno e o
reconhecimento tático para fins de operações militares.

b) Cartografia – levantamentos do terreno e obtenção de detalhes par confecção de
carta topográfica;

c) Topologia – Ligada à topografia militar, é a parte da topografia que se ocupa com
o estudo das formas do terreno;

d) Topometria – Ligada á cartografia, é a parte da topografia que estuda o conjunto
das operações necessárias para a obtenção dos elementos indispensáveis à
representação gráfica do terreno. Ocupa-se com o estudo das dimensões e suas
respectivas medidas;

e) Desenho Topográfico - É a operação com os dados obtidos pelas diversas
operações da Topometria, representando no papel os acidentes de uma determinada
superfície, segundo uma escala e convenções cartográficas.

2 – Unidade de medida

Unidade de medida angular.

      A unidade de medida angular que iremos utilizar no nosso estudo de
topografia é o grau, minuto e segundo utilizada no sistema sexagesimal.

Ex. : 1°
       10’20’’

Conversão entre as unidades apresentadas:

1° = 60’
1° = 3600’’
1’ = 60’’

Exercício.

   1) Converta as unidades abaixo:

a) 30° = em minuto

b) 48’ = em segundo

c) 360° = em minuto e segundo

d) 120’ = em grau e segundo

3 – Escala

      É a relação existente entre as dimensões representadas na carta e seus
valores reais no terreno.
As cartas trazem impressas nas margens as escalas respectiivas, que podem
ser:
           •   Escala numérica;
           •   Escala de equivalência;
           •   Escala gráfica.

3.1. Tipos de escalas e medidas de distancia

      Temos três tipos de escalas, a que nos utilizaremos no nosso estudo e a
escala numérica para resoluções de problemas.

   •    Gráfica.

      A escala gráfica nada mais é do que a representação gráfica da escala
numérica; ela é um segmento de reta, graduado de modo a indicar diretamente,
valores medidos na própria carta. As cartas às trazem normalmente, desenhada
abaixo da indicação da escala numérica.

   •    Equivalente.

       Quando se opera com escala, utiliza-se qualquer sistema de medidas, não
importando, pois, a nacionalidade da carta. A expressão 1/25000 significa que a
unidade de medida considerada na carta vale 25000 unidades no terreno, seja qual
for essa medida: metro, decímetro, centímetro, milésimo, polegada, jarda, milha, etc.
Ex.: 1m na carta equivale a 25000m no terreno
     1cm na carta equivale a 25000cm no terreno
      1mm na carta equivale a 25000mm no terreno

   •    Numérica.

       Esta escala é representada em forma de fração, onde o numerador representa
a distancia gráfica(d) na carta, e o denominador a distancia real (D) no terreno,
assim:

E = d/D

Onde:

“E” é a escala;
“d” é a distância gráfica (na carta);
“D” é a distância real (no terreno).

Resolução de problemas utilizando a escala numérica.


Problema 1.: Qual é a escala do mapa. Dado distancia real 500m, e distancia no
mapa 5 cm.

  • Convertendo 500m e cm
1m = 100cm
500m = X
X = 500x100
X = 50.000cm
   • Dividindo numerador e denominador por 5

E = 5/50.000 E = 1/10.000

Problema 2.: Qual é a distancia real. Dado a escala 1/10.000, e distancia no mapa
10cm

   •   Substituindo na formula

E = d/D
1/10.000 = 10/D

Multiplicando meios e extremos da equação temos:
Dx1 = 10x10.000
D = 100.000cm = 100m

Problema 3.: Qual é a distancia no mapa. Dado a escala 1/10.000, e distancia real
1500m

   • Convertendo 1500m e cm
1m = 100cm
1500m = X
X = 1500x100
X = 150.000cm

   •   Substituindo na formula

E = d/D
1/10.000 = d/150.000
10.000d = 150.000x1
d = 150.000/10.000
d = 15cm

4 – Processos de orientação


       A palavra ORIENTAÇÃO significa, em sentido restrito, a procura da direção do
Oriente (onde o sol nasce); em sentido mais amplo, consiste na fixação de um rumo
qualquer na superfície terrestre.
      Orientar-nos é, pois, saber onde nos encontramos e para onde pretendemos
nos dirigir. Para tal fim foram estabelecidas quatro direções principais, os pontos
cardeais e, entre elas, pontos intermediários denominados colaterais, estão os
subcolaterais.
      A direção correspondente ao nascer do sol é o oriente ( nascente, leste ou
levante), a direção oposta é o Ocidente( Poente, Oeste ou Ocaso). Exatamente nos
pontos intermediários dessas direções ficam o Norte e o sul. Em resumo: Norte, Sul,
Leste e Oeste, pontos cardeais.
Veremos a seguir alguns processos de orientação:

1 – Rosa dos ventos

É uma representação gráfica dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. O
gráfico é graduado em toda a sua margem, totalizando 360º (trezentos e sessenta
graus).


                                  N

                           NNO         NNE

                    NO                        NE

             ONO                                   ENE




            O                                            L




             OSO                                   ESE



                    SO                        SE

                            SSO         SSE


                                  S

PONTO CARDEAIS:

N               NORTE
S               SUL
E OU L          ESTE OU LESTE (NASCENTE)
O               OESTE (POENTE)

PONTOS COLATERAIS:

NE       Nordeste
SE       Sudeste
SO       Sudoeste
NO       Noroeste

PONTOS SUBCOLATERAIS

NNE      Norte-nordeste
ENE      Este - nordeste
ESE      Este - sudeste
SSE      Sul-sudeste
SSO      Sul-sudoeste
OSO      Oeste-sudoeste
ONO      Oeste-noroeste
NNO      Norte-noroeste

2 – Orientação pelo sol
N




 O                                          L



                       S

23 de março à 21 março – Norte
23 de setembro à 21 de março – Sul
22de março e 22 de setembro – Leste par Oeste.

      Apontando-se o braço direito para o nascente do sol, teremos a frente, o norte,
á esquerda o oeste e a retaguarda o sul. Ficando de frente para o nascente do sol,
teremos a esquerda o oeste e a retaguarda o Norte , à direita o sul e
conseqüentemente o oeste a retaguarda.

Observação: A lua segue de uma forma geral o movimento do sol. De acordo com os
quartos da lua, podemos ter a direção Norte. Em seu movimento aparente no céu,
semelhante ao do sol, dá-nos uma indicação aproximada dos pontos cardeais
empregando o mesmo processo descrito anteriormente, especialmente na fase da
lua cheia.

3 – Orientação pelo relógio

      Coloca-se a linha 6/12 do relógio apontada para direção do sol, a bissetriz do
ângulo formado entre essa linha imaginária e o ponteiro das horas no sentido horário,
nos dará a direção norte – sul (geográfico). Antes do meio dia nos indicará o sul,
após o meio dia nos indicará o norte.




                                   S




4 - Orientação pelo Cruzeiro do Sul
Consiste em prolongarmos quatro vezes e meia o braço maior da
constelação e desse ponto imaginário baixarmos um a perpendicular até o
horizonte, ai encontraremos o sul (geográfico).




5 – Orientação pelos fenômenos naturais

        A observação de alguns fenômenos naturais, nos permite a grosso modo
identificarmos a direção norte – sul. Assim sendo, ao observarmos o terreno
notaremos que o caule das árvores, a superfície das pedras, o mourão das cercas
das casas de campo, são mais úmidos nas partes voltadas para o sul,
frequentemente denunciado pela presença do limo. As cascas das árvores
apresentam-se mais grossas na parte sul; e nas formações arbóreas é comum as
folhas voltadas para o sul, conservares-se verdes por mais tempo e possuem
tonalidade de cor mais intensas. As madeiras apodrecem com maior freqüência na
parte voltada para o sul.
        Os abrigos construídos pelos animais de um modo geral costumam ter a
entrada voltada para o norte, protegendo-os dos ventos frios do sul e recebendo
diretamente o calor e a luz do sol.
Ex. : casa de João-de-barro, formigas, etc...

Obs. : Os frutos amadurecem com maior rapidez pelo lado norte.

6 – Orientação pelos acidentes geográficos

       Processo que nos permite traçar uma direção tendo como pontos de
referência os acidentes nítidos e destacamos no terreno, que nos servem de marco
de orientação.
Ex. : Um bosque, uma elevação alta, curva de um rio, lago, etc.




8 – Orientação pela bússola
Simples, prática e de pequeno volume, a bússola é um instrumento destinado
a medir ângulos horizontais, bem como para orientação. Ela nos indica pelo principio
da física terrestre uma direção aproximada constante, que o Norte Magnético. Dessa
forma vemos que a bússola nos fornecerá sempre o Norte Magnético (NM), e que o
azimute medido por ela será o Az magnético.




                              bússola Silva




5 – Orientação de campanha.

       Encontra-se perfeitamente orientada a pessoa que estiver em condições de
tomar uma direção, assegurá-la e retomá-la a todo e qualquer momento.
       A direção base nada mais é do que um dos lados de um ângulo que expressa
uma direção entre dois pontos. As direções bases tomadas como referência para
orientação em campanha, são três:
    • Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV/NG)
    • Norte Magnético (NM)
    • Norte de Quadricula (NQ)




   •   Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV/NG)
É a direção que passa pelo pólo norte da terra, ou seja, pelo ponto de latitude
90º. Empregada em levantamentos, quando se deseja grande precisão, normalmente
não é empregada em campanha. Os meridianos de uma carta representam as
direções do norte e do sul verdadeiros.

   •   Norte Magnético (NM)

       É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para
qual são atraídas todas as agulhas imantadas. Este ponto fica aproximadamente, na
Ilha Príncipe de Galles, no Canadá. É indicado pelo ponto “N” da agulha d bússola. É
comumente empregada em campanha, já que pode ser determinada diretamente
com uma bússola comum.

   •   Norte de Quadricula (NQ)

      É indicado pela direção das linhas verticais da quadricula, geralmente feitas
nas cartas militares. O norte é um ponto fictício.

Diagrama de Orientação

        As cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na margem. Tal
que contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e o norte
de quadriculas. Os diagramas de orientação devem ser atualizados antes de ser
utilizados para esse fim.

                            NV
                    NM               NQ




                                          Convergência de meridianos
 Declinação magnetica
NV
           NV                              NV
                                                           NM            NQ
  NM                   NQ      NM               NQ




Declinação Magnética        Convergência de Meridianos          Ângulo QM
DM = NV/NM                  CM = NV/NQ                          QM = NM/NQ


Atualização da declinação magnética

           NV
  NM                   NQ
                                                      2008
                                                     -1982
                                                      026(anos)
          30’
                                                          26
                                                         x 3’
                                                          78’

                       Declinação cresce              30’
                       3’ por ano                    +78’
                                                     108’
           1982
                                                     108’ = 1º48’
           NV
  NM                   NQ


         1º48’




                            Diagrama atualizado

                2008
Azimute e conta-azimute

   Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos
ponteiros do relógio a partir de ima direção base, para uma direção qualquer. A variação
do azimute é de 0º a 360º.

Contra-azimute

   O contra–azimute de uma direção é simplesmente, o azimute da direção no sentido
contrario (oposto).
   Para se calcular o contra-azimute basta somar 180º ao azimute. Se o azimute
excede 180º o contra-azimute será o azimute menos 180º.
Ex.: Contra-azimute de 60º = 60º + 180º = 240º
     Contra-azimute de 200º = 200º - 180º = 20º

Exercício

Calcule os contra-azimutes

a) Az 240º
b) Az 85º
c) Az 175º
d) Az 200º
e) Az 180º



Equipe de navegação


A equipe de navegação, normalmente, é composta de quatro funções a saber

Homem – Bússola.

     Será o portador da bússola. Desloca-se a retaguarda do homem-ponto deverá
manter a bússola amarrada ao corpo para não perdê-a; quando não estiver sendo
utilizada deverá estar fechada.
     Obs.: deverá utilizar um bastão, não somente para auxiliá-lo nos deslocamentos,
mas, principalmente, para apoiar a bússola quando for tirar o azimute.

Homem – Carta.

    Conduzirá a carta e identificará os pontos de referencia, informa com relação ao
terreno, vegetação, sempre que possível, o homem-carta, também, contará os passos
duplos.



Homem – Passo.
Desloca-se após o homem-bússola, com a missão de contar os passos percorridos e
transforma-los em metros. Para desempenhar esta função, deverá ter o passo aferido
com antecedência e acrescido de 1/3 sobre a contagem obtida. Essa margem de
segurança (1/3) compensará os erros provenientes de incidentes comuns nos
deslocamentos através das matas, como quedas, desequilíbrio, passagem sobre
troncos, pequenos desvios, terrenos alagados e uma série de outros obstáculos.

Homem – Ponto.

   Elemento lançado à frente para servir de referencia, para que o homem-bússola
tenha condições de marcar a direção que a tropa deverá seguir; portará um facão para
abrir picadas, assim facilitando o seu deslocamento e, consequentemente, o da tropa.


6 - Designação de locação de pontos na carta.

   Frequentemente, em operações de combate a incêndio florestal e de
busca de pessoas perdidas nas matas, há necessidade de se designar
pontos na carta. Seja indicando os focos de incêndio, seja indicando a
localização das áreas percorridas pelas equipes de busca.
   Vários processos são empregados para a designação e locação de
pontos na carta. Os mais usados são:

1 – Coordenadas geográficas;
2 – Coordenadas plano-retangulares.
Unidade ll

7 – Convenções cartográficas

    São símbolos empregados nas cartas para indicar construções e acidentes
existentes no terreno.




Ex.1
Ex.2




Ex. 3




Cores:

a) Vermelho – Rodovias principais;
b) Amarelo – Rodovias secundarias;
c) Azul – Toda hidrografia;
d) Castanho – Curvas de nível;
e) Preto – Nomenclaturas, planimetria em geral;
f) Verde – Toda a vegetação.


7 – Representação do relevo
   A irregularidade da superfície da terra, conhecida como elevação e relevo
torna-se uma fonte importante de informações militares com as quais o
usuário da carta deve se familiarizar.
   São vários métodos para indicação da elevação e do relevo nas cartas. As
cartas em escala pequena, geralmente usam os processos das hachúrias, o
das cores hipsometricvas e dos pontos cotados, ao passo que as cartas em
escala grande o processo das curvas de nível, que mostram as elevações e o
relevo com exatidão e com detalhes consideráveis.
Curvas de nível


   São as projeções ortogonais horizontais das interseções do terreno com
planos horizontais eqüidistantes.Elas representam linhas imaginarias, no
terreno, ao longo da qual todos os pontos estão em mesma altitude. As
curvas de nível indicam uma distancia vertical acima, ou abaixo, de um plano
de nível zero, cada curva de nível tem um determinado valor. A distancia
vertical entre as curvas de nível, é como eqüidistante, cujo valor é
encontrado nas informações marginais da carta.


Hachúrias


   Hachurias são pequenas linhas paralelas ou ligeiramente divergente,
traçadas na direção dos declives. Elas são mais ou menos espaçadas as
encostas a representar, sejam suaves ou íngrimes.


Cores Hipsométricas

   O relevo é representado, em certas, por meio da cores, nesse processo
cada cor ou tonalidade representa determinada zona de altitude. As cartas
possuem na margem uma legenda mostrando a correspondência entre as
cores e as altitudes. Normalmente as cores escuras são as zonas mais
elevadas.



Pontos cotados



   Esse processo consiste em representar, os pontos do terreno por projeções
horizontais, indicando sua altura ou cota. É normalmente utilizado nas cartas
topográficas como um sistema complementar às curvas de nível,
particularmente nas regiões pobres de relevo. Segundo o método adotado
para a determinação da altitude, esses pontos recebem as determinações de
pontos trigonométricos, astrômico e cotados. Esses pontos ao mesmo tempo
em que completam a definição do relevo, prestam-se também à designação
militar de objetos.



Perfil do relevo
Perfil do relevo utilizando curvas de nível.
Figura 3.16 - Identificação das Curvas mestras
Cartas
7 – Orientação da carta

   Utilizando bússola do tipo W & LE GURLEY

   1) Coloque o reticulo e o índice de leitura da bússola sobre um meridiano qualquer;
   2) Gire o vidro móvel, de modo que o índice de leitura indique um ângulo igual á
      declinação do lugar;
   3) Gire o conjunto carta-bússola, de modo que a seta indicadora do norte coincida
      com o índice do vidro móvel;
   4) Feito isso, a carta estará orientada.

   Utilizando bússola do tipo SILVA

   1) Coloque a seta direcional da bússola coincidindo com o meridiano qualquer;
   2) Gire o anel graduado da bússola de forma a colocar o ângulo QM no índice de
   leitura;
   3) Gire o conjunto carta-bússola, de modo que a agulha imantada coincida com o
   N(norte);
   4) Nesse ponto a carta estará orientada.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Orientação pela bussola
Orientação pela bussolaOrientação pela bussola
Orientação pela bussolagenarui
 
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2Falcão Brasil
 
8 exercícios com escalas
8  exercícios com escalas8  exercícios com escalas
8 exercícios com escalasMayjö .
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1Falcão Brasil
 
Manual giro do horizonte
Manual giro do horizonteManual giro do horizonte
Manual giro do horizonteTriplo Sof
 
Fisico Quimica - O Universo 7ºano
Fisico Quimica - O Universo 7ºanoFisico Quimica - O Universo 7ºano
Fisico Quimica - O Universo 7ºanojmamata
 
Localização Absoluta - 7º D
Localização Absoluta - 7º DLocalização Absoluta - 7º D
Localização Absoluta - 7º Dabarros
 
C 22-6 Inspeções, Revistas e Desfiles
C 22-6 Inspeções, Revistas e DesfilesC 22-6 Inspeções, Revistas e Desfiles
C 22-6 Inspeções, Revistas e Desfilesr_jrsouza
 
Novo F.Q. 7 - PPT Universo
Novo F.Q. 7 - PPT UniversoNovo F.Q. 7 - PPT Universo
Novo F.Q. 7 - PPT Universoandygracolas
 
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010Falcão Brasil
 
Cartografia geral
Cartografia geralCartografia geral
Cartografia geralRomualdo SF
 
PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001
PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001
PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001Falcão Brasil
 
Escala – um elemento fundamental
Escala – um elemento fundamentalEscala – um elemento fundamental
Escala – um elemento fundamentalRosária Zamith
 
Calculo de rumos e azimutes2
Calculo de rumos e azimutes2Calculo de rumos e azimutes2
Calculo de rumos e azimutes2botelho_19
 

Mais procurados (20)

Orientação pela bussola
Orientação pela bussolaOrientação pela bussola
Orientação pela bussola
 
Download
DownloadDownload
Download
 
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2
 
8 exercícios com escalas
8  exercícios com escalas8  exercícios com escalas
8 exercícios com escalas
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO PATRULHAS CI 21-75/1
 
Manual giro do horizonte
Manual giro do horizonteManual giro do horizonte
Manual giro do horizonte
 
Fisico Quimica - O Universo 7ºano
Fisico Quimica - O Universo 7ºanoFisico Quimica - O Universo 7ºano
Fisico Quimica - O Universo 7ºano
 
Localização Absoluta - 7º D
Localização Absoluta - 7º DLocalização Absoluta - 7º D
Localização Absoluta - 7º D
 
C 22-6 Inspeções, Revistas e Desfiles
C 22-6 Inspeções, Revistas e DesfilesC 22-6 Inspeções, Revistas e Desfiles
C 22-6 Inspeções, Revistas e Desfiles
 
Introdução à Astronomia
Introdução à AstronomiaIntrodução à Astronomia
Introdução à Astronomia
 
Novo F.Q. 7 - PPT Universo
Novo F.Q. 7 - PPT UniversoNovo F.Q. 7 - PPT Universo
Novo F.Q. 7 - PPT Universo
 
Teste 3
Teste 3 Teste 3
Teste 3
 
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010
FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE PPB/2 2010
 
Cartografia geral
Cartografia geralCartografia geral
Cartografia geral
 
Urano (2) ss
Urano (2) ssUrano (2) ss
Urano (2) ss
 
Escutismo
EscutismoEscutismo
Escutismo
 
PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001
PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001
PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR EB70-P-11.001
 
Escala – um elemento fundamental
Escala – um elemento fundamentalEscala – um elemento fundamental
Escala – um elemento fundamental
 
Calculo de rumos e azimutes2
Calculo de rumos e azimutes2Calculo de rumos e azimutes2
Calculo de rumos e azimutes2
 
Sistema Terra Lua
Sistema Terra LuaSistema Terra Lua
Sistema Terra Lua
 

Destaque

Apostila topografia com exercicios sobre declinacao magnetica
Apostila topografia com exercicios sobre declinacao magneticaApostila topografia com exercicios sobre declinacao magnetica
Apostila topografia com exercicios sobre declinacao magneticaPaula Aguiar Ufba Doc Zoo
 
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011Falcão Brasil
 
Topografia exercícios propostos com solução
Topografia    exercícios  propostos com soluçãoTopografia    exercícios  propostos com solução
Topografia exercícios propostos com soluçãoMaíra Barros
 
Download - Manual do Exército C 22 5
Download - Manual do Exército  C 22 5Download - Manual do Exército  C 22 5
Download - Manual do Exército C 22 5APaC Elo 2
 
Oficina de Navegação com Mapa e Bússola
Oficina de Navegação com Mapa e BússolaOficina de Navegação com Mapa e Bússola
Oficina de Navegação com Mapa e BússolaCleverson Sacramento
 
Introdução geral à topografia
Introdução geral à topografiaIntrodução geral à topografia
Introdução geral à topografiaPessoal
 
Topografia - Apostila pratica [1]
Topografia - Apostila pratica [1]Topografia - Apostila pratica [1]
Topografia - Apostila pratica [1]Carlos Elson Cunha
 
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...Falcão Brasil
 
Apoio do Comando do Exército Brasileiro
Apoio do Comando do Exército BrasileiroApoio do Comando do Exército Brasileiro
Apoio do Comando do Exército BrasileiroGeneralPitaluga
 
[FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna
[FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna [FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna
[FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna Bunee.io - Hiring with Intelligence
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundialguesta6b49d4
 

Destaque (20)

Apostila topografia com exercicios sobre declinacao magnetica
Apostila topografia com exercicios sobre declinacao magneticaApostila topografia com exercicios sobre declinacao magnetica
Apostila topografia com exercicios sobre declinacao magnetica
 
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA EB70-PP-11.011
 
Topografia exercícios propostos com solução
Topografia    exercícios  propostos com soluçãoTopografia    exercícios  propostos com solução
Topografia exercícios propostos com solução
 
Download - Manual do Exército C 22 5
Download - Manual do Exército  C 22 5Download - Manual do Exército  C 22 5
Download - Manual do Exército C 22 5
 
Oficina de Navegação com Mapa e Bússola
Oficina de Navegação com Mapa e BússolaOficina de Navegação com Mapa e Bússola
Oficina de Navegação com Mapa e Bússola
 
Guerra fria
Guerra friaGuerra fria
Guerra fria
 
Apostila topografia nova
Apostila topografia novaApostila topografia nova
Apostila topografia nova
 
Introdução geral à topografia
Introdução geral à topografiaIntrodução geral à topografia
Introdução geral à topografia
 
Topografia - Apostila pratica [1]
Topografia - Apostila pratica [1]Topografia - Apostila pratica [1]
Topografia - Apostila pratica [1]
 
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-INSTRUÇÃO D...
 
Apoio do Comando do Exército Brasileiro
Apoio do Comando do Exército BrasileiroApoio do Comando do Exército Brasileiro
Apoio do Comando do Exército Brasileiro
 
Aula 03
Aula 03Aula 03
Aula 03
 
[FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna
[FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna [FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna
[FrontinBH] Quero ser um ninja em xHTML, HTML5 e CSS3 - Bernard de Luna
 
Aula azimute e rumo7
Aula azimute e rumo7Aula azimute e rumo7
Aula azimute e rumo7
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
 
Topografia aula02
Topografia aula02Topografia aula02
Topografia aula02
 
Curso Outdoor Adver.
Curso Outdoor Adver.Curso Outdoor Adver.
Curso Outdoor Adver.
 
Orientação es moura
Orientação es mouraOrientação es moura
Orientação es moura
 
Topografia aula03
Topografia aula03Topografia aula03
Topografia aula03
 
Algemas
AlgemasAlgemas
Algemas
 

Semelhante a APOSTILA DE TOPOGRAFIA MILITAR

Geofísica
GeofísicaGeofísica
GeofísicaUFES
 
Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano
Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano
Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano Fellipe Prado
 
Orientação 2010-2011
Orientação   2010-2011Orientação   2010-2011
Orientação 2010-2011Fireshaker
 
Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011jjfneto83
 
Geografia cartografia e geomorfologia
Geografia cartografia e geomorfologiaGeografia cartografia e geomorfologia
Geografia cartografia e geomorfologiaBriefCase
 
Aula introdução cartografia
Aula   introdução cartografiaAula   introdução cartografia
Aula introdução cartografiaOmar Fürst
 
Projeto cartografia ceesub - alterado 2012
Projeto cartografia   ceesub - alterado 2012Projeto cartografia   ceesub - alterado 2012
Projeto cartografia ceesub - alterado 2012anilce
 
Cartografia2.
Cartografia2.Cartografia2.
Cartografia2.Professor
 
Projeto cartografia ceesub
Projeto cartografia   ceesubProjeto cartografia   ceesub
Projeto cartografia ceesubricardoeval
 
Apresentação curso geografia
Apresentação curso geografiaApresentação curso geografia
Apresentação curso geografiaVandy Zago
 
Manual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdf
Manual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdfManual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdf
Manual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdfFernando Fabio Filho
 
Coordenadas geográficas
Coordenadas geográficasCoordenadas geográficas
Coordenadas geográficasGilcleia
 
Cartografia 2011
Cartografia 2011Cartografia 2011
Cartografia 2011caroline-f
 

Semelhante a APOSTILA DE TOPOGRAFIA MILITAR (20)

Cartografia Primeiros Anos
Cartografia Primeiros AnosCartografia Primeiros Anos
Cartografia Primeiros Anos
 
Geofísica
GeofísicaGeofísica
Geofísica
 
Slides rivancley
Slides   rivancleySlides   rivancley
Slides rivancley
 
Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano
Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano
Elementos da Orientação e da cartografia - Aulas 1, 2 e 3 Geografia 3º Ano
 
Orientação 2010-2011
Orientação   2010-2011Orientação   2010-2011
Orientação 2010-2011
 
Geofísica
GeofísicaGeofísica
Geofísica
 
Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011
 
Unidade 2 6º ano
Unidade 2   6º anoUnidade 2   6º ano
Unidade 2 6º ano
 
Geografia cartografia e geomorfologia
Geografia cartografia e geomorfologiaGeografia cartografia e geomorfologia
Geografia cartografia e geomorfologia
 
Cartografia odete
Cartografia odeteCartografia odete
Cartografia odete
 
Aula introdução cartografia
Aula   introdução cartografiaAula   introdução cartografia
Aula introdução cartografia
 
Projeto cartografia ceesub - alterado 2012
Projeto cartografia   ceesub - alterado 2012Projeto cartografia   ceesub - alterado 2012
Projeto cartografia ceesub - alterado 2012
 
Cartografia2.
Cartografia2.Cartografia2.
Cartografia2.
 
Aula - Projeções Cartográficas.ppt ggggg
Aula - Projeções Cartográficas.ppt gggggAula - Projeções Cartográficas.ppt ggggg
Aula - Projeções Cartográficas.ppt ggggg
 
Projeto cartografia ceesub
Projeto cartografia   ceesubProjeto cartografia   ceesub
Projeto cartografia ceesub
 
Apresentação curso geografia
Apresentação curso geografiaApresentação curso geografia
Apresentação curso geografia
 
Geografia cartografia
Geografia cartografiaGeografia cartografia
Geografia cartografia
 
Manual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdf
Manual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdfManual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdf
Manual de Orientação (BÚSSOLA e SEMAFORA).pdf
 
Coordenadas geográficas
Coordenadas geográficasCoordenadas geográficas
Coordenadas geográficas
 
Cartografia 2011
Cartografia 2011Cartografia 2011
Cartografia 2011
 

APOSTILA DE TOPOGRAFIA MILITAR

  • 1. APOSTILA DE TOPOGRAFIA CEFS MODULO COMUM QBMP-0,1 INSTRUTOR: SGT NUNES
  • 2. SUMÁRIO Unidade I 1 – Topografia ..................................................................................1 1.2 – Finalidade da Topografia no CBMERJ....................................1 1.3 – Divisão da Topografia .............................................................1 2 – Unidade de medida.....................................................................1 3 – Escala.........................................................................................2 3.1 – Tipos de escalas e medidas de distância................................3 4 – Processos de orientação............................................................4 5 – Orientação de campanha...........................................................5 6 – Designação de locação de pontos na carta................................6 Unidade II 7 – Convenções cartográficas..........................................................7 8 – representação de relevo.............................................................8 9 – Orientação na carta ...................................................................9
  • 3. Unidade l 1 – TOPOGRAFIA 1 – Definição A palavra topografia tem a seguinte origem etimológica: Topo – terreno Grafia – escrita Com isso podemos definir topografia como sendo a arte de representar no papel a configuração de uma porção de terreno com todos os seus acidentes e objetos que se achem em sua superfície. Resumidamente, é a representação gráfica de um terreno com seus acidentes naturais e artificiais. 1.2 – Finalidade da topografia no CBMERJ Familiarizar o BM com os acidentes naturais e artificiais existente no terreno, desenvolver aptidões para a interpretação da carta topográfica e tornar o BM capaz de estabelecer um plano de busca. 1.3 – Divisão da topografia A topografia de uma forma geral divide-se em:
  • 4. a) Topografia Militar (campanha) – que visa à orientação sobre o terreno e o reconhecimento tático para fins de operações militares. b) Cartografia – levantamentos do terreno e obtenção de detalhes par confecção de carta topográfica; c) Topologia – Ligada à topografia militar, é a parte da topografia que se ocupa com o estudo das formas do terreno; d) Topometria – Ligada á cartografia, é a parte da topografia que estuda o conjunto das operações necessárias para a obtenção dos elementos indispensáveis à representação gráfica do terreno. Ocupa-se com o estudo das dimensões e suas respectivas medidas; e) Desenho Topográfico - É a operação com os dados obtidos pelas diversas operações da Topometria, representando no papel os acidentes de uma determinada superfície, segundo uma escala e convenções cartográficas. 2 – Unidade de medida Unidade de medida angular. A unidade de medida angular que iremos utilizar no nosso estudo de topografia é o grau, minuto e segundo utilizada no sistema sexagesimal. Ex. : 1° 10’20’’ Conversão entre as unidades apresentadas: 1° = 60’ 1° = 3600’’ 1’ = 60’’ Exercício. 1) Converta as unidades abaixo: a) 30° = em minuto b) 48’ = em segundo c) 360° = em minuto e segundo d) 120’ = em grau e segundo 3 – Escala É a relação existente entre as dimensões representadas na carta e seus valores reais no terreno.
  • 5. As cartas trazem impressas nas margens as escalas respectiivas, que podem ser: • Escala numérica; • Escala de equivalência; • Escala gráfica. 3.1. Tipos de escalas e medidas de distancia Temos três tipos de escalas, a que nos utilizaremos no nosso estudo e a escala numérica para resoluções de problemas. • Gráfica. A escala gráfica nada mais é do que a representação gráfica da escala numérica; ela é um segmento de reta, graduado de modo a indicar diretamente, valores medidos na própria carta. As cartas às trazem normalmente, desenhada abaixo da indicação da escala numérica. • Equivalente. Quando se opera com escala, utiliza-se qualquer sistema de medidas, não importando, pois, a nacionalidade da carta. A expressão 1/25000 significa que a unidade de medida considerada na carta vale 25000 unidades no terreno, seja qual for essa medida: metro, decímetro, centímetro, milésimo, polegada, jarda, milha, etc. Ex.: 1m na carta equivale a 25000m no terreno 1cm na carta equivale a 25000cm no terreno 1mm na carta equivale a 25000mm no terreno • Numérica. Esta escala é representada em forma de fração, onde o numerador representa a distancia gráfica(d) na carta, e o denominador a distancia real (D) no terreno, assim: E = d/D Onde: “E” é a escala; “d” é a distância gráfica (na carta); “D” é a distância real (no terreno). Resolução de problemas utilizando a escala numérica. Problema 1.: Qual é a escala do mapa. Dado distancia real 500m, e distancia no mapa 5 cm. • Convertendo 500m e cm 1m = 100cm
  • 6. 500m = X X = 500x100 X = 50.000cm • Dividindo numerador e denominador por 5 E = 5/50.000 E = 1/10.000 Problema 2.: Qual é a distancia real. Dado a escala 1/10.000, e distancia no mapa 10cm • Substituindo na formula E = d/D 1/10.000 = 10/D Multiplicando meios e extremos da equação temos: Dx1 = 10x10.000 D = 100.000cm = 100m Problema 3.: Qual é a distancia no mapa. Dado a escala 1/10.000, e distancia real 1500m • Convertendo 1500m e cm 1m = 100cm 1500m = X X = 1500x100 X = 150.000cm • Substituindo na formula E = d/D 1/10.000 = d/150.000 10.000d = 150.000x1 d = 150.000/10.000 d = 15cm 4 – Processos de orientação A palavra ORIENTAÇÃO significa, em sentido restrito, a procura da direção do Oriente (onde o sol nasce); em sentido mais amplo, consiste na fixação de um rumo qualquer na superfície terrestre. Orientar-nos é, pois, saber onde nos encontramos e para onde pretendemos nos dirigir. Para tal fim foram estabelecidas quatro direções principais, os pontos cardeais e, entre elas, pontos intermediários denominados colaterais, estão os subcolaterais. A direção correspondente ao nascer do sol é o oriente ( nascente, leste ou levante), a direção oposta é o Ocidente( Poente, Oeste ou Ocaso). Exatamente nos pontos intermediários dessas direções ficam o Norte e o sul. Em resumo: Norte, Sul, Leste e Oeste, pontos cardeais.
  • 7. Veremos a seguir alguns processos de orientação: 1 – Rosa dos ventos É uma representação gráfica dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. O gráfico é graduado em toda a sua margem, totalizando 360º (trezentos e sessenta graus). N NNO NNE NO NE ONO ENE O L OSO ESE SO SE SSO SSE S PONTO CARDEAIS: N NORTE S SUL E OU L ESTE OU LESTE (NASCENTE) O OESTE (POENTE) PONTOS COLATERAIS: NE Nordeste SE Sudeste SO Sudoeste NO Noroeste PONTOS SUBCOLATERAIS NNE Norte-nordeste ENE Este - nordeste ESE Este - sudeste SSE Sul-sudeste SSO Sul-sudoeste OSO Oeste-sudoeste ONO Oeste-noroeste NNO Norte-noroeste 2 – Orientação pelo sol
  • 8. N O L S 23 de março à 21 março – Norte 23 de setembro à 21 de março – Sul 22de março e 22 de setembro – Leste par Oeste. Apontando-se o braço direito para o nascente do sol, teremos a frente, o norte, á esquerda o oeste e a retaguarda o sul. Ficando de frente para o nascente do sol, teremos a esquerda o oeste e a retaguarda o Norte , à direita o sul e conseqüentemente o oeste a retaguarda. Observação: A lua segue de uma forma geral o movimento do sol. De acordo com os quartos da lua, podemos ter a direção Norte. Em seu movimento aparente no céu, semelhante ao do sol, dá-nos uma indicação aproximada dos pontos cardeais empregando o mesmo processo descrito anteriormente, especialmente na fase da lua cheia. 3 – Orientação pelo relógio Coloca-se a linha 6/12 do relógio apontada para direção do sol, a bissetriz do ângulo formado entre essa linha imaginária e o ponteiro das horas no sentido horário, nos dará a direção norte – sul (geográfico). Antes do meio dia nos indicará o sul, após o meio dia nos indicará o norte. S 4 - Orientação pelo Cruzeiro do Sul
  • 9. Consiste em prolongarmos quatro vezes e meia o braço maior da constelação e desse ponto imaginário baixarmos um a perpendicular até o horizonte, ai encontraremos o sul (geográfico). 5 – Orientação pelos fenômenos naturais A observação de alguns fenômenos naturais, nos permite a grosso modo identificarmos a direção norte – sul. Assim sendo, ao observarmos o terreno notaremos que o caule das árvores, a superfície das pedras, o mourão das cercas das casas de campo, são mais úmidos nas partes voltadas para o sul, frequentemente denunciado pela presença do limo. As cascas das árvores apresentam-se mais grossas na parte sul; e nas formações arbóreas é comum as folhas voltadas para o sul, conservares-se verdes por mais tempo e possuem tonalidade de cor mais intensas. As madeiras apodrecem com maior freqüência na parte voltada para o sul. Os abrigos construídos pelos animais de um modo geral costumam ter a entrada voltada para o norte, protegendo-os dos ventos frios do sul e recebendo diretamente o calor e a luz do sol. Ex. : casa de João-de-barro, formigas, etc... Obs. : Os frutos amadurecem com maior rapidez pelo lado norte. 6 – Orientação pelos acidentes geográficos Processo que nos permite traçar uma direção tendo como pontos de referência os acidentes nítidos e destacamos no terreno, que nos servem de marco de orientação. Ex. : Um bosque, uma elevação alta, curva de um rio, lago, etc. 8 – Orientação pela bússola
  • 10. Simples, prática e de pequeno volume, a bússola é um instrumento destinado a medir ângulos horizontais, bem como para orientação. Ela nos indica pelo principio da física terrestre uma direção aproximada constante, que o Norte Magnético. Dessa forma vemos que a bússola nos fornecerá sempre o Norte Magnético (NM), e que o azimute medido por ela será o Az magnético. bússola Silva 5 – Orientação de campanha. Encontra-se perfeitamente orientada a pessoa que estiver em condições de tomar uma direção, assegurá-la e retomá-la a todo e qualquer momento. A direção base nada mais é do que um dos lados de um ângulo que expressa uma direção entre dois pontos. As direções bases tomadas como referência para orientação em campanha, são três: • Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV/NG) • Norte Magnético (NM) • Norte de Quadricula (NQ) • Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV/NG)
  • 11. É a direção que passa pelo pólo norte da terra, ou seja, pelo ponto de latitude 90º. Empregada em levantamentos, quando se deseja grande precisão, normalmente não é empregada em campanha. Os meridianos de uma carta representam as direções do norte e do sul verdadeiros. • Norte Magnético (NM) É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para qual são atraídas todas as agulhas imantadas. Este ponto fica aproximadamente, na Ilha Príncipe de Galles, no Canadá. É indicado pelo ponto “N” da agulha d bússola. É comumente empregada em campanha, já que pode ser determinada diretamente com uma bússola comum. • Norte de Quadricula (NQ) É indicado pela direção das linhas verticais da quadricula, geralmente feitas nas cartas militares. O norte é um ponto fictício. Diagrama de Orientação As cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na margem. Tal que contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e o norte de quadriculas. Os diagramas de orientação devem ser atualizados antes de ser utilizados para esse fim. NV NM NQ Convergência de meridianos Declinação magnetica
  • 12. NV NV NV NM NQ NM NQ NM NQ Declinação Magnética Convergência de Meridianos Ângulo QM DM = NV/NM CM = NV/NQ QM = NM/NQ Atualização da declinação magnética NV NM NQ 2008 -1982 026(anos) 30’ 26 x 3’ 78’ Declinação cresce 30’ 3’ por ano +78’ 108’ 1982 108’ = 1º48’ NV NM NQ 1º48’ Diagrama atualizado 2008
  • 13. Azimute e conta-azimute Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio a partir de ima direção base, para uma direção qualquer. A variação do azimute é de 0º a 360º. Contra-azimute O contra–azimute de uma direção é simplesmente, o azimute da direção no sentido contrario (oposto). Para se calcular o contra-azimute basta somar 180º ao azimute. Se o azimute excede 180º o contra-azimute será o azimute menos 180º. Ex.: Contra-azimute de 60º = 60º + 180º = 240º Contra-azimute de 200º = 200º - 180º = 20º Exercício Calcule os contra-azimutes a) Az 240º b) Az 85º c) Az 175º d) Az 200º e) Az 180º Equipe de navegação A equipe de navegação, normalmente, é composta de quatro funções a saber Homem – Bússola. Será o portador da bússola. Desloca-se a retaguarda do homem-ponto deverá manter a bússola amarrada ao corpo para não perdê-a; quando não estiver sendo utilizada deverá estar fechada. Obs.: deverá utilizar um bastão, não somente para auxiliá-lo nos deslocamentos, mas, principalmente, para apoiar a bússola quando for tirar o azimute. Homem – Carta. Conduzirá a carta e identificará os pontos de referencia, informa com relação ao terreno, vegetação, sempre que possível, o homem-carta, também, contará os passos duplos. Homem – Passo.
  • 14. Desloca-se após o homem-bússola, com a missão de contar os passos percorridos e transforma-los em metros. Para desempenhar esta função, deverá ter o passo aferido com antecedência e acrescido de 1/3 sobre a contagem obtida. Essa margem de segurança (1/3) compensará os erros provenientes de incidentes comuns nos deslocamentos através das matas, como quedas, desequilíbrio, passagem sobre troncos, pequenos desvios, terrenos alagados e uma série de outros obstáculos. Homem – Ponto. Elemento lançado à frente para servir de referencia, para que o homem-bússola tenha condições de marcar a direção que a tropa deverá seguir; portará um facão para abrir picadas, assim facilitando o seu deslocamento e, consequentemente, o da tropa. 6 - Designação de locação de pontos na carta. Frequentemente, em operações de combate a incêndio florestal e de busca de pessoas perdidas nas matas, há necessidade de se designar pontos na carta. Seja indicando os focos de incêndio, seja indicando a localização das áreas percorridas pelas equipes de busca. Vários processos são empregados para a designação e locação de pontos na carta. Os mais usados são: 1 – Coordenadas geográficas; 2 – Coordenadas plano-retangulares. Unidade ll 7 – Convenções cartográficas São símbolos empregados nas cartas para indicar construções e acidentes existentes no terreno. Ex.1
  • 15. Ex.2 Ex. 3 Cores: a) Vermelho – Rodovias principais; b) Amarelo – Rodovias secundarias; c) Azul – Toda hidrografia; d) Castanho – Curvas de nível; e) Preto – Nomenclaturas, planimetria em geral; f) Verde – Toda a vegetação. 7 – Representação do relevo A irregularidade da superfície da terra, conhecida como elevação e relevo torna-se uma fonte importante de informações militares com as quais o usuário da carta deve se familiarizar. São vários métodos para indicação da elevação e do relevo nas cartas. As cartas em escala pequena, geralmente usam os processos das hachúrias, o das cores hipsometricvas e dos pontos cotados, ao passo que as cartas em escala grande o processo das curvas de nível, que mostram as elevações e o relevo com exatidão e com detalhes consideráveis.
  • 16. Curvas de nível São as projeções ortogonais horizontais das interseções do terreno com planos horizontais eqüidistantes.Elas representam linhas imaginarias, no terreno, ao longo da qual todos os pontos estão em mesma altitude. As curvas de nível indicam uma distancia vertical acima, ou abaixo, de um plano de nível zero, cada curva de nível tem um determinado valor. A distancia vertical entre as curvas de nível, é como eqüidistante, cujo valor é encontrado nas informações marginais da carta. Hachúrias Hachurias são pequenas linhas paralelas ou ligeiramente divergente, traçadas na direção dos declives. Elas são mais ou menos espaçadas as encostas a representar, sejam suaves ou íngrimes. Cores Hipsométricas O relevo é representado, em certas, por meio da cores, nesse processo cada cor ou tonalidade representa determinada zona de altitude. As cartas possuem na margem uma legenda mostrando a correspondência entre as cores e as altitudes. Normalmente as cores escuras são as zonas mais elevadas. Pontos cotados Esse processo consiste em representar, os pontos do terreno por projeções horizontais, indicando sua altura ou cota. É normalmente utilizado nas cartas topográficas como um sistema complementar às curvas de nível, particularmente nas regiões pobres de relevo. Segundo o método adotado para a determinação da altitude, esses pontos recebem as determinações de pontos trigonométricos, astrômico e cotados. Esses pontos ao mesmo tempo em que completam a definição do relevo, prestam-se também à designação militar de objetos. Perfil do relevo
  • 17. Perfil do relevo utilizando curvas de nível.
  • 18. Figura 3.16 - Identificação das Curvas mestras
  • 20. 7 – Orientação da carta Utilizando bússola do tipo W & LE GURLEY 1) Coloque o reticulo e o índice de leitura da bússola sobre um meridiano qualquer; 2) Gire o vidro móvel, de modo que o índice de leitura indique um ângulo igual á declinação do lugar; 3) Gire o conjunto carta-bússola, de modo que a seta indicadora do norte coincida com o índice do vidro móvel; 4) Feito isso, a carta estará orientada. Utilizando bússola do tipo SILVA 1) Coloque a seta direcional da bússola coincidindo com o meridiano qualquer; 2) Gire o anel graduado da bússola de forma a colocar o ângulo QM no índice de leitura; 3) Gire o conjunto carta-bússola, de modo que a agulha imantada coincida com o N(norte); 4) Nesse ponto a carta estará orientada.