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Doenças Histólogicas
-Sistema Respiratório-
Andressa Dallago, Carem Lessa,
Laurean Bossak, Lincolm Aguiar,
Priscila Ramires da Silva, Yasmine
Monteiro
Porto Alegre, RS, Brasil
Junho de 2015
Sistema Respiratório
• O sistema respiratório consiste em 3 partes:
• Porção condutora de ar
• Porção respiratória – trocas gasosas entre o
sangue e o ar
• Mecanismo de Ventilação – controlado pelos
movimentos inspiratórios e expiratórios da
caixa torácica
Sistema Respiratório – Porção Condutora
• Consiste em cavidades nasais e seios
associados, nasofaringe, orofaringe, laringe,
traquéia, brônquios e bronquíolos.
MECANISMOS DE DEFESA DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Cerca de 70 a 80 m² de superfície alveolar de um individuo
adulto entram em contato diariamente com 10 a 15 m³ de ar.
• Vários mecanismos de defesa atuam no aparelho respiratório
que impedem a ação de agente agressores.
• Em uma primeira linha, encontram-se componentes das
defesas naturais, dificultando a chegada de materiais
estranhos às porções mais profundas do pulmão, impedindo
ou retardando ao máximo a instalação de algumas reações
inflamatórias.
• Em uma segunda linha, estão os mecanismos de defesa
adquiridos (clonais ou adaptativos) envolvendo respostas
imunológicas mediadas por linfócitos, que são mais tardias e
com capacidade para deter o agente agressor.
MECANISMOS DE DEFESA DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Que dificultam a progressão do agente agressor:
• Ajustes de temperatura e umidade;
• Interrupção da ventilação;
• Anatomia do trato respiratório.
• Expulsão do agente agressor:
• Espirro;
• Tosse;
• Muco: É um colóide hidrofílico constituído por 95% de água, 2-3%
de glicoproteínas e outras proteínas e lipídios. Funciona com uma
esteira em deslocamento, aprisionado e deslocando partículas e
microorganismos. Tem também propriedades bactericidas.
Transporta substâncias secretadas essenciais, como enzimas,
defensinas, colectinas, antiproteases e imunoglubulinas.
MECANISMOS DE DEFESA DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Destruição e depuração do agente agressor
– Imunidade inata: as partículas estranhas estacionadas no interior do
ácino entrarão em contato com os macrófagos e monócitos
alveolares. Os mais especializados componentes celulares da reposta
inata incluem macrófagos, neutrófilos, células NK, células desndríticas,
mastócitos e basófilos.
– Produção de Citocinas;
– Tecido Linfóide: estimulação de linfócitos B e T;
– Linfócitos Pulmonares: Produção de anticorpos,
atividade citotóxica e elaboração de mediadores
inflamatórios.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Caracteriza-se por limitações progressivas e geralmente
irreversíveis do fluxo de ar.
 São DPOC:
● enfisema
● asma
● bronquite crônica
 A DPOC ocorre nas vias aéreas periféricas ou árvore
brônquica distal - bronquíolos – e no parênquima pulmonar.
• 30 mil pessoas morrem de DPOC por ano no Brasil. É
a 5ª maior causa de mortalidade no país.
• A inflamação da DPOC é caracterizada pelo
aumentos do número de neutrófilos, macrófagos e
linfócitos T em várias áreas do pulmão.
Enfisema
As fibras elásticas, quando perdem a
elasticidade ou são degradadas, dão origem ao
enfisema, caracterizado por obstrução crônica
do fluxo aéreo. Em consequência, os alvéolos
tornan-se confluentes, criando grandes espaços
aéreos ou bolhas de ar.
Enfisema
Enfisema
Bronquíolos terminais e respiratórios são
afetados pela perda de fibras elásticas e tendem
a colapsar durante a expiração, o que pode
resultar em infecções secundárias e obstrução
crônica do fluxo de ar.
Principais padrão
de enfisema
Enfisema Centroacinar
O Enfisema centroacinar origina-se
quando os bronquíolos respiratórios são
afetados. O ducto alveolar e os alvéolos mais
distalmente localizados permanecem intactos.
Espaços enfisematosos e normais
coexistem no mesmo lóbulo e ácino.
Elastases e outras proteases destroem, no
Enfisema centroacinar – parede dos
bronquíolos .
Enfisema Panacinar
• Enfisema panacinar – observam-se bolhas
desde o bronquíolo respiratório até os sacos
alveolares.
• Mais comum em pessoas com deficiência no
gene da α1-antitripsina, que codifica esta
proteína sérica.
EFISEMA
Enfisema e elastase
A α1-antitripsina é um importante inibidor de
proteases, em particular da elastase, secretada pelos
neutrófilos durante processos inflamatórios.
Sob a influência de estímulo (ex. Fumo), os macrófagos
na parede e lúmen alveolares, secretam proteases (elastase)
e agentes quimioatrativos para recrutar neutrófilos, que não
podem ser totalmente neutralizados pela α1-antitripsina.
A elastase danifica as fibras de elastina que cercam o
alvéolo, e o alvéolo se torna aumentado e não contrai
durante a expiração.
Elastase e enfisema
ASMA E DPOC
• Apesar da semelhança dos sintomas clínicos da
DPOC e da asma, existem diferenças entras as
doenças, especialmente em termos dos mecanismos
celulares, mediadores inflamatórios
e resposta à terapia.
Asma
● Processo inflamatório
crônico (incurável)
● caracterizado pelo
estreitamento reversível das
vias aéreas
(broncoconstrição)
- em resposta a estímulos
- ou por desregulação neural
autônoma da função das
vias aéreas.
Comparação brônquios normal e asmático
Asma
Tudo acontece quando um alérgeno
inalado atravessa o epitélio brônquico e
interage com receptores para IgE dos
mastócitos induzindo a desgranulaçao. Com
isso são liberados histamina, leucotrienos e
fatores quimiotáxicos.
Asma
● Recrutamento de células T (CD4) e eosinófilos.
● Obstrução luminal da árvore brônquica por
muco, causada por hipersecreção das glândulas
mucosas mais infiltração por células
inflámatórias.
● Vasodilatação da microcirculação brônquica
com aumento da permeabilidade vascular e
edema.
Asma
 sintomas:
- sibilos
- tosse
- vômito provocado
- aperto no peito
- falta de ar (dispneia)
Muitos sintomas ocorrem geralmente à
noite ou ao acordar.
Asma
No Brasil estima-se que 25% das pessoas
tenha asma e muitas não sabem que tem.
O Governo Federal inclui a asma no
programa da farmácia popular e garante a
vacina para a gripe.
Fibrose Cística
• Doença genética recessiva que
afeta crianças e jovens;
• Defeito responsável está no braço
longo do cromossoma 7;
• É um distúrbio autossômico
recessivo que afeta a viscosidade da
secreção das glândulas exócrinas.
• Quase todas as glândulas exócrinas
segregam muco anormalmente
viscoso que obstrui as glândulas e
seus ductos excretores.
Fibrose Cística
• A principal causa é um defeito genético na proteína dos
canais de Cl- que resulta em transporte epitelial anormal
do íon, o que, por sua vez, reduz o fluxo de água para fora
das células e a camada mucosa se torna inadequadamente
hidratada;
• O muco viscoso e espesso resultante não pode ser
eliminado eficientemente pela ação ciliar;
• Ele aloja bactérias que causam infecções frequentes e
tornam a respiração difícil.
Fibrose Cística
• Ao nascer os pulmões são normais.
• A proteína defeituosa dos canais de Cl- no epitélio
brônquico diminui a secreção de Cl- e aumenta a
reabsorção de Na+ e água da luz.
• Assim, a “escada rolante mucociliar” funciona mal, com
consequente acúmulo de secreção mucosa viscosa.
• A lesão pulmonar provavelmente é iniciada por
obstrução dos bronquíolos.
• A obstrução bloqueia as vias respiratórias e leva ao
espessamento das paredes.
Fibrose Cística
Com a deficiência na remoção do muco ocorre um ciclo
de infecção, inflamação e lesão que vai resultar em obstrução
das vias aéreas intrapulmonares por tampões de muco,
seguida por infecções bacterianas.
Diagrama da
mucosa respiratória
Fibrose Cística
Fibrose Cística
• O bloqueio dos ductos pancreáticos pelo muco causa
disfunção pancreática
• Os ductos pancreáticos liberam um líquido rico em
bicarbonato sob regulação da secretina
• A secretina é produzida pelas células
enteroendócrinas em resposta à entrada de conteúdos
gástricos ácidos no duodeno
• Na pele, a presença excessiva de secreção de sal
pelas glândulas sudoríparas é de importância
diagnóstica para a fibrose cística
Fibrose Cística
Sintomas:
 tosse,
 secreções purulentas
crônicas,
 aumento do número de
células secretoras de muco
nas glândulas submucosas,
 dispneia.
Fibrose Cística
Radiograficamente os eventos da fibrose
cística são manifestados como bronquiectasia
(alargamento e deformação dos brônquios).
O tratamento consiste em fioterapia para
facilitar a drenagem de muco, tratamento para
infecções com antibióticos e reposição de
enzimas pancreáticas.
Hiperplasia e Metaplasia Escamosa da
Célula Caliciforme
• O epitélio da via aérea pode responder ao estresse de longa
duração, como o hábito de fumar ou a asma crônica de duas
maneiras diferentes.
• Na primeira, as células caliciformes aumentam em proporção
em relação às células ciliadas, levando a uma condição de
hipersecreção de muco. A partir do momento em que as
células ciliadas estão reduzidas em número, a retirada do
muco se torna comprometida.
• Na segunda, o epitélio pseudo-estratificado é substituído por
áreas de epitélio pseudo-estratificado. Apesar deste tipo de
epitélio proteger de lesões por “desgaste”, é pouco adaptado à
função de condicionar o ar e pode se tornar neoplástico.
Metaplasia
• O epitélio pseudo-estratificado ciliado pode se
transformar em epitélio estratificado pavimentoso.
• Tal transformação é normal sobre as porções vocais e em
certas outras regiões.
• Entretanto, podem ocorrer alterações na natureza do
epitélio respiratório em outros locais de epitélio ciliado
onde o padrão do fluxo aéreo é alterado ou quando
ocorre um fluxo forçado de ar, como na tosse crônica.
• O epitélio alterado é mais resistente ao estresse físico e
às agressões, porém é menos efetivo funcionalmente.
Metaplasia
• Em fumantes, uma alteração epitelial similar ocorre.
Inicialmente, os cílios nas células ciliadas perdem o seu padrão
de batimento sincrônico como resultado de elementos nocivos
na fumaça. Com isso, a remoção do muco é comprometida.
• Para compensar, o indivíduo começa a tossir, facilitando a
expulsão do muco acumulado nas vias respiratórias, sobretudo
na traquéia.
• Com o passar do tempo, o número de células ciliadas diminui
devido à tosse crônica. Essa redução nas células ciliadas
compromete ainda mais o epitélio normal e resulta em sua
substituição por epitélio estratificado pavimentoso nos locais
afetados nas vias respiratórias.
Metaplasia
Sistema Respiratório – Porção Respiratória
• Inclui os bronquíolos
respiratórios, os ductos
alveolares, sacos
alveolares e alvéolos
Asbestose
É uma fibrose pulmonar
intersticial causada por
inalação de poeira de
amianto. Suas características
histológicas são: abundantes
feixes de colágeno, células
inflamatórias e deposito de
amianto no cunjuntivo
pulmonar.
Asbestose
Os espaços alveolares geralmente não estão
envolvido, mas as células alveolares do tipo II
aumentam em número (hiperplasia).
Pneumoconiose por
asbestos
Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA)
A SARA resulta da quebra da barreira aérea,
que evita o vazamento de líquido dos capilares
alveolares para o interstício e para os espaços
alveolares.
Isso ocorre de dois modos:
- Aumento da pressão hidrostática no capilares;
- Revestimento endotelial dos capilares ou o
revestimento epitelial dos alvéolos está
danificado.
Síndrome da angústia respiratória aguda
(SARA)
No segundo modo, a
inalação de agente
como fumaça, água,
endotoxinas
bacterianas ou
traumatismos pode
causar o defeito na
permeabilidade.
Síndrome da angústia respiratória aguda
(SARA)
Síndrome da angústia respiratória aguda
(SARA)
Síndrome da angústia respiratória do recém-
nascido (SARRN)
É causada pela deficiência de surfactante
fazendo com que os pulmões colabem (atelectasia).
O desenvolvimento de um exsudato rico em fibrina,
cobrindo a superfície alveolar como uma
membrana hialina, complica essa síndrome.
Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido
(SARRN)
O surfactante é responsável por reduzir a
tensão superficial dentro do alvéolos.
É mais comum em bebês prematuros.
Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido
(SARRN)
Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-
nascido (SDRRN)
• As células alveolares do tipo II começam a funcionar
aproximadamente na 26ª semana de gestação e se tornam
totalmente funcionais na 35ª semana.
• As crianças nascidas prematuramente frequentemente
possuem a produção de surfactante inadequada, tornando a
respiração difícil e colocando-as em risco de desenvolver a
SDRRN, condição patológica que torna a respiração ainda
mais difícil.
• Tais crianças possuem poucas chances de sobrevivência.
• Corticosteróides no período pré-natal, o que aumenta a
produção de surfactantes, e tratamentos pós-natais com
surfactantes exógenos têm contribuido no aumento da
sobrevida de crianças prematuras.
Sistema Respiratório - Mecanismo de
Ventilação
• Envolve a caixa torácica, os músculos
intercostais, o músculo diafragma e os
componentes do sistema elástico do tecido
conjuntivo do pulmão
Doenças da Pleura
• Sob condições normais, a pleura desliza
suavemente sobre a pleura parietal durante a
respiração.
• Entretanto, durante um processo
inflamatório, podem-se detectar sons de
atrito.
Doenças da Pleura
Doenças da Pleura - Hidrotórax
• Se houver acúmulo de
líquido na cavidade
pleural, o pulmão
colaba gradativamente
e o mediastino se
desloca para o lado
oposto.
Doenças da Pleura - Pneumotórax
• A presença de ar na cavidade pleural, causada por um
ferimento penetrante, ruptura do pulmão ou injeções
por razões terapêuticas (para imobilizar o pulmão no
tratamento da tuberculose), também provocam o
colabamento pulmonar.
• O colabamento do pulmão é causado pelas
propriedades de recolhimento de suas fibras elásticas.
• No pulmão normal, este recolhimento elástico é
impedido pela pressão interpleural negativa e a
associação íntima das camadas parietal e visceral da
pleura.
Doenças da Pleura - Mesotelioma
• O mesotelioma é um tumor que se
origina no revestimento de células
mesoteliais da pleura, do peritôneo
e do pericárdio.
• O mesotelioma está associado a
uma prévia exposição prolongada
ao asbesto.
• O mesotelioma pleural espalha-se
na cavidade torácica (pericárdio ou
diafragma) e metástases podem
envolver qualquer órgão, inclusive o
encéfalo.
Doenças da Pleura - Mesotelioma
• Os sintomas incluem efusão
pleural, dor torácica, ou
dipnéia.
• Estudos por imagens de
órgãos do toráx conseguem
detectar o espessamento da
pleura (placas de asbesto) e
líquido contendo células
tumorais.
Referências Bibliográficas
• JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ed. 2008.
• KIERSZENBAUM, A.L. & TRES, L.L. Histologia e Biologia Celular – Uma Introdução
à Patologia. 3ed. 2012.
• FIKS, I.N. Asma – Superando mitos e medos. 2004.
• TELSER, Alvin G. ; YOUN, John K. – Histologia. 2008.
• KING, Thomas C. – Patologia. 2007
• ROSS, Michael H.; PAWLINA, Wojciech. Histologia: texto e atlas: em correlação
com biologia celular e molecular. 5. ed. RJ, 2008
• KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson; MITCHELL, Richard. Patologia
Básica. 2013
• PORTAL DA SAÚDE. Farmácia Popular. Disponível em
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-
ministerio/principal/secretarias/sctie/farmacia-popular>. Acesso em 02.06.2015
• PORTAL BRASIL. Saúde. Disponível em
<http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vacinacaogripe/>. Acesso em
02.06.2015
• TARANTINO, Affonso B. Doenças Pulmonares. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
2013.

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Doenças do Sistema Respiratório

  • 1. Doenças Histólogicas -Sistema Respiratório- Andressa Dallago, Carem Lessa, Laurean Bossak, Lincolm Aguiar, Priscila Ramires da Silva, Yasmine Monteiro Porto Alegre, RS, Brasil Junho de 2015
  • 2. Sistema Respiratório • O sistema respiratório consiste em 3 partes: • Porção condutora de ar • Porção respiratória – trocas gasosas entre o sangue e o ar • Mecanismo de Ventilação – controlado pelos movimentos inspiratórios e expiratórios da caixa torácica
  • 3. Sistema Respiratório – Porção Condutora • Consiste em cavidades nasais e seios associados, nasofaringe, orofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos.
  • 4. MECANISMOS DE DEFESA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • Cerca de 70 a 80 m² de superfície alveolar de um individuo adulto entram em contato diariamente com 10 a 15 m³ de ar. • Vários mecanismos de defesa atuam no aparelho respiratório que impedem a ação de agente agressores. • Em uma primeira linha, encontram-se componentes das defesas naturais, dificultando a chegada de materiais estranhos às porções mais profundas do pulmão, impedindo ou retardando ao máximo a instalação de algumas reações inflamatórias. • Em uma segunda linha, estão os mecanismos de defesa adquiridos (clonais ou adaptativos) envolvendo respostas imunológicas mediadas por linfócitos, que são mais tardias e com capacidade para deter o agente agressor.
  • 5. MECANISMOS DE DEFESA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • Que dificultam a progressão do agente agressor: • Ajustes de temperatura e umidade; • Interrupção da ventilação; • Anatomia do trato respiratório. • Expulsão do agente agressor: • Espirro; • Tosse; • Muco: É um colóide hidrofílico constituído por 95% de água, 2-3% de glicoproteínas e outras proteínas e lipídios. Funciona com uma esteira em deslocamento, aprisionado e deslocando partículas e microorganismos. Tem também propriedades bactericidas. Transporta substâncias secretadas essenciais, como enzimas, defensinas, colectinas, antiproteases e imunoglubulinas.
  • 6. MECANISMOS DE DEFESA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • Destruição e depuração do agente agressor – Imunidade inata: as partículas estranhas estacionadas no interior do ácino entrarão em contato com os macrófagos e monócitos alveolares. Os mais especializados componentes celulares da reposta inata incluem macrófagos, neutrófilos, células NK, células desndríticas, mastócitos e basófilos. – Produção de Citocinas; – Tecido Linfóide: estimulação de linfócitos B e T; – Linfócitos Pulmonares: Produção de anticorpos, atividade citotóxica e elaboração de mediadores inflamatórios.
  • 7. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Caracteriza-se por limitações progressivas e geralmente irreversíveis do fluxo de ar.  São DPOC: ● enfisema ● asma ● bronquite crônica  A DPOC ocorre nas vias aéreas periféricas ou árvore brônquica distal - bronquíolos – e no parênquima pulmonar.
  • 8. • 30 mil pessoas morrem de DPOC por ano no Brasil. É a 5ª maior causa de mortalidade no país. • A inflamação da DPOC é caracterizada pelo aumentos do número de neutrófilos, macrófagos e linfócitos T em várias áreas do pulmão.
  • 9. Enfisema As fibras elásticas, quando perdem a elasticidade ou são degradadas, dão origem ao enfisema, caracterizado por obstrução crônica do fluxo aéreo. Em consequência, os alvéolos tornan-se confluentes, criando grandes espaços aéreos ou bolhas de ar.
  • 11. Enfisema Bronquíolos terminais e respiratórios são afetados pela perda de fibras elásticas e tendem a colapsar durante a expiração, o que pode resultar em infecções secundárias e obstrução crônica do fluxo de ar. Principais padrão de enfisema
  • 12.
  • 13. Enfisema Centroacinar O Enfisema centroacinar origina-se quando os bronquíolos respiratórios são afetados. O ducto alveolar e os alvéolos mais distalmente localizados permanecem intactos. Espaços enfisematosos e normais coexistem no mesmo lóbulo e ácino. Elastases e outras proteases destroem, no Enfisema centroacinar – parede dos bronquíolos .
  • 14. Enfisema Panacinar • Enfisema panacinar – observam-se bolhas desde o bronquíolo respiratório até os sacos alveolares. • Mais comum em pessoas com deficiência no gene da α1-antitripsina, que codifica esta proteína sérica.
  • 16. Enfisema e elastase A α1-antitripsina é um importante inibidor de proteases, em particular da elastase, secretada pelos neutrófilos durante processos inflamatórios. Sob a influência de estímulo (ex. Fumo), os macrófagos na parede e lúmen alveolares, secretam proteases (elastase) e agentes quimioatrativos para recrutar neutrófilos, que não podem ser totalmente neutralizados pela α1-antitripsina. A elastase danifica as fibras de elastina que cercam o alvéolo, e o alvéolo se torna aumentado e não contrai durante a expiração.
  • 18. ASMA E DPOC • Apesar da semelhança dos sintomas clínicos da DPOC e da asma, existem diferenças entras as doenças, especialmente em termos dos mecanismos celulares, mediadores inflamatórios e resposta à terapia.
  • 19. Asma ● Processo inflamatório crônico (incurável) ● caracterizado pelo estreitamento reversível das vias aéreas (broncoconstrição) - em resposta a estímulos - ou por desregulação neural autônoma da função das vias aéreas.
  • 21. Asma Tudo acontece quando um alérgeno inalado atravessa o epitélio brônquico e interage com receptores para IgE dos mastócitos induzindo a desgranulaçao. Com isso são liberados histamina, leucotrienos e fatores quimiotáxicos.
  • 22. Asma ● Recrutamento de células T (CD4) e eosinófilos. ● Obstrução luminal da árvore brônquica por muco, causada por hipersecreção das glândulas mucosas mais infiltração por células inflámatórias. ● Vasodilatação da microcirculação brônquica com aumento da permeabilidade vascular e edema.
  • 23. Asma  sintomas: - sibilos - tosse - vômito provocado - aperto no peito - falta de ar (dispneia) Muitos sintomas ocorrem geralmente à noite ou ao acordar.
  • 24. Asma No Brasil estima-se que 25% das pessoas tenha asma e muitas não sabem que tem. O Governo Federal inclui a asma no programa da farmácia popular e garante a vacina para a gripe.
  • 25.
  • 26. Fibrose Cística • Doença genética recessiva que afeta crianças e jovens; • Defeito responsável está no braço longo do cromossoma 7; • É um distúrbio autossômico recessivo que afeta a viscosidade da secreção das glândulas exócrinas. • Quase todas as glândulas exócrinas segregam muco anormalmente viscoso que obstrui as glândulas e seus ductos excretores.
  • 27. Fibrose Cística • A principal causa é um defeito genético na proteína dos canais de Cl- que resulta em transporte epitelial anormal do íon, o que, por sua vez, reduz o fluxo de água para fora das células e a camada mucosa se torna inadequadamente hidratada; • O muco viscoso e espesso resultante não pode ser eliminado eficientemente pela ação ciliar; • Ele aloja bactérias que causam infecções frequentes e tornam a respiração difícil.
  • 28. Fibrose Cística • Ao nascer os pulmões são normais. • A proteína defeituosa dos canais de Cl- no epitélio brônquico diminui a secreção de Cl- e aumenta a reabsorção de Na+ e água da luz. • Assim, a “escada rolante mucociliar” funciona mal, com consequente acúmulo de secreção mucosa viscosa. • A lesão pulmonar provavelmente é iniciada por obstrução dos bronquíolos. • A obstrução bloqueia as vias respiratórias e leva ao espessamento das paredes.
  • 29. Fibrose Cística Com a deficiência na remoção do muco ocorre um ciclo de infecção, inflamação e lesão que vai resultar em obstrução das vias aéreas intrapulmonares por tampões de muco, seguida por infecções bacterianas. Diagrama da mucosa respiratória
  • 30.
  • 32. Fibrose Cística • O bloqueio dos ductos pancreáticos pelo muco causa disfunção pancreática • Os ductos pancreáticos liberam um líquido rico em bicarbonato sob regulação da secretina • A secretina é produzida pelas células enteroendócrinas em resposta à entrada de conteúdos gástricos ácidos no duodeno • Na pele, a presença excessiva de secreção de sal pelas glândulas sudoríparas é de importância diagnóstica para a fibrose cística
  • 33. Fibrose Cística Sintomas:  tosse,  secreções purulentas crônicas,  aumento do número de células secretoras de muco nas glândulas submucosas,  dispneia.
  • 34. Fibrose Cística Radiograficamente os eventos da fibrose cística são manifestados como bronquiectasia (alargamento e deformação dos brônquios). O tratamento consiste em fioterapia para facilitar a drenagem de muco, tratamento para infecções com antibióticos e reposição de enzimas pancreáticas.
  • 35. Hiperplasia e Metaplasia Escamosa da Célula Caliciforme • O epitélio da via aérea pode responder ao estresse de longa duração, como o hábito de fumar ou a asma crônica de duas maneiras diferentes. • Na primeira, as células caliciformes aumentam em proporção em relação às células ciliadas, levando a uma condição de hipersecreção de muco. A partir do momento em que as células ciliadas estão reduzidas em número, a retirada do muco se torna comprometida. • Na segunda, o epitélio pseudo-estratificado é substituído por áreas de epitélio pseudo-estratificado. Apesar deste tipo de epitélio proteger de lesões por “desgaste”, é pouco adaptado à função de condicionar o ar e pode se tornar neoplástico.
  • 36. Metaplasia • O epitélio pseudo-estratificado ciliado pode se transformar em epitélio estratificado pavimentoso. • Tal transformação é normal sobre as porções vocais e em certas outras regiões. • Entretanto, podem ocorrer alterações na natureza do epitélio respiratório em outros locais de epitélio ciliado onde o padrão do fluxo aéreo é alterado ou quando ocorre um fluxo forçado de ar, como na tosse crônica. • O epitélio alterado é mais resistente ao estresse físico e às agressões, porém é menos efetivo funcionalmente.
  • 37. Metaplasia • Em fumantes, uma alteração epitelial similar ocorre. Inicialmente, os cílios nas células ciliadas perdem o seu padrão de batimento sincrônico como resultado de elementos nocivos na fumaça. Com isso, a remoção do muco é comprometida. • Para compensar, o indivíduo começa a tossir, facilitando a expulsão do muco acumulado nas vias respiratórias, sobretudo na traquéia. • Com o passar do tempo, o número de células ciliadas diminui devido à tosse crônica. Essa redução nas células ciliadas compromete ainda mais o epitélio normal e resulta em sua substituição por epitélio estratificado pavimentoso nos locais afetados nas vias respiratórias.
  • 39. Sistema Respiratório – Porção Respiratória • Inclui os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos
  • 40. Asbestose É uma fibrose pulmonar intersticial causada por inalação de poeira de amianto. Suas características histológicas são: abundantes feixes de colágeno, células inflamatórias e deposito de amianto no cunjuntivo pulmonar.
  • 41. Asbestose Os espaços alveolares geralmente não estão envolvido, mas as células alveolares do tipo II aumentam em número (hiperplasia). Pneumoconiose por asbestos
  • 42. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) A SARA resulta da quebra da barreira aérea, que evita o vazamento de líquido dos capilares alveolares para o interstício e para os espaços alveolares. Isso ocorre de dois modos: - Aumento da pressão hidrostática no capilares; - Revestimento endotelial dos capilares ou o revestimento epitelial dos alvéolos está danificado.
  • 43. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) No segundo modo, a inalação de agente como fumaça, água, endotoxinas bacterianas ou traumatismos pode causar o defeito na permeabilidade.
  • 44. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA)
  • 45. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA)
  • 46. Síndrome da angústia respiratória do recém- nascido (SARRN) É causada pela deficiência de surfactante fazendo com que os pulmões colabem (atelectasia). O desenvolvimento de um exsudato rico em fibrina, cobrindo a superfície alveolar como uma membrana hialina, complica essa síndrome.
  • 47. Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARRN) O surfactante é responsável por reduzir a tensão superficial dentro do alvéolos. É mais comum em bebês prematuros.
  • 48. Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARRN)
  • 49. Síndrome do Desconforto Respiratório do recém- nascido (SDRRN) • As células alveolares do tipo II começam a funcionar aproximadamente na 26ª semana de gestação e se tornam totalmente funcionais na 35ª semana. • As crianças nascidas prematuramente frequentemente possuem a produção de surfactante inadequada, tornando a respiração difícil e colocando-as em risco de desenvolver a SDRRN, condição patológica que torna a respiração ainda mais difícil. • Tais crianças possuem poucas chances de sobrevivência. • Corticosteróides no período pré-natal, o que aumenta a produção de surfactantes, e tratamentos pós-natais com surfactantes exógenos têm contribuido no aumento da sobrevida de crianças prematuras.
  • 50. Sistema Respiratório - Mecanismo de Ventilação • Envolve a caixa torácica, os músculos intercostais, o músculo diafragma e os componentes do sistema elástico do tecido conjuntivo do pulmão
  • 51. Doenças da Pleura • Sob condições normais, a pleura desliza suavemente sobre a pleura parietal durante a respiração. • Entretanto, durante um processo inflamatório, podem-se detectar sons de atrito.
  • 53. Doenças da Pleura - Hidrotórax • Se houver acúmulo de líquido na cavidade pleural, o pulmão colaba gradativamente e o mediastino se desloca para o lado oposto.
  • 54. Doenças da Pleura - Pneumotórax • A presença de ar na cavidade pleural, causada por um ferimento penetrante, ruptura do pulmão ou injeções por razões terapêuticas (para imobilizar o pulmão no tratamento da tuberculose), também provocam o colabamento pulmonar. • O colabamento do pulmão é causado pelas propriedades de recolhimento de suas fibras elásticas. • No pulmão normal, este recolhimento elástico é impedido pela pressão interpleural negativa e a associação íntima das camadas parietal e visceral da pleura.
  • 55. Doenças da Pleura - Mesotelioma • O mesotelioma é um tumor que se origina no revestimento de células mesoteliais da pleura, do peritôneo e do pericárdio. • O mesotelioma está associado a uma prévia exposição prolongada ao asbesto. • O mesotelioma pleural espalha-se na cavidade torácica (pericárdio ou diafragma) e metástases podem envolver qualquer órgão, inclusive o encéfalo.
  • 56. Doenças da Pleura - Mesotelioma • Os sintomas incluem efusão pleural, dor torácica, ou dipnéia. • Estudos por imagens de órgãos do toráx conseguem detectar o espessamento da pleura (placas de asbesto) e líquido contendo células tumorais.
  • 57. Referências Bibliográficas • JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ed. 2008. • KIERSZENBAUM, A.L. & TRES, L.L. Histologia e Biologia Celular – Uma Introdução à Patologia. 3ed. 2012. • FIKS, I.N. Asma – Superando mitos e medos. 2004. • TELSER, Alvin G. ; YOUN, John K. – Histologia. 2008. • KING, Thomas C. – Patologia. 2007 • ROSS, Michael H.; PAWLINA, Wojciech. Histologia: texto e atlas: em correlação com biologia celular e molecular. 5. ed. RJ, 2008 • KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson; MITCHELL, Richard. Patologia Básica. 2013 • PORTAL DA SAÚDE. Farmácia Popular. Disponível em <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/principal/secretarias/sctie/farmacia-popular>. Acesso em 02.06.2015 • PORTAL BRASIL. Saúde. Disponível em <http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vacinacaogripe/>. Acesso em 02.06.2015 • TARANTINO, Affonso B. Doenças Pulmonares. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2013.