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Escola Secundária S. Lourenço
Ana Rita Galrito, nº2
12ºB 2013/2014
Não sei se é sonho, se realidade,
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sul se olvida.
É a que ansiamos. Ali, ali
A vida é jovem e o amor sorri.

Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não.
Que cura a alma seu mal profundo,
Que bem nos entra no coração.
É em nós que é tudo. É ali, ali,
Que a vida é jovem e o amor sorri.

Talvez palmares inexistentes,
Áleas longínquas sem poder ser,
Sombra ou sossego dêem aos crentes
De que essa terra se pode ter.
Felizes, nós? Ah, talvez, talvez,
Naquela terra, daquela vez.
Mas já sonhada se desvirtua,
Só de pensá-la cansou pensar,
Sob os palmares, à luz da lua,
Sente-se o frio de haver luar.
Ah, nesta terra também, também
O mal não cessa, não dura o bem.

1. Salvador Dali
Não sei se é sonho, se realidade
• Tema: Oposição entre o sonho e a realidade
• Divisão do poema em três partes
Não sei se é sonho, se realidade,
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sul se olvida.
É a que ansiamos. Ali, ali
A vida é jovem e o amor sorri.
Talvez palmares inexistentes,
Áleas longínquas sem poder ser,
Sombra ou sossego dêem aos crentes
De que essa terra se pode ter.
Felizes, nós? Ah, talvez, talvez,
Naquela terra, daquela vez.

DESCRIÇÃO VALORATIVA DA
TERRA DO SONHO
Não sei se é sonho, se realidade
• Tema: Oposição entre o sonho e a realidade
• Divisão do poema em três partes

Mas já sonhada se desvirtua,
Só de pensá-la cansou pensar,
Sob os palmares, à luz da lua,
Sente-se o frio de haver luar.
Ah, nesta terra também, também
O mal não cessa, não dura o bem.

DESVALORIZAÇÃO DA TERRA DO
SONHO
Não sei se é sonho, se realidade
• Tema: Oposição entre o sonho e a realidade
• Divisão do poema em três partes

Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não.
Que cura a alma seu mal profundo,
Que bem nos entra no coração.
É em nós que é tudo. É ali, ali,
Que a vida é jovem e o amor sorri.

CONSCIÊNCIA DA REALIDADE
Análise Formal
Não |sei | se é |so|nho, |se |rea|li|da| (de),
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sul se olvida.
É a que ansiamos. Ali, ali
A vida é jovem e o amor sorri.

Poema regular, constituído por:
quatro sextilhas
Esquema rimático:
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Métrica:
9 sílabas métricas – Versos eneassilábicos

A
B
A
B
C
C
Figuras de Estilo
Aliteração em (s)

Antítese e paradoxo

Talvez palmares inexistentes,
Não sei se é sonho, se realidade,
Áleas longínquas sem poder ser,
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Interrogação retórica
Que na ilha extrema do sul se olvida.
Encavalgamento
É a que ansiamos. Ali, ali

A vida é jovem e o amor sorri
Hipálage
A vida é jovem e o amor sorri

Felizes, nós? Ah, talvez, talvez,
Elipse
Mas já sonhada se desvirtua
Sinestesia
Sente-se o frio de haver luar.
Paralelismo
Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não.
Que cura a alma seu mal profundo,
Que bem nos entra no coração.
Anáfora
Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não.
Que cura a alma seu mal profundo,
Que bem nos entra no coração.

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Fernando pessoa - Sonhar? Viver?

  • 1. Escola Secundária S. Lourenço Ana Rita Galrito, nº2 12ºB 2013/2014
  • 2. Não sei se é sonho, se realidade, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul se olvida. É a que ansiamos. Ali, ali A vida é jovem e o amor sorri. Não é com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou não. Que cura a alma seu mal profundo, Que bem nos entra no coração. É em nós que é tudo. É ali, ali, Que a vida é jovem e o amor sorri. Talvez palmares inexistentes, Áleas longínquas sem poder ser, Sombra ou sossego dêem aos crentes De que essa terra se pode ter. Felizes, nós? Ah, talvez, talvez, Naquela terra, daquela vez. Mas já sonhada se desvirtua, Só de pensá-la cansou pensar, Sob os palmares, à luz da lua, Sente-se o frio de haver luar. Ah, nesta terra também, também O mal não cessa, não dura o bem. 1. Salvador Dali
  • 3. Não sei se é sonho, se realidade • Tema: Oposição entre o sonho e a realidade • Divisão do poema em três partes Não sei se é sonho, se realidade, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul se olvida. É a que ansiamos. Ali, ali A vida é jovem e o amor sorri. Talvez palmares inexistentes, Áleas longínquas sem poder ser, Sombra ou sossego dêem aos crentes De que essa terra se pode ter. Felizes, nós? Ah, talvez, talvez, Naquela terra, daquela vez. DESCRIÇÃO VALORATIVA DA TERRA DO SONHO
  • 4. Não sei se é sonho, se realidade • Tema: Oposição entre o sonho e a realidade • Divisão do poema em três partes Mas já sonhada se desvirtua, Só de pensá-la cansou pensar, Sob os palmares, à luz da lua, Sente-se o frio de haver luar. Ah, nesta terra também, também O mal não cessa, não dura o bem. DESVALORIZAÇÃO DA TERRA DO SONHO
  • 5. Não sei se é sonho, se realidade • Tema: Oposição entre o sonho e a realidade • Divisão do poema em três partes Não é com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou não. Que cura a alma seu mal profundo, Que bem nos entra no coração. É em nós que é tudo. É ali, ali, Que a vida é jovem e o amor sorri. CONSCIÊNCIA DA REALIDADE
  • 6. Análise Formal Não |sei | se é |so|nho, |se |rea|li|da| (de), Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul se olvida. É a que ansiamos. Ali, ali A vida é jovem e o amor sorri. Poema regular, constituído por: quatro sextilhas Esquema rimático: rima cruzada rima emparelhada Métrica: 9 sílabas métricas – Versos eneassilábicos A B A B C C
  • 7. Figuras de Estilo Aliteração em (s) Antítese e paradoxo Talvez palmares inexistentes, Não sei se é sonho, se realidade, Áleas longínquas sem poder ser, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Interrogação retórica Que na ilha extrema do sul se olvida. Encavalgamento É a que ansiamos. Ali, ali A vida é jovem e o amor sorri Hipálage A vida é jovem e o amor sorri Felizes, nós? Ah, talvez, talvez, Elipse Mas já sonhada se desvirtua Sinestesia Sente-se o frio de haver luar.
  • 8. Paralelismo Não é com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou não. Que cura a alma seu mal profundo, Que bem nos entra no coração. Anáfora Não é com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou não. Que cura a alma seu mal profundo, Que bem nos entra no coração.