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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-
UFSM-UDESSM
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR(A) SUBSTITUTO
ADMINISTRAÇÃO GERAL
GESTÃO DA
QUALIDADE
Silveira Martins, 18 de fevereiro de 2016
Candidata: Dra. Giovana Noskoski Bianchini
Sumário
1 – Introdução
2 - Conceito de qualidade
3 - Histórico da qualidade
3.1 - Era da inspeção
3.2 - Era do controle estatístico da qualidade
3.3 - Era da Garantia da Qualidade
3.4 - Era da Gestão da Qualidade Total
3.3.1- A quantificação dos custos da Qualidade
3.3.2 - O controle total da Qualidade
3.3.3 - As técnicas de confiabilidade
3.3.4 - O programa Zero Defeitos
4 - Inter relação das quatro Eras da qualidade
Conclusão
Bibliografia
1 - Introdução
Ao longo da história o homem sempre
procurou o que mais se adequasse às suas
necessidades.
Para que se melhor compreenda a evolução
do conceito Qualidade e de Gestão da
Qualidade é importante que as mesmas
sejam analisadas a partir de sua origem,
para então compreendermos a trilha de
evolução da Qualidade no mundo.
2 - Conceito de qualidade
O conceito de Qualidade é definido de forma
individual — a percepção de quem analisa a
qualidade pode ser diferente em relação aos
mesmos produtos ou serviços, em função das
necessidades, experiências e expectativas de
cada um.
3 - Histórico da qualidade
Divide-se em quatro “Eras”
3.1 - Era da inspeção Final do século XVIII e
início do século XIX
Qualidade com foco no
produto
3.2 - Era do controle
estatístico da qualidade
Década de 1930 Qualidade com foco no
processo
3.3 - Era da Garantia da
Qualidade
Durante a 2ª Guerra
Mundial
Qualidade com foco no
sistema
3.4 - Era da Gestão da
Qualidade Total
Final da década de 70 Qualidade com foco
no negócio
Fonte: Elaborado pela autora, 2016
Conforme Moreira(2002), a atividade produtiva era artesanal e em pequena
escala. Os artesãos eram os responsáveis pela construção de qualquer
produto, por todas as etapas da produção e por sua qualidade final.
3.1 - Era da inspeção Final do século XVIII e
início do século XIX
Qualidade com foco no
produto
1ª Era:
Fonte: Google images
• A partir da Revolução Industrial (séc. XVIII
e XIX), a customização dos produtos é
substituída pela padronização e inicia-
se a produção em larga escala.
• É nesse período que também ocorre a
substituição:
Ferramentas Máquinas
Energia humana Energia motriz
Produção doméstica Sistema fabril
Fonte: Elaborado pela autora, 2016
No início do século XX, o engenheiro e executivo Frederick W.
Taylor publicou os Princípios da Administração Científica e
G.S. Radford, com a publicação do seu livro The Control of
Quality in Manufacturing, legitimaram a função do inspetor
conferindo a ele a responsabilidade pela qualidade dos
produtos.
Efeitos indesejáveis devido à ênfase dada pela alta gerência à produtividade.
Supervisores e operários priorizaram a produtividade e a inspeção estava centrada
somente no produto. A alta direção se distanciou da função qualidade, ficando
cada vez menos informada sobre o assunto. CAMPOS(2004).
Fonte: Google images
Nesse período, foi criado por Henry Ford um sistema
de medidas padronizadas para todas as peças de
sua fábrica de automóveis, eliminando o problema do
“erro dimensional”.
Nessa época o foco do controle de qualidade ainda era a inspeção, e ainda eram
desprezados os conhecimentos das necessidades do cliente e a participação do
trabalhador. Com o crescimento da produção, o modelo baseado na inspeção 100%
torna-se caro e ineficaz. CAMPOS(2004).
Fonte: Google images
• Conforme Slack; Chambers; Johnston (2002), ao
publicar, em 1931, o "Economic Control of Quality of
Manufactured Product", W. Shewart forneceu um
método preciso e mensurável para definição do controle
do processo, estabelecendo princípios para monitorar e
avaliar a produção.
3.3 - Era do controle
estatístico da qualidade
Década de 1930 (a partir) Qualidade com foco no
processo
Fonte: Google images
Deming (início dos anos 50) definiu QUALIDADE como
conformidade de um produto com as especificações
técnicas que lhe foram atribuídas.
Fonte: Google images
A sua experiência com a implementação
de técnicas de qualidade dizia-lhe que
não era suficiente envolver os
trabalhadores da área de produção na
aplicação destas técnicas, tinha que
envolver também a gestão.
Fonte: Google images
Assim, a filosofia da qualidade para
Deming é expressa através de 14
princípios:
• 1. Criar na organização um propósito
constante direcionado à melhoria de
produtos e serviços;
• 2. Criar um clima organizacional onde
falhas e negativismo são encarados como
oportunidades de melhoria.
• 3. Terminar a dependência da inspeção em
massa para garantir conformidade;
desenhar produtos e processos com
qualidade intrínseca;
• 4.Desenvolver relações de longo prazo com
fornecedores;
• 5. Procurar a melhoria contínua do processo
produtivo, melhorando a qualidade e
reduzindo os custos.
• 6. Instituir um programa de treino e
formação;
• 7. Substituir a supervisão pela liderança em
todos os níveis hierárquicos;
• 8. Criar um clima de confiança;
• 9. Eliminar barreiras entre áreas funcionais
na empresa;
• 10. Eliminar slogans que exortam
aumentos de produtividade;
• 11. Terminar com a prática de gestão por
objetivos e quotas de trabalho;
• 12. Eliminar barreiras que impedem os
colaboradores de sentirem orgulho no seu
trabalho;
• 13. Implementar técnicas de controle
estatístico da qualidade ao nível dos
operadores e
• 14. Envolver todos os colaboradores no
processo de transformação da
organização.
• Os quatro principais movimentos que
compõem esta Era são:
3.3.1- A quantificação dos custos da Qualidade;
3.3.2 - O controle total da Qualidade;
3.3.3 - As técnicas de confiabilidade;
3.3.4 - O programa Zero Defeitos.
3.3 - Era da Garantia
da Qualidade
Durante a 2ª Guerra
Mundial
Qualidade com foco no
sistema
3ª Era
• Tal como Deming,
Juran teve um forte
impacto no pensamento
japonês sobre sistemas
de qualidade.
• JURAN definiu
qualidade em termos
da adequação de um
produto à sua
utilização pretendida.
3.3.1 - A quantificação dos custos da Qualidade
Fonte: Google images
• Juran, que definiu a qualidade em termos da adequação de
um produto à sua utilização pretendida, centrou seus
estudos sobre os “Custos da Qualidade”, agrupados em
quatro aspectos:
CustosdaQualidade
FALHA
INTERNA
FALHA
EXTERNA
PREVENÇÃO
INSPEÇÃO
Fonte: Elaborado pela autora, 2016
a)-FALHA INTERNA: custos de produção
defeituosa antes de chegar ao cliente:
• Desperdício: trabalho e materiais empregues na
produção de produtos com defeito.
• Reelaboração: correção de produção defeituosa.
• Reteste: inspeção e teste de produtos que foram
reelaborados.
• Paragem: tempo de paragem de equipamento
não programada.
• Reciclagem: o que fazer a produtos com defeito.
b) FALHA EXTERNA: clientes recebem produtos
defeituosos. Este tipo de custos é difícil de
quantificar e tende a ser subestimado:
• Reclamações: investigar e resolver queixas dos
clientes.
• Devoluções: receber e substituir produtos
defeituosos.
• Custos de garantia: manter e respeitar serviço
de garantia.
• Perda de negócio no futuro.
c) PREVENÇÃO: custos associados à prevenção de
falhas de qualidade:
• Design: avaliar e modificar o design de produtos, testar
novos produtos e processos.
• Treino e formação: programas de formação em
qualidade.
• Controle do processo: recolher dados, desenvolver e
manter o sistema, analisar os dados.
• Reporte: distribuir informação a colaboradores.
d) INSPEÇÃO: custos com inspeção e teste antes do
produto ser enviado ao cliente:
• Inspeção de materiais: na recepção ou antes de
incorporar no processo.
• Inspeção final e teste.
• Equipamento de teste: manutenção e calibragem
de equipamento.
• Materiais e serviços: utilização ou destruição
produtos ou serviços na fase de inspeção.
• Avaliação de estoques: teste aos produtos para
avaliar estragos ou deterioração.
3.3.2 - O Controle Total da Qualidade - TQC
• Em 1956, Armand Feigenbaum propôs a expressão
"controle da qualidade total“: a qualidade resulta de um
esforço de todos os indivíduos que colaboram com uma
organização e não de apenas um grupo de projeto.
• Segundo Corrêa & Corrêa (2006), é o que se caracteriza
como visão sistêmica, cujo objetivo básico era o de prover
um controle preventivo, desde o início do projeto dos
produtos até seu fornecimento aos clientes;
Fonte: Google images
• A gestão da qualidade total, como ficou
conhecida essa nova filosofia gerencial, marcou
o deslocamento da análise do produto ou
serviço para a concepção de um sistema da
qualidade.
• A qualidade deixou de ser um aspecto do
produto e responsabilidade apenas de
departamento específico, e passou a ser um
problema da gestão da empresa, abrangendo,
como tal, todos os aspectos de sua operação.
3.3.3 - As Técnicas de Confiabilidade
• No desenvolvimento das técnicas de confiabilidade, onde as
teorias de probabilidade e estatística foram estudadas mais
profundamente, o objetivo foi o de evitar falhas do produto ao
longo do seu uso.
• As indústrias aeroespacial, eletrônica e militar foram as
propulsoras destas técnicas.
Fonte: Google images
Phillip CROSBY contribuiu para a teoria da qualidade ao
defender o conceito de zero defeitos ou produção sem
defeito.
Fonte: Google images
Conforme Contador (1998), para Crosby os custos de prevenção sempre seriam
inferiores aos custos de detecção, correção e falhas.
3.3.4 - O programa Zero Defeitos
• Kaoru Ishikawa reside no desenvolvimento de
um conjunto de ferramentas da qualidade, entre
as quais o diagrama de causa-efeito.
• O diagrama de causa-efeito procura chegar à
raiz de uma falha de qualidade explorando as
causas primárias do problema, causas de
causas primárias e assim sucessivamente.
Fonte: Google images
Fonte: Google images
Legenda:
I - Era da Inspeção - Foco no Produto - Final do século XVIII e início do século XIX
CEQ - Era do Controle Estatístico da Qualidade - Foco no Processo - Década de 1930 (a partir)
GQ - Era da Garantia da Qualidade – Foco no Sistema - Durante a 2ª Guerra Mundial
TQM - Era da Gestão da Qualidade Total – Foco no Negócio - Final da década de 70
4 - Inter relação das quatro Eras da qualidade
Fonte: Barçante, 1995
Conclusão
A nível do processo de gestão de qualidade, e apesar das
diferenças entre os seus contributos, todos os gurus
realçam um conjunto de elementos que se tornaram pilares
para a Gestão da Qualidade;
O passo mais importante para uma organização empenhada
em melhorar a qualidade é passar da formulação da visão
da qualidade restrita a análise do produto, para a
constituição de equipes da qualidade e planejamento da
qualidade para a implementação de uma gestão da
qualidade inserida no planejamento estratégico da
organização.
BARÇANTE, L. C. & CASTRO, G. C. Ouvindo a Voz do Cliente
Interno, p. 9. Rio de Janeiro: QualityMark, 1995.
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: controle da qualidade total (no estilo
japonês). Belo Horizonte: FDG, 2004.
CONTADOR,J.C.Gestão de operações. 2ª Ed.São Paulo: Edgard
Blücher Ltda.,1998.
CORRÊA,H.L.;CORRÊA,C.A. Administração de produção e
operações: manufatura e serviços uma abordagem estratégica. São
Paulo: Atlas, 2006;
MOREIRA,D.A.Administração da produção e operações.São Paulo:
Pioneira, 2002;
SLACK,N.; CHAMBERS,S.; JOHNSTON,R. Administração da
produção.2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002
Bibliografia
Para a próxima aula:
• Ciclo PDCA;
• Ciclos de qualidade (Ishikawa)
• Noções iniciais sobre a ISO 9000;

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UFSM concurso qualidade histórico

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA- UFSM-UDESSM CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR(A) SUBSTITUTO ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DA QUALIDADE Silveira Martins, 18 de fevereiro de 2016 Candidata: Dra. Giovana Noskoski Bianchini
  • 2. Sumário 1 – Introdução 2 - Conceito de qualidade 3 - Histórico da qualidade 3.1 - Era da inspeção 3.2 - Era do controle estatístico da qualidade 3.3 - Era da Garantia da Qualidade 3.4 - Era da Gestão da Qualidade Total 3.3.1- A quantificação dos custos da Qualidade 3.3.2 - O controle total da Qualidade 3.3.3 - As técnicas de confiabilidade 3.3.4 - O programa Zero Defeitos 4 - Inter relação das quatro Eras da qualidade Conclusão Bibliografia
  • 3. 1 - Introdução Ao longo da história o homem sempre procurou o que mais se adequasse às suas necessidades. Para que se melhor compreenda a evolução do conceito Qualidade e de Gestão da Qualidade é importante que as mesmas sejam analisadas a partir de sua origem, para então compreendermos a trilha de evolução da Qualidade no mundo.
  • 4. 2 - Conceito de qualidade O conceito de Qualidade é definido de forma individual — a percepção de quem analisa a qualidade pode ser diferente em relação aos mesmos produtos ou serviços, em função das necessidades, experiências e expectativas de cada um.
  • 5. 3 - Histórico da qualidade Divide-se em quatro “Eras” 3.1 - Era da inspeção Final do século XVIII e início do século XIX Qualidade com foco no produto 3.2 - Era do controle estatístico da qualidade Década de 1930 Qualidade com foco no processo 3.3 - Era da Garantia da Qualidade Durante a 2ª Guerra Mundial Qualidade com foco no sistema 3.4 - Era da Gestão da Qualidade Total Final da década de 70 Qualidade com foco no negócio Fonte: Elaborado pela autora, 2016
  • 6. Conforme Moreira(2002), a atividade produtiva era artesanal e em pequena escala. Os artesãos eram os responsáveis pela construção de qualquer produto, por todas as etapas da produção e por sua qualidade final. 3.1 - Era da inspeção Final do século XVIII e início do século XIX Qualidade com foco no produto 1ª Era: Fonte: Google images
  • 7. • A partir da Revolução Industrial (séc. XVIII e XIX), a customização dos produtos é substituída pela padronização e inicia- se a produção em larga escala. • É nesse período que também ocorre a substituição: Ferramentas Máquinas Energia humana Energia motriz Produção doméstica Sistema fabril Fonte: Elaborado pela autora, 2016
  • 8. No início do século XX, o engenheiro e executivo Frederick W. Taylor publicou os Princípios da Administração Científica e G.S. Radford, com a publicação do seu livro The Control of Quality in Manufacturing, legitimaram a função do inspetor conferindo a ele a responsabilidade pela qualidade dos produtos. Efeitos indesejáveis devido à ênfase dada pela alta gerência à produtividade. Supervisores e operários priorizaram a produtividade e a inspeção estava centrada somente no produto. A alta direção se distanciou da função qualidade, ficando cada vez menos informada sobre o assunto. CAMPOS(2004). Fonte: Google images
  • 9. Nesse período, foi criado por Henry Ford um sistema de medidas padronizadas para todas as peças de sua fábrica de automóveis, eliminando o problema do “erro dimensional”. Nessa época o foco do controle de qualidade ainda era a inspeção, e ainda eram desprezados os conhecimentos das necessidades do cliente e a participação do trabalhador. Com o crescimento da produção, o modelo baseado na inspeção 100% torna-se caro e ineficaz. CAMPOS(2004). Fonte: Google images
  • 10. • Conforme Slack; Chambers; Johnston (2002), ao publicar, em 1931, o "Economic Control of Quality of Manufactured Product", W. Shewart forneceu um método preciso e mensurável para definição do controle do processo, estabelecendo princípios para monitorar e avaliar a produção. 3.3 - Era do controle estatístico da qualidade Década de 1930 (a partir) Qualidade com foco no processo Fonte: Google images
  • 11. Deming (início dos anos 50) definiu QUALIDADE como conformidade de um produto com as especificações técnicas que lhe foram atribuídas. Fonte: Google images
  • 12. A sua experiência com a implementação de técnicas de qualidade dizia-lhe que não era suficiente envolver os trabalhadores da área de produção na aplicação destas técnicas, tinha que envolver também a gestão. Fonte: Google images
  • 13. Assim, a filosofia da qualidade para Deming é expressa através de 14 princípios: • 1. Criar na organização um propósito constante direcionado à melhoria de produtos e serviços; • 2. Criar um clima organizacional onde falhas e negativismo são encarados como oportunidades de melhoria.
  • 14. • 3. Terminar a dependência da inspeção em massa para garantir conformidade; desenhar produtos e processos com qualidade intrínseca; • 4.Desenvolver relações de longo prazo com fornecedores; • 5. Procurar a melhoria contínua do processo produtivo, melhorando a qualidade e reduzindo os custos.
  • 15. • 6. Instituir um programa de treino e formação; • 7. Substituir a supervisão pela liderança em todos os níveis hierárquicos; • 8. Criar um clima de confiança; • 9. Eliminar barreiras entre áreas funcionais na empresa;
  • 16. • 10. Eliminar slogans que exortam aumentos de produtividade; • 11. Terminar com a prática de gestão por objetivos e quotas de trabalho; • 12. Eliminar barreiras que impedem os colaboradores de sentirem orgulho no seu trabalho;
  • 17. • 13. Implementar técnicas de controle estatístico da qualidade ao nível dos operadores e • 14. Envolver todos os colaboradores no processo de transformação da organização.
  • 18. • Os quatro principais movimentos que compõem esta Era são: 3.3.1- A quantificação dos custos da Qualidade; 3.3.2 - O controle total da Qualidade; 3.3.3 - As técnicas de confiabilidade; 3.3.4 - O programa Zero Defeitos. 3.3 - Era da Garantia da Qualidade Durante a 2ª Guerra Mundial Qualidade com foco no sistema 3ª Era
  • 19. • Tal como Deming, Juran teve um forte impacto no pensamento japonês sobre sistemas de qualidade. • JURAN definiu qualidade em termos da adequação de um produto à sua utilização pretendida. 3.3.1 - A quantificação dos custos da Qualidade Fonte: Google images
  • 20. • Juran, que definiu a qualidade em termos da adequação de um produto à sua utilização pretendida, centrou seus estudos sobre os “Custos da Qualidade”, agrupados em quatro aspectos: CustosdaQualidade FALHA INTERNA FALHA EXTERNA PREVENÇÃO INSPEÇÃO Fonte: Elaborado pela autora, 2016
  • 21. a)-FALHA INTERNA: custos de produção defeituosa antes de chegar ao cliente: • Desperdício: trabalho e materiais empregues na produção de produtos com defeito. • Reelaboração: correção de produção defeituosa. • Reteste: inspeção e teste de produtos que foram reelaborados. • Paragem: tempo de paragem de equipamento não programada. • Reciclagem: o que fazer a produtos com defeito.
  • 22. b) FALHA EXTERNA: clientes recebem produtos defeituosos. Este tipo de custos é difícil de quantificar e tende a ser subestimado: • Reclamações: investigar e resolver queixas dos clientes. • Devoluções: receber e substituir produtos defeituosos. • Custos de garantia: manter e respeitar serviço de garantia. • Perda de negócio no futuro.
  • 23. c) PREVENÇÃO: custos associados à prevenção de falhas de qualidade: • Design: avaliar e modificar o design de produtos, testar novos produtos e processos. • Treino e formação: programas de formação em qualidade. • Controle do processo: recolher dados, desenvolver e manter o sistema, analisar os dados. • Reporte: distribuir informação a colaboradores.
  • 24. d) INSPEÇÃO: custos com inspeção e teste antes do produto ser enviado ao cliente: • Inspeção de materiais: na recepção ou antes de incorporar no processo. • Inspeção final e teste. • Equipamento de teste: manutenção e calibragem de equipamento. • Materiais e serviços: utilização ou destruição produtos ou serviços na fase de inspeção. • Avaliação de estoques: teste aos produtos para avaliar estragos ou deterioração.
  • 25. 3.3.2 - O Controle Total da Qualidade - TQC • Em 1956, Armand Feigenbaum propôs a expressão "controle da qualidade total“: a qualidade resulta de um esforço de todos os indivíduos que colaboram com uma organização e não de apenas um grupo de projeto. • Segundo Corrêa & Corrêa (2006), é o que se caracteriza como visão sistêmica, cujo objetivo básico era o de prover um controle preventivo, desde o início do projeto dos produtos até seu fornecimento aos clientes; Fonte: Google images
  • 26. • A gestão da qualidade total, como ficou conhecida essa nova filosofia gerencial, marcou o deslocamento da análise do produto ou serviço para a concepção de um sistema da qualidade. • A qualidade deixou de ser um aspecto do produto e responsabilidade apenas de departamento específico, e passou a ser um problema da gestão da empresa, abrangendo, como tal, todos os aspectos de sua operação.
  • 27. 3.3.3 - As Técnicas de Confiabilidade • No desenvolvimento das técnicas de confiabilidade, onde as teorias de probabilidade e estatística foram estudadas mais profundamente, o objetivo foi o de evitar falhas do produto ao longo do seu uso. • As indústrias aeroespacial, eletrônica e militar foram as propulsoras destas técnicas. Fonte: Google images
  • 28. Phillip CROSBY contribuiu para a teoria da qualidade ao defender o conceito de zero defeitos ou produção sem defeito. Fonte: Google images Conforme Contador (1998), para Crosby os custos de prevenção sempre seriam inferiores aos custos de detecção, correção e falhas. 3.3.4 - O programa Zero Defeitos
  • 29. • Kaoru Ishikawa reside no desenvolvimento de um conjunto de ferramentas da qualidade, entre as quais o diagrama de causa-efeito. • O diagrama de causa-efeito procura chegar à raiz de uma falha de qualidade explorando as causas primárias do problema, causas de causas primárias e assim sucessivamente. Fonte: Google images
  • 31. Legenda: I - Era da Inspeção - Foco no Produto - Final do século XVIII e início do século XIX CEQ - Era do Controle Estatístico da Qualidade - Foco no Processo - Década de 1930 (a partir) GQ - Era da Garantia da Qualidade – Foco no Sistema - Durante a 2ª Guerra Mundial TQM - Era da Gestão da Qualidade Total – Foco no Negócio - Final da década de 70 4 - Inter relação das quatro Eras da qualidade Fonte: Barçante, 1995
  • 32. Conclusão A nível do processo de gestão de qualidade, e apesar das diferenças entre os seus contributos, todos os gurus realçam um conjunto de elementos que se tornaram pilares para a Gestão da Qualidade; O passo mais importante para uma organização empenhada em melhorar a qualidade é passar da formulação da visão da qualidade restrita a análise do produto, para a constituição de equipes da qualidade e planejamento da qualidade para a implementação de uma gestão da qualidade inserida no planejamento estratégico da organização.
  • 33. BARÇANTE, L. C. & CASTRO, G. C. Ouvindo a Voz do Cliente Interno, p. 9. Rio de Janeiro: QualityMark, 1995. CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: controle da qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte: FDG, 2004. CONTADOR,J.C.Gestão de operações. 2ª Ed.São Paulo: Edgard Blücher Ltda.,1998. CORRÊA,H.L.;CORRÊA,C.A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2006; MOREIRA,D.A.Administração da produção e operações.São Paulo: Pioneira, 2002; SLACK,N.; CHAMBERS,S.; JOHNSTON,R. Administração da produção.2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002 Bibliografia
  • 34. Para a próxima aula: • Ciclo PDCA; • Ciclos de qualidade (Ishikawa) • Noções iniciais sobre a ISO 9000;