Este documento discute o impacto da rotatividade na gestão do conhecimento organizacional no setor imobiliário em Portugal. Apresenta dados sobre a alta taxa de rotatividade no setor e seus custos, e propõe uma abordagem de gestão do conhecimento para minimizar esses impactos, incluindo a captura e transferência de conhecimento tácito usando tecnologias de informação.

1. O impacto da rotatividade na Gestão do Conhecimento Organizacional. A rotatividade nas actividades imobiliárias em Portugal Filipe Fidalgo ffidalgo@ipcb.ptInstituto Politécnico de Castelo BrancoLuís Borges Gouveia lmbg@ufp.edu.ptUniversidade Fernando PessoaCISTI 2011 – Chaves, Junho 2011

2. Sumário Resumo Introdução Enquadramento Teórico Metodologia Considerações Finais Questões

3. Resumo

4. Introdução Conhecimento assume um papel crítico nas organizações; Peter Druker (1998), importância do conhecimento: Mudança dos trabalhadores manuais e de escritório para trabalhadores do conhecimento; Economia exige organizações inovadoras e empreendedoras; Papel crescente e respectivo impacto das Tecnologias de Informação.

5. Introdução Emprego vitalício vs Rotatividade Antiguidade, em anos, das pessoas nas organizações em Portugal (MSST) 55% das pessoas têm uma ligação à organização com menos de 4 anos.

6. Introdução Actividades Imobiliárias: Antiguidade, em anos, das pessoas nas organizações de actividades imobiliárias em Portugal (MSST) A ligação até 4 anos é nas actividades imobiliárias de aproximadamente 70%,

7. Introdução Pesquisa inicial de forma a propor um modelo de retenção de conhecimento tácito nas organizações de mediação imobiliária; Defendendo uma abordagem de gestão do conhecimento; Minimizar os impactos económicos e comerciais resultantes da rotatividade de funcionários.

8. Gestão do Conhecimento O valor do conhecimento é, dos activos organizacionais, o mais decisivo na produção (Drucker, Davenport, Stewart, Sveiby).

10. Externalização;

11. Combinação;

13. Captura, Representação e Transferência de Conhecimento Tácito Para Lins, existem: elementos cognitivos (centrados nos modelos mentais, esquemas conceptuais, paradigmas, perspectivas, crenças e pontos de vista); e elementos técnicos (incluem experiência concreta, capacidade técnica e capacidades práticas). Uma implementação de Gestão do Conhecimento com sucesso requer compromissos de longo prazo por parte da administração; uma liderança atenta à cultura corporativa; funcionários motivados e uma adequada utilização das tecnologias da informação e comunicação (Bergeron)

14. Papel das Tecnologias de Informação e Comunicação Tradicionalmente os sistemas e tecnologias de informação e comunicação entraram nas organizações para dar suporte aos processos. Hoje, o grande desafio é que passem a dar suporte às competências profissionais dos indivíduos e transformar a sua adopção para que esta seja mais colectiva. Não podem ficar apenas dentro do quadro das tarefas operacionais, devem: agregar valor para as novas formas de comunicação, de conversação e de aprendizagem on-the-job; apoiar as comunidades de prática, e fornecer acesso às ideias e experiências necessárias ao dia-a-dia da vida organizacional.

15. Papel das Tecnologias de Informação e Comunicação Sem a aquisição de conhecimento, a transferência de conhecimento não faz sentido. Enquanto a transferência de conhecimento pode ser promovida pela tecnologia, a aquisição do conhecimento deve ser orientada pelas pessoas, pelo que os sistemas devem ser desenvolvidos centrados nas pessoas, e não centrado na tecnologia. “A capacidade dos computadores tem pouca relevância para o trabalho do conhecimento, mas os recursos de comunicação e armazenamento de computadores ligados em rede fazem deles propiciadores do conhecimento” (Davenport e Prusak)

16. Rotatividade "Alguma rotatividade de funcionários é inevitável, atémesmo desejável.“ – Custos!! Custos da Rotatividade de pessoal (Chiavenato)

17. Negócio Imobiliário Tempo médio de venda aumenta. É importante reter o conhecimento do mediador. A forma como conseguiu as suas realizações mais importantes, o estado das suas vendas actuais, e qual a melhor forma para que os seus sucessores possam continuar os negócios pendentes (e outros) com uma perda mínima no dinamismo das vendas.

18. Negócio Imobiliário Evolução do tempo de Absorção – Algarve (C.I.)

19. Metodologia Não se pode procurar apenas consistência e validade em dados estruturados, de carácter quantitativo; O paradigma aponta para a importância da pessoa como garante do sucesso – Sociedade do Conhecimento – existe a necessidade de análise textos, entrevistas, discursos entre outros (procurar realizar uma análise qualitativa).

20. Metodologia A abordagem metodológica qualitativa a ser usada neste projecto é a Teoria Fundamentada em Dados; Segundo Fortin esta “tem por objectivo gerar uma teoria a partir dos dados colhidos no terreno e junto das pessoas que possuem experiência relevante”; O método usado para a recolha de dados escolhido será a entrevista (parcialmente estruturada).

21. Metodologia Realização de entrevistas com profissionais da área do imobiliário; Amostragem teórica visa não a representatividade da amostra, mas a “representatividade dos conceitos” ; Os indivíduos são seleccionados de acordo com o seu nível (esperado), de gerarem novas ideias para a elaboração da teoria; Para a fase de análise de um estudo com Teoria Fundamentada em Dados, Strauss e Crobinpropuseram o método, de comparação constante, composto por três tipos de codificação – Aberta, axial e selectiva.

22. Metodologia Codificação Aberta (São identificados e codificados, todos os enunciados, que o investigador julga significativos, próximos ou afastados do fenómeno estudado); Codificação Axial (Os códigos preliminares vão ser comparados e reagrupados segundo as suas propriedades e dimensões e vão permitir a construção de categorias conceptuais); Codificação Selectiva (A codificação selectiva, visa reagrupar categorias para a construção de algumas categorias principais. Estas categorias principais, irão tornar-se conceitos centrais e integradores, formando a teoria fundamentada a formular). Em suma, o investigador faz ligações entre todos os factos obtidos, para construir uma teoria.

23. Considerações Finais Este trabalho propõe uma tentativa inicial de reunir evidências sobre a existência de um problema – Alta rotatividade no sector da mediação imobiliária e o seu potencial perigo para as organizações que não o considerem. É realçada a importância do papel das TIC na Captura e Transferência de Conhecimento e o auxílio que pode prestar na sua Reutilização de Conhecimento. É apresentada uma metodologia para a construção de uma teoria da reutilização do conhecimento bem sucedida – Teoria Fundamentada de Dados (GroundedTheory).

24. Referências Bergeron, Bryan P. (2003). Essentials of Knowledge Management. Ed. John Wiley & Sons, Inc. Chiavenato, Idalberto (2001). Administración de Recursos Humanos. 5ªed. EditoraMc Graw Hill. Davenport Thomas H.; Prusak Laurence (1998). Conhecimento Empresarial – Como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. 8ª Edição. Editora Campus. Drucker, Peter F. (1998). O Advento da Nova Organização – Gestão do Conhecimento.13ª Ed. Harvard Business Review. Editora Campus. Fortin, Marie-Fabienne (2009). O Processo de investigação – da concepção à realização.5ªEd. Ed. Lusociência. Lins, Sérgio (2003). Transferindo Conhecimento Tácito – Uma abordagem construtivista. E-papers ServiçosEditoriais. Brasil. Markus, M. Lynne. (2001). Toward a Theory of Knowledge Reuse: Types of Knowledge Reuse Situations and Factors in Reuse Success, Journal of Management Information Systems, 18, 1 (Summer): 57-93. MTSS (2007,2008). Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social: Colecção Estatísticas – Quadros de Pessoal. NonakaIkuhiro; TakeuchiHirotaka (1997). Criação de Conhecimento na Empresa – Como as empresas Japonesas geram a dinâmica da inovação. 20ª Edição. EditoraCampus. Strauss, A. Corbin, J. (1990). Basics of qualitative research. Sage Publications.

25. Questões Obrigado Contacto: ffidalgo@ipcb.pt