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Ventilação Não Invasiva
Serviço de Pneumologia
Filipa Lima
João Carvalho
16 de Setembro de 2021
Introdução
• Definição de VMNI
Resenha Histórica
• Anos 20: Iron lung ou pulmão de ferro
Resenha Histórica
“ERS Handbook Noninvasive Ventilation (2015)”
Fisiologia
Os objectivos principais da VNI são:
o Melhoria da ventilação-minuto
o Redução do trabalho dos músculos respiratórios
o Melhoria das trocas gasosas (redução de pCO2 e aumento
da pO2)
Fisiologia
A aplicação de uma pressão positiva contínua nas
vias aéreas produz:
1. A nível respiratório:
o Aumenta a permeabilidade das vias aéreas
superiores
o Recrutamento de unidades não funcionantes
(melhorando a relação V/Q, as trocas gasosas e a
distensibilidade pulmonar)
o Aumento da pressão intratorácica que leva a um
aumento da CRF  recrutamento alveolar 
melhora oxigenação
o ↓W respiratório  ↓Frequência Respiratória 
↓P transpulmonares e ↓pCO2
Fisiologia
A aplicação de uma pressão positiva contínua
nas vias aéreas produz:
1. A nível hemodinâmico:
o ↓ Pré-carga (por diminuição do RV e da
distensibilidade ventricular durante a
diástole)
o Facilita o esvaziamento ventricular na sístole
Vantagens da VNI:
1. Mantém a VA intacta
2. Preserva os mecanismos de
defesa das VA
3. Reduz a incidência de
pneumonia nosocomial
4. Permite a alimentação,
verbalização e movimentação
5. Maior conforto para o doente
6. Custo inferior quando
comparado à VMI
7. Pode ser instituído fora de uma
UCI
Desvantagens da VNI:
1. Claustrofobia/desconforto
associado à máscara
2. “Time-consuming”
3. Úlceras de pressão associadas
às máscaras
4. Via aérea não protegida
5. Ausência de acesso directo à
árvore brônquica para
aspiração de secreções em
excesso
Vantagens e desvantagens da VNI
Modos Ventilatórios
 Ventilação por Pressão
• PSV (Pressure support ventilation)
• PCV (Pressure-controlled ventilation)
 Ventilação por Volume
 Ventilação por Pressão com volume alvo
(AVAPS)
Modos Ventilatórios
o PSV (Pressure support ventilation): selecciona-se um IPAP e um EPAP que será
entregue pelo ventilador; o ventilador é despoletado por um aumento do fluxo
inspiratório do doente; ciclagem ocorre quando há queda no fluxo inspiratório.
o Ventilação por Volume: requer selecção do volume corrente ou
volume/minuto; mesmo volume e fluxo em cada inspiração; fraca
compensação de fugas. Pressões variáveis.
o AVAPS (Ventilação por Pressão com volume garantido): modo híbrido de
ventilação. Definido um Vt ou volume/minuto ou volume alveolar. Ventilador
ajusta a pressão de suporte, dentro das pressões pré-definidas para alcançar o
volume corrente pré-definido; tentativa de adaptar a pressão inspiratória a
alterações na impedância (melhor interacção doente-ventilador)
Modos Ventilatórios
Modos Ventilatórios
Pressure support ventilation
Modo S Modo S/T Modo T
IPAP IPAP IPAP
EPAP EPAP EPAP
Frequência Respiratória Frequência Respiratória
Tempo inspiratório Tempo inspiratório
Respiração espontânea sem FR de
suporte
Respiração espontânea com FR de
suporte
Cada respiração é controlada por
tempo
Terminologia / Conceitos
• IPAP (Inspiratory positive airway pressure): Pressão entregue pelo ventilador quando o paciente inspira.
• EPAP (Expiratory positive airway pressure): Pressão entregue pelo ventilador ao paciente na expiração.
– Auxilia na patência da via aérea durante o sono e ajuda a recrutar/manter volume pulmonar, melhorando a
oxigenação
– nos doentes obstrutivos ajuda a reduzir o esforço respiratório
• Pressão de Suporte: IPAP – EPAP; fornece assistência à inspiração e diminui o trabalho respiratório pela diminuição da
sobrecarga muscular ---> aumento do volume corrente e ventilação/minuto e melhoria das trocas gasosas
Terminologia / Conceitos
• Frequência respiratória de “backup” (FR): assegurar um número mínimo de ventilações/min; se o paciente
em respiração espontânea desce abaixo desse nível, o ventilador inicia a inspiração
- Importante em disfunções do drive do centro respiratório
• Tempos inspiratórios (Ti): Tempo durante o qual o volume corrente é garantido ou a pressão é mantida.
Possibilidade de definir um tempo inspiratório pelo clínico (mínimo e máximo Ti); evita:
- Ciclagem prematura
- Ciclagem tardia, causando tempo insuficiente para a expiração e conduzindo ao desenvolvimento de auto-PEEP
• Trigger: variações no fluxo ou pressão para início inspiração/expiração; clínico pode seleccionar sensibilidade dos
mesmos
14
Terminologia / Conceitos
• Ciclagem: quando o paciente exala, o ventilador detecta a mudança no fluxo, e entra na pressão
expiratória
• Tempo de subida “Rise time”: tempo até alcançar IPAP após início da fase inspiratória
- Em pacientes com alta demanda ventilatória pode ser requerido um Tsub curto;
- Em pacientes com FR baixas ou esvaziamento pulmonar rápido, Tsub prolongado pode adicionar mais
conforto.
• Rampa: tempo desde início de funcionamento do ventilador até atingir IPAP pretendido
Interfaces
• A interface conecta o ventilador ao paciente via tubuladura, permitindo a
entregue de ar pressurizado aos pulmões.
• Grande parte do sucesso passa pela escolha de uma interface apropriada.
• Escolha depende:
– Parâmetros clínicos
– Disponibilidade de equipamento
– Características individuais do paciente
– Segurança
Interfaces
Interfaces
Interfaces
• Estratégias relacionadas com interface alteram-se em ambiente agudo vs
crónico
– Máscaras oronasais estão associadas a mais rápida melhoria nas trocas gasosas e menor
falência na IRA (menores fugas)
– Em fase de estabilidade ponderar trocar para uma segunda máscara
– Todos os tipos são usados na IRC, não havendo diferença significativa de eficácia entre
máscaras nasais e máscaras faciais. Devem ser escolhidas máscaras faciais no caso de:
obstrução nasal, paciente não consiga manter a boca fechada, preferência/conforto do doente
com a interface
• Todas as máscaras podem ser usadas para optimizar a VNI, mas não devem
retardar a entubação no doente crítico se a VNI falhar
• Paciente ou cuidadores devem ser capaz de colocar e retirar as máscaras
• Pensar em uso de ˃ 1 máscara em pacientes que usem mais de 12h
(prevenção de úlceras de pressão)
Suplementação O2
A concentração é variável:
 Local de entrada (++ O2 alcançada quando entrada é na máscara)
 Valores configurados no ventilador
 Local/Tipo de porta exalatória
 Padrão respiratório
 Fugas
Acessórios
• Humidificação
 Objectivo da humidificação passa por reduzir o risco de:
 resistência aumentada das vias aéreas
 impactação mucoide
 Dismotilidade ciliar
 Descamação do epitélio
 Preserva a normal função da mucosa
 Reduz desconforto e melhora tolerância
 2 métodos de providenciar humidificação:
 Humidificadores externos que usam uma reservatório de energia e água
 Sistema de aquecimento e mistura, que recicla o ar do paciente e aquece
• Filtros bacterianos
Quem ventilar
Doentes Agudos Doentes Crónicos
Quando a causa da IRA é potencialmente reversível, o suporte ventilatório tem por
objectivo “ganhar tempo” enquanto o tratamento médico actua, maximizando a função
pulmonar e corrigindo a causa precipitante.
Identificação dos doentes com indicação para VNI
Indicações
VNI – Indicações na IRA
Exacerbação Aguda de DPOC
Edema Agudo do Pulmão
Asma Grave
Pós-operatório
Tratamento da dispneia do doente paliativo
Situações de trauma torácico
Pós-extubação » para prevenção de falência de extubação
Desmame de VMI
Bronquiectasias
Fibrose Quística
Doenças restritivas (neuromusculares/parede torácica)
Síndrome de Obesidade-hipoventilação
In Esquinas A. “Princípios da ventilação mecânica não invasiva”
VNI – Indicações na IRC
DPOC/Patologia Obstrutiva
Doenças torácicas restritivas
Doenças Neuromusculares
Síndrome de Obesidade-Hipoventilação
Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono
A VNI » eficácia
demonstrada no
tratamento da
insuficiência
respiratória
hipercápnica aguda
ou crónica agudizada,
particularmente nas
exacerbações agudas
de DPOC
Obstrução
brônquica
Limitação dos fluxos
expiratórios
Hiperinsuflação
Diminui
expansibilidade
diafragmática
Aumento PEEP
intrínseca
Diminuição Volume
corrente
Dessincronização
respiratória
Aumento FR
(aumentar
volume/min)
DPOC/ Patologia Obstrutiva
Adaptado de Esquinas A. “Princípios da ventilação mecânica não invasiva”
Hipoxemia  por desequilíbrio na V/Q
Hipercapnia  por hipoventilação
alveolar e ventilação de espaço morto
VNI – Indicações na IRC
• DPOC
1- Sintomatologia persistente (fadiga, dispneia, cefaleias matinais,etc.)
2- Critérios Fisiológicos:
- PaCO2 ≥ 55mmHg
- PaCO2 entre 50-54mmHg, e se:
• Dessaturação nocturna (SpO2 < 88% durante 5min consecutivos, não corrigida com
O2 a 2L/min)
• Mais do que 2 exacerbações/ano com acidose respiratória com necessidade de VNI
Ou...
VNI – Indicações na IRC
• Bronquiectasias e Fibrose Quística
1 - Bronquiectasias difusas
2 - pCO2 > 50mmHg
3 – envolvimento superior a 3 lobos
4 – FEV1 < 50% do previsto
5 – FEV1/FVC < 70%
6 – SpO2 < 88% durante 5min consecutivos, não corrigida com O2 a
2L/min
VNI – Indicações na IRC
• Doenças Torácicas Restritivas
Deformação
musculo-
esquelética
da caixa
torácica
Diminuição
da força dos
músculos
respiratórios
Lesões
vertebro-
medulares
IRC
A VNI vai diminuir o
trabalho respiratório
e corrigir a
hipoventilação
alveolar
VNI – Indicações na IRC
• Doenças Torácicas Restritivas
– Lesões vertebro-medulares:
• SpO2 < 90% durante mais de 10% do tempo total de
sono
VNI é iniciada na presença de sintomas
de hipoventilação e, pelo menos, um dos
seguintes critérios fisiopatológicos:
- pCO2 > 45mmHg;
- Dessaturação nocturna (SpO2<88%,
durante 5min consecutivos)
VNI – Indicações na IRC
• Doenças Torácicas Restritivas
– Nas Doenças Neuromusculares a hipóxia é uma manifestação
secundária e tardia da hipoventilação alveolar
– Nas doenças neuromusculares rapidamente progressivas, iniciar VMNI
quando:
• FVC < 50% do valor teórico ou
• Pmáxima inspiratória (PIM) < 60cmH2O, independentemente de restantes
critérios
– Esclerose Lateral Amiotrófica:
• FVC < 70% » ponderar início de VNI
• VNI deve ser complementada com in-exsuflaçao mecânica e suporte
nutricional (PEG)
Oxigenoterapia nunca deve ser
administrada isoladamente, dado o risco de
inibição do centro respiratório
VNI – Indicações na IRC
• Síndrome de Obesidade-hipoventilação
– Diagnóstico de exclusão
IMC > 30kg/m2 + Distúrbios da respiração
associados ao sono +
Hipoventilação alveolar diurna crónica (pCO2 ≥
45mmHg), com exclusão de outras causas de
hipoventilação
33
33
• Síndrome de Obesidade-hipoventilação
Obesidade
Diminuição da
distensibilidad
e da caixa
torácica e dos
vol.pulmonare
s
Diminuição
CRF
Colapso das
pequenas vias
aéreas
Limitação do
fluxo
expiratório
Retenção
aérea
Aumento do
auto-PEEP
Aumento do
trabalho
respiratório
Tratamento:
1- perda ponderal
2 – ventilação com CPAP, se diagnóstico
concomitante de SAOS
3 – ventilação com BPAP se acidemia
respiratória ou ausência de melhoria com
CPAP
VNI – Indicações na IRC
• Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono
– Causa médica mais comum de sonolência diurna
– Durante o sono: diminuição do tónus  estreitamento
de via aérea »» Apneias/Hipopneias
Sonolência diurna excessiva não explicada e pelo
menos ocorrência de 5 eventos de obstrução de
respiração (apneia ou hipopneia) por hora de
sono, associada a complicações cardiovasculares.
VNI – Indicações na IRC
• Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono
– Doentes com SAOS + SOH ou quando P de CPAP
necessárias são muito elevadas
BPAP
Tratamento de eleição: CPAP
VNI – Contra-indicações
In Esquinas A. “Princípios da ventilação mecânica não invasiva”
VNI – Contra-indicações
• Resumindo...
• Paragem cardiorrespiratória
• Encefalopatia grave
• Hemorragia gastrintestinal grave
• Instabilidade hemodinâmica
• Cirurgia facial ou trauma
• Obstrução da via aérea superior
• Incapacidade de drenagem de secreções traqueobrônquicas
• Incapacidade de protecção da via aérea com risco de aspiração
In Revista Portuguesa de Pneumologia, “Ventilação Não Invasiva”, 2009
VNI - Complicações
• Claustrofobia
• Epistáxis/ congestão nasal /secura das mucosas
• Irritação oftálmica
• Desconforto/necrose facial pela necessidade de pressões elevadas (IPAP>20
cmH2O)
• Cefaleias
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– Unidades de Cuidados Intermédios
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In “Anita K. Simonds, ERS Handbook Noninvasive Ventilation (2015)”
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42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf

  • 1. Ventilação Não Invasiva Serviço de Pneumologia Filipa Lima João Carvalho 16 de Setembro de 2021
  • 3. Resenha Histórica • Anos 20: Iron lung ou pulmão de ferro
  • 4. Resenha Histórica “ERS Handbook Noninvasive Ventilation (2015)”
  • 5. Fisiologia Os objectivos principais da VNI são: o Melhoria da ventilação-minuto o Redução do trabalho dos músculos respiratórios o Melhoria das trocas gasosas (redução de pCO2 e aumento da pO2)
  • 6. Fisiologia A aplicação de uma pressão positiva contínua nas vias aéreas produz: 1. A nível respiratório: o Aumenta a permeabilidade das vias aéreas superiores o Recrutamento de unidades não funcionantes (melhorando a relação V/Q, as trocas gasosas e a distensibilidade pulmonar) o Aumento da pressão intratorácica que leva a um aumento da CRF  recrutamento alveolar  melhora oxigenação o ↓W respiratório  ↓Frequência Respiratória  ↓P transpulmonares e ↓pCO2
  • 7. Fisiologia A aplicação de uma pressão positiva contínua nas vias aéreas produz: 1. A nível hemodinâmico: o ↓ Pré-carga (por diminuição do RV e da distensibilidade ventricular durante a diástole) o Facilita o esvaziamento ventricular na sístole
  • 8. Vantagens da VNI: 1. Mantém a VA intacta 2. Preserva os mecanismos de defesa das VA 3. Reduz a incidência de pneumonia nosocomial 4. Permite a alimentação, verbalização e movimentação 5. Maior conforto para o doente 6. Custo inferior quando comparado à VMI 7. Pode ser instituído fora de uma UCI Desvantagens da VNI: 1. Claustrofobia/desconforto associado à máscara 2. “Time-consuming” 3. Úlceras de pressão associadas às máscaras 4. Via aérea não protegida 5. Ausência de acesso directo à árvore brônquica para aspiração de secreções em excesso Vantagens e desvantagens da VNI
  • 9. Modos Ventilatórios  Ventilação por Pressão • PSV (Pressure support ventilation) • PCV (Pressure-controlled ventilation)  Ventilação por Volume  Ventilação por Pressão com volume alvo (AVAPS)
  • 10. Modos Ventilatórios o PSV (Pressure support ventilation): selecciona-se um IPAP e um EPAP que será entregue pelo ventilador; o ventilador é despoletado por um aumento do fluxo inspiratório do doente; ciclagem ocorre quando há queda no fluxo inspiratório. o Ventilação por Volume: requer selecção do volume corrente ou volume/minuto; mesmo volume e fluxo em cada inspiração; fraca compensação de fugas. Pressões variáveis. o AVAPS (Ventilação por Pressão com volume garantido): modo híbrido de ventilação. Definido um Vt ou volume/minuto ou volume alveolar. Ventilador ajusta a pressão de suporte, dentro das pressões pré-definidas para alcançar o volume corrente pré-definido; tentativa de adaptar a pressão inspiratória a alterações na impedância (melhor interacção doente-ventilador)
  • 12. Modos Ventilatórios Pressure support ventilation Modo S Modo S/T Modo T IPAP IPAP IPAP EPAP EPAP EPAP Frequência Respiratória Frequência Respiratória Tempo inspiratório Tempo inspiratório Respiração espontânea sem FR de suporte Respiração espontânea com FR de suporte Cada respiração é controlada por tempo
  • 13. Terminologia / Conceitos • IPAP (Inspiratory positive airway pressure): Pressão entregue pelo ventilador quando o paciente inspira. • EPAP (Expiratory positive airway pressure): Pressão entregue pelo ventilador ao paciente na expiração. – Auxilia na patência da via aérea durante o sono e ajuda a recrutar/manter volume pulmonar, melhorando a oxigenação – nos doentes obstrutivos ajuda a reduzir o esforço respiratório • Pressão de Suporte: IPAP – EPAP; fornece assistência à inspiração e diminui o trabalho respiratório pela diminuição da sobrecarga muscular ---> aumento do volume corrente e ventilação/minuto e melhoria das trocas gasosas
  • 14. Terminologia / Conceitos • Frequência respiratória de “backup” (FR): assegurar um número mínimo de ventilações/min; se o paciente em respiração espontânea desce abaixo desse nível, o ventilador inicia a inspiração - Importante em disfunções do drive do centro respiratório • Tempos inspiratórios (Ti): Tempo durante o qual o volume corrente é garantido ou a pressão é mantida. Possibilidade de definir um tempo inspiratório pelo clínico (mínimo e máximo Ti); evita: - Ciclagem prematura - Ciclagem tardia, causando tempo insuficiente para a expiração e conduzindo ao desenvolvimento de auto-PEEP • Trigger: variações no fluxo ou pressão para início inspiração/expiração; clínico pode seleccionar sensibilidade dos mesmos 14
  • 15. Terminologia / Conceitos • Ciclagem: quando o paciente exala, o ventilador detecta a mudança no fluxo, e entra na pressão expiratória • Tempo de subida “Rise time”: tempo até alcançar IPAP após início da fase inspiratória - Em pacientes com alta demanda ventilatória pode ser requerido um Tsub curto; - Em pacientes com FR baixas ou esvaziamento pulmonar rápido, Tsub prolongado pode adicionar mais conforto. • Rampa: tempo desde início de funcionamento do ventilador até atingir IPAP pretendido
  • 16. Interfaces • A interface conecta o ventilador ao paciente via tubuladura, permitindo a entregue de ar pressurizado aos pulmões. • Grande parte do sucesso passa pela escolha de uma interface apropriada. • Escolha depende: – Parâmetros clínicos – Disponibilidade de equipamento – Características individuais do paciente – Segurança
  • 19. Interfaces • Estratégias relacionadas com interface alteram-se em ambiente agudo vs crónico – Máscaras oronasais estão associadas a mais rápida melhoria nas trocas gasosas e menor falência na IRA (menores fugas) – Em fase de estabilidade ponderar trocar para uma segunda máscara – Todos os tipos são usados na IRC, não havendo diferença significativa de eficácia entre máscaras nasais e máscaras faciais. Devem ser escolhidas máscaras faciais no caso de: obstrução nasal, paciente não consiga manter a boca fechada, preferência/conforto do doente com a interface • Todas as máscaras podem ser usadas para optimizar a VNI, mas não devem retardar a entubação no doente crítico se a VNI falhar • Paciente ou cuidadores devem ser capaz de colocar e retirar as máscaras • Pensar em uso de ˃ 1 máscara em pacientes que usem mais de 12h (prevenção de úlceras de pressão)
  • 20. Suplementação O2 A concentração é variável:  Local de entrada (++ O2 alcançada quando entrada é na máscara)  Valores configurados no ventilador  Local/Tipo de porta exalatória  Padrão respiratório  Fugas
  • 21. Acessórios • Humidificação  Objectivo da humidificação passa por reduzir o risco de:  resistência aumentada das vias aéreas  impactação mucoide  Dismotilidade ciliar  Descamação do epitélio  Preserva a normal função da mucosa  Reduz desconforto e melhora tolerância  2 métodos de providenciar humidificação:  Humidificadores externos que usam uma reservatório de energia e água  Sistema de aquecimento e mistura, que recicla o ar do paciente e aquece • Filtros bacterianos
  • 22. Quem ventilar Doentes Agudos Doentes Crónicos Quando a causa da IRA é potencialmente reversível, o suporte ventilatório tem por objectivo “ganhar tempo” enquanto o tratamento médico actua, maximizando a função pulmonar e corrigindo a causa precipitante. Identificação dos doentes com indicação para VNI Indicações
  • 23. VNI – Indicações na IRA Exacerbação Aguda de DPOC Edema Agudo do Pulmão Asma Grave Pós-operatório Tratamento da dispneia do doente paliativo Situações de trauma torácico Pós-extubação » para prevenção de falência de extubação Desmame de VMI Bronquiectasias Fibrose Quística Doenças restritivas (neuromusculares/parede torácica) Síndrome de Obesidade-hipoventilação
  • 24. In Esquinas A. “Princípios da ventilação mecânica não invasiva”
  • 25. VNI – Indicações na IRC DPOC/Patologia Obstrutiva Doenças torácicas restritivas Doenças Neuromusculares Síndrome de Obesidade-Hipoventilação Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono A VNI » eficácia demonstrada no tratamento da insuficiência respiratória hipercápnica aguda ou crónica agudizada, particularmente nas exacerbações agudas de DPOC
  • 26. Obstrução brônquica Limitação dos fluxos expiratórios Hiperinsuflação Diminui expansibilidade diafragmática Aumento PEEP intrínseca Diminuição Volume corrente Dessincronização respiratória Aumento FR (aumentar volume/min) DPOC/ Patologia Obstrutiva Adaptado de Esquinas A. “Princípios da ventilação mecânica não invasiva” Hipoxemia  por desequilíbrio na V/Q Hipercapnia  por hipoventilação alveolar e ventilação de espaço morto
  • 27. VNI – Indicações na IRC • DPOC 1- Sintomatologia persistente (fadiga, dispneia, cefaleias matinais,etc.) 2- Critérios Fisiológicos: - PaCO2 ≥ 55mmHg - PaCO2 entre 50-54mmHg, e se: • Dessaturação nocturna (SpO2 < 88% durante 5min consecutivos, não corrigida com O2 a 2L/min) • Mais do que 2 exacerbações/ano com acidose respiratória com necessidade de VNI Ou...
  • 28. VNI – Indicações na IRC • Bronquiectasias e Fibrose Quística 1 - Bronquiectasias difusas 2 - pCO2 > 50mmHg 3 – envolvimento superior a 3 lobos 4 – FEV1 < 50% do previsto 5 – FEV1/FVC < 70% 6 – SpO2 < 88% durante 5min consecutivos, não corrigida com O2 a 2L/min
  • 29. VNI – Indicações na IRC • Doenças Torácicas Restritivas Deformação musculo- esquelética da caixa torácica Diminuição da força dos músculos respiratórios Lesões vertebro- medulares IRC A VNI vai diminuir o trabalho respiratório e corrigir a hipoventilação alveolar
  • 30. VNI – Indicações na IRC • Doenças Torácicas Restritivas – Lesões vertebro-medulares: • SpO2 < 90% durante mais de 10% do tempo total de sono VNI é iniciada na presença de sintomas de hipoventilação e, pelo menos, um dos seguintes critérios fisiopatológicos: - pCO2 > 45mmHg; - Dessaturação nocturna (SpO2<88%, durante 5min consecutivos)
  • 31. VNI – Indicações na IRC • Doenças Torácicas Restritivas – Nas Doenças Neuromusculares a hipóxia é uma manifestação secundária e tardia da hipoventilação alveolar – Nas doenças neuromusculares rapidamente progressivas, iniciar VMNI quando: • FVC < 50% do valor teórico ou • Pmáxima inspiratória (PIM) < 60cmH2O, independentemente de restantes critérios – Esclerose Lateral Amiotrófica: • FVC < 70% » ponderar início de VNI • VNI deve ser complementada com in-exsuflaçao mecânica e suporte nutricional (PEG) Oxigenoterapia nunca deve ser administrada isoladamente, dado o risco de inibição do centro respiratório
  • 32. VNI – Indicações na IRC • Síndrome de Obesidade-hipoventilação – Diagnóstico de exclusão IMC > 30kg/m2 + Distúrbios da respiração associados ao sono + Hipoventilação alveolar diurna crónica (pCO2 ≥ 45mmHg), com exclusão de outras causas de hipoventilação
  • 33. 33 33 • Síndrome de Obesidade-hipoventilação Obesidade Diminuição da distensibilidad e da caixa torácica e dos vol.pulmonare s Diminuição CRF Colapso das pequenas vias aéreas Limitação do fluxo expiratório Retenção aérea Aumento do auto-PEEP Aumento do trabalho respiratório Tratamento: 1- perda ponderal 2 – ventilação com CPAP, se diagnóstico concomitante de SAOS 3 – ventilação com BPAP se acidemia respiratória ou ausência de melhoria com CPAP
  • 34. VNI – Indicações na IRC • Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono – Causa médica mais comum de sonolência diurna – Durante o sono: diminuição do tónus  estreitamento de via aérea »» Apneias/Hipopneias Sonolência diurna excessiva não explicada e pelo menos ocorrência de 5 eventos de obstrução de respiração (apneia ou hipopneia) por hora de sono, associada a complicações cardiovasculares.
  • 35. VNI – Indicações na IRC • Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono – Doentes com SAOS + SOH ou quando P de CPAP necessárias são muito elevadas BPAP Tratamento de eleição: CPAP
  • 36. VNI – Contra-indicações In Esquinas A. “Princípios da ventilação mecânica não invasiva”
  • 37. VNI – Contra-indicações • Resumindo... • Paragem cardiorrespiratória • Encefalopatia grave • Hemorragia gastrintestinal grave • Instabilidade hemodinâmica • Cirurgia facial ou trauma • Obstrução da via aérea superior • Incapacidade de drenagem de secreções traqueobrônquicas • Incapacidade de protecção da via aérea com risco de aspiração In Revista Portuguesa de Pneumologia, “Ventilação Não Invasiva”, 2009
  • 38. VNI - Complicações • Claustrofobia • Epistáxis/ congestão nasal /secura das mucosas • Irritação oftálmica • Desconforto/necrose facial pela necessidade de pressões elevadas (IPAP>20 cmH2O) • Cefaleias • Distensão gástrica • Fugas • Rebreathing • Arritmias • Pneumotórax Falha elétrica – mecânica Tubos dobrados – perfurações - fugas Alarmes de apneias
  • 39. VNI • Actualmente: – Unidades de Cuidados Intensivos – Unidades de Cuidados Intermédios – Anestesiologia – Pneumologia – Medicina Interna – Cardiologia – Cuidados Paliativos – Pediatria In “Anita K. Simonds, ERS Handbook Noninvasive Ventilation (2015)”