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A Dor como Foco dos  Cuidados de Enfermagem ESCOLA  SUPERIOR  DE  ENFERMAGEM  DE  COIMBRA Março, 2010 Opção em Enfermagem Clínica  Enfermagem em Cuidados Intensivos Trabalho elaborado por: Pedro Almeida Nº - 6730 Vítor Oliveira Nº - 2601030
[object Object],[object Object]
A DOR ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Circular Normativa N.º 09/DGCG (Direcção-Geral da Saúde, 2003): “ Dor como o 5º sinal vital”
DOR – CONCEITO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
FISIOLOGIA DA DOR  Processo de Dor    SNC   SNP  -  células nervosas especializadas    (ramos terminais das fibras sensitivas)   Nociceptores Distribuídos pela pele, músculos, vísceras e tecido conjuntivo, são capazes de responder a um estímulo desencadeado por lesão térmica, mecânica ou química, dando início ao processo doloroso.  Estímulo actua com intensidade ou duração suficientes para provocar a lesão dos tecidos envolventes ao receptor. FISIOLOGIA DA DOR
Nociceptores neurónios de 1ª ordem sistema límbico percepção da sensação de Dor Estímulo FISIOLOGIA DA DOR
[object Object],[object Object],[object Object],FISIOLOGIA DA DOR (Phipps, Sands e Marek, 2003) “ TEORIA DO PORTÃO” OU “ GATE CONTROL ”
FACTORES QUE INFLUENCIAM A DOR  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O modo como cada um percepciona e, consequentemente, reage face à  dor, é influenciado por:
FACTORES QUE INFLUENCIAM A DOR  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
CLASSIFICAÇÃO DA DOR ,[object Object],[object Object],[object Object]
DOR AGUDA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CLASSIFICAÇÃO DA DOR (Kazanowski e Lacceti, 2005; Phipps, Sands e Marek, 2003; Metzger  et al ., 2001)
DOR AGUDA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CLASSIFICAÇÃO DA DOR (Phipps, Sands e Marek, 2003)
DOR CRÓNICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CLASSIFICAÇÃO DA DOR (Phipps, Sands e Marek, 2003; Kazanowski e Lacceti, 2005)
DOR CRÓNICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CLASSIFICAÇÃO DA DOR (Kazanowski e Lacceti, 2005)
[object Object]
AVALIAÇÃO DA DOR  ,[object Object],de forma contínua e regular Adequar a terapêutica Conferir segurança à equipa prestadora de cuidados Melhorar a qualidade de vida do doente (Direcção-Geral da Saúde, 2001)
Quando se avalia a Dor? ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA DOR Unidimensionais Avaliação da intensidade Pluridimensionais Analisam de modo mais específico as componentes sensoriais e emocionais   (Metzger  et al ., 2001) Comportamentais Utentes com dificuldades de expressão verbal.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA DOR ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA DOR (Direcção-Geral da Saúde, 2003)
Instrumentos de Avaliação  Unidimensional ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA DOR (Direcção-Geral da Saúde, 2003)
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Intervenções Não Farmacológicas
Para além de administrar analgesia   Recorrer a técnicas  não farmacológicas Funcionam como adjuvantes no processo de alívio da dor (Morais e Moura, 2002) INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS
1º passo  para que qualquer medida implementada tenha sucesso Estabelecer uma  relação empática  e de ajuda baseada numa  comunicação eficaz ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],( Luna, 1993) INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS
Intervenções Não Farmacológicas  Intervenção Definição Objectivos  COGNITIVO‑COMPORTAMENTAIS Terapia  C ognitiva / Comportamental (TCC)  Combinação de técnicas terapêuticas cognitivas (ex: diversão, atenção) com técnicas comportamentais (ex: relaxamento, treino da assertividade), reestruturação cognitiva e o treino de estratégias de  coping. Ajudar a pessoa a alterar as suas percepções ou padrões de dor (ex: diminuição de pensamentos negativos, emoções, e crenças), a aumentar a sensação de controlo e diminuir comportamentos não adaptativos. Reestruturação cognitiva Tipo de TCC na qual a pessoa é instruída a monitorizar e avaliar pensamentos negativos. Gerar pensamentos adaptativos. Treino de habilidades de  coping  Tipo de TCC que ajuda a pessoa a desenvolver estratégias de  coping , que incluem relaxamento e técnicas de imaginação, auto‑estadiamento de  coping  adaptativo e psicoterapia de grupo. Ajudar a pessoa no desenvolvimento de habilidades para controlar /gerir a dor e o stress. Relaxamento com imaginação  Diminuição da tensão muscular através da imaginação, visualização e meditação. Aumentar o foco nas sensações de bem‑estar, assim como na diminuição da tensão, ansiedade, depressão e dor relacionada com a inactividade. Distracção Estratégias para desviar a atenção da dor. Diminuir a atenção prestada à dor. FÍSICAS Aplicação de frio e aplicação de calor Aplicação de frio; aplicação de calor. Diminuir a inflamação. Promover o relaxamento muscular. Intervenção Definição Objectivos
Continuação (DGS, 2003) Intervenção Definição Objectivos FÍSICAS Exercício  Movimentos que promovem o alongamento e a resistência, o combate à rigidez e à debilidade associada com a dor e inactividade. Promover a recuperação muscular e o alongamento dos tendões, a amplitude de movimentos, a resistência, o conforto e a função.  Minimizar a atrofia, desmineralização. Alívio da dor com restabelecimento da postura e profilaxia de futuras dores. Imobilização Restrição e limitação de movimentos.  Manter o alinhamento apropriado para a reparação pós‑lesão.   Massagem Acto de massajar e pressionar partes do corpo.  Facilitar o relaxamento e diminuir a tensão muscular.   Estimulação eléctrica transcutânea – TENS Aplicação de corrente de baixa‑intensidade através da colocação de eléctrodos na pele, provocando estimulação selectiva dos receptores sensitivos cutâneos a um estímulo mecânico.  Libertar substâncias analgésicas endógenas de alívio da dor.  Promover a mobilidade física, pela interferência na transmissão de impulsos nociceptivos das fibras nervosas.   SUPORTE EMOCIONAL Toque Terapêutico Processo intencional de repadronização do campo energético durante o qual o terapeuta usa as mãos para dirigir ou modular o campo energético com fins terapêuticos. Promover o apoio e a segurança através do contacto pele a pele. Promover relaxamento, reduzir a ansiedade e controlar a dor, entre outros sintomas que trazem desconforto. Conforto Sensação de tranquilidade física e bem‑estar corporal.
Fonte: http://www.psicologiaeciencia.com.br/wp-content/uploads/2009/08/terapia.jpg Fonte: http://palavrassemsentido.files.wordpress.com/2008/11/mar2.jpg Fonte: http://www.solostocks.com.br/img/tens-estimulador-eletrico-com-02-canais-independentes-mt-10dx-medcir-293084s0.jpg Fonte: http://brunnoelias.files.wordpress.com/2009/08/gel45.jpg Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_cH-7PNbRxOQ/Sxtmc4KZwYI/AAAAAAAAJRw/v_iie_V8eoc/s400/Hands+1.gif
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BIBLIOGRAFIA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]

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  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. FISIOLOGIA DA DOR Processo de Dor SNC SNP - células nervosas especializadas (ramos terminais das fibras sensitivas) Nociceptores Distribuídos pela pele, músculos, vísceras e tecido conjuntivo, são capazes de responder a um estímulo desencadeado por lesão térmica, mecânica ou química, dando início ao processo doloroso. Estímulo actua com intensidade ou duração suficientes para provocar a lesão dos tecidos envolventes ao receptor. FISIOLOGIA DA DOR
  • 6. Nociceptores neurónios de 1ª ordem sistema límbico percepção da sensação de Dor Estímulo FISIOLOGIA DA DOR
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
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  • 21. Instrumentos de Avaliação Unidimensional ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA DOR (Direcção-Geral da Saúde, 2003)
  • 23. Para além de administrar analgesia Recorrer a técnicas não farmacológicas Funcionam como adjuvantes no processo de alívio da dor (Morais e Moura, 2002) INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS
  • 24.
  • 25. Intervenções Não Farmacológicas Intervenção Definição Objectivos COGNITIVO‑COMPORTAMENTAIS Terapia C ognitiva / Comportamental (TCC) Combinação de técnicas terapêuticas cognitivas (ex: diversão, atenção) com técnicas comportamentais (ex: relaxamento, treino da assertividade), reestruturação cognitiva e o treino de estratégias de coping. Ajudar a pessoa a alterar as suas percepções ou padrões de dor (ex: diminuição de pensamentos negativos, emoções, e crenças), a aumentar a sensação de controlo e diminuir comportamentos não adaptativos. Reestruturação cognitiva Tipo de TCC na qual a pessoa é instruída a monitorizar e avaliar pensamentos negativos. Gerar pensamentos adaptativos. Treino de habilidades de coping Tipo de TCC que ajuda a pessoa a desenvolver estratégias de coping , que incluem relaxamento e técnicas de imaginação, auto‑estadiamento de coping adaptativo e psicoterapia de grupo. Ajudar a pessoa no desenvolvimento de habilidades para controlar /gerir a dor e o stress. Relaxamento com imaginação Diminuição da tensão muscular através da imaginação, visualização e meditação. Aumentar o foco nas sensações de bem‑estar, assim como na diminuição da tensão, ansiedade, depressão e dor relacionada com a inactividade. Distracção Estratégias para desviar a atenção da dor. Diminuir a atenção prestada à dor. FÍSICAS Aplicação de frio e aplicação de calor Aplicação de frio; aplicação de calor. Diminuir a inflamação. Promover o relaxamento muscular. Intervenção Definição Objectivos
  • 26. Continuação (DGS, 2003) Intervenção Definição Objectivos FÍSICAS Exercício Movimentos que promovem o alongamento e a resistência, o combate à rigidez e à debilidade associada com a dor e inactividade. Promover a recuperação muscular e o alongamento dos tendões, a amplitude de movimentos, a resistência, o conforto e a função. Minimizar a atrofia, desmineralização. Alívio da dor com restabelecimento da postura e profilaxia de futuras dores. Imobilização Restrição e limitação de movimentos. Manter o alinhamento apropriado para a reparação pós‑lesão.   Massagem Acto de massajar e pressionar partes do corpo. Facilitar o relaxamento e diminuir a tensão muscular.   Estimulação eléctrica transcutânea – TENS Aplicação de corrente de baixa‑intensidade através da colocação de eléctrodos na pele, provocando estimulação selectiva dos receptores sensitivos cutâneos a um estímulo mecânico. Libertar substâncias analgésicas endógenas de alívio da dor. Promover a mobilidade física, pela interferência na transmissão de impulsos nociceptivos das fibras nervosas.   SUPORTE EMOCIONAL Toque Terapêutico Processo intencional de repadronização do campo energético durante o qual o terapeuta usa as mãos para dirigir ou modular o campo energético com fins terapêuticos. Promover o apoio e a segurança através do contacto pele a pele. Promover relaxamento, reduzir a ansiedade e controlar a dor, entre outros sintomas que trazem desconforto. Conforto Sensação de tranquilidade física e bem‑estar corporal.
  • 27. Fonte: http://www.psicologiaeciencia.com.br/wp-content/uploads/2009/08/terapia.jpg Fonte: http://palavrassemsentido.files.wordpress.com/2008/11/mar2.jpg Fonte: http://www.solostocks.com.br/img/tens-estimulador-eletrico-com-02-canais-independentes-mt-10dx-medcir-293084s0.jpg Fonte: http://brunnoelias.files.wordpress.com/2009/08/gel45.jpg Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_cH-7PNbRxOQ/Sxtmc4KZwYI/AAAAAAAAJRw/v_iie_V8eoc/s400/Hands+1.gif
  • 28. Dúvidas… Obrigado pela vossa atenção!
  • 29.

Notas do Editor

  1. O processo doloroso é um fenómeno bastante complexo, devendo ser encarado e analisado atendendo a todas as dimensões que caracterizam o indivíduo enquanto ser biopsicossocial.
  2. Independentemente da forma como se descreve a dor, a interpretação que cada pessoa faz da mesma é tão individual como o seu carácter, sendo que cada episódio doloroso constitui uma experiência única e intransmissível, influenciada por uma multiplicidade de factores.
  3. Significado da dor - a natureza da lesão responsável pela dor condiciona-a, na medida em que para o sujeito o seu significado será diferente consoante se trate de uma afecção de evolução aguda ou curável ou de uma afecção grave de evolução inevitável.
  4. Alterações no ambiente: isolamento, a escuridão ou outras situações em que se encontra presente o elemento de privação sensorial.
  5. Salientar que não nos devemos limitar a estas situações. Sempre que necessário (sempre q apresente dor...).
  6. O enfermeiro perante a pessoa com dor, para além de gerir e administrar analgesia, deve também ser capaz de recorrer a outras técnicas que, não sendo farmacológicas, produzem efeitos positivos no alívio da sensação dolorosa. Embora os métodos não farmacológicos possam não eliminar, por si só, a dor, funcionam como adjuvantes no processo de alívio (Morais e Moura, 2002).
  7. No âmbito da prestação de cuidados é imprescindível um processo interactivo onde o enfermeiro possa aplicar, além da sua habilidade técnica e conhecimentos, uma relação empática e de ajuda. O estabelecimento de uma relação baseada numa comunicação eficaz representa o primeiro passo para que qualquer medida implementada tenha sucesso ( idem ). De acordo com Luna (1993), o facto de se fornecerem informações oportunas ao doente relativas ao processo doloroso e eventuais medidas de alívio, concede-lhe a vantagem da predictibilidade e do controlo, reduz o medo e permite que sejam planeadas e discutidas estratégias para enfrentar a dor. É importante que, de algum modo, o doente se sinta capaz de controlar a sua dor, uma vez que isso reduz a sua ansiedade e sentimento de dependência. É ainda fundamental aconselhar a pessoa a verbalizar a sua dor logo que esta surja, informando que o controlo será mais eficaz se as medidas de alívio forem aplicadas antes que a experiência se torne insuportável.