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HUMANIZAÇÃO, RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E ÉTICA


                                                                                                                       TUTORIAL



    Wellington Soares da Costa
    Bacharel em Administração (CRA/BA 6028), Especialista em Gestão e                              Recebido em: 12/03/2003
    Desenvolvimento de Seres Humanos, Graduando em Direito e Servidor                              Aprovado em: 08/06/2003
    Público do INSS.
    E-mail: wsc333@hotmail.com


RESUMO

   Este artigo propõe-se a análise de três temas referentes à Administração: 1) humanização; 2)
relacionamento interpessoal; 3) ética. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica e o objetivo é demonstrar a
necessidade dessa discussão para que a dignidade das pessoas seja respeitada.
Palavras-chave: humanização, relacionamento interpessoal, ética.

ABSTRACT

  Three aspects of management are analyzed, humanization, interpersonal relationships and ethics.
Bibliographic research was used to demonstrate the need of this discussion so as to encourage people to
value human dignity.
Key words: humanization, interpersonal relationships, ethics.

1.      INTRODUÇÃO

     Tem-se falado em humanização no ambiente de trabalho. Mas o que é humanização e para que serve?
  Humanizar significa respeitar o trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser humano. Significa valorizá-lo
em razão da dignidade que lhe é intrínseca.
   Isso apresenta vários desdobramentos. Por exemplo, o relacionamento interpessoal1 –necessidade social,
conforme MASLOW (2000), ou fator higiênico2, segundo a teoria herzbergiana – deve se pautar pelo
diálogo, sem o qual as relações entre os indivíduos resvala para conflitos vários3. A dignidade jamais deve
ser esquecida ou colocada em segundo plano. A prática da humanização deve ser observada
ininterruptamente. O comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização, uma vez que ser
ético é preocupar-se com a felicidade pessoal e coletiva.




1
  Tem competência interpessoal quem saber ouvir o outro e colocar-se no lugar desse outro a fim de compreendê-lo. Em relação a
isso, CARAVANTES (2002: 99) posiciona-se no sentido de que uma das características fundamentais do administrador excelente é
“5. Competência interpessoal, pois se o produto de seu trabalho visa o homem e é feito através de pessoas, ele deve desenvolver sua
capacidade de relacionamento com seus superiores, pares e subordinados, chegando ao ponto de empatia, isto é, ser capaz de colocar-
se em lugar daqueles com quem se relaciona e pensar e sentir como eles”.
2
  Em conformidade à teoria herzbergiana, o fator higiênico, em si mesmo, não garante a motivação, conquanto a sua ausência
constitua desmotivação certa.
3
    Só há dialogicidade quando os sujeitos se respeitam.




Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. 17-21, janeiro/março 2004
Wellington Soares da Costa


        Numa sociedade em que, em geral, valores4 ético-                    equipe coesa em que o maior beneficiado será ele
     morais são vilipendiados, é urgente a necessidade                      mesmo com melhoria em sua qualidade de vida,
     de se humanizarem as organizações. Estas não                           relacionamentos com os pares e, principalmente, o
     devem perder de vista a razão maior graças à qual                      cliente que sentirá isso quando adquirir o produto ou
                                                                            serviço da empresa gerando a fidelização que tanto se
     se dá a sua criação: a promoção humana em todos e
                                                                            busca. O melhor negócio de uma organização ainda se
     quaisquer aspectos (não somente os econômico-                          chama gente, e ver gente integrada na organização
     financeiros e tecno-científicos), até mesmo, e                         como matéria-prima principal também é lucro, além
     principalmente, sob a ótica coletiva.                                  de ser um fator primordial na geração de resultados.
                                                                         MORGAN (1996: 142) diz que “a natureza
     2.     HUMANIZAÇÃO                                                verdadeiramente humana das organizações é a
                                                                       necessidade de construí-la em função das pessoas e
        O desenvolvimento científico-tecnológico tem                   não das técnicas”.
     levado muitas organizações a buscar de forma
     desenfreada o lucro econômico-financeiro à custa                    O PAPA JOÃO PAULO II apud MASLOW
     da necessária valorização real do homem,                          (2000: 61) assevera que:
     notadamente dos indivíduos que nelas trabalham.                        O propósito da empresa não é simplesmente lucrar,
     Paradoxalmente, até mesmo organizações cujo lucro                      mas ser vista em sua base como uma comunidade de
     visado não é econômico-financeiro resvalam para                        pessoas que, de várias formas, estão se esforçando
     isso.                                                                  para satisfazer suas necessidades básicas e que
                                                                            formam um grupo particular no serviço de toda a
        A cultura predominante nessas instituições                          sociedade. O lucro é um regulador da vida de um
     caracteriza-se por considerar as pessoas meros                         negócio, mas não é o único regulador; outros fatores,
     recursos que devem contribuir para o alcance dos                       humanos e morais, também devem ser considerados,
     objetivos organizacionais. Relegam a abordagem                         pois, a longo prazo, serão igualmente importantes para
     sistêmica, que estuda o homem como uma                                 a vida do negócio.
     totalidade e não apenas como profissional cuja vida                 A empresa humanizada, consoante VERGARA e
     deveria se restringir ao ambiente de trabalho. O                  BRANCO (2001: 20), é:
     relacionamento interpessoal saudável, por exemplo,
     às vezes não encontra guarida no âmbito                                [...] aquela que [...] agrega outros valores que não
     organizacional, gerando os mais diversos conflitos                     somente a maximização do retorno para os acionistas.
                                                                            Nesse sentido, são mencionadas empresas que, no
     e, portanto, “desumanizando” as organizações. A
                                                                            âmbito interno, promovem a melhoria na qualidade de
     desconsideração dos valores humanos e da ética                         vida e de trabalho, visando à construção de relações
     também       são     exemplos     de     realidades                    mais democráticas e justas, mitigam as desigualdades
     “desumanizadoras”.                                                     e diferenças de raça, sexo ou credo [e não apenas em
          ROMÃO (2002) registra:                                            tais aspectos], além de contribuírem para o
                                                                            desenvolvimento e crescimento das pessoas.
          Mas, o pior de tudo isso [o autor faz referência à
          reengenharia, à terceirização e à globalização como             Discutir a humanização no ambiente de trabalho
          modismos, dentre outros que ele relaciona] foi o fruto       é impostergável, e a efetiva vivência num ambiente
          gerado: a desvalorização do ser humano, que                  organizacional cujos valores maiores incluam a
          participou desses processos, tentando ajudar sua             humanização trará grandes benefícios para os
          empresa, e hoje é descartado, como se somente                indivíduos, as organizações e a sociedade em geral.
          números pudessem indicar lucros, e ótimos resultados
          fossem o melhor diagnóstico de um negócio. Hoje
          temos que nos preparar para viver a era emocional,           3.     RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
          onde a empresa tem de mostrar ao colaborador que ele
          é necessário como profissional, e antes de qualquer             As relações interpessoais tiveram como um de
          coisa que é um ser humano com capacidades que                seus primeiros pesquisadores o psicólogo Kurt
          agregadas à produção da empresa, formarão uma                Lewin. MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma
                                                                       das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma
                                                                       que ele chegou à constatação de que “A
     4
       Efetiva é a organização que, além de eficaz, agrega valores à   produtividade de um grupo e sua eficiência estão
     sua atuação.                                                      estreitamente relacionadas não somente com a



18                Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 10, nº 4, p. 17-21, outubro/dezembro 2003
Humanização, relacionamento interpessoal e ética


competência de seus membros, mas sobretudo com                imprescindível na pauta das discussões, porque,
a solidariedade de suas relações interpessoais”.              dentre as necessidades do homem contemporâneo, a
                                                              necessidade ética desponta como uma das mais
   Schutz, um outro psicólogo, trata de uma teoria
                                                              prementes.
das necessidades interpessoais: necessidade de ser
aceito pelo grupo, necessidade de responsabilizar-se             A intrincada teia de relacionamentos integra a
pela existência e manutenção do grupo, necessidade            vida do ser humano, tornando inafastável a
de ser valorizado pelo grupo. Tais necessidades               necessidade da discussão sobre ética, porque “A
formam a tríade de que fala MAILHIOT (1976: 67),              dimensão ética começa quando entra em cena o
quando este faz referência aos estudos de Schutz:             outro. Toda lei, moral ou jurídica, regula relações
necessidades de inclusão, controle e afeição,                 interpessoais, inclusive aquelas com um Outro que a
respectivamente.                                              impõe.” (ECO, 2002: 9).
   Ao discorrer acerca da humanização no ambiente                Consoante ZOBOLI (2002: 8): “[...] uma vez que
de trabalho, COSTA (2002: 21) aponta as relações              a empresa, enquanto uma organização social, deve
interpessoais como um dos elementos que                       dar conta de funções que a sociedade dela espera e
contribuem para a formação do relacionamento real             exige assumindo suas responsabilidades neste
na organização:                                               âmbito, ela está obrigada a tomar decisões com
     É mister observar a operação real da organização, aqui
                                                              implicações éticas”. Daí ser possível afirmar que “a
     incluídas as relações interpessoais, que constituem a    empresa que busca somente os resultados ou as
     sua seiva vital. Os elementos formais (estrutura         vantagens imediatas é suicida, a responsabilidade a
     administrativa) e informais (relacionamento humano,      largo prazo é uma necessidade de sobrevivência e
     que emerge das experiências do dia-a-dia) integram-se    neste aspecto a ética constitui um fator importante
     para produzir o padrão real de relacionamento humano     para os ganhos. Por si só, a ética não é condição
     na organização: como o trabalho é verdadeiramente        para um bom negócio, mas o propicia.” (ZOBOLI,
     executado e quais as regras comportamentais              2002: 8)
     implícitas que governam os contatos entre as pessoas
     – esta é a estrutura de contatos e comunicações            A sociedade atual exige das empresas um
     humanas a partir da qual os problemas de política de     comportamento ético – a esse propósito cita-se a
     pessoal e de tomada de decisões podem ser                conscientização dos consumidores sobre a
     compreendidos e tratados pelos administradores.          necessidade de defesa de seus direitos.
   Os autores são unânimes em reconhecer a grande               CARAVANTES (2002: 71) afirma:
importância do tema “relações interpessoais” tanto
                                                                [...] a economia de mercado e o sistema econômico em
para os indivíduos quanto para as organizações,
                                                                que vivemos como que alijaram valores fundamentais
relativamente à produtividade5, qualidade de vida               ao convívio social: o bom cedeu lugar ao útil; o
no trabalho6 e efeito sistêmico7.                               correto, ao funcional; o futuro, ao imediatismo; e o
                                                                social, ao individualismo exacerbado. Nesse contexto,
4.     ÉTICA                                                    há uma verdadeira inversão valorativa [...].
                                                                Antes que alguma mudança venha a ocorrer, há que se
   Evidencia-se a necessidade de serem observados               repensar valores e atitudes hoje prevalentes,
pelas organizações os atuais anseios da sociedade               permitindo que o útil venha a se subordinar ao bom; a
por uma atuação ética. Tal necessidade requer a                 especulação desenfreada ao trabalho honesto e sério; o
conscientização de todos sobre a importância da                 personalismo ao social; a racionalidade funcional à
ética na atualidade. Assim, o tema “ética” faz-se               substantiva.
                                                                Destaca-se a Carta de Princípios do Dirigente
5                                                             Cristão de Empresa CE/UNIAPAC BRASIL, da
 Citam-se: KANAANE (1995: 47), HAMPTON (1990: 106 e
119), GLINA e ROCHA (2000: 59), CORREIA (2000: 16),           Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa do
BÓCCIA (1997: 204) e COSTA (2002: 20).                        Brasil, cujos seguintes princípios, entre outros,
6
  Podem ser citados os seguintes autores: VIVAN, MIRANDA
                                                              merecem ser transcritos:
e MORO (1999: 4) e ISHIKAWA apud VIVAN, MIRANDA &               14 - Embora o desejo de lucro permaneça o estímulo
MORO (1999: 4).                                                 da atividade econômica, o dirigente de empresa não
7
    Citam-se: HAMPTON (1990: 111) e CAPRA (1982: 260).




Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. 17-21, janeiro/março 2004                              19
Wellington Soares da Costa


          tem direito de sobrepô-lo ao dever de servir a      CARAVANTES, G. R. O ser total: talentos
          sociedade a que pertence. [...]                     humanos para o novo milênio. 3. ed. Porto Alegre:
          33 - O homem é o centro da vida econômica;          AGE, 2002.
          negligenciá-lo será ofender a dignidade humana e
          votar a empresa ao malogro. [...]                   CORREIA, A. de C. Um instante de reflexão sobre
                                                              o homem e o trabalho. Caderno de Pesquisas em
          34 - Tal como as técnicas nela utilizadas estão
          ordenadas aos fins da empresa, assim os fins da     Administração, São Paulo: PPGA/FEA/USP, v. 1,
          empresa    estão   subordinados    ao   homem.      n. 11, p. 12-17, jan.-mar. 2000.
          (ASSOCIAÇÃO DE DIRIGENTES CRISTÃOS DE
          EMPRESA DO BRASIL, 2002)                            COSTA, W. S. Resgate da humanização no
                                                              ambiente de trabalho. Caderno de Pesquisas em
                                                              Administração, São Paulo: PPGA/FEA/USP, v. 09,
     5.     CONSIDERAÇÕES FINAIS                              n. 2, p. 13-23, abr.-jun. 2002.
        A análise da humanização, da ética e do               ECO, U. Quando o outro entra em cena, nasce a
     relacionamento interpessoal permite perceber             ética. Reflexão: diálogo sobre a ética. São Paulo:
     facilmente os pontos de contato entre esses temas e
                                                              Instituto Ethos, ano 3, n. 6, p. 8-13, fev. 2002.
     a necessidade imperiosa de ser respeitada
                                                              Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/
     ininterruptamente a dignidade de todas as pessoas,
                                                              conceitos_praticas/publicacoes/reflexao/index.shtml
     incluindo-se os trabalhadores, dos quais sempre é
                                                              >. Acesso em: 12 ago. 2002.
     exigido alto grau de produtividade sem que, em
     contrapartida, se dispense a eles um tratamento          GLINA, D. M. R.; ROCHA, L. E. Prevenção para a
     adequado. É preciso lembrar que uma das maiores          saúde mental no trabalho. In: _____. Saúde mental
     exigências sociais na atualidade, no campo dos           no trabalho: desafios e soluções. São Paulo: Editora
     negócios públicos e privados, é a vivência irrestrita    VK, 2000. cap. 2
     de valores não hedonistas, voltados para o bem-
     estar da coletividade e que têm o ser humano como        HAMPTON, D. R. Os grupos nas organizações. In:
     a maior e incalculável riqueza de uma sociedade.         _____.         Administração:  comportamento
       As implicações daí decorrentes devem ser               organizacional. São Paulo: McGRaw-Hill, 1990.
     profundas na escala de valores individuais,              cap. 3, p. 98-148.
     organizacionais e sociais, de sorte que a cidadania
     no âmbito das organizações não seja vilipendiada,        KANAANE, R. Comportamento humano nas
     mas preservada, estimulada e promovida.                  organizações: o homem rumo ao século XXI. São
                                                              Paulo: Atlas, 1995.
     6.     REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                        MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos.
                                                              3. ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1976.
     ASSOCIAÇÃO DE DIRIGENTES CRISTÃOS DE
     EMPRESA DO BRASIL. Carta de Princípios do                MASLOW, A. H. Maslow no gerenciamento. Rio
     Dirigente Cristão de Empresa CE/UNIAPAC                  de Janeiro: Qualitymark, 2000.
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     BÓCCIA, M. de M. A inteligência emocional no
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     pesquisa, extensão, São Paulo: Centro de Pesquisa        Acadêmica – Revista Virtual de Administração e
     da Universidade São Judas Tadeu, ano III, n. 10, p.      Negócios, [S.l.: s.n.], ano 2, jul.-set. 2001.
     203-205, ago. 1997.                                      Disponível      em:     <http://www.terravista.pt/
                                                              enseada/5831/index.html>. Acesso em: 25 jul.
     CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo:                 2002.
     Cultrix, 1982.




20                      Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. x-x, janeiro/março 2004
Humanização, relacionamento interpessoal e ética


VERGARA, S. C.; BRANCO, P. D. Empresa
humanizada: a organização necessária e possível.
Revista de Administração de Empresas, São Paulo:
FGV, v. 41, n. 2, p. 20-30, abr.-jun. 2001.

VIVAN, A. M.; MIRANDA, C. R.; MORO, C.
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subordinados em relação ao trabalho. Caderno de
Pesquisas em Administração, São Paulo:
PPGA/FEA/USP, v. 1, n. 8, p. 1-17, jan.-mar. 1999.

ZOBOLI, E. L. C. P. A ética nas organizações.
Reflexão: a ética nas organizações. São Paulo:
Instituto Ethos, ano 2, n. 4, p. 5-18, mar. 2001.
Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/
conceitos_praticas/publicacoes/reflexao/index.shtml
>. Acesso em: 16 ago. 2002.


7.   OBRAS CONSULTADAS

CAMPOS, D. L. de. Ética, direito e ética
empresarial. In: MARTINS, I. G. (Coord.). Ética no
direito   e      na   economia.     São     Paulo:
Pioneira/Academia Internacional de Direito e
Economia, 1999. cap. XIII, p. 211-216.




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Humanização e ética na administração

  • 1. HUMANIZAÇÃO, RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E ÉTICA TUTORIAL Wellington Soares da Costa Bacharel em Administração (CRA/BA 6028), Especialista em Gestão e Recebido em: 12/03/2003 Desenvolvimento de Seres Humanos, Graduando em Direito e Servidor Aprovado em: 08/06/2003 Público do INSS. E-mail: wsc333@hotmail.com RESUMO Este artigo propõe-se a análise de três temas referentes à Administração: 1) humanização; 2) relacionamento interpessoal; 3) ética. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica e o objetivo é demonstrar a necessidade dessa discussão para que a dignidade das pessoas seja respeitada. Palavras-chave: humanização, relacionamento interpessoal, ética. ABSTRACT Three aspects of management are analyzed, humanization, interpersonal relationships and ethics. Bibliographic research was used to demonstrate the need of this discussion so as to encourage people to value human dignity. Key words: humanization, interpersonal relationships, ethics. 1. INTRODUÇÃO Tem-se falado em humanização no ambiente de trabalho. Mas o que é humanização e para que serve? Humanizar significa respeitar o trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser humano. Significa valorizá-lo em razão da dignidade que lhe é intrínseca. Isso apresenta vários desdobramentos. Por exemplo, o relacionamento interpessoal1 –necessidade social, conforme MASLOW (2000), ou fator higiênico2, segundo a teoria herzbergiana – deve se pautar pelo diálogo, sem o qual as relações entre os indivíduos resvala para conflitos vários3. A dignidade jamais deve ser esquecida ou colocada em segundo plano. A prática da humanização deve ser observada ininterruptamente. O comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização, uma vez que ser ético é preocupar-se com a felicidade pessoal e coletiva. 1 Tem competência interpessoal quem saber ouvir o outro e colocar-se no lugar desse outro a fim de compreendê-lo. Em relação a isso, CARAVANTES (2002: 99) posiciona-se no sentido de que uma das características fundamentais do administrador excelente é “5. Competência interpessoal, pois se o produto de seu trabalho visa o homem e é feito através de pessoas, ele deve desenvolver sua capacidade de relacionamento com seus superiores, pares e subordinados, chegando ao ponto de empatia, isto é, ser capaz de colocar- se em lugar daqueles com quem se relaciona e pensar e sentir como eles”. 2 Em conformidade à teoria herzbergiana, o fator higiênico, em si mesmo, não garante a motivação, conquanto a sua ausência constitua desmotivação certa. 3 Só há dialogicidade quando os sujeitos se respeitam. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. 17-21, janeiro/março 2004
  • 2. Wellington Soares da Costa Numa sociedade em que, em geral, valores4 ético- equipe coesa em que o maior beneficiado será ele morais são vilipendiados, é urgente a necessidade mesmo com melhoria em sua qualidade de vida, de se humanizarem as organizações. Estas não relacionamentos com os pares e, principalmente, o devem perder de vista a razão maior graças à qual cliente que sentirá isso quando adquirir o produto ou serviço da empresa gerando a fidelização que tanto se se dá a sua criação: a promoção humana em todos e busca. O melhor negócio de uma organização ainda se quaisquer aspectos (não somente os econômico- chama gente, e ver gente integrada na organização financeiros e tecno-científicos), até mesmo, e como matéria-prima principal também é lucro, além principalmente, sob a ótica coletiva. de ser um fator primordial na geração de resultados. MORGAN (1996: 142) diz que “a natureza 2. HUMANIZAÇÃO verdadeiramente humana das organizações é a necessidade de construí-la em função das pessoas e O desenvolvimento científico-tecnológico tem não das técnicas”. levado muitas organizações a buscar de forma desenfreada o lucro econômico-financeiro à custa O PAPA JOÃO PAULO II apud MASLOW da necessária valorização real do homem, (2000: 61) assevera que: notadamente dos indivíduos que nelas trabalham. O propósito da empresa não é simplesmente lucrar, Paradoxalmente, até mesmo organizações cujo lucro mas ser vista em sua base como uma comunidade de visado não é econômico-financeiro resvalam para pessoas que, de várias formas, estão se esforçando isso. para satisfazer suas necessidades básicas e que formam um grupo particular no serviço de toda a A cultura predominante nessas instituições sociedade. O lucro é um regulador da vida de um caracteriza-se por considerar as pessoas meros negócio, mas não é o único regulador; outros fatores, recursos que devem contribuir para o alcance dos humanos e morais, também devem ser considerados, objetivos organizacionais. Relegam a abordagem pois, a longo prazo, serão igualmente importantes para sistêmica, que estuda o homem como uma a vida do negócio. totalidade e não apenas como profissional cuja vida A empresa humanizada, consoante VERGARA e deveria se restringir ao ambiente de trabalho. O BRANCO (2001: 20), é: relacionamento interpessoal saudável, por exemplo, às vezes não encontra guarida no âmbito [...] aquela que [...] agrega outros valores que não organizacional, gerando os mais diversos conflitos somente a maximização do retorno para os acionistas. Nesse sentido, são mencionadas empresas que, no e, portanto, “desumanizando” as organizações. A âmbito interno, promovem a melhoria na qualidade de desconsideração dos valores humanos e da ética vida e de trabalho, visando à construção de relações também são exemplos de realidades mais democráticas e justas, mitigam as desigualdades “desumanizadoras”. e diferenças de raça, sexo ou credo [e não apenas em ROMÃO (2002) registra: tais aspectos], além de contribuírem para o desenvolvimento e crescimento das pessoas. Mas, o pior de tudo isso [o autor faz referência à reengenharia, à terceirização e à globalização como Discutir a humanização no ambiente de trabalho modismos, dentre outros que ele relaciona] foi o fruto é impostergável, e a efetiva vivência num ambiente gerado: a desvalorização do ser humano, que organizacional cujos valores maiores incluam a participou desses processos, tentando ajudar sua humanização trará grandes benefícios para os empresa, e hoje é descartado, como se somente indivíduos, as organizações e a sociedade em geral. números pudessem indicar lucros, e ótimos resultados fossem o melhor diagnóstico de um negócio. Hoje temos que nos preparar para viver a era emocional, 3. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL onde a empresa tem de mostrar ao colaborador que ele é necessário como profissional, e antes de qualquer As relações interpessoais tiveram como um de coisa que é um ser humano com capacidades que seus primeiros pesquisadores o psicólogo Kurt agregadas à produção da empresa, formarão uma Lewin. MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma que ele chegou à constatação de que “A 4 Efetiva é a organização que, além de eficaz, agrega valores à produtividade de um grupo e sua eficiência estão sua atuação. estreitamente relacionadas não somente com a 18 Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 10, nº 4, p. 17-21, outubro/dezembro 2003
  • 3. Humanização, relacionamento interpessoal e ética competência de seus membros, mas sobretudo com imprescindível na pauta das discussões, porque, a solidariedade de suas relações interpessoais”. dentre as necessidades do homem contemporâneo, a necessidade ética desponta como uma das mais Schutz, um outro psicólogo, trata de uma teoria prementes. das necessidades interpessoais: necessidade de ser aceito pelo grupo, necessidade de responsabilizar-se A intrincada teia de relacionamentos integra a pela existência e manutenção do grupo, necessidade vida do ser humano, tornando inafastável a de ser valorizado pelo grupo. Tais necessidades necessidade da discussão sobre ética, porque “A formam a tríade de que fala MAILHIOT (1976: 67), dimensão ética começa quando entra em cena o quando este faz referência aos estudos de Schutz: outro. Toda lei, moral ou jurídica, regula relações necessidades de inclusão, controle e afeição, interpessoais, inclusive aquelas com um Outro que a respectivamente. impõe.” (ECO, 2002: 9). Ao discorrer acerca da humanização no ambiente Consoante ZOBOLI (2002: 8): “[...] uma vez que de trabalho, COSTA (2002: 21) aponta as relações a empresa, enquanto uma organização social, deve interpessoais como um dos elementos que dar conta de funções que a sociedade dela espera e contribuem para a formação do relacionamento real exige assumindo suas responsabilidades neste na organização: âmbito, ela está obrigada a tomar decisões com É mister observar a operação real da organização, aqui implicações éticas”. Daí ser possível afirmar que “a incluídas as relações interpessoais, que constituem a empresa que busca somente os resultados ou as sua seiva vital. Os elementos formais (estrutura vantagens imediatas é suicida, a responsabilidade a administrativa) e informais (relacionamento humano, largo prazo é uma necessidade de sobrevivência e que emerge das experiências do dia-a-dia) integram-se neste aspecto a ética constitui um fator importante para produzir o padrão real de relacionamento humano para os ganhos. Por si só, a ética não é condição na organização: como o trabalho é verdadeiramente para um bom negócio, mas o propicia.” (ZOBOLI, executado e quais as regras comportamentais 2002: 8) implícitas que governam os contatos entre as pessoas – esta é a estrutura de contatos e comunicações A sociedade atual exige das empresas um humanas a partir da qual os problemas de política de comportamento ético – a esse propósito cita-se a pessoal e de tomada de decisões podem ser conscientização dos consumidores sobre a compreendidos e tratados pelos administradores. necessidade de defesa de seus direitos. Os autores são unânimes em reconhecer a grande CARAVANTES (2002: 71) afirma: importância do tema “relações interpessoais” tanto [...] a economia de mercado e o sistema econômico em para os indivíduos quanto para as organizações, que vivemos como que alijaram valores fundamentais relativamente à produtividade5, qualidade de vida ao convívio social: o bom cedeu lugar ao útil; o no trabalho6 e efeito sistêmico7. correto, ao funcional; o futuro, ao imediatismo; e o social, ao individualismo exacerbado. Nesse contexto, 4. ÉTICA há uma verdadeira inversão valorativa [...]. Antes que alguma mudança venha a ocorrer, há que se Evidencia-se a necessidade de serem observados repensar valores e atitudes hoje prevalentes, pelas organizações os atuais anseios da sociedade permitindo que o útil venha a se subordinar ao bom; a por uma atuação ética. Tal necessidade requer a especulação desenfreada ao trabalho honesto e sério; o conscientização de todos sobre a importância da personalismo ao social; a racionalidade funcional à ética na atualidade. Assim, o tema “ética” faz-se substantiva. Destaca-se a Carta de Princípios do Dirigente 5 Cristão de Empresa CE/UNIAPAC BRASIL, da Citam-se: KANAANE (1995: 47), HAMPTON (1990: 106 e 119), GLINA e ROCHA (2000: 59), CORREIA (2000: 16), Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa do BÓCCIA (1997: 204) e COSTA (2002: 20). Brasil, cujos seguintes princípios, entre outros, 6 Podem ser citados os seguintes autores: VIVAN, MIRANDA merecem ser transcritos: e MORO (1999: 4) e ISHIKAWA apud VIVAN, MIRANDA & 14 - Embora o desejo de lucro permaneça o estímulo MORO (1999: 4). da atividade econômica, o dirigente de empresa não 7 Citam-se: HAMPTON (1990: 111) e CAPRA (1982: 260). Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. 17-21, janeiro/março 2004 19
  • 4. Wellington Soares da Costa tem direito de sobrepô-lo ao dever de servir a CARAVANTES, G. R. O ser total: talentos sociedade a que pertence. [...] humanos para o novo milênio. 3. ed. Porto Alegre: 33 - O homem é o centro da vida econômica; AGE, 2002. negligenciá-lo será ofender a dignidade humana e votar a empresa ao malogro. [...] CORREIA, A. de C. Um instante de reflexão sobre o homem e o trabalho. Caderno de Pesquisas em 34 - Tal como as técnicas nela utilizadas estão ordenadas aos fins da empresa, assim os fins da Administração, São Paulo: PPGA/FEA/USP, v. 1, empresa estão subordinados ao homem. n. 11, p. 12-17, jan.-mar. 2000. (ASSOCIAÇÃO DE DIRIGENTES CRISTÃOS DE EMPRESA DO BRASIL, 2002) COSTA, W. S. Resgate da humanização no ambiente de trabalho. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo: PPGA/FEA/USP, v. 09, 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS n. 2, p. 13-23, abr.-jun. 2002. A análise da humanização, da ética e do ECO, U. Quando o outro entra em cena, nasce a relacionamento interpessoal permite perceber ética. Reflexão: diálogo sobre a ética. São Paulo: facilmente os pontos de contato entre esses temas e Instituto Ethos, ano 3, n. 6, p. 8-13, fev. 2002. a necessidade imperiosa de ser respeitada Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/ ininterruptamente a dignidade de todas as pessoas, conceitos_praticas/publicacoes/reflexao/index.shtml incluindo-se os trabalhadores, dos quais sempre é >. Acesso em: 12 ago. 2002. exigido alto grau de produtividade sem que, em contrapartida, se dispense a eles um tratamento GLINA, D. M. R.; ROCHA, L. E. Prevenção para a adequado. É preciso lembrar que uma das maiores saúde mental no trabalho. In: _____. Saúde mental exigências sociais na atualidade, no campo dos no trabalho: desafios e soluções. São Paulo: Editora negócios públicos e privados, é a vivência irrestrita VK, 2000. cap. 2 de valores não hedonistas, voltados para o bem- estar da coletividade e que têm o ser humano como HAMPTON, D. R. Os grupos nas organizações. In: a maior e incalculável riqueza de uma sociedade. _____. Administração: comportamento As implicações daí decorrentes devem ser organizacional. São Paulo: McGRaw-Hill, 1990. profundas na escala de valores individuais, cap. 3, p. 98-148. organizacionais e sociais, de sorte que a cidadania no âmbito das organizações não seja vilipendiada, KANAANE, R. Comportamento humano nas mas preservada, estimulada e promovida. organizações: o homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1995. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos. 3. ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1976. ASSOCIAÇÃO DE DIRIGENTES CRISTÃOS DE EMPRESA DO BRASIL. Carta de Princípios do MASLOW, A. H. Maslow no gerenciamento. Rio Dirigente Cristão de Empresa CE/UNIAPAC de Janeiro: Qualitymark, 2000. Brasil. Disponível em: <http://www.adce.org.br/ cartprin.html>. Acesso em: 13 set. 2002. MORGAN, G. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996. BÓCCIA, M. de M. A inteligência emocional no contexto organizacional. Integração: ensino, ROMÃO, C. Empresa socialmente humanizada. pesquisa, extensão, São Paulo: Centro de Pesquisa Acadêmica – Revista Virtual de Administração e da Universidade São Judas Tadeu, ano III, n. 10, p. Negócios, [S.l.: s.n.], ano 2, jul.-set. 2001. 203-205, ago. 1997. Disponível em: <http://www.terravista.pt/ enseada/5831/index.html>. Acesso em: 25 jul. CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo: 2002. Cultrix, 1982. 20 Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. x-x, janeiro/março 2004
  • 5. Humanização, relacionamento interpessoal e ética VERGARA, S. C.; BRANCO, P. D. Empresa humanizada: a organização necessária e possível. Revista de Administração de Empresas, São Paulo: FGV, v. 41, n. 2, p. 20-30, abr.-jun. 2001. VIVAN, A. M.; MIRANDA, C. R.; MORO, C. Análise das expectativas dos níveis de chefia e seus subordinados em relação ao trabalho. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo: PPGA/FEA/USP, v. 1, n. 8, p. 1-17, jan.-mar. 1999. ZOBOLI, E. L. C. P. A ética nas organizações. Reflexão: a ética nas organizações. São Paulo: Instituto Ethos, ano 2, n. 4, p. 5-18, mar. 2001. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/ conceitos_praticas/publicacoes/reflexao/index.shtml >. Acesso em: 16 ago. 2002. 7. OBRAS CONSULTADAS CAMPOS, D. L. de. Ética, direito e ética empresarial. In: MARTINS, I. G. (Coord.). Ética no direito e na economia. São Paulo: Pioneira/Academia Internacional de Direito e Economia, 1999. cap. XIII, p. 211-216. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. 17-21, janeiro/março 2004 21