O documento descreve a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), definindo-a como uma doença pulmonar progressiva causada principalmente pelo tabagismo que causa obstrução das vias aéreas. O documento também discute a epidemiologia, fatores de risco, sintomas, diagnóstico, tratamento e exacerbações da DPOC.
22. TRATAMENTO CRÔNICO
ABSTINÊNCIA DO TABAGISMO
mais efetivo na evolução natural
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
redução do sintomas e exacerbações, aumento da tolerância aos exercícios e
do status de saúde
VACINAÇÃO
influenza e pneumocócica
REABILITAÇÃO PULMONAR
exercícios, nutrição, motivação, educação
OXIGENIOTERAPIA
PaO2 <55mmHg ou spO2 <88%
PaO2 >55mmHg e < 60mmHg, ou spO2 <88% + HAP ou Ht >55
VNI - CPAP
SAOS – Hipercapnia associada
CIRURGIA
Redução do volume pulmonar, bulectomia, transplante pulmonar
23. TRATAMENTO CRÔNICO
GOLD A
Anti-colinérgico de curta ação
SOS OU
β2 agonista de curta ação
SOS
GOLD B
Anti-colinérgico de longa ação
OU
β2 agonista de longa ação
GOLD C
Corticóide inalatório +
Anti-colinérgico de longa ação
OU
β2 agonista de longa ação
GOLD D
Corticóide inalatório +
Anti-colinérgico de longa ação
E
β2 agonista de longa ação
24. TRATAMENTO CRÔNICO
METILXANTINAS
Alternativa, aumento de VEF1 associado a salmeterol, reduz
exacerbações
Faixa terapêutica e tóxica próximas
Aminofilina, teofilina, bamifilina
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE-4
Redução da inflamação – inibe a quebra do AMPc intracelular
Reduz exacerbações
Não associar com metilxantinas, menos efeitos colaterais
Roflumilast (Daxas ® 1x/dia)
CORTICÓIDES
Redução do n° de exacerbações, melhora dos sintomas e qualidade
de vida
Retirada pode causar exacerbações, porém retirada gradual em 3
meses pode ser seguro em pacientes de baixo risco
25. COMORBIDADES
DAC – IC – FA – HAS (BNP)
β1-bloqueador seletivo – bisoprolol, carvedilol
Seguro, benefício > risco
β2-agonista
Avaliar altas doses
OSTEOPOROSE - Comorbidade mais comum
Associado a piora do status de saúde e prognóstico
Baixo IMC (enfisema)
Corticóide inalatório – perda de massa óssea
EUROCOSP, TORCH (budesonida/fluticasona) - Seguro
CTC x fraturas – inalatório x sistêmico
exacerbações e GOLD
26. COMORBIDADES
DEPRESSÃO E ANSIEDADE
Reabilitação - Exercícios físicos
CÂNCER DE PULMÃO
Limitação do tratamento cirúrgico
DM – SÍNDROME METABÓLICA
Gold D – IMC >21
Corticóides sistêmicos – hiperglicêmias
DEMÊNCIA
Aumento significativo do risco de demência
27. COMORBIDADES
DRGE
Fator de risco independente para exacerbação
BRONQUIECTASIAS
ATB inalatório profilático – controverso
Exacerbações – ATB amplo espectro e prolongado
INFECÇÕES
Macrolídeos (azitro/claritromicina) - teofilina
Antibioticoterapia frequente - MR
PNM repetição – suspensão de corticóide inalatório
29. EXACERBAÇÃO
CONSEQUÊNCIAS
Redução da qualidade de vida
Sintomas e declínio da função pulmonar com
recuperação lenta
Aumenta a taxa de declínio da função pulmonar
Associado a mortalidade (internação)
10% hospitalar (hipercapnia + acidose),
40% em 1 ano (VNI/VM)
50% em 3 anos independentemente da causa
Altos custos (ATB, oxigênio, internação)
32. EXACERBAÇÃO
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
Uso de musculatura
acessória
Movimento
paradoxal da parede
torácica
Cianose ou piora da
cianose prévia
Edema periférico
Instabilidade
hemodinâmica
Confusão mental
33. EXACERBAÇÃO
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
Uso de musculatura
acessória
Movimento
paradoxal da parede
torácica
Cianose ou piora da
cianose prévia
Edema periférico
Instabilidade
hemodinâmica
Confusão mental
Oximetria de pulso +
gasometria arterial
PaO2 <60mmHg
PaCo2 >50mmHg
Rx tórax – diag. dif.
ECG
Hemograma
(policitemia, anemia)
Exames laboratoriais
Dist. hidroeletrolíticos e
hiperglicemia
Espirometria
34. EXACERBAÇÃO
TRATAMENTO
Avaliar gravidade - internamento, UTI
ATB - Exacerbação grave, secreção purulenta ou 3 critérios
Procalcitonina
β-lactâmicos (c/ ou s/ clavulanato), macrolideos ou tetraciclina
35. EXACERBAÇÃO
TRATAMENTO
Avaliar gravidade - internamento, UTI
Broncodilatadores - β2 curta + anticolinérgico
Dose e frequência
Corticóide sistêmico - VO ou EV
Prednisona 40mg – 5 dias
ATB - Exacerbação grave, secreção purulenta ou 3 critérios
Procalcitonina
β-lactâmicos (c/ ou s/ clavulanato), macrolideos ou tetraciclina
Cuidados gerais: monitorização, BH, nutrição,
profilaxia TEP, tratar comorbidades
Aminofilina EV – 2° linha, casos refratários
36. EXACERBAÇÃO
SUPORTE VENTILATÓRIO
VNI - pH <7,35 (7,25), pCO2 >45 (50) mmHg
- dispneia com sinais de fadiga da musculatura respiratória
Oxigenioterapia - spO2 88-92% - GAAR se O2
37. EXACERBAÇÃO
SUPORTE VENTILATÓRIO
VNI - pH <7,35 (7,25), pCO2 >45 (50) mmHg
- dispneia com sinais de fadiga da musculatura respiratória
Oxigenioterapia - spO2 88-92% - GAAR se O2
Parâmetros de sucesso da VNI
- ↓FR
- Melhora do nível de consciência
- Redução do uso da musculatura acessória
- Melhora da oxigenação (PaO2 ou SpO2)
- Redução da pCO2
- Ausência de distensão abdominal significativa
38. EXACERBAÇÃO
SUPORTE VENTILATÓRIO
VM invasiva – Falência VNI, RNC, broncoaspiração,
tosse ineficaz, instabilidade hemodinâmica, arritmias
ventriculares
Repouso da
musculatura
respiratória
Redução da
hiperinsuflação
39. EXACERBAÇÃO
SUPORTE VENTILATÓRIO
AJUSTES INICIAIS
TOT > 8mmHg - redução da Raw, remoção de secreções
FiO2 - SaO2 92-95% e PaO2 65-80 mmHg
VC - 6ml/kg, PCV/PSV (excesso de volume)
FR/VM - 8 – 12, normalizar pH (não PaCO2)
Fluxo/ Rel. I:E
VCV: desacelerado, ~60 L/min, Ppico <50, Pplato <30 cmH20,
< 1:3, t exp
PCV: menor valor de PS/DP / Tins zerar o fluxo
PEEP - Compensar auto-PEEP VCV: Pplato, PCV: VCe
Assistida: disparo a fluxo, PEEPe – PEEPi: <10-15 cmH20
42. EXACERBAÇÃO
AEROSSOLTERAPIA
Otimização
- Aspirar vias aéreas
- Remover o trocador de calor e umidade
- Aquecer o dispositivo – Temperatura das mãos
- Adaptar no ramo inspiratório
- Coordenar com o fluxo inspiratório
- Realizar uma pausa inspiratória
- Aguardar 15 segundos entre os disparos
- Nebulizador à 45cm do Y – ramo inspiratório
- Completar ~5ml – Nebulizador
- Fluxo de 6 a 8 l/min – Nebulizador
- Ajustar o volume pressão – compensar o fluxo