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Cultura Erudita, Cultura Popular,
Cultura de Massa e Indústria Cultural
 Produção cultural da dita elite de uma
sociedade.
 Uma classe hegemônica que considera a sua
representação superior, melhor que as outras.
 Procura estabelecer um padrão de regras de
comportamento à outras culturas.
Vênus moderna
-As tradições de um povo, muitas vezes
opostas as regras da cultura erudita;
- É de domínio público, de todos que não tem
acesso ao padrão.
- É colocada ideologicamente como inferior, de
segunda natureza, pela cultura erudita;
- É riquíssima por ser criativa;
- É manifestação própria e autônoma da
criação popular
 Toda cultura produzida para as massas
— a despeito de heterogeneidades
sociais, étnicas, etárias, sexuais ou
psicológicas — a mídia é o maior porta-
voz - veiculada pelos meios de
comunicação de massa.
 A cultura de massa desenvolveu-se a ponto de
ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e
alternativos a ela.
 acaba submetendo as demais “culturas” a um
projeto comum e homogêneo.
 Por ser produto de uma indústria de porte
internacional (e, mais tarde, global), a cultura
elaborada pelos vários veículos então surgentes
esteve sempre ligada intrinsecamente ao poder
econômico do capital industrial e financeiro.
 A massificação cultural, para melhor servir esse
capital, requereu a repressão às demais formas de
cultura — de forma que os valores apreciados
passassem a ser apenas os compartilhados pela
massa.
 A indústria cultural percebeu que ela possui a
capacidade de absorver em si os antagonismos e
propostas críticas.
 A “censura”, que antes era externa ao processo de
produção dos bens culturais, passa agora a estar no
berço dessa produção.
 A cultura popular, em vez de ser recriminada por ser
“de mau gosto” ou “de baixa qualidade”, é hoje
deixada de lado quando usado o argumento
mercadológico do “isto não vende mais” — depois
de ser repetida até exaurir-se de qualquer significado
ideológico ou político.
 A grande alteração da cultura de massa foi
transformar todos em consumidores que,
dentro da lógica liberalista, são iguais e livres
para consumir os produtos que desejarem.
Dessa forma, pode haver o “popular” (i.e.,
produto de expressão genuína da cultura
popular) que não seja popularizado (“que
não venda bem”, na indústria cultural) e o
“popularizado” que não seja popular (vende
bem, mas é de origem elitista).
Culturas Erudita, Popular, de Massa e Indústria Cultural

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Culturas Erudita, Popular, de Massa e Indústria Cultural

  • 1. Cultura Erudita, Cultura Popular, Cultura de Massa e Indústria Cultural
  • 2.  Produção cultural da dita elite de uma sociedade.  Uma classe hegemônica que considera a sua representação superior, melhor que as outras.  Procura estabelecer um padrão de regras de comportamento à outras culturas. Vênus moderna
  • 3. -As tradições de um povo, muitas vezes opostas as regras da cultura erudita; - É de domínio público, de todos que não tem acesso ao padrão. - É colocada ideologicamente como inferior, de segunda natureza, pela cultura erudita; - É riquíssima por ser criativa; - É manifestação própria e autônoma da criação popular
  • 4.
  • 5.  Toda cultura produzida para as massas — a despeito de heterogeneidades sociais, étnicas, etárias, sexuais ou psicológicas — a mídia é o maior porta- voz - veiculada pelos meios de comunicação de massa.
  • 6.  A cultura de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela.  acaba submetendo as demais “culturas” a um projeto comum e homogêneo.  Por ser produto de uma indústria de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura elaborada pelos vários veículos então surgentes esteve sempre ligada intrinsecamente ao poder econômico do capital industrial e financeiro.  A massificação cultural, para melhor servir esse capital, requereu a repressão às demais formas de cultura — de forma que os valores apreciados passassem a ser apenas os compartilhados pela massa.
  • 7.  A indústria cultural percebeu que ela possui a capacidade de absorver em si os antagonismos e propostas críticas.  A “censura”, que antes era externa ao processo de produção dos bens culturais, passa agora a estar no berço dessa produção.  A cultura popular, em vez de ser recriminada por ser “de mau gosto” ou “de baixa qualidade”, é hoje deixada de lado quando usado o argumento mercadológico do “isto não vende mais” — depois de ser repetida até exaurir-se de qualquer significado ideológico ou político.
  • 8.  A grande alteração da cultura de massa foi transformar todos em consumidores que, dentro da lógica liberalista, são iguais e livres para consumir os produtos que desejarem. Dessa forma, pode haver o “popular” (i.e., produto de expressão genuína da cultura popular) que não seja popularizado (“que não venda bem”, na indústria cultural) e o “popularizado” que não seja popular (vende bem, mas é de origem elitista).