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FernandFernand
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PessoaPessoa1888 -
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A obra de Florbela Espanca espelha as amarguras
que viveu durante a vida. Começou a escrever
muito cedo, com oito ou nove anos. A publicação
da sua primeira obra, “Livro de Mágoas”, seria
apenas em 1919. A poetisa, a quem a vida nunca
estendeu a mão, sentiu e viveu cada emoção e, por
isso mesmo, os seus poemas permaneceram vivos.
AlmadaAlmada
NegreiroNegreiro
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Artista plástico e
escritor, reconhecido
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estende-se à tapeçaria, à
decoração e ao bailado -,
escreveu uma série de
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pelas publicações em que
colaborava. Centrou a
sua crítica polémica e
feroz a Portugal e à sua
No campo da pintura Almada Negreiros ganhou
maior destaque, contribuindo a sua intervenção
em grandes obras, caso dos mosaicos da Igreja de
Fátima, em Lisboa, na Exposição do
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JoséJosé
RégioRégio
1901-
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“alturas” e nos seus
José Régio dedicou-se ao romance, ao teatro, à
poesia e ao ensaio. Centrais, na sua obra, são
as problemáticas do conflito entre Deus e o
homem, o indivíduo e a sociedade,
numa análise crítica das relações humanas e da
solidão, bem como a ânsia humana do absoluto.
VitorinoVitorino
NemésioNemésio
1901 -
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Escritor, poeta,
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Nemésio foi antes de
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simples. Apaixonado
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de 1901, acabou,
como muitos outros,
por conhecer os
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e emigrou. Desenvolveu
uma brilhante carreira
académica, lecionando
não só em
Portugal mas também
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A carreira académica de Vitorino Nemésio
começou na Faculdade de Letras de Lisboa,
lecionou em França e na Bélgica, voltando a
Lisboa onde se torna catedrático em 1940. A sua
última aula encheu o anfiteatro, com alunos
desejosos de assistir a este momento histórico.
MiguelMiguel
TorgaTorga
1907 -
1995
Transmontano de
nascimento, Miguel Torga é
o pseudónimo literário de
Adolfo Correia da
Rocha. Filho de
camponeses, nasceu em São
Martinho da Anta.
Após frequentar o
Seminário de Lamego,
emigra para o Brasil em
1920, de onde só regressará
cinco anos depois. Médico
de profissão, exerce
sempre em Coimbra, onde
também se licenciou, em
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em toda a sua obra o
inconformismo do
solitário, contra o poder
Miguel Torga é autor de uma vasta obra
bibliográfica, tendo escrito praticamente até
morrer. As suas histórias assenta num suporte de
realidades socias e psicológicas, irónicas ou cruéis,
sobre o cenário do instinto ou da fatalidade. Ao
longo da sua vida foi galardoado com vários
AlvesAlves
RedolRedol
1911 -
1969
Não houve no neo-
realismo português quem
mais se
empenhasse com
profunda vontade de
contribuir para a
transformação da
sociedade mediante o
testemunho ficcional e a
apresentação da
realidade através da visão
marxista do que
António Alves Redol.
Durante muitos anos e
muitos livros, cumpriu
aplicadamente um projeto
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terra portuguesa
A obra de Alves Redol demonstrará sempre uma
enorme sensibilidade pelas condições de vida das
gentes do Ribatejo, dos gaibéus e dos
avieiros, respetivamente, os camponeses e os
pescadores da região da lezíria, os
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VergílioVergílio
FerreiraFerreira
1916 -
1996
A quase obsessão pela
condição humana marcou
a sua obra. Vergílio
Ferreira registou, tanto
nos seus romances como
nos ensaios, uma
constante reflexão sobre
o homem, uma procura
de sentido para as
razões essenciais da vida
e da morte.
Inicialmente ligado
ao neo-realismo,
acabou por se desligar
deste movimento
literário. Com a
publicação do seu livro
“Aparição”, Vergílio
Ferreira venceu diversos
Inquestionavelmente, um dos melhores escritores
do século XX, Vergílio Ferreira produziu uma vasta
obra, atravessada por uma constante reflexão
sobre a condição humana, que lhe valeu várias
distinções. Foi, também, ator na adaptação ao
cinema do seu romance “Manhã Submersa”.
JoséJosé
SaramagSaramag
oo 1922 -
2004
Antigo serralheiro
mecânico, autodidata, José
Saramago dedicou-se à
produção literária em 1976,
quando já tinha 54
anos e depois de ter feito
traduções e colaborado em
vários jornais. Único
escritor português a
receber o Prémio Nobel da
Literatura, Saramago
configura um caso ímpar
na literatura nacional. A
aparente simplicidade da
sua escrita é servida
por um estilo muito
próprio, marcado por
frases e períodos
compridos e por uma forma
Quando, em Outubro de 1998, a Real Academia da
Suécia anunciou o nome do escritor português
José Saramago como o vencedor do Prémio Nobel
da Literatura, tal comunicação constituiu mais um
motivo de alegria maior para os portugueses do
que de admiração, pois o nome de Saramago há
muito que vinha sendo citado para tal Prémio.
JoãoJoão
VillaretVillaret
1913 -
1961
João Henrique Pereira
Villaret nasceu em Lisboa.
Muito cedo começou a
acalentar o desejo de ser
ator, de subir ao palco,
contagiar a plateia e ouvir
os aplausos do público.
Detentor de um
inegável talento de
comunicação, João
Villaret nasceu e viveu
para o teatro. Pode
dizer-se que
praticamente morreu
a declamar. Horas antes
de falecer, recitou no
palco, perante enorme
assistência, versos de “O
Mar Português” de
Quem o viu nos primórdios da televisão jamais
esquecerá o seu poder de comunicador.
Acompanhado ao piano pelo irmão, contou
histórias e disse poesia de uma forma tão brilhante
que a tornou popular. Villaret nasceu para ser ator
e foi um intérprete versátil, genial na comédia e no
VascoVasco
SantanaSantana
1898 -
1958
Espontâneo, histriónico
e bonacheirão. Estes
são três traços que
caracterizam Vasco
Santana, esse personagem
que, no início dos anos 30,
agitou a arte de
representar em
Portugal.
A sua naturalidade, aliada
a um sentido de ritmo
perfeito,
faz dele um dos melhores
comediantes de sempre.
No palco da vida real, não
era muito diferente dos
papéis que o
celebrizaram.
Foi, sem dúvida, um artista
Vasco Santana agitou o mundo do espetáculo com
a sua naturalidade e sentido cómico. Os filmes “O
Pai Tirano”, em 1941, e “Pátio das Cantigas”, em
1943, foram dois dos seus maiores êxitos.
Recriador de figuras públicas, cursava arquitetura
quando um acaso o fez subir ao palco.
BeatrizBeatriz
CostaCosta
1907 -
1996
Beatriz Costa, nome
artístico de Maria da
Conceição, foi uma
das maiores atrizes dos
chamados “anos de ouro”
do cinema português.
Beatriz Costa deixou
para a posteridade a
imagem de pessoa
calorosa, irrequieta e
irreverente. “Debaixo
daquela franja
modernista, acreditem,
havia uma testa e
tanto”, foi escrito num
depoimento acerca das
qualidades de uma atriz
muito estimada em
Portugal e no Brasil.
No filme “Aldeia da Roupa Branca”, desempenha um
papel em que se identifica de forma particular
devido às suas origens. Permanece durante dez anos
no Brasil, sempre com êxitos nas peças que leva à
cena. Retirada dos palcos em 1960, publica alguns
livros. Ocupou durante 30 anos um quarto do Hotel
Tivoli, em Lisboa, onde faleceu com 88 anos.
AmáliaAmália
RodrigueRodrigue
ss 1920-
1999
Amália Rodrigues teve uma
carreira que nenhum outro
artista português igualou.
Desde a sua estreia, em
1938, no Retiro da Severa,
conheceu êxito atrás de
êxito. A sua carreira de
fadista ganha projeção
internacional, atuando em
Madrid e no Brasil. Em
França canta no Olympia
de Paris, suplantando a
projeção de Edith Piaf.
Seguiu-se, entre outros,
Nova Iorque, Londres e
Tóquio. A voz de Portugal
calou-se aos 79 anos, sendo
a única mulher
atualmente sepultada no
Levou tempo a entender a sua verdadeira dimensão
e foram muitos os espinhos até chegarem as rosas.
Intérprete ímpar, voz inigualável, Amália Rodrigues
cantou o que nunca tinha cantado, trouxe os
grandes poetas ao povo, levou o nome de Portugal
pelo mundo fora, fazendo chorar plateias que não
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Portugueses ilustres ( artes e letras) do sec xx

  • 1. Grandes figurasGrandes figuras portuguesas doportuguesas do século XXséculo XX CLICARCLICAR
  • 2. FernandFernand oo PessoaPessoa1888 - 1935 Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, é considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, sendo o seu valor comparado ao de Camões. “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus”. Foi reconhecido, ao lado de Pablo Neruda, como
  • 3. Fernando Pessoa foi a figura cimeira do modernismo em Portugal, aquela que mais gerações posteriores influenciou em Portugal e no Brasil. Durante a sua vida, Pessoa recorre à multiplicidade dos heterónimos – caso de Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro ou Alberto Reis.
  • 4. FlorbelaFlorbela EspancaEspanca 1894 - 1930 A personalidade de Florbela Espanca define-se por uma dor avassaladora que terá chegado à sua vida com as circunstâncias muito particulares da sua infância. Florbela, “a quem a mágoa chamou filha”, contrariou a paixão da dor com a paixão poesia e com a busca incessante de um amor quimérico. Como a vida se negava a estender-lhe a mão, Florbela sonhou, então, com o único abraço que lhe era acessível: suicidou-se aos 36 anos.
  • 5. A obra de Florbela Espanca espelha as amarguras que viveu durante a vida. Começou a escrever muito cedo, com oito ou nove anos. A publicação da sua primeira obra, “Livro de Mágoas”, seria apenas em 1919. A poetisa, a quem a vida nunca estendeu a mão, sentiu e viveu cada emoção e, por isso mesmo, os seus poemas permaneceram vivos.
  • 6. AlmadaAlmada NegreiroNegreiro ss 1893 - 1970 Artista plástico e escritor, reconhecido como “Mestre Almada”, colaborou em várias revistas de vanguarda que marcaram a sua geração. Artista multifacetado – a sua obra artística, marcada pelo início do cubismo, estende-se à tapeçaria, à decoração e ao bailado -, escreveu uma série de textos críticos e provocatórios, dispersos pelas publicações em que colaborava. Centrou a sua crítica polémica e feroz a Portugal e à sua
  • 7. No campo da pintura Almada Negreiros ganhou maior destaque, contribuindo a sua intervenção em grandes obras, caso dos mosaicos da Igreja de Fátima, em Lisboa, na Exposição do Mundo Português, no edifício do “Diário de Notícias” e as pinturas da Gare Marítima de
  • 8. JoséJosé RégioRégio 1901- 1969 Considerado como uma das grandes figuras da literatura portuguesa do século XX, José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, foi poeta, dramaturgo, ensaísta, crítico e professor. A obra de Régio é um “mundo” nada fácil de percorrer nas suas estruturas, temas alegorias, símbolos e motivos, através do qual procurou exprimir de uma forma mais abrangente, a condição humana nas suas “alturas” e nos seus
  • 9. José Régio dedicou-se ao romance, ao teatro, à poesia e ao ensaio. Centrais, na sua obra, são as problemáticas do conflito entre Deus e o homem, o indivíduo e a sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão, bem como a ânsia humana do absoluto.
  • 10. VitorinoVitorino NemésioNemésio 1901 - 1978 Escritor, poeta, comunicador, viajante, jornalista, Vitorino Nemésio foi antes de tudo um homem simples. Apaixonado pelos Açores, onde nasceu em Dezembro de 1901, acabou, como muitos outros, por conhecer os dramas da insularidade e emigrou. Desenvolveu uma brilhante carreira académica, lecionando não só em Portugal mas também no Brasil e na Bélgica.
  • 11. A carreira académica de Vitorino Nemésio começou na Faculdade de Letras de Lisboa, lecionou em França e na Bélgica, voltando a Lisboa onde se torna catedrático em 1940. A sua última aula encheu o anfiteatro, com alunos desejosos de assistir a este momento histórico.
  • 12. MiguelMiguel TorgaTorga 1907 - 1995 Transmontano de nascimento, Miguel Torga é o pseudónimo literário de Adolfo Correia da Rocha. Filho de camponeses, nasceu em São Martinho da Anta. Após frequentar o Seminário de Lamego, emigra para o Brasil em 1920, de onde só regressará cinco anos depois. Médico de profissão, exerce sempre em Coimbra, onde também se licenciou, em 1933. Miguel Torga revela em toda a sua obra o inconformismo do solitário, contra o poder
  • 13. Miguel Torga é autor de uma vasta obra bibliográfica, tendo escrito praticamente até morrer. As suas histórias assenta num suporte de realidades socias e psicológicas, irónicas ou cruéis, sobre o cenário do instinto ou da fatalidade. Ao longo da sua vida foi galardoado com vários
  • 14. AlvesAlves RedolRedol 1911 - 1969 Não houve no neo- realismo português quem mais se empenhasse com profunda vontade de contribuir para a transformação da sociedade mediante o testemunho ficcional e a apresentação da realidade através da visão marxista do que António Alves Redol. Durante muitos anos e muitos livros, cumpriu aplicadamente um projeto de levantamento no romance do homem e da terra portuguesa
  • 15. A obra de Alves Redol demonstrará sempre uma enorme sensibilidade pelas condições de vida das gentes do Ribatejo, dos gaibéus e dos avieiros, respetivamente, os camponeses e os pescadores da região da lezíria, os vinhateiros do Douro e os homens do mar da
  • 16. VergílioVergílio FerreiraFerreira 1916 - 1996 A quase obsessão pela condição humana marcou a sua obra. Vergílio Ferreira registou, tanto nos seus romances como nos ensaios, uma constante reflexão sobre o homem, uma procura de sentido para as razões essenciais da vida e da morte. Inicialmente ligado ao neo-realismo, acabou por se desligar deste movimento literário. Com a publicação do seu livro “Aparição”, Vergílio Ferreira venceu diversos
  • 17. Inquestionavelmente, um dos melhores escritores do século XX, Vergílio Ferreira produziu uma vasta obra, atravessada por uma constante reflexão sobre a condição humana, que lhe valeu várias distinções. Foi, também, ator na adaptação ao cinema do seu romance “Manhã Submersa”.
  • 18. JoséJosé SaramagSaramag oo 1922 - 2004 Antigo serralheiro mecânico, autodidata, José Saramago dedicou-se à produção literária em 1976, quando já tinha 54 anos e depois de ter feito traduções e colaborado em vários jornais. Único escritor português a receber o Prémio Nobel da Literatura, Saramago configura um caso ímpar na literatura nacional. A aparente simplicidade da sua escrita é servida por um estilo muito próprio, marcado por frases e períodos compridos e por uma forma
  • 19. Quando, em Outubro de 1998, a Real Academia da Suécia anunciou o nome do escritor português José Saramago como o vencedor do Prémio Nobel da Literatura, tal comunicação constituiu mais um motivo de alegria maior para os portugueses do que de admiração, pois o nome de Saramago há muito que vinha sendo citado para tal Prémio.
  • 20. JoãoJoão VillaretVillaret 1913 - 1961 João Henrique Pereira Villaret nasceu em Lisboa. Muito cedo começou a acalentar o desejo de ser ator, de subir ao palco, contagiar a plateia e ouvir os aplausos do público. Detentor de um inegável talento de comunicação, João Villaret nasceu e viveu para o teatro. Pode dizer-se que praticamente morreu a declamar. Horas antes de falecer, recitou no palco, perante enorme assistência, versos de “O Mar Português” de
  • 21. Quem o viu nos primórdios da televisão jamais esquecerá o seu poder de comunicador. Acompanhado ao piano pelo irmão, contou histórias e disse poesia de uma forma tão brilhante que a tornou popular. Villaret nasceu para ser ator e foi um intérprete versátil, genial na comédia e no
  • 22. VascoVasco SantanaSantana 1898 - 1958 Espontâneo, histriónico e bonacheirão. Estes são três traços que caracterizam Vasco Santana, esse personagem que, no início dos anos 30, agitou a arte de representar em Portugal. A sua naturalidade, aliada a um sentido de ritmo perfeito, faz dele um dos melhores comediantes de sempre. No palco da vida real, não era muito diferente dos papéis que o celebrizaram. Foi, sem dúvida, um artista
  • 23. Vasco Santana agitou o mundo do espetáculo com a sua naturalidade e sentido cómico. Os filmes “O Pai Tirano”, em 1941, e “Pátio das Cantigas”, em 1943, foram dois dos seus maiores êxitos. Recriador de figuras públicas, cursava arquitetura quando um acaso o fez subir ao palco.
  • 24. BeatrizBeatriz CostaCosta 1907 - 1996 Beatriz Costa, nome artístico de Maria da Conceição, foi uma das maiores atrizes dos chamados “anos de ouro” do cinema português. Beatriz Costa deixou para a posteridade a imagem de pessoa calorosa, irrequieta e irreverente. “Debaixo daquela franja modernista, acreditem, havia uma testa e tanto”, foi escrito num depoimento acerca das qualidades de uma atriz muito estimada em Portugal e no Brasil.
  • 25. No filme “Aldeia da Roupa Branca”, desempenha um papel em que se identifica de forma particular devido às suas origens. Permanece durante dez anos no Brasil, sempre com êxitos nas peças que leva à cena. Retirada dos palcos em 1960, publica alguns livros. Ocupou durante 30 anos um quarto do Hotel Tivoli, em Lisboa, onde faleceu com 88 anos.
  • 26. AmáliaAmália RodrigueRodrigue ss 1920- 1999 Amália Rodrigues teve uma carreira que nenhum outro artista português igualou. Desde a sua estreia, em 1938, no Retiro da Severa, conheceu êxito atrás de êxito. A sua carreira de fadista ganha projeção internacional, atuando em Madrid e no Brasil. Em França canta no Olympia de Paris, suplantando a projeção de Edith Piaf. Seguiu-se, entre outros, Nova Iorque, Londres e Tóquio. A voz de Portugal calou-se aos 79 anos, sendo a única mulher atualmente sepultada no
  • 27. Levou tempo a entender a sua verdadeira dimensão e foram muitos os espinhos até chegarem as rosas. Intérprete ímpar, voz inigualável, Amália Rodrigues cantou o que nunca tinha cantado, trouxe os grandes poetas ao povo, levou o nome de Portugal pelo mundo fora, fazendo chorar plateias que não entendiam uma palavra do que dizia.