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JORNALISMO
   NA ERA
   VIRTUAL
Ensaios sobre o colapso da razão ética


                    Bernardo Kucinski
PREFÁCIO
                               Venício A. de Lima

O jornalismo – profissão;
 Jornalismo de mercado e vazio ético;
 Atual crise ética ou do “colapso da razão ética”;
 A contemporaneidade;
 O jornalismo on line
(a corrupção e a internet);
A ÉTICA
Parte 1
Ética no Brasil

 Desvios éticos
 Vazio ético

- Jornalismo x assessoria de imprensa;
- Mercadologia da noticia;
- Entretenimento e consumo;
- Concentração da propriedade da         indústria   de
  comunicação;
- Manipulação da informação;
- Individualismo;
- Sucesso pessoal.
Ideias do autor sobre
         ética jornalista
 Fundamentalista – ideologia;
 Idealista - imperativo categórico da verdade;
 Liberdade x ética;
 Papel das escolas na procura de nova ética;
 Conflito ético x conflito produtivo;
 Comissão da ética / cláusula de consciência.
 Ética não-metafísica;
 Direito do consumidor;
 Assedio moral;
 Dimensão política.
Ética jornalística e
           direito à saúde
 Conflitos entre valores da ética jornalística e os
  valores da ética médica;
 Saúde como direito de cidadania;
 Ética altruística:
- Marxista;
- Utilitarista.
 Éticas libertárias-individualistas.
A ética da equidade


“ ...sociedade   como uma comunidade
moral na qual     o bem – estar de cada
um deve ser       preocupação de todos
,mas em que      a desigualdade é aceita
como natural”.
 Democracia e desigualdade em saúde;
 O papel do jornalista em cobrar as
promessas, independente do alinhamento ético.

 Saúde como direito fundamental do ser humano;
 Não basta cobrar política pública, é preciso
cobrar dignidade.
 Jornalismo e movimento popular de saúde;
 Direito a saúde x ONGs e movimentos populares
de saúde;
 Ação direta;
 Contribuição de cobertura jornalística em saúde;
 Departamento      Intersindical     da    Assessoria
Parlamentar (DIAP);
 Movimento popular de saúde (mops).
 Forma de luta por cidadania em
saúde;
 Ação afirmativa;
 Desobediência civil;
 Mídia    militante-   campanha
políticas       centradas      na
comunicação.
 Ideologia no jornalismo de saúde coletiva;
 Jornalismo não é medidor crítico;
 Agenda de discussão;
 Agenda de discussão x mídia militante;
               (agenda alternativa)
 Filtros ideológicos.
Ética das campanhas
             sanitárias
 Cobertura crítica;
 Campanha sanitária x violação dos diretos humanos;
 Contradição entre a ética jornalística e ética medica;
 Campanhas paliativas;
 Cidadania e a promoção de saúde;
 O problema de saturação da informação em saúde;
 Excesso e dificuldade de dialoga criticamente os vários
discurso da saúde;
 Assistencialismo do Estado.
Jornalismo e Corrupção

 Jornalismo desonesto “imprensa marrom”;
 Corrupção: prática de destaque na política latino-
americana;
 ONG Periodistas Frente a La corrupción ( PFC);
 Corrupção:    pratica    sedutora  na indústria de
comunicação;
 Corrupção e seus níveis de manifestações:
- Jornalismo e fontes
- Empresa com poder
 Jornalismo online x jornalismo econômico;
 Jornalismo e entretenimento;
 Redações e departamento de publicidade.
O padrão latino americano
            na corrupção
 As leis no Brasil são feitas não para regular as relações
ente o público e o privado, mas para regular a corrupção;
 Corrupção na ditadura e na democracia;
 Corrupção e os valores do neoliberalismo - “Constituição
cidadã”;
 Venalidade do ofício:
- O jornalismo brasileiro e cultura de corrupção;
 Comportamento da mídia em relação a corrupção:
- Cidade pequena a mídia e complacente/ cumplicidade;
- Cidades grandes - exploração das denuncias;
 Profissionalismo e declínio da corrupção.
 Regulamentação da profissão ( 1969);
 Dependência       das    empresas     jornalísticas da
complacência do Estado;
 Perda da demarcação ética jornalística;
 Corrupção x merchandising;
 Novas modalidades de corrupção:
- Empresas de assessoria;
- Jornalismo trabalhando no setor publica como
  assessores de imprensa;
- “prêmios jornalísticos”;
- Compras de matérias;
- Espaços da coluna social.
Corrupção como objeto da
         denuncia jornalística
 Jornalismo brasileiro tem como oficio tradição de
denunciar;
 O denuncismo como gênero jornalístico;
 Dossiês;
 Jornalismo investigativo x jornalismo dossiê;
 O jornalismo de dossiê como noticia:
- Não aborda fato novo e sim criação de um fato novo;
 Característica do jornalismo dossiê:
- Modalidade de denuncismo;
- Articulação entre sistema de luta política e mídia;
- Transformar uma pauta investigativa em matéria final;
- Não verificar a veracidade das acusações .
A PRÁXIS
Parte 2
 A INTERNET

- Espaço paradoxal;
- Barata, anticoncentradora e libertária;
- Alcances quase infinitos.

 1980, Word Wide Web:

“Criada por uma equipe de físicos do Laboratório Europeu de Física de
Partículas (CERN) para o diálogo entre cientistas de lugares diferentes.
[...] Posteriormente, o governo americano adotou a web como o sistema
de comunicação mais difícil de ser destruído numa guerra”.
(KUCINSKI, 2005, p. 72)

 Sociedade da Informação ou Sociedade da Comunicação
           (Pierre Lévy e Manuel Castells)
Biblioteca virtual
      (digitalização)                               Multimídia virtual


                             “Tempo real”



                                                          Diálogos
Cidadania digital
 libertária (chat)


                         Hipertextos
                           (links))
 Jornalismo on line                              Exclusão digital
                                            (problema ética da internet)
                                                         X
                                             Comunicação libertária
 A mensagem: espaço público e o espaço privado

 Cópia xerox: “novos hábitos, novos valores”
                  (antiético ou não?)

 Plágio: fraude intelectual
         bom pesquisador*

 Veracidade na internet:

- Lei de imprensa
- Informação falsa, difamatória ou caluniosa
Economia virtual
            (o dólar)
 Conceito-fetiche;

Investimentos bancários nas tecnologias

- Publicação de parte da movimentação do
  sistema bancário;
- Mercado virtual (24 horas);
- Reuters (1981): Reuters Monitor Dealing
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 Fonte de lucros;


 Velocidade
      X
   Precisão
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 Interpretação...

 Uso de seus conteúdos
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Declínio e morte do jornalismo
         como vocação
 O esquecimento de jornalistas que fizeram história:

- Octávio Ribeiro (Pena Branca);
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- Jair Borin;

  Faltar com a veracidade;
  Falta de ética;
  “O poder é dos economistas”
  A internet
         X
a empresa jornalística
Código de Ética dos Jornalistas
               Brasileiros
Capítulo I – Do direito à informação

Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito
fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo
de interesse, razão por que:

I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e
deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou
diretores ou da natureza econômica de suas empresas;
II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos
fatos e ter por finalidade o interesse público;
III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica
compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão;
IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as
não-governamentais, deve ser considerada uma obrigação social;
V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de
censura e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade, devendo ser
denunciadas à comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante.
                                                                           (2005, p. 02).
Código de Ética dos Jornalistas
           Brasileiros

Capítulo II – Da conduta profissional do jornalista



                         Art.    4º    O      compromisso
                         fundamental do jornalista é com a
                         verdade no relato dos fatos, deve
                         pautar seu trabalho na precisa
                         apuração dos acontecimentos e
                         na sua correta divulgação.

                                             (2005, p. 03)
Declaração Universal dos
       Direitos Humanos (DUDH)
Artigo II

1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer
espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de
outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou
qualquer outra condição. (2000, p. 04)

Artigo XIX

Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de
procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer
meios e independentemente de fronteiras. (2000, p. 09)
Princípios Internacionais de
        Ética do Jornalista
Princípio II - A Dedicação do Jornalista para Realidade Objetiva

A tarefa primeira do jornalista é garantir o direito das pessoas à informação
verdadeira e autêntica através de uma dedicação honesta para realidade
objetiva por meio de que são informados fatos conscienciosamente no
contexto formal deles/delas e mostram as conexões essenciais deles/delas
e sem causar distorção, com desenvolvimento devido da capacidade
criativa do jornalista, de forma que o público é provido com material
adequado para facilitar a formação de um quadro preciso e compreensivo
do mundo no qual a origem, a natureza e a essência dos
acontecimentos, processos e estados dos casos são tão objetivamente
quanto possível compreendidos. (ABI, 1983, p. 01)

Princípio V - O Público Tem Acesso e Participação

A natureza da profissão demanda que o jornalista promova o acesso da
informação ao público e a participação do público na mídia, inclusive o
direito de correção ou retificação e o direito de resposta. (ABI, 1983, p. 02)
Princípios Internacionais de Ética
             Profissional dos Jornalistas
Princípio IX - Eliminação da Guerra e de Outros Grandes Males que
Confrontam a Humanidade
O compromisso ético para com os valores universais do humanismo pede que o
jornalista se abstenha de qualquer justificação para, ou incitação para, guerras de
agressão e a corrida armamentista, especialmente em relação a armas nucleares, e
todas as outras formas de violência, ódio ou discriminação, especialmente o racismo e
o apartheid, a opressão de regimes tirânicos, o colonialismo e o neocolonialismo, como
também outros grandes males que afligem a humanidade, como a pobreza, a
desnutrição e as doenças. Fazendo assim, o jornalista pode ajudar a eliminar a
ignorância e o desentendimento entre os povos, fazer com que os nacionais de um país
sejam mais sensíveis em relação às necessidades e desejos dos outros, assegurar o
respeito aos direitos e à dignidade de todas as nações, todos os povos e todos os
indivíduos sem distinção de raça, sexo, idioma, nacionalidade, religião ou convicção
filosófica. (ABI, 1983, p. 02)
O DISCURSO
Parte 3
Do discurso da ditadura à
     ditadura do discurso
 Neoliberalismo → “mercado de ideias” (intercambio);
 Meio de se chegar às soluções mais justas e eficazes
para a sociedade;

1° paradoxo – mesmice jornalística:

 Jornalistas tipo “grifes”;
 “ Não pode haver confronto de ideias se todos os jornais
compartilham um pensamento único” José Luís Fiori.
 Mesmas manchetes, mesmas fotos, mesmos jornalistas
 Vem o prestígio do seu nome, uma marca, uma
“grife”, um artista
2° paradoxo - Discurso Midiático único – pautas emissoras de TV
 e rádio

 Imprensa divergentes – ditadura X atual;
 “Ditadura do discurso único”, Delfim Netto
 Temos menos pluralismo na democracia do que tínhamos na
ditadura

 3° paradoxo – criticas jornalísticas perdem espaço para o
 jornalismo denuncista

 Ditadura = censura
 Em vez de se aprofundar na crítica, tornou-se mais superficial

 4° paradoxo – ricos cada vez mais ricos e o pobre cada vez mais
 pobre

 Mídia uniformemente conservadora
 Aprofundaram-se as diferenças sociais
 Elite predominava em uma classe polarizada;
 Maior partido de esquerda da América latina, Partido dos
Trabalhadores (PT)
 Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST )
5° paradoxo

 Ética começa a desaparecer das redações;
 Profissional de comunicação vaidoso e estressado;
 Sucesso       pessoal,    individualismo,     espírito  de
competição, descaso com problemas sociais
 Grande parte dos jornalistas abandona a profissão antes de
completar 10 anos de ofício

6° paradoxo

 Quarto poder domina os meios;
 TV Globo controla 70% da audiência X Fábrica de sabonetes
não podem ter mais de 40% do mercado.
 Sistema Jornal do Commercio de Comunicação – De
Pernambuco. Parceiro da Globo, tem 14 veículos nesse estado.
 No total, há 41 grupos de comunicação com abrangência
nacional ou regional expressiva no Brasil. Esses 41 grupos
controlam 551 veículos de comunicação, dentre concessões de
rádio e TV ou jornais.
7° paradoxo

 Interesse público X interesse privado
 31,2°% das emissoras de rádio e TV é de controle de políticos;
 Paragrafo 5ª do artigo 220 da Constituição de 1988 diz que “ os
meios de comunicação social não podem, direta, indiretamente, ser
objeto de monopólio ou oligopólio”;

 Princípios internacionais:
- Princípio VII - Respeito ao Interesse Público
“Os padrões profissionais do jornalista prescrevem respeito devido à
comunidade nacional, suas instituições democráticas e sua moral
pública”.


8° paradoxo - Exclusão social

 O apoio das empresas de comunicação ao projeto neoliberal, foi
em decorrência de interesses de mais concessões de rádio e TV;
 Conselho de Comunicação Social deveria ser a agência
reguladora da concessão e da programação
9° paradoxo

 As empresas de comunicação foram subornadas ao
capital estrangeiro;
 Associar à capital estrangeiro e aceitar subordinação
 Queda nas tiragens de jornais e revistas e queda na
publicidade

10° paradoxo

 O neoliberalismo da mídia brasileira aceita todo tipo de
questões perdas culturais e de informação, só não aceita os
interesses que pode acabar prejudicando o que defende;
 Não tolera divergências, não admite valores que não
sejam os seus.
FALÁCIAS DO JORNALISMO
 ECONÔMICO NA ERA NEOLIBERAL

 Como surgem as notícias de cunho econômicas;
 As notícias ou os cadernos de política nascem do
interesse capitalista ou seja de interesse elitista e financeiro
à uma classe reservada.
 Notícia designada a uma classe de interesse;
 Não há um interesse social, mas sim aos próprios
economistas ou banqueiros.
JORNALISMO DE
             GUERRA FRIA
 Notícia a partir de um acontecimento
 A mídia se mostra a favor ou contra um fato
 É aquele tipo de jornalismo em que só se coloca o que
quer ser veiculado nos meios de comunicação
- Tudo se explica – jornalismo econômico - construção e
  desconstrução;
 As noticias de economia são designadas ao interesse de
determinada classe
O Lugar da mentira e da
  imaginação no relato dos fatos

 Mentir ou omitir?

 Humano ou profissional?

 Realçar a imaginação ou
prever a realidade?

 Mais uma vez a vaidade
jornalística.
REFERÊNCIAS
ABI, Associação Brasileira de Imprensa. Princípios Internacionais da
Ética    Profissional     no     Jornalismo.1983.    Disponível  em:
http://www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=455. Acesso em: 04 de
dezembro de 2012.

Declaração Universal dos Direitos Humanos. Declaração Universal do
Código             Humano.         2000.      Disponível       em:
http://unicrio.org.br/img/DeclU_D_HumanosVersoInternet.pdf. Acesso
em: 04 de dezembro de 2012.

Federação Nacional dos Jornalistas. Código de Ética dos Jornalistas
Brasileiros. Vitória, 04 de agosto de 2007. Disponível em:
http://www.fenaj.org.br/federacao/cometica/codigo_de_etica_dos_jornali
stas_brasileiros.pdf. Acesso em: 05 de dezembro de 2012.

KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o
colapso da razão ética/ Bernardo Kucinski. – São Paulo: Editora
Fundação Perseu Abramo: Editora UNESP, 2005.
Componentes
    Adriane Rafaelle Lima
    Amanda Santos
    Ana Carla Nunes
    Ana Marina Caldeira
    Gisele Ramos


    5º período

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Jornalismo na era virtual

  • 1. JORNALISMO NA ERA VIRTUAL Ensaios sobre o colapso da razão ética Bernardo Kucinski
  • 2. PREFÁCIO Venício A. de Lima O jornalismo – profissão;  Jornalismo de mercado e vazio ético;  Atual crise ética ou do “colapso da razão ética”;  A contemporaneidade;  O jornalismo on line (a corrupção e a internet);
  • 4. Ética no Brasil  Desvios éticos  Vazio ético - Jornalismo x assessoria de imprensa; - Mercadologia da noticia; - Entretenimento e consumo; - Concentração da propriedade da indústria de comunicação; - Manipulação da informação; - Individualismo; - Sucesso pessoal.
  • 5. Ideias do autor sobre ética jornalista  Fundamentalista – ideologia;  Idealista - imperativo categórico da verdade;  Liberdade x ética;  Papel das escolas na procura de nova ética;  Conflito ético x conflito produtivo;  Comissão da ética / cláusula de consciência.
  • 6.  Ética não-metafísica;  Direito do consumidor;  Assedio moral;  Dimensão política.
  • 7. Ética jornalística e direito à saúde  Conflitos entre valores da ética jornalística e os valores da ética médica;  Saúde como direito de cidadania;  Ética altruística: - Marxista; - Utilitarista.  Éticas libertárias-individualistas.
  • 8. A ética da equidade “ ...sociedade como uma comunidade moral na qual o bem – estar de cada um deve ser preocupação de todos ,mas em que a desigualdade é aceita como natural”.
  • 9.  Democracia e desigualdade em saúde;  O papel do jornalista em cobrar as promessas, independente do alinhamento ético.  Saúde como direito fundamental do ser humano;  Não basta cobrar política pública, é preciso cobrar dignidade.
  • 10.  Jornalismo e movimento popular de saúde;  Direito a saúde x ONGs e movimentos populares de saúde;  Ação direta;  Contribuição de cobertura jornalística em saúde;  Departamento Intersindical da Assessoria Parlamentar (DIAP);  Movimento popular de saúde (mops).
  • 11.  Forma de luta por cidadania em saúde;  Ação afirmativa;  Desobediência civil;  Mídia militante- campanha políticas centradas na comunicação.
  • 12.  Ideologia no jornalismo de saúde coletiva;  Jornalismo não é medidor crítico;  Agenda de discussão;  Agenda de discussão x mídia militante; (agenda alternativa)  Filtros ideológicos.
  • 13. Ética das campanhas sanitárias  Cobertura crítica;  Campanha sanitária x violação dos diretos humanos;  Contradição entre a ética jornalística e ética medica;  Campanhas paliativas;  Cidadania e a promoção de saúde;  O problema de saturação da informação em saúde;  Excesso e dificuldade de dialoga criticamente os vários discurso da saúde;  Assistencialismo do Estado.
  • 14. Jornalismo e Corrupção  Jornalismo desonesto “imprensa marrom”;  Corrupção: prática de destaque na política latino- americana;  ONG Periodistas Frente a La corrupción ( PFC);  Corrupção: pratica sedutora na indústria de comunicação;  Corrupção e seus níveis de manifestações: - Jornalismo e fontes - Empresa com poder  Jornalismo online x jornalismo econômico;  Jornalismo e entretenimento;  Redações e departamento de publicidade.
  • 15. O padrão latino americano na corrupção  As leis no Brasil são feitas não para regular as relações ente o público e o privado, mas para regular a corrupção;  Corrupção na ditadura e na democracia;  Corrupção e os valores do neoliberalismo - “Constituição cidadã”;  Venalidade do ofício: - O jornalismo brasileiro e cultura de corrupção;  Comportamento da mídia em relação a corrupção: - Cidade pequena a mídia e complacente/ cumplicidade; - Cidades grandes - exploração das denuncias;  Profissionalismo e declínio da corrupção.
  • 16.  Regulamentação da profissão ( 1969);  Dependência das empresas jornalísticas da complacência do Estado;  Perda da demarcação ética jornalística;  Corrupção x merchandising;  Novas modalidades de corrupção: - Empresas de assessoria; - Jornalismo trabalhando no setor publica como assessores de imprensa; - “prêmios jornalísticos”; - Compras de matérias; - Espaços da coluna social.
  • 17. Corrupção como objeto da denuncia jornalística  Jornalismo brasileiro tem como oficio tradição de denunciar;  O denuncismo como gênero jornalístico;  Dossiês;  Jornalismo investigativo x jornalismo dossiê;  O jornalismo de dossiê como noticia: - Não aborda fato novo e sim criação de um fato novo;  Característica do jornalismo dossiê: - Modalidade de denuncismo; - Articulação entre sistema de luta política e mídia; - Transformar uma pauta investigativa em matéria final; - Não verificar a veracidade das acusações .
  • 19.  A INTERNET - Espaço paradoxal; - Barata, anticoncentradora e libertária; - Alcances quase infinitos.  1980, Word Wide Web: “Criada por uma equipe de físicos do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) para o diálogo entre cientistas de lugares diferentes. [...] Posteriormente, o governo americano adotou a web como o sistema de comunicação mais difícil de ser destruído numa guerra”. (KUCINSKI, 2005, p. 72)  Sociedade da Informação ou Sociedade da Comunicação (Pierre Lévy e Manuel Castells)
  • 20. Biblioteca virtual (digitalização) Multimídia virtual “Tempo real” Diálogos Cidadania digital libertária (chat) Hipertextos (links)) Jornalismo on line Exclusão digital (problema ética da internet) X Comunicação libertária
  • 21.  A mensagem: espaço público e o espaço privado  Cópia xerox: “novos hábitos, novos valores” (antiético ou não?)  Plágio: fraude intelectual bom pesquisador*  Veracidade na internet: - Lei de imprensa - Informação falsa, difamatória ou caluniosa
  • 22. Economia virtual (o dólar)  Conceito-fetiche; Investimentos bancários nas tecnologias - Publicação de parte da movimentação do sistema bancário; - Mercado virtual (24 horas); - Reuters (1981): Reuters Monitor Dealing
  • 23. O JORNALISMO ON LINE  Fonte de lucros; Velocidade X Precisão Contextualização Interpretação...  Uso de seus conteúdos (as pautas);
  • 24. Declínio e morte do jornalismo como vocação  O esquecimento de jornalistas que fizeram história: - Octávio Ribeiro (Pena Branca); - José Carlos Bardawil; - Jair Borin;  Faltar com a veracidade;  Falta de ética;  “O poder é dos economistas”  A internet X a empresa jornalística
  • 25. Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros Capítulo I – Do direito à informação Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que: I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas; II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público; III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão; IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não-governamentais, deve ser considerada uma obrigação social; V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade, devendo ser denunciadas à comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante. (2005, p. 02).
  • 26. Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros Capítulo II – Da conduta profissional do jornalista Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação. (2005, p. 03)
  • 27. Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) Artigo II 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. (2000, p. 04) Artigo XIX Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. (2000, p. 09)
  • 28. Princípios Internacionais de Ética do Jornalista Princípio II - A Dedicação do Jornalista para Realidade Objetiva A tarefa primeira do jornalista é garantir o direito das pessoas à informação verdadeira e autêntica através de uma dedicação honesta para realidade objetiva por meio de que são informados fatos conscienciosamente no contexto formal deles/delas e mostram as conexões essenciais deles/delas e sem causar distorção, com desenvolvimento devido da capacidade criativa do jornalista, de forma que o público é provido com material adequado para facilitar a formação de um quadro preciso e compreensivo do mundo no qual a origem, a natureza e a essência dos acontecimentos, processos e estados dos casos são tão objetivamente quanto possível compreendidos. (ABI, 1983, p. 01) Princípio V - O Público Tem Acesso e Participação A natureza da profissão demanda que o jornalista promova o acesso da informação ao público e a participação do público na mídia, inclusive o direito de correção ou retificação e o direito de resposta. (ABI, 1983, p. 02)
  • 29. Princípios Internacionais de Ética Profissional dos Jornalistas Princípio IX - Eliminação da Guerra e de Outros Grandes Males que Confrontam a Humanidade O compromisso ético para com os valores universais do humanismo pede que o jornalista se abstenha de qualquer justificação para, ou incitação para, guerras de agressão e a corrida armamentista, especialmente em relação a armas nucleares, e todas as outras formas de violência, ódio ou discriminação, especialmente o racismo e o apartheid, a opressão de regimes tirânicos, o colonialismo e o neocolonialismo, como também outros grandes males que afligem a humanidade, como a pobreza, a desnutrição e as doenças. Fazendo assim, o jornalista pode ajudar a eliminar a ignorância e o desentendimento entre os povos, fazer com que os nacionais de um país sejam mais sensíveis em relação às necessidades e desejos dos outros, assegurar o respeito aos direitos e à dignidade de todas as nações, todos os povos e todos os indivíduos sem distinção de raça, sexo, idioma, nacionalidade, religião ou convicção filosófica. (ABI, 1983, p. 02)
  • 31. Do discurso da ditadura à ditadura do discurso  Neoliberalismo → “mercado de ideias” (intercambio);  Meio de se chegar às soluções mais justas e eficazes para a sociedade; 1° paradoxo – mesmice jornalística:  Jornalistas tipo “grifes”;  “ Não pode haver confronto de ideias se todos os jornais compartilham um pensamento único” José Luís Fiori.  Mesmas manchetes, mesmas fotos, mesmos jornalistas  Vem o prestígio do seu nome, uma marca, uma “grife”, um artista
  • 32. 2° paradoxo - Discurso Midiático único – pautas emissoras de TV e rádio  Imprensa divergentes – ditadura X atual;  “Ditadura do discurso único”, Delfim Netto  Temos menos pluralismo na democracia do que tínhamos na ditadura 3° paradoxo – criticas jornalísticas perdem espaço para o jornalismo denuncista  Ditadura = censura  Em vez de se aprofundar na crítica, tornou-se mais superficial 4° paradoxo – ricos cada vez mais ricos e o pobre cada vez mais pobre  Mídia uniformemente conservadora  Aprofundaram-se as diferenças sociais  Elite predominava em uma classe polarizada;  Maior partido de esquerda da América latina, Partido dos Trabalhadores (PT)  Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST )
  • 33. 5° paradoxo  Ética começa a desaparecer das redações;  Profissional de comunicação vaidoso e estressado;  Sucesso pessoal, individualismo, espírito de competição, descaso com problemas sociais  Grande parte dos jornalistas abandona a profissão antes de completar 10 anos de ofício 6° paradoxo  Quarto poder domina os meios;  TV Globo controla 70% da audiência X Fábrica de sabonetes não podem ter mais de 40% do mercado.  Sistema Jornal do Commercio de Comunicação – De Pernambuco. Parceiro da Globo, tem 14 veículos nesse estado.  No total, há 41 grupos de comunicação com abrangência nacional ou regional expressiva no Brasil. Esses 41 grupos controlam 551 veículos de comunicação, dentre concessões de rádio e TV ou jornais.
  • 34. 7° paradoxo  Interesse público X interesse privado  31,2°% das emissoras de rádio e TV é de controle de políticos;  Paragrafo 5ª do artigo 220 da Constituição de 1988 diz que “ os meios de comunicação social não podem, direta, indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”;  Princípios internacionais: - Princípio VII - Respeito ao Interesse Público “Os padrões profissionais do jornalista prescrevem respeito devido à comunidade nacional, suas instituições democráticas e sua moral pública”. 8° paradoxo - Exclusão social  O apoio das empresas de comunicação ao projeto neoliberal, foi em decorrência de interesses de mais concessões de rádio e TV;  Conselho de Comunicação Social deveria ser a agência reguladora da concessão e da programação
  • 35. 9° paradoxo  As empresas de comunicação foram subornadas ao capital estrangeiro;  Associar à capital estrangeiro e aceitar subordinação  Queda nas tiragens de jornais e revistas e queda na publicidade 10° paradoxo  O neoliberalismo da mídia brasileira aceita todo tipo de questões perdas culturais e de informação, só não aceita os interesses que pode acabar prejudicando o que defende;  Não tolera divergências, não admite valores que não sejam os seus.
  • 36. FALÁCIAS DO JORNALISMO ECONÔMICO NA ERA NEOLIBERAL  Como surgem as notícias de cunho econômicas;  As notícias ou os cadernos de política nascem do interesse capitalista ou seja de interesse elitista e financeiro à uma classe reservada.  Notícia designada a uma classe de interesse;  Não há um interesse social, mas sim aos próprios economistas ou banqueiros.
  • 37. JORNALISMO DE GUERRA FRIA  Notícia a partir de um acontecimento  A mídia se mostra a favor ou contra um fato  É aquele tipo de jornalismo em que só se coloca o que quer ser veiculado nos meios de comunicação - Tudo se explica – jornalismo econômico - construção e desconstrução;  As noticias de economia são designadas ao interesse de determinada classe
  • 38. O Lugar da mentira e da imaginação no relato dos fatos  Mentir ou omitir?  Humano ou profissional?  Realçar a imaginação ou prever a realidade?  Mais uma vez a vaidade jornalística.
  • 39. REFERÊNCIAS ABI, Associação Brasileira de Imprensa. Princípios Internacionais da Ética Profissional no Jornalismo.1983. Disponível em: http://www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=455. Acesso em: 04 de dezembro de 2012. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Declaração Universal do Código Humano. 2000. Disponível em: http://unicrio.org.br/img/DeclU_D_HumanosVersoInternet.pdf. Acesso em: 04 de dezembro de 2012. Federação Nacional dos Jornalistas. Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Vitória, 04 de agosto de 2007. Disponível em: http://www.fenaj.org.br/federacao/cometica/codigo_de_etica_dos_jornali stas_brasileiros.pdf. Acesso em: 05 de dezembro de 2012. KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética/ Bernardo Kucinski. – São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo: Editora UNESP, 2005.
  • 40. Componentes Adriane Rafaelle Lima Amanda Santos Ana Carla Nunes Ana Marina Caldeira Gisele Ramos 5º período