SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
1
Funções. Exercícios.
Lista 7a - com respostas no livro/folha de exercícios e atendimento.
Atenção. As respostas devem ser completas, contendo todo o desenvolvimento lógico devido.
Somente conclusões nais não serão aceitas.
1. Demana p.92:
N 8, 9
2. Demana p.120:
N 1, 3
3. Transformações de funções e seus grácos.
a) A partir do gráco da função original f(x), encontrar os grácos de funções indicadas g(x) e
h(x) (usar translações horizontais e verticais):
f(x) = x2
; g(x) = (x − 1)2
+ 2, h(x) = (x + 2)2
− 1.
Solução.
Lembramos que o gráco de f(x) = x2
é uma parábola voltada para cima e com vértice na origem.
Esse gráco é considerado (nesse exercício) como dado. Lembramos que a transformação de f(x)
para f(x + c), qualquer que for f(x), resulta na translação horizontal do gráco de f(x) de c
unidades para esquerda (sendo para c negativo a translação se faz |c| unidades para direita). Assim,
partindo do gráco de f(x) = x2
chegamos, primeiro, ao gráco de ˜
f(x) = (x − 1)2
= f(x − 1)
deslocando o primeiro 1 unidade para direita. Agora, considerando o último como dado, faremos
mais uma transformação para obter g(x) = (x − 1)2
+ 2. Comparando ˜
f(x) e g(x), notamos que
g(x) = ˜
f(x) + 2, o que signica (geometricamente) a translação vertical do gráco de ˜
f(x) de 2
unidades para cima. (Lembramos que a transformação de f(x) para f(x) + c, qualquer que for
f(x), resulta na translação vertical do gráco de f(x) de c unidades para cima, o que no caso de c
negativo é interpretado como |c| unidades para baixo.) Assim, o gráco de g(x) = (x − 1)2
+ 2 é
obtido do gráco de f(x) = x2
deslocando o último 1 unidade para direita e 2 unidades para cima.
Raciocinando de modo análogo, podemos concluír que o gráco de h(x) = (x + 2)2
− 1 pode
ser obtido do gráco de f(x) = x2
deslocando o último 2 unidades para esquerda e 1 unidade para
baixo. (Alunos  Restituir todos os passos dessa transformação !)
b) A partir do gráco da função original f(x), encontrar os grácos de funções indicadas g(x) e
h(x) (usar extensões e compressões horizontais e verticais):
f(x) = |2x|; g(x) = |1
3
x|, h(x) = −|2x|.
Solução.
Lembramos que o gráco de f(x) = |2x| consiste de duas partes retilíneas −2x, para x ≤ 0 e 2x
para x ≥ 0 as quais se encontram na origem (que é vértice desse gráco). Ele é considerado (nesse
exercício) como dado. Para chegar ao gráco de g(x) = |1
3
x|, podemos alongar (extender) o gráco
original 6 vezes na horizontal, uma vez que g(x) = |1
6
2x| = f(1
6
x). (Lembramos que a transformação
de f(x) para f(cx), c  0, qualquer que for f(x), resulta na extenção horizontal do gráco 1
c
vezes
caso c  1 e compressão c vezes caso c  1; se c  0, então aplicamos as mesmas transformações
com |c|, acrescidas da reexão do gráco em torno do eixo Oy.)
A maneira alternativa é levar tudo a extensão/compressão vertical. Para isso, podemos reescrever
g(x) na forma equivalente g(x) = 1
6
|2x| = 1
6
f(x). Então, para obter o gráco de g(x), podemos
comprimir o gráco original 6 vezes na vertical. (Lembramos que a transformação de f(x) para
cf(x), c  0, qualquer que for f(x), resulta na extenção vertical do gráco c vezes caso c  1
e compressão 1
c
vezes caso c  1; se c  0, então aplicamos as mesmas transformações com |c|,
acrescidas da reexão do gráco em torno do eixo Ox.)
Para obter o gráco de h(x) = −|2x| = −f(x), lembramos que multiplicação da função por −1
2
resulta em reexão do seu gráco em torno do eixo Ox.
c) A partir do gráco da função original f(x), encontrar os grácos de funções indicadas g(x) e
h(x) (usar combinações de transformações):
f(x) = x2
; g(x) = 3 − (2x + 1)2
, h(x) = 3(1
2
x − 1)2
− 2.
Solução. Lembramos que o gráco de f(x) = x2
é uma parábola voltada para cima e com
vértice na origem. Ele é considerado (nesse exercício) como dado. Para chegar ao gráco de
g(x) = 3−(2x+1)2
, temos que efetuar uma sequência de transformações. Primeiro, transformamos
f(x) = x2
em f1(x) = −x2
= −f(x)  isso signica reetir o gráco de f(x) em relação ao eixo Ox.
Depois, transformamos f1(x) = −x2
em f2(x) = −(2x)2
= f1(2x), comprimindo horizontalmente 2
vezes o gráco de f1(x) em relação ao eixo Oy. Próximo, transformamos f2(x) = −(2x)2
em f3(x) =
−(2x+1)2
= −(2(x+ 1
2
))2
= f2(x+ 1
2
), deslocando horizontalmente o gráco de f2(x) em 1
2
unidades
para esquerda. Finalmente, de f3(x) = −(2x + 1)2
chegamos a g(x) = 3 − (2x + 1)2
= 3 − f3(x),
trazendo o gráco de f3(x) três unidades para cima. Assim, nessa cadeia de transformações, o
gráco de f(x) é reetido em relação ao eixo Ox, depois comprimido horizontamente duas vezes,
depois deslocado 1
2
unidades para esquerda, e, nalmente, deslocado três unidades para cima. Veja
gura abaixo.
Figura 1: Transformações de funções de f(x) = x2
a g(x) = 3 − (2x + 1)2
.
Tem outros modos de obter o mesmo gráco.
Raciocinando de modo análogo, concluímos que o gráco de h(x) = 3(1
2
x−1)2
−2 pode ser obtido
do gráco de f(x) = x2
, primeiro, extendendo o duas vezes horizontalmente, segundo, deslocando
duas unidades para direita, terceiro, afastando três vezes do eixo Ox (isto é, extendendo três vezes
verticalmente) e, nalmente, baixando duas unidades. Nesse caso é usada a seguinte cadeia de
transformações:
x2
→
(
1
2
x
)2
→
(
1
2
(x − 2)
)2
=
(
1
2
x − 1
)2
→ 3
(
1
2
x − 1
)2
→ 3
(
1
2
x − 1
)2
− 2 .
(Alunos  Restituir todos os passos dessa transformação com detalhes !)
Veja gura abaixo.
Tem outros modos de obter o mesmo gráco.
3
Figura 2: Transformações de funções de f(x) = x2
a h(x) = 3(1
2
x − 1)2
− 2.
4. Demana p.81:
N 29, 30, 31, 33
Soluções complementares para exercícios de Demana.
Observação. Na resolução de exercícios a seguir vamos usar a denição de crescimento/decrescimento
de uma função. Para precisão, vamos lembrar essas denições. Uma função f(x) é chamada cres-
cente (crescente estritamente) num conjunto S do seu domínio se para quaisquer dois pontos x1  x2,
x1, x2 ∈ S temos f(x1) ≤ f(x2) (f(x1)  f(x2)). Da mesma maneira, uma função f(x) é chamada
decrescente (decrescente estritamente) num conjunto S do seu domínio se para quisquer dois pontos
x1  x2, x1, x2 ∈ S segue f(x1) ≥ f(x2) (f(x1)  f(x2)). Em termos grossos, uma função é cres-
cente se seus valores crescem com aumento de variável independente, e é decrescente se seus valores
decrescem com aumento de variável independente.
Dar esboço do gráco da função e comparar a resposta com a de Demana p.284:
a) N29: f(x) = |x + 2| − 1. Primeiro, notamos que o domínio da função y = f(x) = |x + 2| − 1
consiste de todos x reais. Para encontrar o gráco, vamos escrever a fórmula da função na forma mais
simples, abrindo a denição do módulo: |x+2|−1 =
{
−(x + 2) − 1, x  −2
(x + 2) − 1, x ≥ −2
=
{
−x − 3, x  −2
x + 1, x ≥ −2
.
Assim, temos duas funções lineares envolvidas: −x − 3 e x + 1. O gráco de qualquer função linear
é uma reta. Portanto, basta encontrar dois pontos da primeira parte do gráco e dois pontos da
segunda. Por exemplo, quando x  −2 podemos tomar x1 = −4 e x2 = −3 e usando a fórmula
respectiva y = −x − 3, encontramos y1 = 1 e y2 = 0. Assim, temos dois pontos no plano cartesiano
P1 = (−4, 1) e P2 = (−3, 0). Marcamos eles e passamos uma reta por estes dois pontos usando
todos x  −2. Da mesma maneira, para x ≥ −2 podemos tomar x3 = 0 e x4 = 1 e encontramos,
pela fórmula y = x + 1, os valores respectivos y3 = 1 e y4 = 2. Assim, temos dois pontos P3 = (0, 1)
e P4 = (1, 2) da segunda reta, da qual tomamos a parte correspondente a x ≥ −2. Juntando os
dois pedaços retilíneos (que se encontram no ponto P0 = (−2, −1)) obtemos o gráco completo da
função f(x) = |x + 2| − 1. Em particular, concluímos que a imagem dessa função é Y = [−1, +∞).
b) N33: f(x) = 3−(x−1)2
. Primeiro, notamos que o domínio da função y = f(x) = 3−(x−1)2
consiste de todos x reais. Para determinar o gráco, vamos analisar algumas propriedades básicas
da função. Notamos que (x − 1)2
≥ 0 , ∀x e (x − 1)2
 0 , ∀x ̸= 1 (o símbolo ∀ signica para
4
qualquer). Portanto, o maior valor que função assume é no ponto x0 = 1: f(1) = 3, e os demais
valores são menores que 3. Em particular, podemos concluír que a imagem Y faz parte do intervalo
(−∞, 3]. (Na realidade, pode ser mostrado que Y = (−∞, 3] - demonstrar !). Tomamos agora
quaisquer x1  x2 e avaliamos a diferença f(x2) − f(x1):
f(x2) − f(x1) = (3 − (x2 − 1)2
) − (3 − (x1 − 1)2
) = (x1 − 1)2
− (x2 − 1)2
= (x1 − x2)(x1 + x2 − 2).
O primeiro fator sempre é negativo: x1 − x2  0. Para determinar o sinal do segundo, vamos
considerar separadamente os dois casos. Se x2 ≤ 1, então x1 + x2 − 2  0. Isso quer dizer que
f(x2) − f(x1)  0 ou f(x2)  f(x1), isto é, a função cresce (estritamente) no intervalo (−∞, 1]. Se
x1 ≥ 1, então x1 +x2 −2  0. Isso quer dizer que f(x2)−f(x1)  0 ou f(x2)  f(x1), isto é, a função
decresce (estritamente) no intervalo [1, +∞). Agora, para especicar melhor o gráco, tomamos
um ponto xa no intervalo (−∞, 1]: por exemplo, xa = 0 com f(xa) = 2; analogamente, tomamos
um ponto xb no intervalo [1, +∞): por exemplo, xb = 2 com f(xb) = 2. Assim, usando os valores
da função nos três pontos P0 = (x0, y0) = (1, 3), Pa = (xa, ya) = (0, 2) e Pb = (xb, yb) = (2, 2),
e também as propriedades já denidas de crescimento/decrescimento, faremos esboço do gráco.
Pode ajudar na construção do gráco a propriedade da sua simetria em relação a reta vertical x = 1
(demonstrar !).
5. Realizar o estudo da função e dar esboço do seu gráco:
a) f(x) = |1 − 3x|;
b) f(x) = 4 − x2
.
Solução.
Observação geral. Os grácos dessas funções podem ser encontrados usando transformações
de grácos, a partir da função |x| para a letra a), e da função x2
para a letra b). No entanto, o
objetivo desse exercício é diferente: encontrar o gráco da função como resultado de estudo de suas
propriedades analíticas (algébricas).
a) A função y = f(x) = |1 − 3x| tem domínio de todos os reais. A imagem dessa função é
contida no intervalo [0, +∞): pela denição, o módulo sempre é não negativo e o valor 0 é obtido
quando x = 1
3
. Para especicar melhor a imagem (e para análise posterior), abrimos o módulo
pela denição: f(x) = |1 − 3x| =
{
−(1 − 3x), 1 − 3x  0
1 − 3x, 1 − 3x ≥ 0
=
{
3x − 1, x  1
3
1 − 3x, x ≤ 1
3
. Usando somente
a segunda sentença já podemos ver que para qualquer y ∈ [0, +∞) existe x tal que y = |1 − 3x|.
Realmente, basta encontrar a solução da equação y = 1 − 3x no conjunto x ≤ 1
3
, e essa solução
existe: x = 1−y
3
, ∀y ∈ [0, +∞). Portanto a imagem da função é exatamente o intervalo [0, +∞).
Para x ≤ 1
3
a função coincide com a parte da reta y = 1 − 3x que está decrescendo. Então,
tomando dois pontos quaisquer nesse intervalo, por exemplo, x1 = 0 e x0 = 1
3
, obtemos dois pontos
do gráco P1 = (0, 1) e P0 = (1
3
, 0). Passando uma reta atraves destes dois pontos que vai até
o ponto P0, temos a primeira parte do gráco. Da mesma maneira, tomando os pontos x0 = 1
3
e x2 = 1, encontramos os pontos do gráco P0 = (1
3
, 0) e P2 = (1, 2) que correspondem a reta
y = 3x − 1 da outra sentença, e então passamos parte da outra reta através de P0 e P2 que vai até
P0. O ponto P0 é o ponto de encontro das partes das duas retas que representa o vértices do gráco.
Juntando as informações encontradas nessa investigação analítica, chegamos ao seguinte gráco
da função f(x) = |1 − 3x|.
b) f(x) = 4 − x2
. O domínio da função y = f(x) = 4 − x2
consiste de todos x reais. Para
determinar a imagem, notamos que 4 − x2
≤ 4, ∀x, porque x2
≥ 0 para qualquer x. Portanto, o
maior valor que a função assume é f(0) = 4 no ponto x0 = 0, e os demais valores são menores
que 4. Isso leva a conclusão de que a imagem Y é contida no intervalo (−∞, 4]. Vamos mostrar
que Y = (−∞, 4]. Realmente, tomando qualquer y desse intervalo, podemos resolver a equação
quadrática y = 4 − x2
em relação a incógnita x, encontrando as soluções x1,2 = ±
√
4 − y. Para
qualquer y  4 temos duas raízes e para y = 4 temos uma raiz. Em qualquer caso, temos pelo
menos um x real que corresponde a y ≤ 4. Portanto, Y = (−∞, 4].
5
Figura 3: Exercício 5a).
Tomamos agora quaisquer x1  x2 e avaliamos a diferença f(x2) − f(x1):
f(x2) − f(x1) = 4 − x2
2 − (4 − x2
1) = x2
1 − x2
2 = (x1 − x2)(x1 + x2).
O primeiro fator sempre é negativo: x1 − x2  0. Para determinar o sinal do segundo, vamos
considerar separadamente os dois intervalos: (−∞, 0] e [0, +∞). No primeiro intervalo, x2 ≤ 0, e
então x1 + x2  0. Isso quer dizer que f(x2) − f(x1)  0 ou f(x2)  f(x1), isto é, a função cresce
(estritamente) no intervalo (−∞, 0]. No segundo intervalo, x1 ≥ 0, e então x1 + x2  0, o que
implica em f(x2)−f(x1)  0 ou f(x2)  f(x1), isto é, a função decresce (estritamente) no intervalo
[0, +∞).
Na realidade, o comportamento na segunda parte do domínio, por exemplo, no intervalo [0, +∞),
pode ser deduzido a partir do seu comportamento na primeira parte, (−∞, 0]. Realmente, é simples
de ver que a função dada é par: f(−x) = 4 − (−x)2
= 4 − x2
= f(x), ∀x. Portanto, o seu gráco
é simétrico em relação ao eixo Oy. Isso signica, em particular, que f(x) decresce estriramente em
[0, +∞) já que foi demonstrado que f(x) cresce estritamente em (−∞, 0].
Agora, para especicar melhor o gráco, tomamos um ponto xa no intervalo (−∞, 0]: por
exemplo, xa = −1 com f(−1) = 3; analogamente, tomamos um ponto simétrico xb no intervalo
[0, +∞): por exemplo, xb = 1 com f(1) = 3 (isso segue também da paridade da função). Assim,
usando os valores da função nos três pontos P0 = (x0, y0) = (0, 4), Pa = (xa, ya) = (−1, 3) e
Pb = (xb, yb) = (1, 3), e também as propriedades já denidas de crescimento/decrescimento, faremos
esboço do gráco.
Figura 4: Exercício 5b).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Carlos Campani
 
Lista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - CálculoLista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - CálculoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9Carlos Campani
 
Funções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmicaFunções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmicaCarlos Campani
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoCarlos Campani
 
Funções e suas propriedades analíticas
Funções e suas propriedades analíticasFunções e suas propriedades analíticas
Funções e suas propriedades analíticasCarlos Campani
 
Lista de exercícios 8 - Mat Elem
Lista de exercícios 8 - Mat ElemLista de exercícios 8 - Mat Elem
Lista de exercícios 8 - Mat ElemCarlos Campani
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Carlos Campani
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - CálculoLista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - CálculoCarlos Campani
 
Equações Irracionais
Equações IrracionaisEquações Irracionais
Equações IrracionaisCarlos Campani
 
Funções trigonométricas
Funções trigonométricasFunções trigonométricas
Funções trigonométricasCarlos Campani
 
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat ElemLista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat ElemCarlos Campani
 
Assintotas e Descontinuidades
Assintotas e DescontinuidadesAssintotas e Descontinuidades
Assintotas e DescontinuidadesCarlos Campani
 

Mais procurados (20)

Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
 
Lista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - CálculoLista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - Cálculo
 
Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9
 
Funções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmicaFunções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmica
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
 
Funções e suas propriedades analíticas
Funções e suas propriedades analíticasFunções e suas propriedades analíticas
Funções e suas propriedades analíticas
 
Lista de exercícios 8 - Mat Elem
Lista de exercícios 8 - Mat ElemLista de exercícios 8 - Mat Elem
Lista de exercícios 8 - Mat Elem
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - Cálculo
 
Lista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - CálculoLista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - Cálculo
 
Equações Irracionais
Equações IrracionaisEquações Irracionais
Equações Irracionais
 
Funções trigonométricas
Funções trigonométricasFunções trigonométricas
Funções trigonométricas
 
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat ElemLista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
 
Inequações
InequaçõesInequações
Inequações
 
Equações
EquaçõesEquações
Equações
 
Iezzi93 109
Iezzi93 109Iezzi93 109
Iezzi93 109
 
Função Inversa
Função InversaFunção Inversa
Função Inversa
 
Função Polinomial
Função PolinomialFunção Polinomial
Função Polinomial
 
Assintotas e Descontinuidades
Assintotas e DescontinuidadesAssintotas e Descontinuidades
Assintotas e Descontinuidades
 
Equações Exatas exercicios
Equações Exatas exerciciosEquações Exatas exercicios
Equações Exatas exercicios
 

Semelhante a Funções e gráficos de transformações

Matematica sem4 aula13e14
Matematica sem4 aula13e14Matematica sem4 aula13e14
Matematica sem4 aula13e14Bruno Ferrari
 
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro BarrosoFunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro BarrosoAntonio Carneiro
 
Função de 2º grau 17122016
Função de 2º grau 17122016Função de 2º grau 17122016
Função de 2º grau 17122016Antonio Carneiro
 
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afimwww.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função AfimLucia Silveira
 
Teste cálculo Jan2020 resolvido
Teste cálculo Jan2020 resolvidoTeste cálculo Jan2020 resolvido
Teste cálculo Jan2020 resolvidoMaths Tutoring
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função AfimClarice Leclaire
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função AfimBeatriz Góes
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função AfimAulas De Matemática Apoio
 
Função do 2º Grau
Função do 2º GrauFunção do 2º Grau
Função do 2º Grauprofmribeiro
 
Funcao do-primeiro-grau
Funcao do-primeiro-grauFuncao do-primeiro-grau
Funcao do-primeiro-graucon_seguir
 
Aula funcoes 1° e 2° graus
Aula   funcoes 1° e 2° grausAula   funcoes 1° e 2° graus
Aula funcoes 1° e 2° grausDaniel Muniz
 
Exercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 matExercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 mattrigono_metria
 
Funçao quadratica-revisao 10º Ano
Funçao quadratica-revisao 10º AnoFunçao quadratica-revisao 10º Ano
Funçao quadratica-revisao 10º AnoAna Tapadinhas
 
Recuperação paralela
Recuperação paralelaRecuperação paralela
Recuperação paralelairaciva
 

Semelhante a Funções e gráficos de transformações (20)

Matematica sem4 aula13e14
Matematica sem4 aula13e14Matematica sem4 aula13e14
Matematica sem4 aula13e14
 
Função 2o grau
Função 2o grauFunção 2o grau
Função 2o grau
 
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro BarrosoFunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
 
Função de 2º grau 17122016
Função de 2º grau 17122016Função de 2º grau 17122016
Função de 2º grau 17122016
 
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afimwww.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
 
Função do 2º Grau.
Função do 2º Grau.Função do 2º Grau.
Função do 2º Grau.
 
Apost calc1 derivada_2
Apost calc1 derivada_2Apost calc1 derivada_2
Apost calc1 derivada_2
 
Teste cálculo Jan2020 resolvido
Teste cálculo Jan2020 resolvidoTeste cálculo Jan2020 resolvido
Teste cálculo Jan2020 resolvido
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
 
Função do 2º Grau
Função do 2º GrauFunção do 2º Grau
Função do 2º Grau
 
Funcao do-primeiro-grau
Funcao do-primeiro-grauFuncao do-primeiro-grau
Funcao do-primeiro-grau
 
Aula funcoes 1° e 2° graus
Aula   funcoes 1° e 2° grausAula   funcoes 1° e 2° graus
Aula funcoes 1° e 2° graus
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Exercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 matExercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 mat
 
Funçao quadratica-revisao 10º Ano
Funçao quadratica-revisao 10º AnoFunçao quadratica-revisao 10º Ano
Funçao quadratica-revisao 10º Ano
 
Esboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de FunçãoEsboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de Função
 
Recuperação paralela
Recuperação paralelaRecuperação paralela
Recuperação paralela
 
Função do 1º grau
Função do 1º grauFunção do 1º grau
Função do 1º grau
 

Mais de Carlos Campani

Mais de Carlos Campani (20)

Técnicas de integração
Técnicas de integraçãoTécnicas de integração
Técnicas de integração
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3
 
Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
 
Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1
 
Integral
IntegralIntegral
Integral
 
Semana 14
Semana 14 Semana 14
Semana 14
 
Semana 13
Semana 13 Semana 13
Semana 13
 
Semana 12
Semana 12Semana 12
Semana 12
 
Semana 11
Semana 11Semana 11
Semana 11
 
Semana 10
Semana 10 Semana 10
Semana 10
 
Semana 9
Semana 9 Semana 9
Semana 9
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
 
Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráfico
 
Solução de equações modulares
Solução de equações modularesSolução de equações modulares
Solução de equações modulares
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiais
 
PROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMASPROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMAS
 
Instruções de Aprendiz
Instruções de AprendizInstruções de Aprendiz
Instruções de Aprendiz
 
Iezzi solcos
Iezzi solcosIezzi solcos
Iezzi solcos
 

Funções e gráficos de transformações

  • 1. 1 Funções. Exercícios. Lista 7a - com respostas no livro/folha de exercícios e atendimento. Atenção. As respostas devem ser completas, contendo todo o desenvolvimento lógico devido. Somente conclusões nais não serão aceitas. 1. Demana p.92: N 8, 9 2. Demana p.120: N 1, 3 3. Transformações de funções e seus grácos. a) A partir do gráco da função original f(x), encontrar os grácos de funções indicadas g(x) e h(x) (usar translações horizontais e verticais): f(x) = x2 ; g(x) = (x − 1)2 + 2, h(x) = (x + 2)2 − 1. Solução. Lembramos que o gráco de f(x) = x2 é uma parábola voltada para cima e com vértice na origem. Esse gráco é considerado (nesse exercício) como dado. Lembramos que a transformação de f(x) para f(x + c), qualquer que for f(x), resulta na translação horizontal do gráco de f(x) de c unidades para esquerda (sendo para c negativo a translação se faz |c| unidades para direita). Assim, partindo do gráco de f(x) = x2 chegamos, primeiro, ao gráco de ˜ f(x) = (x − 1)2 = f(x − 1) deslocando o primeiro 1 unidade para direita. Agora, considerando o último como dado, faremos mais uma transformação para obter g(x) = (x − 1)2 + 2. Comparando ˜ f(x) e g(x), notamos que g(x) = ˜ f(x) + 2, o que signica (geometricamente) a translação vertical do gráco de ˜ f(x) de 2 unidades para cima. (Lembramos que a transformação de f(x) para f(x) + c, qualquer que for f(x), resulta na translação vertical do gráco de f(x) de c unidades para cima, o que no caso de c negativo é interpretado como |c| unidades para baixo.) Assim, o gráco de g(x) = (x − 1)2 + 2 é obtido do gráco de f(x) = x2 deslocando o último 1 unidade para direita e 2 unidades para cima. Raciocinando de modo análogo, podemos concluír que o gráco de h(x) = (x + 2)2 − 1 pode ser obtido do gráco de f(x) = x2 deslocando o último 2 unidades para esquerda e 1 unidade para baixo. (Alunos Restituir todos os passos dessa transformação !) b) A partir do gráco da função original f(x), encontrar os grácos de funções indicadas g(x) e h(x) (usar extensões e compressões horizontais e verticais): f(x) = |2x|; g(x) = |1 3 x|, h(x) = −|2x|. Solução. Lembramos que o gráco de f(x) = |2x| consiste de duas partes retilíneas −2x, para x ≤ 0 e 2x para x ≥ 0 as quais se encontram na origem (que é vértice desse gráco). Ele é considerado (nesse exercício) como dado. Para chegar ao gráco de g(x) = |1 3 x|, podemos alongar (extender) o gráco original 6 vezes na horizontal, uma vez que g(x) = |1 6 2x| = f(1 6 x). (Lembramos que a transformação de f(x) para f(cx), c 0, qualquer que for f(x), resulta na extenção horizontal do gráco 1 c vezes caso c 1 e compressão c vezes caso c 1; se c 0, então aplicamos as mesmas transformações com |c|, acrescidas da reexão do gráco em torno do eixo Oy.) A maneira alternativa é levar tudo a extensão/compressão vertical. Para isso, podemos reescrever g(x) na forma equivalente g(x) = 1 6 |2x| = 1 6 f(x). Então, para obter o gráco de g(x), podemos comprimir o gráco original 6 vezes na vertical. (Lembramos que a transformação de f(x) para cf(x), c 0, qualquer que for f(x), resulta na extenção vertical do gráco c vezes caso c 1 e compressão 1 c vezes caso c 1; se c 0, então aplicamos as mesmas transformações com |c|, acrescidas da reexão do gráco em torno do eixo Ox.) Para obter o gráco de h(x) = −|2x| = −f(x), lembramos que multiplicação da função por −1
  • 2. 2 resulta em reexão do seu gráco em torno do eixo Ox. c) A partir do gráco da função original f(x), encontrar os grácos de funções indicadas g(x) e h(x) (usar combinações de transformações): f(x) = x2 ; g(x) = 3 − (2x + 1)2 , h(x) = 3(1 2 x − 1)2 − 2. Solução. Lembramos que o gráco de f(x) = x2 é uma parábola voltada para cima e com vértice na origem. Ele é considerado (nesse exercício) como dado. Para chegar ao gráco de g(x) = 3−(2x+1)2 , temos que efetuar uma sequência de transformações. Primeiro, transformamos f(x) = x2 em f1(x) = −x2 = −f(x) isso signica reetir o gráco de f(x) em relação ao eixo Ox. Depois, transformamos f1(x) = −x2 em f2(x) = −(2x)2 = f1(2x), comprimindo horizontalmente 2 vezes o gráco de f1(x) em relação ao eixo Oy. Próximo, transformamos f2(x) = −(2x)2 em f3(x) = −(2x+1)2 = −(2(x+ 1 2 ))2 = f2(x+ 1 2 ), deslocando horizontalmente o gráco de f2(x) em 1 2 unidades para esquerda. Finalmente, de f3(x) = −(2x + 1)2 chegamos a g(x) = 3 − (2x + 1)2 = 3 − f3(x), trazendo o gráco de f3(x) três unidades para cima. Assim, nessa cadeia de transformações, o gráco de f(x) é reetido em relação ao eixo Ox, depois comprimido horizontamente duas vezes, depois deslocado 1 2 unidades para esquerda, e, nalmente, deslocado três unidades para cima. Veja gura abaixo. Figura 1: Transformações de funções de f(x) = x2 a g(x) = 3 − (2x + 1)2 . Tem outros modos de obter o mesmo gráco. Raciocinando de modo análogo, concluímos que o gráco de h(x) = 3(1 2 x−1)2 −2 pode ser obtido do gráco de f(x) = x2 , primeiro, extendendo o duas vezes horizontalmente, segundo, deslocando duas unidades para direita, terceiro, afastando três vezes do eixo Ox (isto é, extendendo três vezes verticalmente) e, nalmente, baixando duas unidades. Nesse caso é usada a seguinte cadeia de transformações: x2 → ( 1 2 x )2 → ( 1 2 (x − 2) )2 = ( 1 2 x − 1 )2 → 3 ( 1 2 x − 1 )2 → 3 ( 1 2 x − 1 )2 − 2 . (Alunos Restituir todos os passos dessa transformação com detalhes !) Veja gura abaixo. Tem outros modos de obter o mesmo gráco.
  • 3. 3 Figura 2: Transformações de funções de f(x) = x2 a h(x) = 3(1 2 x − 1)2 − 2. 4. Demana p.81: N 29, 30, 31, 33 Soluções complementares para exercícios de Demana. Observação. Na resolução de exercícios a seguir vamos usar a denição de crescimento/decrescimento de uma função. Para precisão, vamos lembrar essas denições. Uma função f(x) é chamada cres- cente (crescente estritamente) num conjunto S do seu domínio se para quaisquer dois pontos x1 x2, x1, x2 ∈ S temos f(x1) ≤ f(x2) (f(x1) f(x2)). Da mesma maneira, uma função f(x) é chamada decrescente (decrescente estritamente) num conjunto S do seu domínio se para quisquer dois pontos x1 x2, x1, x2 ∈ S segue f(x1) ≥ f(x2) (f(x1) f(x2)). Em termos grossos, uma função é cres- cente se seus valores crescem com aumento de variável independente, e é decrescente se seus valores decrescem com aumento de variável independente. Dar esboço do gráco da função e comparar a resposta com a de Demana p.284: a) N29: f(x) = |x + 2| − 1. Primeiro, notamos que o domínio da função y = f(x) = |x + 2| − 1 consiste de todos x reais. Para encontrar o gráco, vamos escrever a fórmula da função na forma mais simples, abrindo a denição do módulo: |x+2|−1 = { −(x + 2) − 1, x −2 (x + 2) − 1, x ≥ −2 = { −x − 3, x −2 x + 1, x ≥ −2 . Assim, temos duas funções lineares envolvidas: −x − 3 e x + 1. O gráco de qualquer função linear é uma reta. Portanto, basta encontrar dois pontos da primeira parte do gráco e dois pontos da segunda. Por exemplo, quando x −2 podemos tomar x1 = −4 e x2 = −3 e usando a fórmula respectiva y = −x − 3, encontramos y1 = 1 e y2 = 0. Assim, temos dois pontos no plano cartesiano P1 = (−4, 1) e P2 = (−3, 0). Marcamos eles e passamos uma reta por estes dois pontos usando todos x −2. Da mesma maneira, para x ≥ −2 podemos tomar x3 = 0 e x4 = 1 e encontramos, pela fórmula y = x + 1, os valores respectivos y3 = 1 e y4 = 2. Assim, temos dois pontos P3 = (0, 1) e P4 = (1, 2) da segunda reta, da qual tomamos a parte correspondente a x ≥ −2. Juntando os dois pedaços retilíneos (que se encontram no ponto P0 = (−2, −1)) obtemos o gráco completo da função f(x) = |x + 2| − 1. Em particular, concluímos que a imagem dessa função é Y = [−1, +∞). b) N33: f(x) = 3−(x−1)2 . Primeiro, notamos que o domínio da função y = f(x) = 3−(x−1)2 consiste de todos x reais. Para determinar o gráco, vamos analisar algumas propriedades básicas da função. Notamos que (x − 1)2 ≥ 0 , ∀x e (x − 1)2 0 , ∀x ̸= 1 (o símbolo ∀ signica para
  • 4. 4 qualquer). Portanto, o maior valor que função assume é no ponto x0 = 1: f(1) = 3, e os demais valores são menores que 3. Em particular, podemos concluír que a imagem Y faz parte do intervalo (−∞, 3]. (Na realidade, pode ser mostrado que Y = (−∞, 3] - demonstrar !). Tomamos agora quaisquer x1 x2 e avaliamos a diferença f(x2) − f(x1): f(x2) − f(x1) = (3 − (x2 − 1)2 ) − (3 − (x1 − 1)2 ) = (x1 − 1)2 − (x2 − 1)2 = (x1 − x2)(x1 + x2 − 2). O primeiro fator sempre é negativo: x1 − x2 0. Para determinar o sinal do segundo, vamos considerar separadamente os dois casos. Se x2 ≤ 1, então x1 + x2 − 2 0. Isso quer dizer que f(x2) − f(x1) 0 ou f(x2) f(x1), isto é, a função cresce (estritamente) no intervalo (−∞, 1]. Se x1 ≥ 1, então x1 +x2 −2 0. Isso quer dizer que f(x2)−f(x1) 0 ou f(x2) f(x1), isto é, a função decresce (estritamente) no intervalo [1, +∞). Agora, para especicar melhor o gráco, tomamos um ponto xa no intervalo (−∞, 1]: por exemplo, xa = 0 com f(xa) = 2; analogamente, tomamos um ponto xb no intervalo [1, +∞): por exemplo, xb = 2 com f(xb) = 2. Assim, usando os valores da função nos três pontos P0 = (x0, y0) = (1, 3), Pa = (xa, ya) = (0, 2) e Pb = (xb, yb) = (2, 2), e também as propriedades já denidas de crescimento/decrescimento, faremos esboço do gráco. Pode ajudar na construção do gráco a propriedade da sua simetria em relação a reta vertical x = 1 (demonstrar !). 5. Realizar o estudo da função e dar esboço do seu gráco: a) f(x) = |1 − 3x|; b) f(x) = 4 − x2 . Solução. Observação geral. Os grácos dessas funções podem ser encontrados usando transformações de grácos, a partir da função |x| para a letra a), e da função x2 para a letra b). No entanto, o objetivo desse exercício é diferente: encontrar o gráco da função como resultado de estudo de suas propriedades analíticas (algébricas). a) A função y = f(x) = |1 − 3x| tem domínio de todos os reais. A imagem dessa função é contida no intervalo [0, +∞): pela denição, o módulo sempre é não negativo e o valor 0 é obtido quando x = 1 3 . Para especicar melhor a imagem (e para análise posterior), abrimos o módulo pela denição: f(x) = |1 − 3x| = { −(1 − 3x), 1 − 3x 0 1 − 3x, 1 − 3x ≥ 0 = { 3x − 1, x 1 3 1 − 3x, x ≤ 1 3 . Usando somente a segunda sentença já podemos ver que para qualquer y ∈ [0, +∞) existe x tal que y = |1 − 3x|. Realmente, basta encontrar a solução da equação y = 1 − 3x no conjunto x ≤ 1 3 , e essa solução existe: x = 1−y 3 , ∀y ∈ [0, +∞). Portanto a imagem da função é exatamente o intervalo [0, +∞). Para x ≤ 1 3 a função coincide com a parte da reta y = 1 − 3x que está decrescendo. Então, tomando dois pontos quaisquer nesse intervalo, por exemplo, x1 = 0 e x0 = 1 3 , obtemos dois pontos do gráco P1 = (0, 1) e P0 = (1 3 , 0). Passando uma reta atraves destes dois pontos que vai até o ponto P0, temos a primeira parte do gráco. Da mesma maneira, tomando os pontos x0 = 1 3 e x2 = 1, encontramos os pontos do gráco P0 = (1 3 , 0) e P2 = (1, 2) que correspondem a reta y = 3x − 1 da outra sentença, e então passamos parte da outra reta através de P0 e P2 que vai até P0. O ponto P0 é o ponto de encontro das partes das duas retas que representa o vértices do gráco. Juntando as informações encontradas nessa investigação analítica, chegamos ao seguinte gráco da função f(x) = |1 − 3x|. b) f(x) = 4 − x2 . O domínio da função y = f(x) = 4 − x2 consiste de todos x reais. Para determinar a imagem, notamos que 4 − x2 ≤ 4, ∀x, porque x2 ≥ 0 para qualquer x. Portanto, o maior valor que a função assume é f(0) = 4 no ponto x0 = 0, e os demais valores são menores que 4. Isso leva a conclusão de que a imagem Y é contida no intervalo (−∞, 4]. Vamos mostrar que Y = (−∞, 4]. Realmente, tomando qualquer y desse intervalo, podemos resolver a equação quadrática y = 4 − x2 em relação a incógnita x, encontrando as soluções x1,2 = ± √ 4 − y. Para qualquer y 4 temos duas raízes e para y = 4 temos uma raiz. Em qualquer caso, temos pelo menos um x real que corresponde a y ≤ 4. Portanto, Y = (−∞, 4].
  • 5. 5 Figura 3: Exercício 5a). Tomamos agora quaisquer x1 x2 e avaliamos a diferença f(x2) − f(x1): f(x2) − f(x1) = 4 − x2 2 − (4 − x2 1) = x2 1 − x2 2 = (x1 − x2)(x1 + x2). O primeiro fator sempre é negativo: x1 − x2 0. Para determinar o sinal do segundo, vamos considerar separadamente os dois intervalos: (−∞, 0] e [0, +∞). No primeiro intervalo, x2 ≤ 0, e então x1 + x2 0. Isso quer dizer que f(x2) − f(x1) 0 ou f(x2) f(x1), isto é, a função cresce (estritamente) no intervalo (−∞, 0]. No segundo intervalo, x1 ≥ 0, e então x1 + x2 0, o que implica em f(x2)−f(x1) 0 ou f(x2) f(x1), isto é, a função decresce (estritamente) no intervalo [0, +∞). Na realidade, o comportamento na segunda parte do domínio, por exemplo, no intervalo [0, +∞), pode ser deduzido a partir do seu comportamento na primeira parte, (−∞, 0]. Realmente, é simples de ver que a função dada é par: f(−x) = 4 − (−x)2 = 4 − x2 = f(x), ∀x. Portanto, o seu gráco é simétrico em relação ao eixo Oy. Isso signica, em particular, que f(x) decresce estriramente em [0, +∞) já que foi demonstrado que f(x) cresce estritamente em (−∞, 0]. Agora, para especicar melhor o gráco, tomamos um ponto xa no intervalo (−∞, 0]: por exemplo, xa = −1 com f(−1) = 3; analogamente, tomamos um ponto simétrico xb no intervalo [0, +∞): por exemplo, xb = 1 com f(1) = 3 (isso segue também da paridade da função). Assim, usando os valores da função nos três pontos P0 = (x0, y0) = (0, 4), Pa = (xa, ya) = (−1, 3) e Pb = (xb, yb) = (1, 3), e também as propriedades já denidas de crescimento/decrescimento, faremos esboço do gráco. Figura 4: Exercício 5b).