O documento discute o contexto histórico do Modernismo Português e a vida e obra de Fernando Pessoa. Apresenta os principais eventos que marcaram o início do Modernismo com a publicação da revista Orpheu em 1915, como a Primeira Guerra e a proclamação da República em Portugal. Também resume a biografia de Pessoa e seus principais heterônimos, como Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
2. MODERNISMO
PORTUGUÊS
CONTEXTO HISTÓRICO
• 1914 Primeira Guerra Mundial;
• 1910 – Proclamação da República
devido à crise política iniciada pelo
assassinato do Rei D. Carlos e seu
filho;
18. •Nasce em 13 de junho 1888;
•Fica órfão de pai aos 5 anos;
•No ano seguinte perde
também o irmão;
•Muda-se para a África do Sul
junto com sua família para
morar com um cônsul que
tornara-se seu padrasto;
19. •Sua obra e sua vida foram
permeados por ligações com
as chamadas ciências
ocultas;
•Em 1930 inicia uma troca de
correspondência com o
"mago" inglês Aleister
Crowley que neste mesmo
ano vai à Lisboa visitar
Fernando Pessoa;
20. •Vinte e três dias depois de
sua chegada, Crowley
desaparece misteriosamente.
Em homenagem ao inglês,
Pessoa traduz e publica o
poema "Hino a Pã" escrito
por Crowley;
21. •Namorou com a jovem
Ophélia, mas nunca se
casou;
•Mário de Sá Carneiro, seu
grande amigo, suicida-se;
•Seu único livro publicado em
vida foi Mensagem;
•Morre em 30 de novembro de
29. Os principais heterônimos são:
•Alberto Caeiro
•Álvaro de Campos
•Ricardo Reis
Há também o ortônimo
Fernando Pessoa (ele mesmo)
30. ÁLVARO DE CAMPOS
•Engenheiro
•Poeta futurista
• Expressa os conflitos e
sensações da vida urbana e
industrial
• Decadentista
• Possui uma aridez interior
31. ÁLVARO DE CAMPOS
“Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada
A parte isso, tenho todos os
sonhos do mundo”
33. RICARDO REIS
“Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude
Fora do conhecimento é estranho o
passo.
Que próprio damos.”
34. FERNANDO PESSOA
(Ortônimo)
•Autor de Mensagem (obra lírica e
épica)
• Poeta que fala da vida, da arte,
da infância
•Poeta cético e nostálgico
• Mostra-se por vezes entediado
35. FERNANDO PESSOA
(Ortônimo)
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães
choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!”
36. FERNANDO PESSOA
(Ortônimo)
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
38. Deus quer, o homem sonha, a obra
nasce.
Deus quis que a terra fosse toda
uma,
Que o mar unisse, já não
separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a
espuma,
39. E a orla branca foi de ilha em
continente,
Clareou, correndo, até ao fim do
mundo,
E viu-se a terra inteira, de
repente,
Surgir, redonda, do azul
profundo.
40. português.
Do mar e nós em ti nos deu
sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império
se desfez.
Senhor, falta cumprir-se
Portugal!
( Fernando Pessoa)
50. SEUS POEMAS PARECEM
REMETER A UMA TRADIÇÃO
BUCÓLICA DO SÉC. III a.C.
Neles encontramos os conceitos de:
•Locus amoenus
•Fugere urbem
•Inutilia truncat
51. FAZ OPOSIÇÃO À
QUALQUER TIPO DE
IDEALIZAÇÃO, MESMO DA
NATUREZA
A NATUREZA É UMA IDÉIA
UMA SENSAÇÃO