O documento discute o jornalismo cultural, desde suas origens no século XX até os dias atuais. Aborda a influência da indústria cultural, o papel do jornalismo em selecionar e analisar obras, e o desafio de equilibrar elitismo e populismo. Também destaca a importância de se aprofundar nos temas, tratar com leveza assuntos ditos eruditos e dar voz à diversidade cultural.
2. Jornalismo Cultural
Crises de identidade frequentes a partir da metade
do Século XX.
O Cinema foi o principal veículo de arte de massa,
influente nos anos 20, 30 e 40.
Democratização da TV a partir dos anos 50.
Produção de obras culturais em escala influenciou
os hábitos e valores de todas as classes.
3. Jornalismo Cultural
As revistas culturais se multiplicaram a partir dos
anos 20.
Seções culturais se tornaram obrigatórias na
grande imprensa diárias e semanal a partir dos
anos 50.
Ampliação da Indústria cultural.
4. Indústria Cultural
Complexo de produções de entretenimento e lazer
feitas para o consumo em larga escala.
Fruto do sistema capitalista e, como tal, porta-voz da
ideologia burguesa, serviria para inculcar nos
trabalhadores os valores da classe dominante
(Horkheimer/Adorno).
5. Indústria Cultural
Arte de consumo:
A arte em tempos industriais perdeu sua
“aura”, tornando-se produto para
consumo, consolo instantâneo, não mais
para reflexão (Walter Benjamin).
Há obras de arte feitas para o grande
público que têm qualidades.
6. Papel do Jornalismo Cultural
Observar o mercado cultural sem preconceitos
ideológicos, sem parcialidade política.
Selecionar, editar, hierarquizar, comentar e analisar.
Influir sobre os critérios de escolha dos leitores e
fornecer elementos e argumentos para sua opinião.
Dever do senso crítico, da avaliação de cada obra
cultural e das tendências que o mercado valoriza
por seus interesses.
7. Elitismo x Populismo
Cultura: signo e valores.
Cada publicação de imprensa tem um público-alvo e
deve se concentrar em falar com ele, sem abrir mão
de tentar contribuir com sua formação, com a melhora
de seu repertório.
Risco de banalização – perda de público qualificado.
Formadores de opinião.
8. Elitismo x Populismo
Argumentação do sucesso: “se uma coisa faz sucesso, é
porque é boa”.
O que é boa? Qualidade intrínsecas, que não dependem
de modismo?
Filtro jornalístico – condescendência crítica.
Critério de seleção termina baseando-se em motivos
extra-artísticos (emoção, gosto, simpatia, amizade, opção
política, etc.).
9. Elitismo x Populismo
Cinema hollywoodiano – qualidade artística.
“Cabeça aberta” – sem preconceito.
Submissão ao cronograma de eventos
(lançamentos).
Há pouca repercussão sobre a aceitação do
público.
10. Jornalismo Cultural
Esnobes X populistas.
Cadernos diários X suplementos semanais.
Diferença de tom e abordagem entre os dois tipos
de caderno.
Aprofundamento X superficialidade.
11. Jornalismo Cultural
Tratamento diferenciado de temas (personalidades).
Temas ditos eruditos podem ser tratados com leveza,
sem populismo.
Temas ditos de entretenimento podem ser tratados
com sutileza, sem elitismo.
Suplementos semanais podem manter a densidade
crítica, cadernos diários o inverso.
12. Jornalismo Cultural
Cadernos culturais tem acompanhado a segmentação
do mercado, tribalização ou guetização.
A diversidade é um fator cultural e socialmente
positivo.
Erudito e popular.
Espaço para outros temas (moda, gastronomia, design
etc.)
13. Jornalismo Cultural
Nacional X internacional:
Critério de proximidade
Formação
Informação
Depende do público-alvo
Crítica ao serviço de roteiro.
14. Jornalismo Cultural
Três males:
Excessivo atrelamento à agenda.
Tamanho e qualidade dos textos.
Marginalização da crítica e baseada no achismo,
no palpite.
Ampliar repertório cultural.
15. Seção Cultural
Pesquisas: Depois da primeira página é a primeira ou
a segunda mais lida.
Espaço de sedução do leitor.
Espaço de diversidade e pluralidade.
Jornalistas com recursos literários e preparo intelectual.
Convidar e provocar o leitor.