O documento discute o método de ventilação mecânica, objetivos clínicos, modos, parâmetros e procedimentos como aspiração endotraqueal para pacientes em ventilação mecânica.
Técnicas de aspiração endotraqueal em pacientes ventilados mecanicamente
1. Mariana C Artuni Rossi
Fisioterapeuta Intensivista– CREFITO 103898 – F
2. Método de suporte para o tratamento de pacientes com
IRpA ou crônica agudizada.
Objetivos clínicos:
- Reverter a hipoxemia
- Reverter a acidose respiratória aguda
- Diminuir o desconforto respiratório
- Prevenir ou reverter a atelectasia
- Reverter a fadiga dos músculos respiratórios
- Permitir a sedação e/ou o bloqueio neuromuscular
- Diminuir o consumo sistêmico ou miocárdico de oxigênio
- Diminuir a pressão intracraniana
- Estabilizar a parede torácica
4. Parâmetros Ajustados pelo operador
Volume Corrente
PEEP
FIO2
Pressão Inspiratória
Fluxo Inspiratório
Sensibilidade
Relação I:E (tempo insp)
Frequência Resp
5. Volume de ar inspirado e expirado em cada incursão
respiratória normal.
Deve ser ajustado em torno de 4 a 6 ml/kg de peso
corporal (peso ideal ajustado)
6. Recrutamento de Unidades Alveolares (mantém os
alvéolos abertos, evitando colabamentos,
atelectasias…)
PEEP= 5 cmH²O - impede colabamento alveolar
PEEP > 8 cmH²O - melhora oxigenação
PEEP > 12 cmH²O - repercussões hemodinâmicas
7.
8. Ventilação Mecânica + trabalho do sistema mucociliar
diminuído: tendência ao acúmulo de secreção
brônquica nas vias aéreas .
Hipersecreção + transporte de muco prejudicado
aumenta o risco do desenvolvimento de doenças
infecciosas, aumentando o tempo sob suporte
ventilatório
Umidificação inadequada, ALTAS concentrações de
oxigênio (FiO2) e à administração de drogas, como
analgésicos e/ou narcóticos.
9.
10. Procedimento invasivo que pode trazer agravos ao
paciente se não for realizada com critério;
é procedimento rotineiro, apesar disto, vários autores
concordam que não deve ser realizada em intervalos
regulares (de horário), somente quando necessário
pois riscos ultrapassam seus benefícios;
expõe a sérios riscos, devendo ser cuidadosa para evitar
complicações sérias como hipoxemia, atelectasia,
arritmia e pneumonia, entre outras.
11.
12. A necessidade é determinada principalmente pela
observação visual do acúmulo de secreções e pela
ausculta pulmonar, para determinar a presença de
secreções ou obstrução nas vias aéreas
Segundo diversos autores, preconiza-se a aspiração
somente na presença de ausculta de sons adventícios
(roncos) pulmonares, aumento do pico de pressão
inspiratória no ventilador ou quando a movimentação
das secreções é audível durante a respiração.
13. Hipoxemia
Hipercapnia
Trauma do tecido traqueal ou brônquico
Descompensação de ritmo cardíaco e pressão arterial
Descompensação de ritmo respiratório
Atelectasia
Broncoespasmo
Infecção respiratória (paciente ou profissional)
Hemorragia pulmonar e/ou sangramentos
Náuseas e vômitos.
14. As contraindicações relativas se referem ao risco de o
paciente apresentar reações adversas ao procedimento
ou piora da condição clínica;
Não há contraindicação absoluta!
15. Sinais subjetivos e objetivos de desconforto
respiratório e/ou de presença de secreção nas VA
Nunca deve ser realizada como procedimento de
rotina. Sempre que possível estimular a tosse e
fisioterapia respiratória.
16. É preferível realizar a aspiração sem desconectar o
paciente do ventilador , porém maior custo!!!
Sugerida para adultos com ↑ FiO2 ou PEEP
17. Deve ser <50% que o diâmetro interno do TET, ou seja:
nº 16 – sondas > 9mm
nº 14 – sondas 8 – 8,5mm
nº 12 – sondas 7 - 7,5mm
18.
19. Ventilação protetora tem como alguns de seus objetivos
minimizar o colapso alveolar e as forças de cisalhamento
que estão associadas à lesão pulmonar induzida pela
ventilação mecânica.
O procedimento de aspiração está associado a perdas
significativas de volume pulmonar.
Corley et al. demostraram que tanto a aspiração com
sistema aberto (SA) quanto a com sistema fechado (SF)
resultam em perda de volume pulmonar após o
procedimento.
A recuperação desse volume é lenta, podendo demorar
mais de 30 minutos para retornar à situação pré-aspiração.
20. A aspiração endotraqueal é parte da rotina do
fisioterapeuta como TERAPIA COMPLEMENTAR às
técnicas de higiene brônquica. Conforme acórdão nº
474 do Conselho federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional – COFFITO, deve ser implementada pelo
fisioterapeuta “...quando este a considerar necessária,
IMEDIATAMENTE APÓS A REALIZAÇÃO DE SUA
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA”
21. Não é incomum observarmos em nossa prática clínica
o uso indiscriminado da aspiração de pactes em VM,
onde se tornou rotina pelo menos uma por período.
Mas isso traria algum benefício ao pacte?
Se houver indicações para tal procedimento, é de
extrema importância a aspiração…
22. Existem indicações claras para tal procedimento:
Padrão serrilhado no slope fluxo-volume;
Aumento da Pressão de Pico na modalidade VCV;
Diminuição do volume corrente na modalidade PCV;
Deteriorização da saturação de oxigênio;
Secreções visíveis / audíveis nas vias aéreas;
Suspeita de aspiração gástrica ou de VAS;
Necessidade de coleta de secreção
23.
24. Portanto vamos aspirar somente quando necessário, e
lembrar que esse procedimento é
MULTIPROFISSIONAL.
Vídeo Fisiointensiva
25. AARC Clinical Practice Guidelines. Endotracheal
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