O documento discute elementos geométricos da esfera terrestre, incluindo:
1) Paralelos são círculos menores paralelos ao Equador e meridianos são círculos máximos que dividem a Terra em hemisférios.
2) Formas tridimensionais como esferas descrevem a Terra.
2. Elementos geométricos da esfera
terrestre
Como se pode apreciar pelas figuras,
trata-se de:
q Formas tridimensionais - esferas
Portanto, os:
q Paralelos são círculos menores
paralelos ao Equador (círculo máximo
que divide a terra em dois hemisférios,
norte e sul)
q Meridianos são todos círculos
máximos (cada um deles divide a esfera
terrestre em dois hemisférios; só um é,
internacionalmente, considerado principal, o
de Greenwich que divide a Terra em
hemisfério ocidental e hemisfério oriental)
X SAIR GEOGRAFIA
http://slideplayer.com.br/slide/287452/
3. Oscilação do Atlântico Norte
q É o principal modo de variabilidade da
circulação atmosférica do Atlântico Norte
q É um índice que mede a diferença de
pressão à superfície entre os centros de
altas pressões subtropicais, como o
anticiclone dos Açores, e os centros de
baixas pressões subpolares, como a
depressão da Islândia
q Provoca um impacto vasto sobre uma
multiplicidade de elementos climáticos,
em especial a precipitação,
principalmente no período invernal
(novembro a março) na Península
Ibérica, e, necessariamente, sobre o
regime fluvial dos rios na península.
http://w w w.ldeo.colum bia.edu/res/pi/N A O /
http://visao.sapo.pt/am biente/clim a/a-autoestrada-das-tem pestades=f770159
NAO positiva – diferença de pressão entre os dois centro
superior à média – origina invernos mais frios e secos e caudais
mais reduzidos.
NAO negativa – diferença de pressão entre os dois centros
inferior à média – origina invernos mais amenos e chuvosos e
caudais mais volumosos
4. 2017: um ano extremamente quente e extremamente seco em Portugal
Continental
O ano de 2017 foi extrem am ente seco e estará entre os 4 m ais secos desde
1931 (todos ocorreram depois de 2000), o valor m édio de precipitação total
anual será cerca de 60 % do norm al. O período de abril a dezem bro, com
anom alias de precipitação persistentem ente negativas, será o m ais seco
dos últim os 87 anos.
O ano de 2017 classifica-se com o extrem am ente quente e o valor de tem peratura
m édia do ar será cerca de +1.1 °C superior ao valor norm al correspondendo ao 2º
ano m ais quente desde 1931 (o m ais quente foi 1997). D e referir que os 5 anos
m ais quentes ocorreram nos últim os 30 anos.
A tem peratura m áxim a em 2017, cerca de +2.4 °C superior ao valor norm al, será
o valor m ais alto desde 1931... O valor m édio anual de tem peratura m ínim a estará
próxim o do norm al 1971-2000.Fonte:
B alanço C lim ático P relim inar do A no 2017 P ortugal C ontinental, IP M A
5. Eventos relevantes em 2017:
q 2º ano mais quente desde 1931 (o mais
quente foi em 1997). Os 5 anos mais
quentes ocorreram nos últimos 30 anos
q 3º valor médio de precipitação total anual
mais baixo desde 1931 (mais baixos em
2005 e 2007). Os 4 anos mais secos
desde 1931 ocorreram todos depois de
2003.
q Tempo frio em janeiro;
q Vento forte em fevereiro.
q Inundações no dia 11 de fevereiro no
sotavento Algarvio.
q Tempo extremamente quente em abril,
junho e outubro.
q Seca meteorológica entre abril e
dezembro.
q Época de incêndios florestais muito
severa.
Anomalias da Temperatura média e percentagem da
precipitação em relação à normal 1971-2000 (período
1931-2017)
O ano de 2017, em Portugal Continental, classificou-se
como extremamente quente e extremamente seco
6. A distribuição da precipitação é bastante
heterogénea. As regiões situadas a norte do
rio Tejo têm precipitações anuais superiores à
média do país, apresentando as regiões a sul
valores inferiores. As bacias hidrográficas dos
rios Minho e Lima apresentam os valores mais
elevados de precipitação anual média
(superiores a 2000 mm), enquanto a bacia
hidrográfica do rio Guadiana tem o valor de
precipitação anual média mais baixo, na
ordem de 580 mm.
A situação geográfica do território de Portugal
Continental é favorável à ocorrência de
episódios de seca, quase sempre associados
a situações meteorológicas de bloqueio em
que anticiclone subtropical do Atlântico Norte
se mantém numa posição que impede que as
perturbações da frente polar atinjam a
Península Ibérica.
Em Portugal ... a maior parte da água doce disponível encontra-se na
precipitação, na que escoa superficialmente através dos rios, na que se
infiltra (aquíferos) e na que está armazenada nas albufeiras.
7. Desde 1900 até ao censo de 2011
verificámos que:
q A população praticamente duplicou
passando de 5.4 para 10.6 milhões de
habitantes.
q Até meados do século XX o crescimento
da população foi generalizado.
q Entre 1911 e 1920 houve uma quebra
populacional devida aos efeitos da 1ª
Grande Guerra e a gripe pneumónica.
q Na segunda metade do século XX e nos
princípios do século XXI, o crescimento
quase se limita à zona litoral do País.
q Entre 1960 e 1970, a população diminuiu
em termos efetivos devido à forte
emigração e à reação dos jovens à guerra
no ultramar.
0
20 000 00
40 000 00
60 000 00
80 000 00
10 000 00 0
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20
11
Númerodehabitantes
Evolução da população total desde 1900
até 2011
8. q De 1900 a 1911 e de 1920 a 1950
praticamente todo o País cresceu em
termos populacionai
q A partir deste ano – 1950 - a evolução
da população portuguesa apresenta
um cenário bastante diferente.
q Embora o número total de habitantes
vá aumentando no País em quase
todos os censos (com uma exceção
pontual em 1970), verifica-se que
quase todos os distritos do interior,
designadamente os que se situam na
zona raiana, apresentam uma
significativa quebra populacional.
q Pelo contrário, a maioria dos distritos
do litoral registam ganhos
populacionais.
C rescim ento negativo C rescim ento positivo
J. Ferreira – censosdeportugal.blogspot.com
9. As projeções demográficas já realizadas
apontam para:
q Perda efetiva de população
q Redução da natalidade
q Aumento do número de idosos
q Inversão da pirâmide etária.
Causas:
q Redução da fecundidade
q Redução da mortalidade infantil
q Aumento da esperança média de vida
q Aumento da longevidade
12. População estrangeira, 2014
Peso em relação ao total da
população nacional:
3,8%
Município com maior percentagem
de população estrangeira:
Albufeira – 22,3%
Município com menor percentagem
de população estrangeira:
Baião – 0,2%
Fonte: SEF/MAI, INE, PORDATA
Mapa E
Mapa F
Mapa E – a deformação sofrida
pela cartografia do mapa revela
as duas áreas mais atrativas para
os estrangeiros que se fixam em
Portugal Continental, o Algarve e
a região de Lisboa. Na Madeira,
Calheta, Funchal e Porto Santo.
Nos Açores, Lajes das Flores.
13. Saldo migratório, 2014
Valor nacional:
-30 003 indivíduos
Município com maior valor saldo
migratório e positivo (I>E):
Odivelas - 1 209 indivíduos
Município com maior valor
negativo e o mais baixo (I<E):
Lisboa - –6 207 indivíduos
Fonte: SEF/MAI, INE, PORDATA
Mapa G
Mapa H
No mapa G a deformação cartográfica
do espaço revela que, a grande
maioria dos municípios do país,
registaram saldos migratórios
negativos. Os municípios com ganhos
no seu saldo migratório concentraram-
se, em 2014, no Algarve e na Área
Metropolitana de Lisboa.
14. O mapa mostra o desequilíbrio da
distribuição da população residente nas
cidades:
7 cidades – 4,4% – tinham mais de 100
mil habitantes cada: Lisboa, Porto, V.N.
Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra.
10 cidades – 6,3% – tinham entre 50 e
100 mil habitantes.
40 cidades – 25% – tinham entre 20 mil e
50 mil habitantes.
46 cidades – 29% - tinham entre 10 mil e
20 mil habitantes.
39 cidades – 25% - tinham entre 5 mil e 9
mil habitantes.
17 cidades – 11% - tinham menos de 5 mil
habitantes.
Em 2011, havia 159 cidades, onde
residiam 42% da população residente em
Portugal
População residente em cidades, 2011
15. NUTS I – 3:
q Continente, Região Autónoma dos
Açores e Região Autónoma da
Madeira
NUTS II – 7:
q Regiões Norte, Centro, Área
Metropolitana de Lisboa, Alentejo e
Algarve, no Continente, e as duas
Regiões Autónomas
NUTS III – 25:
q 23 sub-regiões no Continente e as
duas Regiões Autónomas
16. MAPA de PORTUGAL por NUTS II
De acordo com a mais recente versão
da nomenclatura das “Novas Unidades
Territoriais para Fins Estatísticos –
NUTS 2013”:
q As NUTS de nível 2 sofreram
algumas alterações, em especial:
q A antiga região de Lisboa e Vale do
Tejo espartilhada, em parte, pela
região Norte e, em parte, pela região
Alentejo
q A Área Metropolitana de Lisboa
continua constituída pelas NUTS III
Grande Lisboa e Península de
Setúbal.
17. Projeto Urban Audit é uma iniciativa conjunta
da Comissão Europeia, da Direção Geral da
Política Regional e do Eurostat.
O principal objetivo é fazer uma avaliação
individual de um conjunto de indicadores de
qualidade de vida e bem-estar de cada
cidade e da respetiva área urbana funcional.
Segundo a tipologia europeia em vigor, a
cidade é uma unidade local de alta densidade
(> 1 500 hab/km2) onde a maioria da
população vive num centro urbano com pelo
menos 50 000 habitantes.
Área funcional é constituída pela cidade e a
sua zona de deslocamento, isto é, as áreas
de deslocação para o trabalho numa cidade
onde, pelo menos, 15% dos seus residentes
têm o seu posto de trabalho.
Grande Cidade ou Cidade Maior - é um centro urbano que se alonga
para lá dos limites administrativos da cidade
18. Este gráfico relativo a dados do último
recenseamento da população confirma as
assimetrias próprias de um país com uma
administração pública altamente
centralizada, “macrocéfala”, onde os
poderes legislativo, executivo e judicial de
nível superior estão reunidos na capital.
Vejamos:
q 50% da população reside em 10% das
cidades com 50 000 ou mais habitantes
q 42% da população reside em 54% das
cidade entre os 10 000 e os 49 999
habitantes.
q 6% da população reside em 25% das
cidades com 5 000 ou mais habitantes
e menos de 10 000 habitantes.
Segundo o INE, todo o aglomerado com 2 000 ou mais habitantes é um
lugar urbano. De acordo com a lei nº11/82, para uma vila ascender a
cidade tem que reunir pelo menos 8 000 eleitores e ....
19. O sistema urbano fundamenta-se, em
geral, em cidades de média dimensão. O
sistema urbano nacional é composto por
quatro grupos distintos de cidades:
q Um formado por Lisboa e Porto com,
respetivamente, 500 mil e 200 mil
habitantes.
q Um com cidades dispersas pelo país –
V.N. Gaia, Amadora, Braga, Funchal e
Coimbra – entre 100 mil a 200 mil
habitantes cada.
q Um de 96 cidades entre 100 mil e 10
mil habitantes
q Um de 56 cidades, cada uma com
menos de 10 mil habitantes.
20. Um mapa para a
globalização
As velhas rivalidades Porto/Lisboa,
litoral/interior e a oposição cidade/campo ou
os limites das áreas metropolitanas, estão a
passar à História.
Uma das novidades do projeto da Gulbenkian
é precisamente o conceito de duas
macrorregiões, que ultrapassam em muito os
limites administrativos das Áreas
Metropolitanas do Porto e de Lisboa:
q o Noroeste, com centro no Porto, que vai
até Viana do Castelo, Braga, Guimarães e
Aveiro, tendo uma população de 3,7
milhões de pessoas;
q o Arco Metropolitano de Lisboa, com centro
na capital, que vai até Leiria, Santarém,
Tomar, Évora e Sines, e tem 4,1 milhões de
habitantes. Estudo apresentado em
fevereiro de 2016
Nosdoisgrandes
m
otoresde
desenvolvim
ento
do
paísvive
¾
da
população
21. O “país donut”“A geografia é
deformável
conforme o
problema que
queremos resolver.
Nós temos um país,
como um donut, que
tem uma parte
saborosa e outra
que é um buraco.
Esse buraco pode
unir as duas regiões
com que Portugal
entra na
globalização. A
região não tem
concentração, mas
distribui-se num
quadrado cheio de
iniciativa.”
As cidades médias da região Centro têm conseguido
encontrar o seu modelo de desenvolvimento e
podem retirar enormes vantagens da globalização.
O Centro do país pode mesmo tornar-se charneira
entre as duas grandes regiões que contam nos
mapas europeus: o nordeste, com o Porto, Braga e
Aveiro; e o arco metropolitano de Lisboa, de Leiria a
Sines e Évora.
C idades m édias com
m odelo de desenvolvim ento,
E xpresso, dezem bro de 2017
22. Grau de urbanização de unidades
locais de nível 2/municípios
O mapa mostra que:
q A maior extensão do espaço
comunitário é rural (verde)
q As cidades e subúrbios ocupam
áreas de densidade populacional
média (amarelo)
q As cidades de elevada densidade
populacional ocupam, no conjunto, a
área mais restrita
q A faixa que se estende de Inglaterra
até ao Norte de Itália – “Banana
Azul” – é a mais urbanizada.
23. Grau de urbanização de
unidades locais de nível
2/municípios
Portugal, neste mapa, revela que:
q Tem mais espaço rural do que
urbano
q A litoralização se traduz por um
maior grau de urbanização entre
- Viana do Castelo e
Aveiro
- Leiria e Sines
- Sotavento algarvio
24. O projeto Estatística das Cidades Europeias recolhe estatísticas comparáveis a nível europeu sobre
muitos tópicos em três níveis espaciais:
>>> a cidade central - uma unidade administrativa local (LAU), composta de cidades e cidades,
onde a maioria da população vive em um centro urbano de pelo menos 50.000 pessoas
>>> a cidade maior - onde a área urbana contínua se estende além da cidade central
>>> a área urbana funcional - representa a área econômica funcional mais ampla que circunda a
cidade central ou a cidade maior com base em sua zona de deslocamento.
Mais de 900 vilas e cidades são cobertas pelo projeto European City Statistics em todos os estados
membros da UE, bem como Noruega, Suíça e Turquia.
Cidade Cidade maior Área urbana funcional