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CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Unidade II
FUNÇÕES REAIS E LIMITES
3 OUTRAS FUNÇÕES REAIS
3.1 Função exponencial
Voce recebeu R$ 500,00 de bonificação e aplicou na poupança. O banco paga a taxa de juros de 0,5%
ao mês. Como saber quanto voce terá daqui a alguns meses, se a taxa for mantida?
Quando aplicamos na poupança, temos que o capital acumulado (montante) é dado pela expressão
M = C0
(1 + i)n
, juro composto, no qual M é o capital acumulado, C0
é o capital inicial (depósito inicial),
i é a taxa de juros e n o período. No nosso exemplo, C0
= 500, i = 0,5% = 0,005 ao mês e n número de
meses, assim, para saber o montante a cada mês, substituímos o valor de n e determinamos M.
Por exemplo, na tabela temos o montante para alguns meses:
t(mês) M = 500 ( 1 + 0,005)n
(t, M)
1 M = 500 ( 1 + 0,005)1
(1, 502.5)
2 M = 500 ( 1 + 0,005)2
(2, 505.0)
3 M = 500 ( 1 + 0,005)3
(3, 507.54)
4 M = 500 ( 1 + 0,005)4
(4, 510.08)
A expressão M = C0
(1 + i)n
é uma exponencial, variável n está no expoente.
Estudaremos agora funções exponenciais, isto é, funções do tipo:
f(x) = c + b amx
, (a > 0, a ≠ 1, b ≠ 0 e m ≠ 0)
Exemplos:
a) f(x) = 32x
– 4
É uma função exponencial com base a = 3, b = 1, c = –4 e m = 2.
b) f(x) = –5x
É uma função exponencial com base a = 5, b = –1, c = e m = 1.
56
Unidade II
c) f(x) = 4–2x
+ 2
É uma função exponencial com base a = 4, b = 1, c = 2 e m = –2.
3.1.1 Gráfico
Para fazer o gráfico da função exponencial, utilizaremos a tabela de pontos:
Exemplos:
Esboçar o gráfico das funções:
a) f(x) = 3x
Atribuindo valores para x e calculando 3x
, temos:
x y = 3x
(x,y)
-2 y = 3-2
= 1/9 (-2,1/9)
-1 y = 3-1
= 1/3 (-1,1/3)
0 y = 30
= 1 (0,1)
1 y = 31
= 3 (1,3)
2 y = 32
= 9 (2,9)
x
y
9
6
3
1 2
-1
-2
1
3
8
7
5
4
2
–1
-3
-4
-5
b) f x
x
( ) 






1
3
57
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Novamente, vamos esboçar o gráfico da função, atribuindo valores para x e calculando
1
3






x
,assim:
x y = (1/3)x
(x, y)
–2 y = (1/3)–2
(–2, 9 )
–1 y = (1/3)–1
(–1, 3)
0 y = (1/3)0
(0, 1)
1 y = (1/3)1
(1, 1/3)
2 y = (1/3)2
(2, 1/9)
x
y
9
1 2
-1
-2
-3
-4 3 4
8
7
6
5
4
3
2
1
—1
–2
Comparando as duas funções, notamos que em relação à base da função exponencial, temos:
a > 1, função crescente
0 < a < 1, função decrescente
c)	Retornando ao nosso exemplo, vamos construir o gráfico da função utilizando a tabela de
pontos. Temos:
t(mês) M = 500 ( 1 + 0,005)n
(t, M)
1 M = 500 ( 1 + 0,005)1
(1, 502.5 )
2 M = 500 ( 1 + 0,005)2
(2, 505.0)
3 M = 500 ( 1 + 0,005)3
(3, 507.54)
4 M = 500 ( 1 + 0,005)4
(4, 510.08)
Representando os pontos no plano cartesiano, temos o gráfico da função:
58
Unidade II
y
x
3
510
1 4
507.5
505
502.5
500
2
Lembrete
Esse gráfico só tem significado para valores no 1º quadrante, pois
representa valores aplicados, o restante deve ser tracejado.
3.2 Função logarítmica
Voltando ao exemplo do item 5.1. Agora, você quer saber por quanto tempo deve deixar seu dinheiro
aplicado para receber R$ 531,00.
Substituindo os valores na expressão, temos 531= 500 (1 + 0,005)n
, e então
1,062 = 1,005 n
, que para ser resolvida, utilizamos logaritmo.
Também encontramos logaritmos em várias áreas: na Física, na Química, na escala Richter, utilizada
para medir a magnitude de um terremoto.
Uma função logarítmica é dada pela expressão:
f(x)=loga
x
, com a > 0, a ≠ 1 e x > 0
As funções f(x)=loga
x
e g(x) = ax
são inversas uma da outra.
Para fazer o gráfico da função logarítmica, utilizaremos a tabela de pontos.
Exemplos:
1) Esboçar o gráfico das funções:
a) f(x)=log3
x
Atribuindo valores para x e calculando log3
x
,
temos:
59
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
x ƒ(x) = log3
x
(x,y)
1
9
ƒ(x) = log3
1/9
= -2 (1/9,-2)
1
3
ƒ(x) = log3
1/3
= -1 (1/3,-1)
1 ƒ(x) = log3
1
= 0 (1,0)
3 ƒ(x) = log3
3
= 1 (3,1)
9 ƒ(x) = log3
9
= 2 (9,2)
Representando os pontos no plano cartesiano, temos:
y
9 x
3
2
1
0 1
b) f(x)=log1/3
X
Atribuindo valores para x e calculando log1/3
X
, temos:
x ƒ(x) = log
1/3
x
(x,y)
1
9
ƒ(x) = log1/3
1/9
= 2 (1/9,2)
1
3
ƒ(x) = log 1/3
1/3
= 1 (1/3,1)
1 ƒ(x) = log1/3
1
= 0 (1,0)
3 ƒ(x) = log1/3
3
= -1 (3,-1)
9 ƒ(x) = log1/3
9
= -2 (9,-2)
Colocando os pontos no plano, temos:
y
x
3
2
1
1 9
60
Unidade II
Comparando os dois gráficos, verificamos que:
a > 1 , função crescente
0 < a < 1, função decrescente
2)	Retomando o exemplo inicial: “quanto tempo deve deixar seu dinheiro aplicado para receber
R$ 531,00?”
Quando substituímos os valores na expressão, encontramos:
531 = 500 (1 + 0,005)n
1,062 = 1,005n
Aplicando o logaritmo nos dois lados da expressão, temos:
Ln 1,062 = Ln 1,005n
, calculando o logaritmo vem 0,060 = 0,00498n, assim, chegamos a n = 12
meses, que é a solução do nosso exemplo.
3.3 Função modular
Chamamos de função modular a função:
f(x) = | x |
Utilizando a definição de módulo, temos:
f x x
x
( ) | |
 





se x 0
-x se x 0
3.3.1 Gráfico
O gráfico da função modular será formado por duas semirretas que devem obedecer às condições
acima.
Exemplos:
Construir o gráfico das funções:
a) y = | x |
Conforme a definição de modulo, temos y x
x
 





se x 0
-x se x 0
| |
61
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Devemos fazer o gráfico das duas funções (1) y = x, para x ≥ 0 e (2) y = –x, para x < 0.
Construindo a tabela de pontos para cada uma das funções, temos:
(1) y = x, para x ≥ 0
x y = x (x,y)
0 y = 0 (0,0)
1 y = 1 (1,1)
y
0 1 x
y = x
(2) y = - x, para x < 0
x y = -x (x,y)
-2 y = 2 (-2,2)
-1 y = 1 (-1,1)
y
x
y = -x
0
-1
-2
1
2
Unindo as figuras, temos:
y
x
y = x
y = -x
-1 0 1
b) y = | x | + 2
Conforme a definição de módulo, temos y x
x
  
 
 



2 se x
-x 2 se x
| | 2
0
0
62
Unidade II
Devemos fazer o gráfico das duas funções:
(1) y = x + 2, para x ≥ 0
(2) y = –x + 2, para x < 0
Construindo a tabela de pontos para cada uma das funções, temos:
y = x + 2, para x ≥ 0
x y = x + 2 (x,y)
0 y = 2 (0,2)
1 y = 3 (1,3)
(2) y = –x + 2, para x < 0
x y = -x + 2 (x,y)
-2 y = 4 (-2,4)
-1 y = 3 (1,3)
Construindo os dois gráficos no mesmo sistema:
y
x
y = -x+2
0
-1
-2 1
2
y = x+2
3
4
3.4 Funções trigonométricas
São funções periódicas, isto é, após um intervalo, seus valores se repetem.
Estudaremos algumas delas.
3.4.1 Função seno
Consideremos o ciclo trigonométrico de centro O e raio 1, definimos como função seno a função
f: IR → IR dada por f(x) = sen x.
63
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
O valor de seno de x é a medida OM, conforme veremos na figura a seguir:
+
1
0
-
-
1
eixo dos senos
x
(0,1)
(-1,0) (1,0)
(0,-1)
+
- -
M
1
0
-
-
1
eixo dos senos
x
(0,1)
(-1,0) (1,0)
(0,-1)
senx
O sinal de sen x será positivo, se x estiver no 1° e no 2° quadrantes, e negativo no 3° e 4° quadrantes.
Para a função seno, temos:
D(f) = IR
Im (f) = {y ∈ R / –1< y <1}
período: p = 2π
gráfico:
y
-1 1 2 3 4 5 6 7 8
1
-1
π
2π
x
π/2
3π/2
+ +
f(x)= senx
- -
3.4.2 Função cosseno
Definimos como função cosseno a função f: IR → IR dada por f(x) = cos x.
O valor do cosseno de x é a medida ON, conforme veremos no ciclo trigonométrico a seguir:
N 1
0
-1
-1
1
eixo dos
cossenos
x
cosx
(0,1)
(-1,0) (1,0)
(0,-1)
1
0
-1
-1
1
eixo dos
cossenos
(0,1)
(-1,0) (1,0)
+
-
- +
(0,-1)
64
Unidade II
O sinal do cosseno x será positivo, se x estiver no 1° e no 4° quadrantes, e negativo no 2° e 3°
quadrantes.
Para a função cosseno, temos:
D(f) = IR
Im (f) = {y ∈ R / –1< y <1}
período p = 2π
gráfico:
y
-1 1 2 3 4 5 6 7 8
1
-1
π
2π
x
π/2
3π/2
+ + f(x)= cosx
- -
+ +
3.4.3 Função tangente
Definimos como função tangente a função f: D → IR dada por f(x) = tg x, no qual
D x IR
  


{ / x
(2k 1)
2
, k Z }

O valor da tangente de x é a medida OS, conforme veremos na figura a seguir:
1
0
-1
-
1
eixo das
tangentes
tgx
0
S
x
O sinal da tg x será positivo, se x estiver no 1° e no 3° quadrantes, e negativo no 2° e 4° quadrantes.
Para a função tangente, temos:
D(f) = {x IR
 


/ x
(2k 1)
2
, k Z }

65
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Im (f) = IR
período p = π
gráfico:
1 2 3 4 5 6 7 8
-1
1
2
-1
-2
2π
π/2 3π/2
f(x)= tgx
π x
y
3.5 Assíntotas
Assíntotas são retas das quais o gráfico das funções se aproxima, porém, não corta e nem tem ponto
comum com elas.
Podemos ter assíntotas horizontais, verticais ou inclinadas. Em nosso estudo, veremos as assíntotas
verticais e as horizontais.
3.5.1 Assíntotas horizontais
São retas paralelas ao eixo x. As funções exponenciais e algumas funções racionais têm assíntotas
horizontais.
•	 Assíntota de uma exponencial:
Exponencial é uma função do tipo f(x) = c + b amx
, com a > 0, a ≠1, b ≠ 0 e m ≠ 0. A família das
funções exponenciais tem assíntota horizontal com equação y = c.
Exemplo:
a) y = 2x
x y = 2x
(x,y)
-2 y = 2-2
(-2, 1/4)
-1 y = 2-1
(-1,1/2)
0 y = 20
(0,1)
1 y = 21
(1,2)
2 y = 22
(2,4)
66
Unidade II
x
y
4
1
-1
3
-2
-3
-4
-1
1 2
2
Observando o gráfico da função, notamos que ele se aproxima do eixo x. Na medida em que vamos
diminuindo os valores de x, os valores de y também diminuem se aproximando cada vez mais de zero.
Assim, a assíntota horizontal de f(x) = 2 x
será a reta y = 0.
b) f(x)=2+5x
Observando o gráfico, notamos que a assíntota horizontal é a reta y = 2:
x y = 2 + 5 x
(x, y)
-2 2 + 5 -2
(-2, 2.04)
-1 2 + 5 -1
(-1, 2.2)
0 2 + 5 0
(0, 3)
1 2 + 5 1
(1, 7)
x
y
4
1
-1
3
-2
-3
-4
-1
1 2
2
-5
5
6
7
67
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
c) f(x) = –4 + 3 2x
Não é necessário construir o gráfico para determinar a assíntota de uma função.
Genericamente, podemos encontrar a assíntota horizontal de uma função exponencial com equação
f(x) = c + b amx
simplesmente fazendo y = c.
Em nosso exemplo, assíntota horizontal de f será a reta y = c, isto é, a reta y = –4.
d) y = 12 – 2 . 3–x
Nesse caso, a assíntota será a reta y = 12.
•	 Assíntota de funções racionais
Funções racionais são funções do tipo: f x
p x
q x
( )
( )
( )
=
Estas funções podem apresentar assíntotas horizontais e verticais.
Para determinar se uma função racional tem assíntota horizontal podemos observar o seu gráfico
ou aplicar um conceito de limite que veremos mais adiante.
Exemplo:
Considerando a função racional f x
x
( ) =
1
, podemos determinar se ela tem assíntota horizontal,
construindo o seu gráfico. Veja a tabela de pontos:
x -6 -4 -2 -1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 -0,18
f(x) =(1/x) -0,167 -0,250 -0,500 -1,000 -1,250 -1,667 -2,500 -5,000 -5,556
x -0,16 -0,14 -0,12 -0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0
f(x) = (1/x) -6,250 -7,143 -8,333 -10,000 -12,500 -16,667 -25,000 -50,000
x 0 0,02 0,04 0,06 0,08 2 4 6
f(x) = (1/x) 50,000 25,000 16,667 12,500 0,500 0,250 0,167
68
Unidade II
Assim:
x
y
4
1
-1
3
-2
-3
-4
-1
2
2
-5
5
6
7
-6
-7
-8
-9
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
1 3 4 5 6 7 8 9
Observando o gráfico, vemos que a assíntota horizontal será a reta y = 0, ou seja, eixo x. Ela mostra o
comportamento da função quando x é muito grande (x vai para +∞) ou muito pequeno (x vai para –∞).
3.5.2 Assíntotas verticais
São retas paralelas ao eixo y. As funções logarítmicas e algumas funções racionais têm
assíntotas verticais.
Logarítmica: funções do tipo f(x)=loga
mx+n
, com a > 0, a ≠ 1 e (m x + n) > 0
têm assíntota vertical com equação x
n
m


Determinamos a reta assíntota vertical da função f(x)=loga
mx+n
, determinando a solução da equação
m x + n = 0.
Exemplos:
a) f(x)=log2
x
tem assíntota vertical em x = 0
69
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Graficamente, temos:
x f(x)=log2
x
(x,y)
1
2
f(x)=log2
1/2
=–1 (1/2,–1)
2 f(x)=log2
2
=1 (2,1)
4 f(x)=log2
4
=2 (4,2)
8 f(x)=log2
8
=3 (8,3)
y
x
-1 2
2
3
1
4 8
b) f(x)=log4
(x+3)
Nesse caso, não faremos o gráfico da função, vamos determinar a assíntota vertical de f(x) por meio
da solução de x + 3 = 0, isto é, x = –3.
Assim, a reta x = –3 é assíntota vertical da função.
Funções racionais: são funções do tipo f x
p x
q x
( )
( )
( )
=
Para determinar a assíntota vertical de uma função racional, devemos determinar as raízes de q(x);
os valores encontrados serão as assíntotas.
Exemplos:
1)	Observando o gráfico da função f x
x
( ) =
1
, notamos que, além da assíntota horizontal, ela também
tem assíntota vertical em x = 0.
70
Unidade II
x
y
4
1
-1
3
-2
-3
-4
-1
2
2
-5
5
6
7
-6
-7
-8
-9
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
1 3 4 5 6 7 8 9
2)	Para função racional f x
x x
x
( ) 


2
2
5
, determinar se tem assíntota vertical:
Devemos encontrar as raízes do denominador, esses valores são os pontos que estão fora do domínio
da função.
Assim, determinando as raízes de q(x), temos x2
– 5 = 0 e então x = √5 e x = –√5.
As assíntotas verticais serão as retas x = √5 e x = –√5.
Os gráficos de funções racionais serão feitos mais adiante, no módulo III. Para podermos entender
melhor o comportamento da função, vamos tomar o gráfico pronto da função:
71
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
y
x
1
2
3
4
5
6
–1
–2
–3
–4
–5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
–1
–2
–3
–4
–5
–6
–7
–8
–9
–10
assíntota vertical assíntota vertical
Note que o gráfico se aproxima das retas x = 5 e x = –5, mas não passa por elas. Nesse gráfico, temos
ainda outra assíntota (horizontal) que estudaremos mais adiante.
Saiba mais
Para saber mais sobre funções, leia o capítulo 2 de:
FLEMMING, D. M., GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite,
derivação, integração. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
A seguir, você encontrará alguns exemplos para detalhar um pouco mais a teoria apresentada.
Lembrete
Estude os exemplos e depois tente refazê-los.
3.6 Ampliando seu leque de exemplos
1)	Seja f: IR → IR, tal que f(x) = –16 + 4x
, determinar o valor de x para o qual f(x) = 0
Resolução:
Devemos igualar a expressão de f a zero e resolver a equação: –16 + 4 x
= 0.
4x
= 16, fatorando 16, temos 16 = 24
, assim:
4x
= 24
as bases ainda não são iguais, então, você deve fatorar a base 4 também para que possamos
comparar as duas expressões, então, 22x
= 24
, logo, 2x = 4 e assim, x = 2.
72
Unidade II
2)	A função Cn
= 1.000. (1 + 0,2)n
indica a capitalização composta de R$ 1.000,00 a uma taxa de
juros de 20% a.a. (ao ano). Determinar o montante Cn,
após 2 anos:
Resolução:
Devemos inicialmente verificar se a taxa de juros e o tempo estão na mesma unidade. Nesse caso, a
taxa é anual e o período também.
Substituindo n = 2 na função Cn,
encontramos:
Cn
= 1.000. (1 + 0,2)2
Cn
= 1.000. (1,2)2
Cn
= 1.440,00 reais
3)	A função logarítmica f(x) = 2.log2
(x–3)
tem assíntota vertical, determine a equação desta assíntota.
Resolução:
A assíntota vertical indica que o domínio da função tem alguma restrição, isto é, valor que não pode
ser substituído. No caso da função logarítmica, não podemos fazer o cálculo para valores negativos, ou
seja, x – 3 ≠ 0.
Resolvendo a equação, temos x ≠ 3.
Logo, no domínio da função, temos um ponto que deve ser excluído, assim, a reta x = 3 é a
assíntota vertical.
4)	Sendo f(x) = |2x – 4|, determinar o valor de f(–5)
Resolução:
Para calcular o valor de f(–5), devemos substituir o valor de x na expressão da função:
f (–5) = |2. (–5) – 4| = |–10 – 4| = |–14| = 14.
Lembrete
Observe que você deve efetuar todas as contas dentro do módulo e só
depois utilizar a definição de módulo para encerrar o exercício.
73
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
5)	Esboçar o gráfico da função y = 3. sen x, a seguir, determinar o domínio e a imagem de f
Resolução:
Para esboçar o gráfico da função, vamos utilizar uma tabela de pontos:
x y = 3 . senx (x, y)
0 y = 3 . sen0 = 0 (0, 0)
π/2 y = 3. sen π/2 = 3 (π/2, 3)
π y = 3. sen π = 0 (π, 0)
3π/2 y = 3. sen (3π/2) = –3 (3π/2, –3)
2π y = 3. sen (2π) = 0 (2π, 0)
1 2 3 4 5 6 7 8
-1
1
2
-1
-2
2π
π/2
3π/2
π
x
y
-3
-2
3
O domínio da função é Df
= IR e Im f = { y ∈IR | –3 ≤ y ≤ 3}.
Lembrete
O domínio da função não se altera por multiplicar o seno por 3, mas a
imagem se altera ao multiplicarmos por um número, assim, a imagem foi
multiplicada por 3.
6)	Esboce o gráfico da função f(x) = cos(2x) e compare o período da nova função com o período de
f(x) = cos x:
x y = cos(2x) (x, y)
0 y = cos 0 = 1 (0, 1)
π/2 y = cos 2. π/2 = cos π (π/2, –1)
π y = cos 2π = 1 (π, 1)
3π/2 y = cos (3π) = –1 (3π/2, –1)
2π y = cos (4π) = 1 (2π, 1)
74
Unidade II
1 2 3 4 5 6 7
-1
1
-1
2π
3π/2
π/2 π x
y
-2
Observando o gráfico da função e comparando com o gráfico de f(x) = cos x, notamos que o período
da função f(x) = cos(2x) é igual a π, enquanto o período de f(x) = cos x é igual a 2 π.
7)	Determine o domínio da função tg(4x)
Resolução:
Sabemos que o domínio da função g(x) = tg x é dado por:
D x IR x k
g    






| ,


2
k inteiro
Para determinar o domínio da função f(x) = tg 4x, devemos ter:
4
2 8 4
x k x
k
    


 
com k inteiro
,
Assim: D x IR x
k
f    






| ,
 
8 4
k inteiro
4 LIMITE
4.1 Uma visão intuitiva
Estudaremos a noção intuitiva de limite. Você encontra a definição formal nos livros indicados na
bibliografia.
Estudar o limite de uma função f é querer saber o comportamento de f(x) quando x está próximo de
um determinado número, sem, no entanto, ser necessariamente igual a ele.
Tomemos a função f(x) = x + 3, isto é, y = x + 3, queremos saber o que ocorre com f(x) quando x se
aproxima de x0
= 2. Para isso, vamos construir duas tabelas de pontos com valores de x próximos de 2,
uma para valores maiores e outra para valores menores que 2.
75
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Considere as tabelas:
valores menores que 2 valores maiores que 2
x Y x y
1 4 2,001 5,001
1,3 4,3 2,01 5,01
1,5 4,5 2,08 5,08
1,7 4,7 2,1 5,1
1,8 4,8 2,2 5,2
1,9 4,9 2,4 5,4
1,93 4,93 2,7 5,7
1,99 4,99 2,9 5,9
A primeira tabela apresenta x se aproximando de 2 por valores menores que ele (pela esquerda) e a
segunda tabela apresenta esta aproximação por valores maiores que 2 (pela direita).
Observando as duas tabelas, notamos que quanto mais próximo o valor de x está de 2 mais o valor
de y se aproxima de 5.
Dizemos, então, que o limite de f(x) é 5, quando x tende a 2 por valores à direita, isto é, valores
maiores que 2, e utilizamos a seguinte notação para indicar esse limite:
lim ( )
x 2
 
 
x 3 5
Lemos: limite de (x+3), quando x tende para 2 pela direita é 5.
Da mesma forma, temos que o limite de f(x) é 5, quando x tende a 2 por valores à esquerda e
escrevemos:
lim ( )
x 2 -

 
x 3 5
Lemos: limite de (x+3), quando x tende para 2 pela esquerda é 5.
Chamamos esses limites de limites laterais.
Graficamente, temos:
76
Unidade II
L
y
C x
L
y
C x
Dizemos que existe o limite da função para x tendendo a x0,
quando existirem os limites laterais e
eles forem iguais, isto é:
lim ( ) lim ( ) lim ( )
x x x
f x L f x f x L
c c c -
   
   
Exemplos:
1)
x
x


2
3
lim( )
Conforme já vimos, os limites laterais existem e são iguais, assim,
x
x

 
2
3 5
lim( ) .
2)
x
 
2
(-x 2x 3)
1
lim
Podemos também determinar o valor do limite, observando o gráfico da função.
Construindo o gráfico da função, temos:
y
x
-2 -1 0 1 2 3 4
4
3
2
1
Verificando o comportamento da função à direita e à esquerda de x0
= 1, temos:
lim ( ) lim ( ) lim
x x
x x x x
1 - 1
logo
  
       
2 2
2 3 2 3 4
x
x
x x
1

   
( )
2
2 3 4
77
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
A seguir, vamos relacionar alguns teoremas sobre limites; nesse texto não faremos a demonstração
desses resultados, você pode encontrar as demonstrações nos livros indicados na bibliografia.
•	 Teoremas
-	 Unicidade do limite
		 “Se o limite de f quando x tende para c existe, então, esse valor é único.”
-	 Teorema do confronto
		 “Se em uma região próxima de c uma função f está entre outras duas g e h que têm o mesmo
limite finito L, quando x tende para c, então o limite de f, quando x tende para c, também será
igual a L.”
g x f x h x
( ) ( ) ( )
    
  
e lim g(x) lim h(x) L lim
x c x c x c
f(x) L

Graficamente, temos:
f(x)
L
h(x)
g(x)
c
Limite do produto de uma função que tende a zero por outra que é limitada.
“O produto de uma função f que tem limite igual a zero, quando x tende para c, por uma função g
limitada é igual a zero.”
Se a função g é limitada, isto é, –M ≤ g(x) ≤ M, então lim ( )
x
g x M
c

 .
lim g(x) e lim f(x) lim f(x).g(
x c x c x c
  
  
M 0 x
x) 0

Lembrete
Você pode encontrar as demonstrações desses teoremas nos textos
indicados na bibliografia.
78
Unidade II
4.1.1 Função contínua
Intuitivamente, uma função f não é contínua em x = x0
, x0
um ponto do seu domínio, se seu
gráfico apresenta um “salto” ou buraco nesse ponto. Do contrário, f é chamada função contínua.
Observe os gráficos das funções abaixo, todas com domínio IR:
x
ƒ(x)
ƒ(xo)
xo
a)
x
ƒ(x)
ƒ(xo)
xo
b)
x
ƒ(x)
ƒ(xo)
xo
c)
A função do item a não é contínua em x0,
pois o gráfico apresenta um buraco nesse ponto, enquanto
as funções dos itens b e c apresentam “saltos” no ponto x0
.
Notemos que essas funções são contínuas em todos os outros pontos de seu domínio.
São exemplos de funções contínuas as funções polinomiais, exponenciais e logarítmicas.
Uma função f é contínua em x0
, se e somente se o limite de f, quando x tende para x0,
é igual ao valor
da função no ponto, isto é:
f é contínua em
x0
0
 

x x
f x f x
lim ( ) ( )
0
Lembrete
Para verificar se uma função é contínua em um ponto x0
, devemos
verificar as 3 condições:
a) f(x0
) existe, isto é, x0
∈ Df
.
b) O limite de f(x) quando x tende a x0
existe.
c) O limite for igual a f(x0
).
Um resultado importante das funções contínuas é o teorema do valor intermediário. Esse teorema
permite que se encontre um intervalo no qual temos, com certeza, uma raiz da função.
79
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
•	 Teorema do valor intermediário
	“Se f(x) é contínua num intervalo fechado [a, b] e L, tal que f(a) ≤ L ≤ f(b), então existe c ∈
[a, b] com f(c) = L.”
L
a c b
Observação
Para algum valor entre a e b, temos f(c) = L.
Exemplos:
1)	A função f(x) = x2
– 1 é contínua em x0
= 2, pois, observando o gráfico de f, notamos que
x
x

 
2
2
1 3
lim( ) e f(2) = 22
– 1 = 3:
x
0
3
y
xo=2
–1
2)	A função f x
x
( ) 
 




1
2
se x 3
se x 3
não é contínua em x = 3, pois não existe limite para x tendendo
a 3, conforme podemos ver no gráfico, os limites laterais são diferentes. Para valores maiores que
3, a função tende a 4 e para valores menores que 3, a função tende a 2:
80
Unidade II
y
f(x) = 2
x
4
2
f(x) = x+1
1 3
Vejamos agora alguns resultados importantes sobre funções contínuas.
Consideremos f e g funções contínuas em x0
, x0
um ponto do intervalo I, sendo I um subconjunto
de Df
∩ Dg,
temos:
a) f + g é contínua em x0.
b) f – g é contínua em x0.
c) f. g é contínua em x0.
d) k. f é contínua em x0
, com k ∈ IR.
e)
f
g
é contínua em x0
, com g ≠ 0.
f) Uma função será contínua em um intervalo, se for contínua em todos os pontos do intervalo.
4.1.2 Propriedades operatórias dos limites
Com estas propriedades, poderemos calcular o limite das funções sem o uso de gráficos e também
sem o uso de tabela de pontos, elas permitem que os cálculos sejam feitos mais rapidamente.
Sejam f e g funções contínuas em seu domínio, temos as propriedades:
1) f x k f x k
x x
( ) , ( )
lim
  

k constante
0
Exemplos:
a) x→ 1
3
lim
Note que queremos calcular o limite de f(x) = 3 que é uma função constante, logo,
x

1
3 3
lim .
b) lim
x 1

10
81
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Novamente, queremos calcular o limite de uma função constante, assim:
lim
x 1

  
10 10
2)
x x x x x x
f x a g x b
  
    
0 0 0
lim lim
( ) ( ) ,
e com a IR e b IR l
lim ( )
f x a b
g(x)

  
Exemplos:
a)
x
x


1
1
lim( )
Para calcular o limite da função f(x) = x + 1, você deve observar que ela é formada pela soma de
duas funções, assim:
x x x
x x
  
     
1 1 1
1 1 1 1 2
lim lim lim
( )
b)
x
x x

 
0
2
2 3
lim( )
x x x x
x x x x
   
       
. 0 3
0
2
0
2
0 0
2
2 3 2 3 0 2
lim lim lim lim
( ) 
 3
c)
x
x x

 
1
3 2
5 2
lim( )
x
x x
 
   
        
1
2
. (-1)
lim( )
3 2 3
5 2 1 5 2 1 5 2 2
3)
x x x x x x
f x a g x b
  
    
0 0
lim lim
( ) ( ) ,
e com a IR e b IR
0
0
lim ( ). .
f x ab
g(x)
 
Exemplos:
a) lim . (x-5)
x 2

 
( )
2 1
2
x x
Devemos calcular cada um dos limites e depois multiplicar os resultados, assim:
x x x
x x x x
  
     
.(x-5) . (x-5) (2.2
2
2
2
2
2
2 1 2 1
lim lim lim
( ) ( ) 2
2
.(2-5) 11.(-3) -33
   
2 1)
b) lim .(x 2)
x -1

  
( )
x x
3
2 5
82
Unidade II
lim .(x 2) lim . lim
x -1 x -1 x
 
     
( ) ( )
x x x x
3 3
2 5 2 5
-1
-2(-1) 5 .(-1 2) .1 6

 
  
    
( )
( )
x 2
1 6
3
4)
x x x x
n n
f x a f x a
 
    
0 0
lim lim
( ) , [ ( )]
com a IR e n IN*
Exemplos:
a) lim .2 6)
x 2
7

      
( ) (
2 6 2 2 128
7 7
x
b) lim 1)
x - 3
3

       
( ) ( ( )
x 1 3 4 64
3 3
5)
x x x x
f x
f x a b b



   
0 0
lim lim
( ) , ( )
com a IR f(x)
Exemplos:
a) lim
x 3

 
4 4 64
3
x
b) lim
x 4

   
( ) ( )
2 2 16
4
x
6)
x x x x
n
f x a a



    
0 0
lim lim
( ) , com a IR e n IN f(x)
* n
Exemplos:
a) lim
x
x
4

    
2 2
9 4 9 25 5
b) lim ( )
x
x
-1

     
2 2
3 1 3 4 2
7)
x x x x
f x a

 

    
0 0
lim lim
( ) , com a IR e b IR , b 1 log
* *
b
f(
(x)
 logb
a
Exemplos:
x
x


7
2
1
limlog( )
x
x

 
  
7
2
1
2
7 1
2
8
3
limlog log log
( ) ( )
83
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
8)
x x x x x x
f x a g x b
  
    
0 0 0
lim lim l
( ) ( ) ,
e com a IR e b IR*
i
im
f(x)
g(x)





 
a
b
Exemplos:
x
x
x
x
x
x
x










 






4
2
4
2
4
2
16
4
16
4
4 16
4 4
lim
lim
lim
( )
( )
0
0
8
0

Notemos que, em alguns casos, a substituição do valor de x0
gera uma indeterminação, nesses casos
será necessário uma simplificação das funções para calcular o limite.
x
x
x









- 4
2
16
4
lim
O valor x = –4 não pode ser substituído, pois gera uma indeterminação, isto é,
0
0
. Devemos então
fatorar o numerador e, após a simplificação, calcular o limite.
Como x2
– 16 = (x – 4). (x + 4), temos:
x x x
x
x
x
x
  







 
 


- - -
. (x 4)
4
2
4 4
16
4
4
4
lim lim
( )
l
lim( )
x      
4 4 4 8
Lembrete
Esse procedimento deve ser feito toda vez que chegarmos a uma
indeterminação.
x
x
x



4
4
2
lim
O valor x = 4 não pode ser substituído, pois teremos uma indeterminação. Devemos então racionalizar
o denominador e, após a simplificação, calcular o limite.
Para a racionalização, vamos multiplicar e dividir a função por x 
 
2 , assim:
84
Unidade II
x x x
x
x
x
x
x
x
  







 









 
.
(x-
4 4 4
4
2
4
2
2
2
lim lim lim
4
4).
(x-4).
( -4)
x
x
x
x
x

 
  

















 

2
2
2
2 2
4
lim









 
   

x
x
4
2 4 2 4
lim
Esse procedimento deve ser feito toda vez que chegarmos a uma indeterminação envolvendo radicais.
4.1.3 Limites envolvendo infinito
Algumas vezes, precisamos calcular limites de funções com características especiais. Nesses casos,
o estudo requer técnicas diferentes das que você estava utilizando até agora, devemos observar o
comportamento das funções.
Estudaremos agora dois desses casos: limite quando x tende para + ∞ ou – ∞ e limites que têm como
resultado infinito.
•	 1º caso: x tende para + ∞ ou – ∞.
Veremos agora alguns limites de funções reais, quando x tende para + ∞ ou – ∞. Dependendo da
função, o resultado desses limites pode ser tanto um número real quanto + ∞ ou – ∞.
Estudaremos agora algumas destas funções:
x
n
x
 





  
n 0
lim ,
1
0
Exemplos:
1
1
) lim
x x
 






Para entender o resultado desse limite, vamos esboçar o gráfico da função e observar o seu
comportamento quando x → + ∞.
Montando uma tabela de valores para x, notamos que como x tende para +∞, devemos colocar
valores grandes para x, assim:
85
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
x y = 1/x (x, y)
1 y = 1/1=1 (1, 1 )
10 y = 1/10 = 0,1 (10, 0.1)
100 y = 1/100 = 0,01 (100, 0.01)
1000 y = 1/1000 = 0,001 (1000, 0.001)
Graficamente:
x
3
y
x → ∞
1
2
4
5
6
1 2 3 4 5 6 7
Quando calculamos os valores de f(x) para valores muito grandes, notamos que os resultados são
cada vez menores, aproximando-se de zero, assim:
x x
 





 
lim
1
0
Como será o comportamento da função, quando x se aproxima de – ∞? Para saber, vamos esboçar o
gráfico para valores de x muito pequenos, tendendo para – ∞:
x y = 1/x (x, y)
–1 y = 1/–1= –1 (–1, –1 )
–10 y = 1/–10 = – 0,1 (–10, – 0.1)
–100 y = 1/–100 = – 0,01 (–100, – 0.01)
–1000 y = 1/–1000 = – 0,001 (–1000, – 0.001)
86
Unidade II
Representando os pontos no plano, temos:
x
y
x → –∞
1
1
–2
–3
–4
–5
–6
–7 –1
–1
–2
–3
–4
–5
Notamos que o mesmo ocorre, quando x tende para – ∞, isto é, lim
x -
 





 
1
0
x
Lembrete
Você não terá que fazer o gráfico da função em todos os exercícios,
basta pensar no comportamento da função para valores muito grandes.
2)
x x
 







lim 2
1
2
Quando x tende para + ∞, temos
1
2
x
tende para zero, logo, 2
1
2







x
tende para 2, isto é,
x x
 






 
lim 2
1
2
2
.
é par
é ímpar
x
n
x
n
x
x
 
  
  



n 0
se n
se
lim
lim
,
,
, n
n



Exemplos:
1)
x 
4
x
lim 3
Como x tende a + ∞, temos
x 
  
4
x
lim 3 .
87
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
2)
x  
3
x
lim 5
Como x tende a – ∞ e n = 3 é impar, temos
x  
  
3
x
lim 5 .
3)
x
x
x
 








lim
5
2 4
Para valores muito grandes, tanto o numerador quanto o denominador da função tendem para +  ∞,
temos o caso







 , que é uma indeterminação. Para resolver, devemos colocar o x de maior grau do
numerador e o x de maior grau do denominador em evidência. Após a simplificação, podemos calcular
o limite:
x x
x
x
x
x
x
x
   







 















lim lim
5
2 4
1
5
2
4




































 
x
x
x
lim
1
5
2
4
1
2
4)
x
x
x
 
 







-
2
lim
x
3 7 10
8
Tanto o numerador quanto o denominador tendem para ∞.
Podemos resolver de forma diferente da que foi utilizada no exemplo anterior.
Tomamos apenas o termo de maior grau, simplificamos e calculamos o limite, assim:
x x x
x
x x
    
 






 





 
-
2
-
2
-
lim lim
x x
3 7 10
8
3


 
lim 3x
•	 2º caso – limites que têm como resultado infinito
Estudaremos agora limites cujo resultado será + ∞ ou – ∞. Vejamos alguns exemplos:
1) lim
x 






0
1
x
88
Unidade II
Vamos analisar o gráfico da função para valores próximos de zero e como 0 ∉ Df,
devemos substituir
valores pela direita e pela esquerda de zero.
Para valores maiores que 0, isto é, à direita de 0, temos:
x y = 1/x (x, y)
0,5 y = 1/0,5 = 2 (0.5, 2 )
0,1 y = 1/0,1 = 10 (0.1, 10)
0,01 y = 1/0,01 = 100 (0,01, 100)
0,001 y = 1/0,001 = 1000 (0,001, 1000)
Representando os pontos no plano cartesiano:
x
3
y
+ ∞
1
2
4
5
6
1 2 3 4 5 6 7
Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para + ∞,
logo, o limite pela direita é + ∞.
lim
x  





   
0
1
x
Devemos estudar agora os valores menores que 0, isto é, à esquerda de 0, temos:
x y = 1/x (x, y)
–0,5 y = 1/–0,5 = –2 (–0.5, –2 )
–0,1 y = 1/–0,1 = –10 (–0.1, –10)
–0,01 y = 1/–0,01 = –100 (–0,01, –100)
–0,001 y = 1/–0,001 = –1000 (–0,001, –1000)
Representando no plano cartesiano:
89
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
x
y
–∞
1
1
–2
–3
–4
–5
–6
–7 –1
–1
–2
–3
–4
–5
–6
Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para – ∞,
logo, o limite pela esquerda é – ∞, isto é, lim
x 






   
0
1
x
.
Como os limites laterais são diferentes, temos que lim
x 






0
1
x não existe.
Juntando os dois gráficos, temos o gráfico da função f(x) = 1/x:
x
y
4
1
-1
3
-2
-3
-4
-1
2
2
-5
5
6
-2
-3
-4
-5
1 3 4 5 6 7
Vamos agora estudar o comportamento da função f(x) = 1 / x2
, quando x tende a zero.
2) lim
x 






0 2
1
x
90
Unidade II
Vamos analisar o gráfico da função para valores próximos de zero e como 0 ∉ Df
, devemos substituir
valores pela direita e pela esquerda de zero.
Para valores maiores que 0, isto é, à direita de 0, temos:
x y = 1/x2
(x, y)
0,5 y = 1/0,52
= 4 (0.5, 4 )
0,1 y = 1/0,12
= 100 (0.1, 100)
0,01 y = 1/0,012
= 10000 (0,01, 10000)
0,001 y = 1/0,0012
= 1000000 (0,001, 1000000)
Representando no plano cartesiano:
x
3
y
+ ∞
1
2
4
1 2 3 4 5 6 7
–1
Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para + ∞,
logo, o limite pela direita é + ∞.
lim
x  





   
0
2
1
x
Devemos estudar agora os valores menores que 0, isto é, à esquerda de 0, temos:
x y = 1/x2
(x, y)
–0,5 y = 1/(–0,5)2
= 4 (–0.5, 4 )
–0,1 y = 1/(–0,1)2
= 100 (–0.1, 100)
–0,01 y = 1/(–0,01)2
= 10000 (–0,01, 10000)
–0,001 y = 1/(–0,001)2
= 1000000 (–0,001, 1000000)
91
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
x
y
4
1
-1
3
-2
-3
-4
-1
2
-5
5
6
1
+ ∞
-6
Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para + ∞,
logo, o limite pela esquerda é + ∞, isto é, lim
x -






   
0
2
1
x
.
Como os limites laterais são iguais e temos que lim
x 





   
0 2
1
x
unindo os dois gráficos, temos
o gráfico da função f(x) = 1/x2:
-1
-2
-3
-4
-5
-6
x
3
y
1
2
4
1 2 3 4 5 6 7
–1
–2
5
6
3) lim
x x
 





 
1
1
1
A função f(x) = 1/(x+1) terá o mesmo comportamento da função g(x) = 1/x, assim, temos que o
limite para x tendendo a –1 não existe, logo:
92
Unidade II
lim
x x
 






1
1
1
não existe.
4) lim
x x
 
 






1 2
1
1
A função f(x) = 1/(x+1)2
terá o mesmo comportamento da função g(x) = 1/x2
, assim, temos que o
limite para x tendendo a zero será igual a + ∞, isto é:
lim
( )
x  





   
0 2
1
1
x
4.1.4 Limites fundamentais
Temos alguns casos de indeterminações que não são facilmente eliminadas, como nos casos
anteriormente estudados. Esses são os limites fundamentais, vejamos alguns deles:
1º caso: lim
x
1






 
0
sen x
x
Exemplos:
1) lim
x
3







0
sen x
x
Para calcular o limite da função, vamos utilizar o limite fundamental, para isso precisamos ter o
denominador igual ao arco, assim, devemos multiplicar e dividir por 3, temos:
lim lim
x x
3 3
.
3
3
 





 






0 0
sen x
x
sen x
x
Arrumando o denominador, ficamos com:
lim lim
x x
3
3
3
 





 





0 0 3
sen x
x
sen x
x


Temos, então, o limite fundamental multiplicado por 3, logo:
lim lim
x x
3 3
.1
 





 





  
0 0
3
3
3
sen x
x
sen x
x
3
3
93
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
2) lim
x
3







0 5
sen x
sen x
Para calcular o limite da função, vamos utilizar o limite fundamental. Como temos a função seno,
tanto no numerador quanto no denominador precisamos multiplicar por 15x e dividir por 15x, então:
lim lim
x x
3
5
3
sen 5
 





 

0 0
sen x
sen x
sen x
x





 .
5x
3x
.
3
5
Arrumando convenientemente os valores, temos:
lim lim
x x
3
5
3
3
 





 




0 0
sen x
sen x
sen x
x 








.
5x
sen 5x
.
3
5
Temos, então, dois limites fundamentais multiplicados pela fração 3/5, assim:
lim lim
x x
3
5
3
5
3
3
 





 
0 0
sen x
sen x
sen x
x












  

.
5x
sen 5x
3
5
.1.1
3
5
x
lim
0
Lembrete
No exemplo anterior acabamos de ver que:
lim
x
3
3






 
0
3
sen x
x
Observação
Para resolver a expressão lim
x
5x
sen 5x

 
 








0
, usamos L’Hospital,
derivando a fração no numerador. Veja como:
lim
cos
x 5
3
5cos
5
5
  







 
 
 
0
5
5 0
1
x
94
Unidade II
2º caso: lim lim
x
x
x
x
e; e
   






  





 
1
1
1
1
x x
e = nº de euler.
Valem também os seguintes resultados:
lim lim
x
a x
a
x
x
a
e ; e
     






  





 
1
1
1
x
a
x
Saiba mais
Para mais detalhes sobre número de euler e o limite fundamental,
acesse:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/numeroe.htm.
Exemplos:
1) lim
x
5 x
  







1
1
x
É um caso de limite fundamental no qual a = 5, logo:
lim
x
5 x
5
=e
  







1
1
x
2) lim
x
x
  







1
4
x
É um caso de limite fundamental no qual a = 4, logo:
lim
x
x
4
e
  






 
1
4
x
A seguir, vamos reunir as propriedades para facilitar o seu estudo:
95
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Propriedades operatórias dos limites:
1) f x k f x k
x x
( ) , ( )
lim
  

k constante
0
2)
x x x x x x
f x a g x b com a e b IR f x
  
     
0 0 0
lim lim lim
( ) ( ) ,
e IR 
  

 
  
g x a b
3)
x x x x x x
f x a g x b com a e b IR f x
  
     
0 0 0
lim lim lim
( ) ( ) ,
e IR 
  

 
  
g x a b
4)
x x x x
n n
f x a com a e n IN f x a
 
     

 
 
0 0
lim lim
( ) , *
IR
5)
x x x x
f x a
f x a com a b b



 
   
0 0
lim lim
( ) , IR
6)
x x x x
n
f x a a



    
0 0
lim lim
( ) , com a IR e n IN f(x)
* n
7)
x x x x
b
f x
b
a
f x a b



 
    
0 0
1
lim lim
( ) , log log
com a IR e
8)
x x x x x x
f x a g x b IR
f x
  
     
 
0 0 0
lim lim lim
( ) *
e =b, com a IR e
g
g x
a
b
 





 
Limites infinitos e fundamentais:
lim ,
x
n 0
 





  
1
0
xn
lim ,
x
n 0
 
  
xn
lim
,
,
x  






xn se n é par
se n é ímpar
lim
x 





  
0 2
1
x
lim
x
1






 
0
sen x
x
96
Unidade II
lim
lim
x
x
x
x
=e
e
 
 













 
1
1
1
1
x
x
4.2 Ampliando seu leque de exemplos
1)	Determinar o valor do limite
x
lim
 
1
f x
( )
, sendo f x
x
( ) 
 




1 se x 1
3x se x 1
Resolução:
Como queremos o limite para x tendendo a 1 pela direita, devemos usar a expressão da função para
esse intervalo, isto é, f(x) = x + 1 e calcular o limite.
Assim:
lim ( ) lim
x x
f x x
1+ 1
1 1 2
  
    
1
2)	Determine o valor de a para a função f x
( ) 
 

 





x 2x se x 5
a se x 5
x 30 se x 5
2
, seja contínua em xo
= 5
Resolução:
Para verificar se uma função é contínua em 5, devemos calcular o limite de f, quando x tende para
5, e comparar com f(5). Se forem iguais à função, será contínua, caso contrário, não será contínua.
Para calcular o limite de f, devemos calcular os limites laterais, assim:
lim ( ) lim
x x
f x x
5 - 5 -
5
 
  
30 3
lim ( ) lim
x x
f x x x
5 5
2
5 .5 25 10 35
   
      
2
2 2
Os limites laterais são iguais, logo existe o limite e lim ( )
x
f x
5
5

 3
Para ser contínua em 5, ainda falta igualar f(5) ao valor do limite, assim:
f(5) = a = 35.
Logo, o valor de a para que a função seja contínua em x0
= 5 é a = 35.
97
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
3)	Calcular valor do limite
x
2
lim
x x 20
x 5

 







5
Resolução:
Para se calcular o limite, a primeira providência é substituir o valor de x0
na função. Se a conta for possível,
o limite está calculado, caso contrário, precisaremos utilizar outro procedimento para resolver o limite.
Substituindo o valor de x na expressão, temos uma indeterminação. Vamos fatorar o numerador e
simplificar a fração para eliminar a indeterminação:
lim lim
) )
x x
5
2
5
x x 20
x 5
(x .(x 5
x 5
 
 






 
 






 
4
l
lim )
x 5
(x

   
4 5 4 9
4)	Calcular o limite
x -
4
3
lim
2x 5
x 2
 
 
 






3
10
2
2
x x
x
Resolução:
Novamente, temos uma indeterminação do tipo







 . Vamos calcular o limite utilizando o x de
maior grau do denominador e o de maior grau do denominado. Assim:
lim lim
x x
X
-
4 2
3 -
4
3
2x 3x 5X
x
2x
x
   
 
 





 
2 10
2
Simplificando a expressão, ficamos com:
lim
x 
 
-
2 x -
Logo,
lim
x x
 
 
 





  
-
4 2
3
2x 3x 5x
x 2 10
2
5)	Calcular o valor do limite
x
lim
  
 
4
2
1
4
x
98
Unidade II
Resolução:
Substituindo x por –4, encontramos uma indeterminação. Nesse caso, não conseguimos eliminar a
indeterminação por meio de fatoração.
Será necessário outro procedimento.
Estudando o comportamento da função à direita e à esquerda de –4, notamos que é o mesmo da
função f(x) = 1 / x2
, isto é, tanto pela esquerda quanto pela direita, teremos o mesmo valor:
lim
( )
lim
x x
x x
- -
1 1
 






 





  
4 2 4 2
4
Resumo
Nessa unidade, estudamos mais algumas funções reais. Vamos agora
destacar alguns itens importantes sobre elas:
Função exponencial: f(x) = c + b amx
, (a  0, a ≠1, b ≠ 0 e m ≠ 0)
Função logarítmica: f(x)=loga
x
, com a  0, a ≠ 1 e x  0
Função modular: f(x) = | x |
y x
x
 





| |
se x 0
-x se x 0
Função seno: f(x) = sen x
D(f) = IR
Im (f) = {y IR
  
/ -1 y 1}
período p = 2π
y
-1 1 2 3 4 5 6 7 8
1
-1
π
2π
x
π/2
3π/2
+ +
f(x)= senx
- -
99
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
Função cosseno: f(x) = cos x
D(f) = IR
Im (f) = {y IR
  
/ -1 y 1}
período p = 2π
y
-1 1 2 3 4 5 6 7 8
1
-1
π
2π
x
π/2
3π/2
+ + f(x)= cosx
- -
+ +
Função tangente: f(x) = tg x
D(f) = {x IR
 


/ x
(2k 1)
2
, k Z}

Im (f) = IR
período p = π
1 2 3 4 5 6 7 8
-1
1
2
-1
-2
2π
π/2 3π/2
f(x)= tgx
π x
y
Assíntotas: retas das quais o gráfico das funções se aproxima, porém
não corta nem tem ponto comum com elas.
Podemos ter assíntotas horizontais, verticais ou inclinadas.
Limites: alguns resultados importantes sobre limites:
•	 Teorema do confronto
—	 g x f x h x
( ) ( ) ( )
    
  
e lim g(x) lim h(x) L lim
x c x c x c
f(x) L

—	 lim g(x) e lim f(x) lim f(x).g(x)
x c x c x c
  
  
M 0 
 0
100
Unidade II
•	 Função contínua
f é contínua em x0
0
 

x x
f x f x
lim ( ) ( )
0
•	 Teorema do valor intermediário
“se f(x) é contínua num intervalo fechado [a, b] e L, tal que f(a) ≤ L ≤
f(b), então existe c ∈ [a, b] com f(c) = L.”
•	 Propriedades
1)f x k f x k
x x
( ) , ( )
lim
  

k constante
0
2)
x x x x x x
f x a g x b com a e b IR f x
  
     
0 0 0
lim lim lim
( ) ( ) ,
e IR 
  

 
  
g x a b
3)
x x x x x x
f x a g x b com a e b IR f x
  
     
0 0 0
lim lim lim
( ) ( ) ,
e IR 
  

 
  
g x a b
4)
x x x x
n n
f x a com a e n IN f x a
 
     

 
 
0 0
lim lim
( ) , *
IR
5)
x x x x
f x a
f x a com a b b



 
   
0 0
lim lim
( ) , IR
6)
x x x x
n
f x a a



    
0 0
lim lim
( ) , com a IR e n IN f(x)
* n
7)
x x x x
b
f x
b
a
f x a b



 
    
0 0
1
lim lim
( ) , log log
com a IR e
8)
x x x x x x
f x a g x b IR
f x
  
     
 
0 0 0
lim lim lim
( ) *
e =b, com a IR e
g
g x
a
b
 





 
•	 Limites infinitos e fundamentais
lim ,
x
n 0
 





  
1
0
xn
lim ,
x
n 0
 
  
xn
lim
,
,
x  






xn se n é par
se n é ímpar
101
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
lim
x 





  
0 2
1
x
lim
x
1






 
0
sen x
x
lim
lim
x
x
x
x
=e
e
 
 













 
1
1
1
1
x
x
Exercícios
Questão 1. No ano de 2005, uma empresa lançou um novo produto no mercado, com produção
inicial de 2000 unidades. A quantidade P de unidades produzidas a partir de 2005 segue a função
P(t)=2000.(0,95)t
, sendo que t representa o tempo em anos. Considerando-se que log(0,5)=–0,30 e
log(0,95)=–0,02, assinale a alternativa que apresenta corretamente o ano em que a produção será de
1000 unidades.
A) 2010.
B) 2015.
C) 2020.
D) 2025.
E) 2030.
Resposta correta: alternativa C.
Resolução da questão
Considerando-se que o ano de 2005 é t=0, fazemos:
0
P(0) 2000.(0,95) 2000.1 2000
= = =
O P(0) representa a quantidade de unidades do produto produzida no ano de 2005.
Para sabermos em que ano a quantidade de unidades produzidas será de 1000, fazemos:
102
Unidade II
t t t t
1000
P(t) 2000.(0,95) 1000 2000.(0,95) (0,95) 0,5 (0,95)
2000
= ⇒
= ⇒
= ⇒
=
Podemos aplicar a definição de logaritmo em ambos os lados da equação (utilizar dica do
enunciado). Logo,
t t
0,5 (0,95) log(0,5) log(0,95) log(0,5) t.log(0,95) 0,30 0,02t
=⇒ = ⇒ = ⇒ − =
−
0,30
t t 15
0,02
−
= ⇒
=
−
Então, em 15 anos, a quantidade de unidades produzidas será de 1000. Sendo assim, como o
ano inicial é 2005, fazemos: 2005+15 = 2020. Logo, a produção será de 1000 unidades no ano
de 2020.
Questão 2. (Enade 2008, adaptada) As duas figuras a seguir mostram uma representação da
Terra iluminada pelo Sol. Ambas correspondem ao 1º dia do verão no hemisfério sul. A primeira
foi obtida às 9 h da manhã com relação ao meridiano de Greenwich (GMT – Greenwich Mean
Time). A segunda imagem foi obtida três horas depois, ou seja, ao meio-dia (GMT). As imagens
podem ser usadas para se determinar o horário do amanhecer e do pôr do sol em qualquer
cidade do mundo. Nas figuras, foi introduzido um sistema de coordenadas cartesianas, no
qual a linha do Equador é representada pelo eixo dos x (dado em graus) e o meridiano de
Greenwich, pelo eixo dos y (também dado em graus), de modo que y=+90 no polo norte e
y=−90 no polo sul.
y
x
Nove horas da manhã (GMT)
y
x
Meio dia (GMT)
Figura
Considere que t seja o tempo, em horas, de modo que t = 0 corresponda ao meio-dia (GMT). Escolha
a opção que descreve um modelo mais preciso do deslocamento da curva que separa a área iluminada
da região de sombra na Terra, no dia representado nas figuras.
A) y = 75 cos(x + 15 t)
103
CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL
B) y = 75 sen(x - 24 t)
C) y = 75 sen(x + 15 t)
D) y = 90 cos(x + 24 t)
E) y = 90 sen(x - 24 t)
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Funções exponenciais, logarítmicas e trigonométricas

  • 1. 55 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Unidade II FUNÇÕES REAIS E LIMITES 3 OUTRAS FUNÇÕES REAIS 3.1 Função exponencial Voce recebeu R$ 500,00 de bonificação e aplicou na poupança. O banco paga a taxa de juros de 0,5% ao mês. Como saber quanto voce terá daqui a alguns meses, se a taxa for mantida? Quando aplicamos na poupança, temos que o capital acumulado (montante) é dado pela expressão M = C0 (1 + i)n , juro composto, no qual M é o capital acumulado, C0 é o capital inicial (depósito inicial), i é a taxa de juros e n o período. No nosso exemplo, C0 = 500, i = 0,5% = 0,005 ao mês e n número de meses, assim, para saber o montante a cada mês, substituímos o valor de n e determinamos M. Por exemplo, na tabela temos o montante para alguns meses: t(mês) M = 500 ( 1 + 0,005)n (t, M) 1 M = 500 ( 1 + 0,005)1 (1, 502.5) 2 M = 500 ( 1 + 0,005)2 (2, 505.0) 3 M = 500 ( 1 + 0,005)3 (3, 507.54) 4 M = 500 ( 1 + 0,005)4 (4, 510.08) A expressão M = C0 (1 + i)n é uma exponencial, variável n está no expoente. Estudaremos agora funções exponenciais, isto é, funções do tipo: f(x) = c + b amx , (a > 0, a ≠ 1, b ≠ 0 e m ≠ 0) Exemplos: a) f(x) = 32x – 4 É uma função exponencial com base a = 3, b = 1, c = –4 e m = 2. b) f(x) = –5x É uma função exponencial com base a = 5, b = –1, c = e m = 1.
  • 2. 56 Unidade II c) f(x) = 4–2x + 2 É uma função exponencial com base a = 4, b = 1, c = 2 e m = –2. 3.1.1 Gráfico Para fazer o gráfico da função exponencial, utilizaremos a tabela de pontos: Exemplos: Esboçar o gráfico das funções: a) f(x) = 3x Atribuindo valores para x e calculando 3x , temos: x y = 3x (x,y) -2 y = 3-2 = 1/9 (-2,1/9) -1 y = 3-1 = 1/3 (-1,1/3) 0 y = 30 = 1 (0,1) 1 y = 31 = 3 (1,3) 2 y = 32 = 9 (2,9) x y 9 6 3 1 2 -1 -2 1 3 8 7 5 4 2 –1 -3 -4 -5 b) f x x ( )        1 3
  • 3. 57 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Novamente, vamos esboçar o gráfico da função, atribuindo valores para x e calculando 1 3       x ,assim: x y = (1/3)x (x, y) –2 y = (1/3)–2 (–2, 9 ) –1 y = (1/3)–1 (–1, 3) 0 y = (1/3)0 (0, 1) 1 y = (1/3)1 (1, 1/3) 2 y = (1/3)2 (2, 1/9) x y 9 1 2 -1 -2 -3 -4 3 4 8 7 6 5 4 3 2 1 —1 –2 Comparando as duas funções, notamos que em relação à base da função exponencial, temos: a > 1, função crescente 0 < a < 1, função decrescente c) Retornando ao nosso exemplo, vamos construir o gráfico da função utilizando a tabela de pontos. Temos: t(mês) M = 500 ( 1 + 0,005)n (t, M) 1 M = 500 ( 1 + 0,005)1 (1, 502.5 ) 2 M = 500 ( 1 + 0,005)2 (2, 505.0) 3 M = 500 ( 1 + 0,005)3 (3, 507.54) 4 M = 500 ( 1 + 0,005)4 (4, 510.08) Representando os pontos no plano cartesiano, temos o gráfico da função:
  • 4. 58 Unidade II y x 3 510 1 4 507.5 505 502.5 500 2 Lembrete Esse gráfico só tem significado para valores no 1º quadrante, pois representa valores aplicados, o restante deve ser tracejado. 3.2 Função logarítmica Voltando ao exemplo do item 5.1. Agora, você quer saber por quanto tempo deve deixar seu dinheiro aplicado para receber R$ 531,00. Substituindo os valores na expressão, temos 531= 500 (1 + 0,005)n , e então 1,062 = 1,005 n , que para ser resolvida, utilizamos logaritmo. Também encontramos logaritmos em várias áreas: na Física, na Química, na escala Richter, utilizada para medir a magnitude de um terremoto. Uma função logarítmica é dada pela expressão: f(x)=loga x , com a > 0, a ≠ 1 e x > 0 As funções f(x)=loga x e g(x) = ax são inversas uma da outra. Para fazer o gráfico da função logarítmica, utilizaremos a tabela de pontos. Exemplos: 1) Esboçar o gráfico das funções: a) f(x)=log3 x Atribuindo valores para x e calculando log3 x , temos:
  • 5. 59 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL x ƒ(x) = log3 x (x,y) 1 9 ƒ(x) = log3 1/9 = -2 (1/9,-2) 1 3 ƒ(x) = log3 1/3 = -1 (1/3,-1) 1 ƒ(x) = log3 1 = 0 (1,0) 3 ƒ(x) = log3 3 = 1 (3,1) 9 ƒ(x) = log3 9 = 2 (9,2) Representando os pontos no plano cartesiano, temos: y 9 x 3 2 1 0 1 b) f(x)=log1/3 X Atribuindo valores para x e calculando log1/3 X , temos: x ƒ(x) = log 1/3 x (x,y) 1 9 ƒ(x) = log1/3 1/9 = 2 (1/9,2) 1 3 ƒ(x) = log 1/3 1/3 = 1 (1/3,1) 1 ƒ(x) = log1/3 1 = 0 (1,0) 3 ƒ(x) = log1/3 3 = -1 (3,-1) 9 ƒ(x) = log1/3 9 = -2 (9,-2) Colocando os pontos no plano, temos: y x 3 2 1 1 9
  • 6. 60 Unidade II Comparando os dois gráficos, verificamos que: a > 1 , função crescente 0 < a < 1, função decrescente 2) Retomando o exemplo inicial: “quanto tempo deve deixar seu dinheiro aplicado para receber R$ 531,00?” Quando substituímos os valores na expressão, encontramos: 531 = 500 (1 + 0,005)n 1,062 = 1,005n Aplicando o logaritmo nos dois lados da expressão, temos: Ln 1,062 = Ln 1,005n , calculando o logaritmo vem 0,060 = 0,00498n, assim, chegamos a n = 12 meses, que é a solução do nosso exemplo. 3.3 Função modular Chamamos de função modular a função: f(x) = | x | Utilizando a definição de módulo, temos: f x x x ( ) | |        se x 0 -x se x 0 3.3.1 Gráfico O gráfico da função modular será formado por duas semirretas que devem obedecer às condições acima. Exemplos: Construir o gráfico das funções: a) y = | x | Conforme a definição de modulo, temos y x x        se x 0 -x se x 0 | |
  • 7. 61 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Devemos fazer o gráfico das duas funções (1) y = x, para x ≥ 0 e (2) y = –x, para x < 0. Construindo a tabela de pontos para cada uma das funções, temos: (1) y = x, para x ≥ 0 x y = x (x,y) 0 y = 0 (0,0) 1 y = 1 (1,1) y 0 1 x y = x (2) y = - x, para x < 0 x y = -x (x,y) -2 y = 2 (-2,2) -1 y = 1 (-1,1) y x y = -x 0 -1 -2 1 2 Unindo as figuras, temos: y x y = x y = -x -1 0 1 b) y = | x | + 2 Conforme a definição de módulo, temos y x x           2 se x -x 2 se x | | 2 0 0
  • 8. 62 Unidade II Devemos fazer o gráfico das duas funções: (1) y = x + 2, para x ≥ 0 (2) y = –x + 2, para x < 0 Construindo a tabela de pontos para cada uma das funções, temos: y = x + 2, para x ≥ 0 x y = x + 2 (x,y) 0 y = 2 (0,2) 1 y = 3 (1,3) (2) y = –x + 2, para x < 0 x y = -x + 2 (x,y) -2 y = 4 (-2,4) -1 y = 3 (1,3) Construindo os dois gráficos no mesmo sistema: y x y = -x+2 0 -1 -2 1 2 y = x+2 3 4 3.4 Funções trigonométricas São funções periódicas, isto é, após um intervalo, seus valores se repetem. Estudaremos algumas delas. 3.4.1 Função seno Consideremos o ciclo trigonométrico de centro O e raio 1, definimos como função seno a função f: IR → IR dada por f(x) = sen x.
  • 9. 63 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL O valor de seno de x é a medida OM, conforme veremos na figura a seguir: + 1 0 - - 1 eixo dos senos x (0,1) (-1,0) (1,0) (0,-1) + - - M 1 0 - - 1 eixo dos senos x (0,1) (-1,0) (1,0) (0,-1) senx O sinal de sen x será positivo, se x estiver no 1° e no 2° quadrantes, e negativo no 3° e 4° quadrantes. Para a função seno, temos: D(f) = IR Im (f) = {y ∈ R / –1< y <1} período: p = 2π gráfico: y -1 1 2 3 4 5 6 7 8 1 -1 π 2π x π/2 3π/2 + + f(x)= senx - - 3.4.2 Função cosseno Definimos como função cosseno a função f: IR → IR dada por f(x) = cos x. O valor do cosseno de x é a medida ON, conforme veremos no ciclo trigonométrico a seguir: N 1 0 -1 -1 1 eixo dos cossenos x cosx (0,1) (-1,0) (1,0) (0,-1) 1 0 -1 -1 1 eixo dos cossenos (0,1) (-1,0) (1,0) + - - + (0,-1)
  • 10. 64 Unidade II O sinal do cosseno x será positivo, se x estiver no 1° e no 4° quadrantes, e negativo no 2° e 3° quadrantes. Para a função cosseno, temos: D(f) = IR Im (f) = {y ∈ R / –1< y <1} período p = 2π gráfico: y -1 1 2 3 4 5 6 7 8 1 -1 π 2π x π/2 3π/2 + + f(x)= cosx - - + + 3.4.3 Função tangente Definimos como função tangente a função f: D → IR dada por f(x) = tg x, no qual D x IR      { / x (2k 1) 2 , k Z }  O valor da tangente de x é a medida OS, conforme veremos na figura a seguir: 1 0 -1 - 1 eixo das tangentes tgx 0 S x O sinal da tg x será positivo, se x estiver no 1° e no 3° quadrantes, e negativo no 2° e 4° quadrantes. Para a função tangente, temos: D(f) = {x IR     / x (2k 1) 2 , k Z } 
  • 11. 65 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Im (f) = IR período p = π gráfico: 1 2 3 4 5 6 7 8 -1 1 2 -1 -2 2π π/2 3π/2 f(x)= tgx π x y 3.5 Assíntotas Assíntotas são retas das quais o gráfico das funções se aproxima, porém, não corta e nem tem ponto comum com elas. Podemos ter assíntotas horizontais, verticais ou inclinadas. Em nosso estudo, veremos as assíntotas verticais e as horizontais. 3.5.1 Assíntotas horizontais São retas paralelas ao eixo x. As funções exponenciais e algumas funções racionais têm assíntotas horizontais. • Assíntota de uma exponencial: Exponencial é uma função do tipo f(x) = c + b amx , com a > 0, a ≠1, b ≠ 0 e m ≠ 0. A família das funções exponenciais tem assíntota horizontal com equação y = c. Exemplo: a) y = 2x x y = 2x (x,y) -2 y = 2-2 (-2, 1/4) -1 y = 2-1 (-1,1/2) 0 y = 20 (0,1) 1 y = 21 (1,2) 2 y = 22 (2,4)
  • 12. 66 Unidade II x y 4 1 -1 3 -2 -3 -4 -1 1 2 2 Observando o gráfico da função, notamos que ele se aproxima do eixo x. Na medida em que vamos diminuindo os valores de x, os valores de y também diminuem se aproximando cada vez mais de zero. Assim, a assíntota horizontal de f(x) = 2 x será a reta y = 0. b) f(x)=2+5x Observando o gráfico, notamos que a assíntota horizontal é a reta y = 2: x y = 2 + 5 x (x, y) -2 2 + 5 -2 (-2, 2.04) -1 2 + 5 -1 (-1, 2.2) 0 2 + 5 0 (0, 3) 1 2 + 5 1 (1, 7) x y 4 1 -1 3 -2 -3 -4 -1 1 2 2 -5 5 6 7
  • 13. 67 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL c) f(x) = –4 + 3 2x Não é necessário construir o gráfico para determinar a assíntota de uma função. Genericamente, podemos encontrar a assíntota horizontal de uma função exponencial com equação f(x) = c + b amx simplesmente fazendo y = c. Em nosso exemplo, assíntota horizontal de f será a reta y = c, isto é, a reta y = –4. d) y = 12 – 2 . 3–x Nesse caso, a assíntota será a reta y = 12. • Assíntota de funções racionais Funções racionais são funções do tipo: f x p x q x ( ) ( ) ( ) = Estas funções podem apresentar assíntotas horizontais e verticais. Para determinar se uma função racional tem assíntota horizontal podemos observar o seu gráfico ou aplicar um conceito de limite que veremos mais adiante. Exemplo: Considerando a função racional f x x ( ) = 1 , podemos determinar se ela tem assíntota horizontal, construindo o seu gráfico. Veja a tabela de pontos: x -6 -4 -2 -1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 -0,18 f(x) =(1/x) -0,167 -0,250 -0,500 -1,000 -1,250 -1,667 -2,500 -5,000 -5,556 x -0,16 -0,14 -0,12 -0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 f(x) = (1/x) -6,250 -7,143 -8,333 -10,000 -12,500 -16,667 -25,000 -50,000 x 0 0,02 0,04 0,06 0,08 2 4 6 f(x) = (1/x) 50,000 25,000 16,667 12,500 0,500 0,250 0,167
  • 14. 68 Unidade II Assim: x y 4 1 -1 3 -2 -3 -4 -1 2 2 -5 5 6 7 -6 -7 -8 -9 -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 -10 1 3 4 5 6 7 8 9 Observando o gráfico, vemos que a assíntota horizontal será a reta y = 0, ou seja, eixo x. Ela mostra o comportamento da função quando x é muito grande (x vai para +∞) ou muito pequeno (x vai para –∞). 3.5.2 Assíntotas verticais São retas paralelas ao eixo y. As funções logarítmicas e algumas funções racionais têm assíntotas verticais. Logarítmica: funções do tipo f(x)=loga mx+n , com a > 0, a ≠ 1 e (m x + n) > 0 têm assíntota vertical com equação x n m   Determinamos a reta assíntota vertical da função f(x)=loga mx+n , determinando a solução da equação m x + n = 0. Exemplos: a) f(x)=log2 x tem assíntota vertical em x = 0
  • 15. 69 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Graficamente, temos: x f(x)=log2 x (x,y) 1 2 f(x)=log2 1/2 =–1 (1/2,–1) 2 f(x)=log2 2 =1 (2,1) 4 f(x)=log2 4 =2 (4,2) 8 f(x)=log2 8 =3 (8,3) y x -1 2 2 3 1 4 8 b) f(x)=log4 (x+3) Nesse caso, não faremos o gráfico da função, vamos determinar a assíntota vertical de f(x) por meio da solução de x + 3 = 0, isto é, x = –3. Assim, a reta x = –3 é assíntota vertical da função. Funções racionais: são funções do tipo f x p x q x ( ) ( ) ( ) = Para determinar a assíntota vertical de uma função racional, devemos determinar as raízes de q(x); os valores encontrados serão as assíntotas. Exemplos: 1) Observando o gráfico da função f x x ( ) = 1 , notamos que, além da assíntota horizontal, ela também tem assíntota vertical em x = 0.
  • 16. 70 Unidade II x y 4 1 -1 3 -2 -3 -4 -1 2 2 -5 5 6 7 -6 -7 -8 -9 -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 -10 1 3 4 5 6 7 8 9 2) Para função racional f x x x x ( )    2 2 5 , determinar se tem assíntota vertical: Devemos encontrar as raízes do denominador, esses valores são os pontos que estão fora do domínio da função. Assim, determinando as raízes de q(x), temos x2 – 5 = 0 e então x = √5 e x = –√5. As assíntotas verticais serão as retas x = √5 e x = –√5. Os gráficos de funções racionais serão feitos mais adiante, no módulo III. Para podermos entender melhor o comportamento da função, vamos tomar o gráfico pronto da função:
  • 17. 71 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL y x 1 2 3 4 5 6 –1 –2 –3 –4 –5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 –1 –2 –3 –4 –5 –6 –7 –8 –9 –10 assíntota vertical assíntota vertical Note que o gráfico se aproxima das retas x = 5 e x = –5, mas não passa por elas. Nesse gráfico, temos ainda outra assíntota (horizontal) que estudaremos mais adiante. Saiba mais Para saber mais sobre funções, leia o capítulo 2 de: FLEMMING, D. M., GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivação, integração. São Paulo: Prentice Hall, 2006. A seguir, você encontrará alguns exemplos para detalhar um pouco mais a teoria apresentada. Lembrete Estude os exemplos e depois tente refazê-los. 3.6 Ampliando seu leque de exemplos 1) Seja f: IR → IR, tal que f(x) = –16 + 4x , determinar o valor de x para o qual f(x) = 0 Resolução: Devemos igualar a expressão de f a zero e resolver a equação: –16 + 4 x = 0. 4x = 16, fatorando 16, temos 16 = 24 , assim: 4x = 24 as bases ainda não são iguais, então, você deve fatorar a base 4 também para que possamos comparar as duas expressões, então, 22x = 24 , logo, 2x = 4 e assim, x = 2.
  • 18. 72 Unidade II 2) A função Cn = 1.000. (1 + 0,2)n indica a capitalização composta de R$ 1.000,00 a uma taxa de juros de 20% a.a. (ao ano). Determinar o montante Cn, após 2 anos: Resolução: Devemos inicialmente verificar se a taxa de juros e o tempo estão na mesma unidade. Nesse caso, a taxa é anual e o período também. Substituindo n = 2 na função Cn, encontramos: Cn = 1.000. (1 + 0,2)2 Cn = 1.000. (1,2)2 Cn = 1.440,00 reais 3) A função logarítmica f(x) = 2.log2 (x–3) tem assíntota vertical, determine a equação desta assíntota. Resolução: A assíntota vertical indica que o domínio da função tem alguma restrição, isto é, valor que não pode ser substituído. No caso da função logarítmica, não podemos fazer o cálculo para valores negativos, ou seja, x – 3 ≠ 0. Resolvendo a equação, temos x ≠ 3. Logo, no domínio da função, temos um ponto que deve ser excluído, assim, a reta x = 3 é a assíntota vertical. 4) Sendo f(x) = |2x – 4|, determinar o valor de f(–5) Resolução: Para calcular o valor de f(–5), devemos substituir o valor de x na expressão da função: f (–5) = |2. (–5) – 4| = |–10 – 4| = |–14| = 14. Lembrete Observe que você deve efetuar todas as contas dentro do módulo e só depois utilizar a definição de módulo para encerrar o exercício.
  • 19. 73 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL 5) Esboçar o gráfico da função y = 3. sen x, a seguir, determinar o domínio e a imagem de f Resolução: Para esboçar o gráfico da função, vamos utilizar uma tabela de pontos: x y = 3 . senx (x, y) 0 y = 3 . sen0 = 0 (0, 0) π/2 y = 3. sen π/2 = 3 (π/2, 3) π y = 3. sen π = 0 (π, 0) 3π/2 y = 3. sen (3π/2) = –3 (3π/2, –3) 2π y = 3. sen (2π) = 0 (2π, 0) 1 2 3 4 5 6 7 8 -1 1 2 -1 -2 2π π/2 3π/2 π x y -3 -2 3 O domínio da função é Df = IR e Im f = { y ∈IR | –3 ≤ y ≤ 3}. Lembrete O domínio da função não se altera por multiplicar o seno por 3, mas a imagem se altera ao multiplicarmos por um número, assim, a imagem foi multiplicada por 3. 6) Esboce o gráfico da função f(x) = cos(2x) e compare o período da nova função com o período de f(x) = cos x: x y = cos(2x) (x, y) 0 y = cos 0 = 1 (0, 1) π/2 y = cos 2. π/2 = cos π (π/2, –1) π y = cos 2π = 1 (π, 1) 3π/2 y = cos (3π) = –1 (3π/2, –1) 2π y = cos (4π) = 1 (2π, 1)
  • 20. 74 Unidade II 1 2 3 4 5 6 7 -1 1 -1 2π 3π/2 π/2 π x y -2 Observando o gráfico da função e comparando com o gráfico de f(x) = cos x, notamos que o período da função f(x) = cos(2x) é igual a π, enquanto o período de f(x) = cos x é igual a 2 π. 7) Determine o domínio da função tg(4x) Resolução: Sabemos que o domínio da função g(x) = tg x é dado por: D x IR x k g           | ,   2 k inteiro Para determinar o domínio da função f(x) = tg 4x, devemos ter: 4 2 8 4 x k x k          com k inteiro , Assim: D x IR x k f           | ,   8 4 k inteiro 4 LIMITE 4.1 Uma visão intuitiva Estudaremos a noção intuitiva de limite. Você encontra a definição formal nos livros indicados na bibliografia. Estudar o limite de uma função f é querer saber o comportamento de f(x) quando x está próximo de um determinado número, sem, no entanto, ser necessariamente igual a ele. Tomemos a função f(x) = x + 3, isto é, y = x + 3, queremos saber o que ocorre com f(x) quando x se aproxima de x0 = 2. Para isso, vamos construir duas tabelas de pontos com valores de x próximos de 2, uma para valores maiores e outra para valores menores que 2.
  • 21. 75 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Considere as tabelas: valores menores que 2 valores maiores que 2 x Y x y 1 4 2,001 5,001 1,3 4,3 2,01 5,01 1,5 4,5 2,08 5,08 1,7 4,7 2,1 5,1 1,8 4,8 2,2 5,2 1,9 4,9 2,4 5,4 1,93 4,93 2,7 5,7 1,99 4,99 2,9 5,9 A primeira tabela apresenta x se aproximando de 2 por valores menores que ele (pela esquerda) e a segunda tabela apresenta esta aproximação por valores maiores que 2 (pela direita). Observando as duas tabelas, notamos que quanto mais próximo o valor de x está de 2 mais o valor de y se aproxima de 5. Dizemos, então, que o limite de f(x) é 5, quando x tende a 2 por valores à direita, isto é, valores maiores que 2, e utilizamos a seguinte notação para indicar esse limite: lim ( ) x 2     x 3 5 Lemos: limite de (x+3), quando x tende para 2 pela direita é 5. Da mesma forma, temos que o limite de f(x) é 5, quando x tende a 2 por valores à esquerda e escrevemos: lim ( ) x 2 -    x 3 5 Lemos: limite de (x+3), quando x tende para 2 pela esquerda é 5. Chamamos esses limites de limites laterais. Graficamente, temos:
  • 22. 76 Unidade II L y C x L y C x Dizemos que existe o limite da função para x tendendo a x0, quando existirem os limites laterais e eles forem iguais, isto é: lim ( ) lim ( ) lim ( ) x x x f x L f x f x L c c c -         Exemplos: 1) x x   2 3 lim( ) Conforme já vimos, os limites laterais existem e são iguais, assim, x x    2 3 5 lim( ) . 2) x   2 (-x 2x 3) 1 lim Podemos também determinar o valor do limite, observando o gráfico da função. Construindo o gráfico da função, temos: y x -2 -1 0 1 2 3 4 4 3 2 1 Verificando o comportamento da função à direita e à esquerda de x0 = 1, temos: lim ( ) lim ( ) lim x x x x x x 1 - 1 logo            2 2 2 3 2 3 4 x x x x 1      ( ) 2 2 3 4
  • 23. 77 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL A seguir, vamos relacionar alguns teoremas sobre limites; nesse texto não faremos a demonstração desses resultados, você pode encontrar as demonstrações nos livros indicados na bibliografia. • Teoremas - Unicidade do limite “Se o limite de f quando x tende para c existe, então, esse valor é único.” - Teorema do confronto “Se em uma região próxima de c uma função f está entre outras duas g e h que têm o mesmo limite finito L, quando x tende para c, então o limite de f, quando x tende para c, também será igual a L.” g x f x h x ( ) ( ) ( )         e lim g(x) lim h(x) L lim x c x c x c f(x) L  Graficamente, temos: f(x) L h(x) g(x) c Limite do produto de uma função que tende a zero por outra que é limitada. “O produto de uma função f que tem limite igual a zero, quando x tende para c, por uma função g limitada é igual a zero.” Se a função g é limitada, isto é, –M ≤ g(x) ≤ M, então lim ( ) x g x M c   . lim g(x) e lim f(x) lim f(x).g( x c x c x c       M 0 x x) 0  Lembrete Você pode encontrar as demonstrações desses teoremas nos textos indicados na bibliografia.
  • 24. 78 Unidade II 4.1.1 Função contínua Intuitivamente, uma função f não é contínua em x = x0 , x0 um ponto do seu domínio, se seu gráfico apresenta um “salto” ou buraco nesse ponto. Do contrário, f é chamada função contínua. Observe os gráficos das funções abaixo, todas com domínio IR: x ƒ(x) ƒ(xo) xo a) x ƒ(x) ƒ(xo) xo b) x ƒ(x) ƒ(xo) xo c) A função do item a não é contínua em x0, pois o gráfico apresenta um buraco nesse ponto, enquanto as funções dos itens b e c apresentam “saltos” no ponto x0 . Notemos que essas funções são contínuas em todos os outros pontos de seu domínio. São exemplos de funções contínuas as funções polinomiais, exponenciais e logarítmicas. Uma função f é contínua em x0 , se e somente se o limite de f, quando x tende para x0, é igual ao valor da função no ponto, isto é: f é contínua em x0 0    x x f x f x lim ( ) ( ) 0 Lembrete Para verificar se uma função é contínua em um ponto x0 , devemos verificar as 3 condições: a) f(x0 ) existe, isto é, x0 ∈ Df . b) O limite de f(x) quando x tende a x0 existe. c) O limite for igual a f(x0 ). Um resultado importante das funções contínuas é o teorema do valor intermediário. Esse teorema permite que se encontre um intervalo no qual temos, com certeza, uma raiz da função.
  • 25. 79 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL • Teorema do valor intermediário “Se f(x) é contínua num intervalo fechado [a, b] e L, tal que f(a) ≤ L ≤ f(b), então existe c ∈ [a, b] com f(c) = L.” L a c b Observação Para algum valor entre a e b, temos f(c) = L. Exemplos: 1) A função f(x) = x2 – 1 é contínua em x0 = 2, pois, observando o gráfico de f, notamos que x x    2 2 1 3 lim( ) e f(2) = 22 – 1 = 3: x 0 3 y xo=2 –1 2) A função f x x ( )        1 2 se x 3 se x 3 não é contínua em x = 3, pois não existe limite para x tendendo a 3, conforme podemos ver no gráfico, os limites laterais são diferentes. Para valores maiores que 3, a função tende a 4 e para valores menores que 3, a função tende a 2:
  • 26. 80 Unidade II y f(x) = 2 x 4 2 f(x) = x+1 1 3 Vejamos agora alguns resultados importantes sobre funções contínuas. Consideremos f e g funções contínuas em x0 , x0 um ponto do intervalo I, sendo I um subconjunto de Df ∩ Dg, temos: a) f + g é contínua em x0. b) f – g é contínua em x0. c) f. g é contínua em x0. d) k. f é contínua em x0 , com k ∈ IR. e) f g é contínua em x0 , com g ≠ 0. f) Uma função será contínua em um intervalo, se for contínua em todos os pontos do intervalo. 4.1.2 Propriedades operatórias dos limites Com estas propriedades, poderemos calcular o limite das funções sem o uso de gráficos e também sem o uso de tabela de pontos, elas permitem que os cálculos sejam feitos mais rapidamente. Sejam f e g funções contínuas em seu domínio, temos as propriedades: 1) f x k f x k x x ( ) , ( ) lim     k constante 0 Exemplos: a) x→ 1 3 lim Note que queremos calcular o limite de f(x) = 3 que é uma função constante, logo, x  1 3 3 lim . b) lim x 1  10
  • 27. 81 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Novamente, queremos calcular o limite de uma função constante, assim: lim x 1     10 10 2) x x x x x x f x a g x b         0 0 0 lim lim ( ) ( ) , e com a IR e b IR l lim ( ) f x a b g(x)     Exemplos: a) x x   1 1 lim( ) Para calcular o limite da função f(x) = x + 1, você deve observar que ela é formada pela soma de duas funções, assim: x x x x x          1 1 1 1 1 1 1 2 lim lim lim ( ) b) x x x    0 2 2 3 lim( ) x x x x x x x x             . 0 3 0 2 0 2 0 0 2 2 3 2 3 0 2 lim lim lim lim ( )   3 c) x x x    1 3 2 5 2 lim( ) x x x                1 2 . (-1) lim( ) 3 2 3 5 2 1 5 2 1 5 2 2 3) x x x x x x f x a g x b         0 0 lim lim ( ) ( ) , e com a IR e b IR 0 0 lim ( ). . f x ab g(x)   Exemplos: a) lim . (x-5) x 2    ( ) 2 1 2 x x Devemos calcular cada um dos limites e depois multiplicar os resultados, assim: x x x x x x x          .(x-5) . (x-5) (2.2 2 2 2 2 2 2 1 2 1 lim lim lim ( ) ( ) 2 2 .(2-5) 11.(-3) -33     2 1) b) lim .(x 2) x -1     ( ) x x 3 2 5
  • 28. 82 Unidade II lim .(x 2) lim . lim x -1 x -1 x         ( ) ( ) x x x x 3 3 2 5 2 5 -1 -2(-1) 5 .(-1 2) .1 6            ( ) ( ) x 2 1 6 3 4) x x x x n n f x a f x a        0 0 lim lim ( ) , [ ( )] com a IR e n IN* Exemplos: a) lim .2 6) x 2 7         ( ) ( 2 6 2 2 128 7 7 x b) lim 1) x - 3 3          ( ) ( ( ) x 1 3 4 64 3 3 5) x x x x f x f x a b b        0 0 lim lim ( ) , ( ) com a IR f(x) Exemplos: a) lim x 3    4 4 64 3 x b) lim x 4      ( ) ( ) 2 2 16 4 x 6) x x x x n f x a a         0 0 lim lim ( ) , com a IR e n IN f(x) * n Exemplos: a) lim x x 4       2 2 9 4 9 25 5 b) lim ( ) x x -1        2 2 3 1 3 4 2 7) x x x x f x a          0 0 lim lim ( ) , com a IR e b IR , b 1 log * * b f( (x)  logb a Exemplos: x x   7 2 1 limlog( ) x x       7 2 1 2 7 1 2 8 3 limlog log log ( ) ( )
  • 29. 83 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL 8) x x x x x x f x a g x b         0 0 0 lim lim l ( ) ( ) , e com a IR e b IR* i im f(x) g(x)        a b Exemplos: x x x x x x x                   4 2 4 2 4 2 16 4 16 4 4 16 4 4 lim lim lim ( ) ( ) 0 0 8 0  Notemos que, em alguns casos, a substituição do valor de x0 gera uma indeterminação, nesses casos será necessário uma simplificação das funções para calcular o limite. x x x          - 4 2 16 4 lim O valor x = –4 não pode ser substituído, pois gera uma indeterminação, isto é, 0 0 . Devemos então fatorar o numerador e, após a simplificação, calcular o limite. Como x2 – 16 = (x – 4). (x + 4), temos: x x x x x x x                 - - - . (x 4) 4 2 4 4 16 4 4 4 lim lim ( ) l lim( ) x       4 4 4 8 Lembrete Esse procedimento deve ser feito toda vez que chegarmos a uma indeterminação. x x x    4 4 2 lim O valor x = 4 não pode ser substituído, pois teremos uma indeterminação. Devemos então racionalizar o denominador e, após a simplificação, calcular o limite. Para a racionalização, vamos multiplicar e dividir a função por x    2 , assim:
  • 30. 84 Unidade II x x x x x x x x x                        . (x- 4 4 4 4 2 4 2 2 2 lim lim lim 4 4). (x-4). ( -4) x x x x x                           2 2 2 2 2 4 lim                 x x 4 2 4 2 4 lim Esse procedimento deve ser feito toda vez que chegarmos a uma indeterminação envolvendo radicais. 4.1.3 Limites envolvendo infinito Algumas vezes, precisamos calcular limites de funções com características especiais. Nesses casos, o estudo requer técnicas diferentes das que você estava utilizando até agora, devemos observar o comportamento das funções. Estudaremos agora dois desses casos: limite quando x tende para + ∞ ou – ∞ e limites que têm como resultado infinito. • 1º caso: x tende para + ∞ ou – ∞. Veremos agora alguns limites de funções reais, quando x tende para + ∞ ou – ∞. Dependendo da função, o resultado desses limites pode ser tanto um número real quanto + ∞ ou – ∞. Estudaremos agora algumas destas funções: x n x           n 0 lim , 1 0 Exemplos: 1 1 ) lim x x         Para entender o resultado desse limite, vamos esboçar o gráfico da função e observar o seu comportamento quando x → + ∞. Montando uma tabela de valores para x, notamos que como x tende para +∞, devemos colocar valores grandes para x, assim:
  • 31. 85 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL x y = 1/x (x, y) 1 y = 1/1=1 (1, 1 ) 10 y = 1/10 = 0,1 (10, 0.1) 100 y = 1/100 = 0,01 (100, 0.01) 1000 y = 1/1000 = 0,001 (1000, 0.001) Graficamente: x 3 y x → ∞ 1 2 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 Quando calculamos os valores de f(x) para valores muito grandes, notamos que os resultados são cada vez menores, aproximando-se de zero, assim: x x          lim 1 0 Como será o comportamento da função, quando x se aproxima de – ∞? Para saber, vamos esboçar o gráfico para valores de x muito pequenos, tendendo para – ∞: x y = 1/x (x, y) –1 y = 1/–1= –1 (–1, –1 ) –10 y = 1/–10 = – 0,1 (–10, – 0.1) –100 y = 1/–100 = – 0,01 (–100, – 0.01) –1000 y = 1/–1000 = – 0,001 (–1000, – 0.001)
  • 32. 86 Unidade II Representando os pontos no plano, temos: x y x → –∞ 1 1 –2 –3 –4 –5 –6 –7 –1 –1 –2 –3 –4 –5 Notamos que o mesmo ocorre, quando x tende para – ∞, isto é, lim x -          1 0 x Lembrete Você não terá que fazer o gráfico da função em todos os exercícios, basta pensar no comportamento da função para valores muito grandes. 2) x x          lim 2 1 2 Quando x tende para + ∞, temos 1 2 x tende para zero, logo, 2 1 2        x tende para 2, isto é, x x           lim 2 1 2 2 . é par é ímpar x n x n x x            n 0 se n se lim lim , , , n n    Exemplos: 1) x  4 x lim 3 Como x tende a + ∞, temos x     4 x lim 3 .
  • 33. 87 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL 2) x   3 x lim 5 Como x tende a – ∞ e n = 3 é impar, temos x      3 x lim 5 . 3) x x x           lim 5 2 4 Para valores muito grandes, tanto o numerador quanto o denominador da função tendem para +  ∞, temos o caso         , que é uma indeterminação. Para resolver, devemos colocar o x de maior grau do numerador e o x de maior grau do denominador em evidência. Após a simplificação, podemos calcular o limite: x x x x x x x x                             lim lim 5 2 4 1 5 2 4                                       x x x lim 1 5 2 4 1 2 4) x x x            - 2 lim x 3 7 10 8 Tanto o numerador quanto o denominador tendem para ∞. Podemos resolver de forma diferente da que foi utilizada no exemplo anterior. Tomamos apenas o termo de maior grau, simplificamos e calculamos o limite, assim: x x x x x x                       - 2 - 2 - lim lim x x 3 7 10 8 3     lim 3x • 2º caso – limites que têm como resultado infinito Estudaremos agora limites cujo resultado será + ∞ ou – ∞. Vejamos alguns exemplos: 1) lim x        0 1 x
  • 34. 88 Unidade II Vamos analisar o gráfico da função para valores próximos de zero e como 0 ∉ Df, devemos substituir valores pela direita e pela esquerda de zero. Para valores maiores que 0, isto é, à direita de 0, temos: x y = 1/x (x, y) 0,5 y = 1/0,5 = 2 (0.5, 2 ) 0,1 y = 1/0,1 = 10 (0.1, 10) 0,01 y = 1/0,01 = 100 (0,01, 100) 0,001 y = 1/0,001 = 1000 (0,001, 1000) Representando os pontos no plano cartesiano: x 3 y + ∞ 1 2 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para + ∞, logo, o limite pela direita é + ∞. lim x            0 1 x Devemos estudar agora os valores menores que 0, isto é, à esquerda de 0, temos: x y = 1/x (x, y) –0,5 y = 1/–0,5 = –2 (–0.5, –2 ) –0,1 y = 1/–0,1 = –10 (–0.1, –10) –0,01 y = 1/–0,01 = –100 (–0,01, –100) –0,001 y = 1/–0,001 = –1000 (–0,001, –1000) Representando no plano cartesiano:
  • 35. 89 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL x y –∞ 1 1 –2 –3 –4 –5 –6 –7 –1 –1 –2 –3 –4 –5 –6 Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para – ∞, logo, o limite pela esquerda é – ∞, isto é, lim x            0 1 x . Como os limites laterais são diferentes, temos que lim x        0 1 x não existe. Juntando os dois gráficos, temos o gráfico da função f(x) = 1/x: x y 4 1 -1 3 -2 -3 -4 -1 2 2 -5 5 6 -2 -3 -4 -5 1 3 4 5 6 7 Vamos agora estudar o comportamento da função f(x) = 1 / x2 , quando x tende a zero. 2) lim x        0 2 1 x
  • 36. 90 Unidade II Vamos analisar o gráfico da função para valores próximos de zero e como 0 ∉ Df , devemos substituir valores pela direita e pela esquerda de zero. Para valores maiores que 0, isto é, à direita de 0, temos: x y = 1/x2 (x, y) 0,5 y = 1/0,52 = 4 (0.5, 4 ) 0,1 y = 1/0,12 = 100 (0.1, 100) 0,01 y = 1/0,012 = 10000 (0,01, 10000) 0,001 y = 1/0,0012 = 1000000 (0,001, 1000000) Representando no plano cartesiano: x 3 y + ∞ 1 2 4 1 2 3 4 5 6 7 –1 Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para + ∞, logo, o limite pela direita é + ∞. lim x            0 2 1 x Devemos estudar agora os valores menores que 0, isto é, à esquerda de 0, temos: x y = 1/x2 (x, y) –0,5 y = 1/(–0,5)2 = 4 (–0.5, 4 ) –0,1 y = 1/(–0,1)2 = 100 (–0.1, 100) –0,01 y = 1/(–0,01)2 = 10000 (–0,01, 10000) –0,001 y = 1/(–0,001)2 = 1000000 (–0,001, 1000000)
  • 37. 91 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL x y 4 1 -1 3 -2 -3 -4 -1 2 -5 5 6 1 + ∞ -6 Observando o gráfico e a tabela, notamos que quando x se aproxima de zero, a função vai para + ∞, logo, o limite pela esquerda é + ∞, isto é, lim x -           0 2 1 x . Como os limites laterais são iguais e temos que lim x           0 2 1 x unindo os dois gráficos, temos o gráfico da função f(x) = 1/x2: -1 -2 -3 -4 -5 -6 x 3 y 1 2 4 1 2 3 4 5 6 7 –1 –2 5 6 3) lim x x          1 1 1 A função f(x) = 1/(x+1) terá o mesmo comportamento da função g(x) = 1/x, assim, temos que o limite para x tendendo a –1 não existe, logo:
  • 38. 92 Unidade II lim x x         1 1 1 não existe. 4) lim x x           1 2 1 1 A função f(x) = 1/(x+1)2 terá o mesmo comportamento da função g(x) = 1/x2 , assim, temos que o limite para x tendendo a zero será igual a + ∞, isto é: lim ( ) x            0 2 1 1 x 4.1.4 Limites fundamentais Temos alguns casos de indeterminações que não são facilmente eliminadas, como nos casos anteriormente estudados. Esses são os limites fundamentais, vejamos alguns deles: 1º caso: lim x 1         0 sen x x Exemplos: 1) lim x 3        0 sen x x Para calcular o limite da função, vamos utilizar o limite fundamental, para isso precisamos ter o denominador igual ao arco, assim, devemos multiplicar e dividir por 3, temos: lim lim x x 3 3 . 3 3                0 0 sen x x sen x x Arrumando o denominador, ficamos com: lim lim x x 3 3 3               0 0 3 sen x x sen x x   Temos, então, o limite fundamental multiplicado por 3, logo: lim lim x x 3 3 .1                  0 0 3 3 3 sen x x sen x x 3 3
  • 39. 93 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL 2) lim x 3        0 5 sen x sen x Para calcular o limite da função, vamos utilizar o limite fundamental. Como temos a função seno, tanto no numerador quanto no denominador precisamos multiplicar por 15x e dividir por 15x, então: lim lim x x 3 5 3 sen 5           0 0 sen x sen x sen x x       . 5x 3x . 3 5 Arrumando convenientemente os valores, temos: lim lim x x 3 5 3 3              0 0 sen x sen x sen x x          . 5x sen 5x . 3 5 Temos, então, dois limites fundamentais multiplicados pela fração 3/5, assim: lim lim x x 3 5 3 5 3 3          0 0 sen x sen x sen x x                 . 5x sen 5x 3 5 .1.1 3 5 x lim 0 Lembrete No exemplo anterior acabamos de ver que: lim x 3 3 0 3 sen x x Observação Para resolver a expressão lim x 5x sen 5x 0 , usamos L’Hospital, derivando a fração no numerador. Veja como: lim cos x 5 3 5cos 5 5 0 5 5 0 1 x
  • 40. 94 Unidade II 2º caso: lim lim x x x x e; e                     1 1 1 1 x x e = nº de euler. Valem também os seguintes resultados: lim lim x a x a x x a e ; e                       1 1 1 x a x Saiba mais Para mais detalhes sobre número de euler e o limite fundamental, acesse: http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/numeroe.htm. Exemplos: 1) lim x 5 x           1 1 x É um caso de limite fundamental no qual a = 5, logo: lim x 5 x 5 =e           1 1 x 2) lim x x           1 4 x É um caso de limite fundamental no qual a = 4, logo: lim x x 4 e 1 4 x A seguir, vamos reunir as propriedades para facilitar o seu estudo:
  • 41. 95 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Propriedades operatórias dos limites: 1) f x k f x k x x ( ) , ( ) lim     k constante 0 2) x x x x x x f x a g x b com a e b IR f x          0 0 0 lim lim lim ( ) ( ) , e IR           g x a b 3) x x x x x x f x a g x b com a e b IR f x          0 0 0 lim lim lim ( ) ( ) , e IR           g x a b 4) x x x x n n f x a com a e n IN f x a              0 0 lim lim ( ) , * IR 5) x x x x f x a f x a com a b b          0 0 lim lim ( ) , IR 6) x x x x n f x a a         0 0 lim lim ( ) , com a IR e n IN f(x) * n 7) x x x x b f x b a f x a b           0 0 1 lim lim ( ) , log log com a IR e 8) x x x x x x f x a g x b IR f x            0 0 0 lim lim lim ( ) * e =b, com a IR e g g x a b          Limites infinitos e fundamentais: lim , x n 0           1 0 xn lim , x n 0      xn lim , , x         xn se n é par se n é ímpar lim x          0 2 1 x lim x 1         0 sen x x
  • 42. 96 Unidade II lim lim x x x x =e e                    1 1 1 1 x x 4.2 Ampliando seu leque de exemplos 1) Determinar o valor do limite x lim   1 f x ( ) , sendo f x x ( )        1 se x 1 3x se x 1 Resolução: Como queremos o limite para x tendendo a 1 pela direita, devemos usar a expressão da função para esse intervalo, isto é, f(x) = x + 1 e calcular o limite. Assim: lim ( ) lim x x f x x 1+ 1 1 1 2 1 2) Determine o valor de a para a função f x ( )            x 2x se x 5 a se x 5 x 30 se x 5 2 , seja contínua em xo = 5 Resolução: Para verificar se uma função é contínua em 5, devemos calcular o limite de f, quando x tende para 5, e comparar com f(5). Se forem iguais à função, será contínua, caso contrário, não será contínua. Para calcular o limite de f, devemos calcular os limites laterais, assim: lim ( ) lim x x f x x 5 - 5 - 5      30 3 lim ( ) lim x x f x x x 5 5 2 5 .5 25 10 35            2 2 2 Os limites laterais são iguais, logo existe o limite e lim ( ) x f x 5 5   3 Para ser contínua em 5, ainda falta igualar f(5) ao valor do limite, assim: f(5) = a = 35. Logo, o valor de a para que a função seja contínua em x0 = 5 é a = 35.
  • 43. 97 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL 3) Calcular valor do limite x 2 lim x x 20 x 5           5 Resolução: Para se calcular o limite, a primeira providência é substituir o valor de x0 na função. Se a conta for possível, o limite está calculado, caso contrário, precisaremos utilizar outro procedimento para resolver o limite. Substituindo o valor de x na expressão, temos uma indeterminação. Vamos fatorar o numerador e simplificar a fração para eliminar a indeterminação: lim lim ) ) x x 5 2 5 x x 20 x 5 (x .(x 5 x 5                       4 l lim ) x 5 (x      4 5 4 9 4) Calcular o limite x - 4 3 lim 2x 5 x 2             3 10 2 2 x x x Resolução: Novamente, temos uma indeterminação do tipo         . Vamos calcular o limite utilizando o x de maior grau do denominador e o de maior grau do denominado. Assim: lim lim x x X - 4 2 3 - 4 3 2x 3x 5X x 2x x                2 10 2 Simplificando a expressão, ficamos com: lim x    - 2 x - Logo, lim x x               - 4 2 3 2x 3x 5x x 2 10 2 5) Calcular o valor do limite x lim      4 2 1 4 x
  • 44. 98 Unidade II Resolução: Substituindo x por –4, encontramos uma indeterminação. Nesse caso, não conseguimos eliminar a indeterminação por meio de fatoração. Será necessário outro procedimento. Estudando o comportamento da função à direita e à esquerda de –4, notamos que é o mesmo da função f(x) = 1 / x2 , isto é, tanto pela esquerda quanto pela direita, teremos o mesmo valor: lim ( ) lim x x x x - - 1 1                   4 2 4 2 4 Resumo Nessa unidade, estudamos mais algumas funções reais. Vamos agora destacar alguns itens importantes sobre elas: Função exponencial: f(x) = c + b amx , (a 0, a ≠1, b ≠ 0 e m ≠ 0) Função logarítmica: f(x)=loga x , com a 0, a ≠ 1 e x 0 Função modular: f(x) = | x | y x x        | | se x 0 -x se x 0 Função seno: f(x) = sen x D(f) = IR Im (f) = {y IR    / -1 y 1} período p = 2π y -1 1 2 3 4 5 6 7 8 1 -1 π 2π x π/2 3π/2 + + f(x)= senx - -
  • 45. 99 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL Função cosseno: f(x) = cos x D(f) = IR Im (f) = {y IR    / -1 y 1} período p = 2π y -1 1 2 3 4 5 6 7 8 1 -1 π 2π x π/2 3π/2 + + f(x)= cosx - - + + Função tangente: f(x) = tg x D(f) = {x IR     / x (2k 1) 2 , k Z}  Im (f) = IR período p = π 1 2 3 4 5 6 7 8 -1 1 2 -1 -2 2π π/2 3π/2 f(x)= tgx π x y Assíntotas: retas das quais o gráfico das funções se aproxima, porém não corta nem tem ponto comum com elas. Podemos ter assíntotas horizontais, verticais ou inclinadas. Limites: alguns resultados importantes sobre limites: • Teorema do confronto — g x f x h x ( ) ( ) ( )         e lim g(x) lim h(x) L lim x c x c x c f(x) L  — lim g(x) e lim f(x) lim f(x).g(x) x c x c x c       M 0   0
  • 46. 100 Unidade II • Função contínua f é contínua em x0 0    x x f x f x lim ( ) ( ) 0 • Teorema do valor intermediário “se f(x) é contínua num intervalo fechado [a, b] e L, tal que f(a) ≤ L ≤ f(b), então existe c ∈ [a, b] com f(c) = L.” • Propriedades 1)f x k f x k x x ( ) , ( ) lim     k constante 0 2) x x x x x x f x a g x b com a e b IR f x          0 0 0 lim lim lim ( ) ( ) , e IR           g x a b 3) x x x x x x f x a g x b com a e b IR f x          0 0 0 lim lim lim ( ) ( ) , e IR           g x a b 4) x x x x n n f x a com a e n IN f x a              0 0 lim lim ( ) , * IR 5) x x x x f x a f x a com a b b          0 0 lim lim ( ) , IR 6) x x x x n f x a a         0 0 lim lim ( ) , com a IR e n IN f(x) * n 7) x x x x b f x b a f x a b           0 0 1 lim lim ( ) , log log com a IR e 8) x x x x x x f x a g x b IR f x            0 0 0 lim lim lim ( ) * e =b, com a IR e g g x a b          • Limites infinitos e fundamentais lim , x n 0           1 0 xn lim , x n 0      xn lim , , x         xn se n é par se n é ímpar
  • 47. 101 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL lim x          0 2 1 x lim x 1         0 sen x x lim lim x x x x =e e                    1 1 1 1 x x Exercícios Questão 1. No ano de 2005, uma empresa lançou um novo produto no mercado, com produção inicial de 2000 unidades. A quantidade P de unidades produzidas a partir de 2005 segue a função P(t)=2000.(0,95)t , sendo que t representa o tempo em anos. Considerando-se que log(0,5)=–0,30 e log(0,95)=–0,02, assinale a alternativa que apresenta corretamente o ano em que a produção será de 1000 unidades. A) 2010. B) 2015. C) 2020. D) 2025. E) 2030. Resposta correta: alternativa C. Resolução da questão Considerando-se que o ano de 2005 é t=0, fazemos: 0 P(0) 2000.(0,95) 2000.1 2000 = = = O P(0) representa a quantidade de unidades do produto produzida no ano de 2005. Para sabermos em que ano a quantidade de unidades produzidas será de 1000, fazemos:
  • 48. 102 Unidade II t t t t 1000 P(t) 2000.(0,95) 1000 2000.(0,95) (0,95) 0,5 (0,95) 2000 = ⇒ = ⇒ = ⇒ = Podemos aplicar a definição de logaritmo em ambos os lados da equação (utilizar dica do enunciado). Logo, t t 0,5 (0,95) log(0,5) log(0,95) log(0,5) t.log(0,95) 0,30 0,02t =⇒ = ⇒ = ⇒ − = − 0,30 t t 15 0,02 − = ⇒ = − Então, em 15 anos, a quantidade de unidades produzidas será de 1000. Sendo assim, como o ano inicial é 2005, fazemos: 2005+15 = 2020. Logo, a produção será de 1000 unidades no ano de 2020. Questão 2. (Enade 2008, adaptada) As duas figuras a seguir mostram uma representação da Terra iluminada pelo Sol. Ambas correspondem ao 1º dia do verão no hemisfério sul. A primeira foi obtida às 9 h da manhã com relação ao meridiano de Greenwich (GMT – Greenwich Mean Time). A segunda imagem foi obtida três horas depois, ou seja, ao meio-dia (GMT). As imagens podem ser usadas para se determinar o horário do amanhecer e do pôr do sol em qualquer cidade do mundo. Nas figuras, foi introduzido um sistema de coordenadas cartesianas, no qual a linha do Equador é representada pelo eixo dos x (dado em graus) e o meridiano de Greenwich, pelo eixo dos y (também dado em graus), de modo que y=+90 no polo norte e y=−90 no polo sul. y x Nove horas da manhã (GMT) y x Meio dia (GMT) Figura Considere que t seja o tempo, em horas, de modo que t = 0 corresponda ao meio-dia (GMT). Escolha a opção que descreve um modelo mais preciso do deslocamento da curva que separa a área iluminada da região de sombra na Terra, no dia representado nas figuras. A) y = 75 cos(x + 15 t)
  • 49. 103 CÁLCULO DIFERENCIAL DE UMA VARIÁVEL B) y = 75 sen(x - 24 t) C) y = 75 sen(x + 15 t) D) y = 90 cos(x + 24 t) E) y = 90 sen(x - 24 t) Resolução desta questão na plataforma.