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Feminismo e Contracontrole
Revolucionário
Ana Arantes
UFSCar
"(...) temos que explorar as formas de
modificação do comportamento que
sejam compatíveis com um sistema
igualitário, não materialista e não
elitista, mas, ao contrário, construtivo,
pelo menos no tocante aos meios para
uma inadiável mudança revolucionária
do homem.“
Holland (1973)
FEMINISMO
"Feminismo é a luta contra a
dominação masculina e pela
humanidade das mulheres
identificadas com mulheres."
Thompson (2001)
FEMINISMO
 Teoria sociológica
 Movimento social
 Prática cultural
 Ideologia
 Conjunto de contingências
estabelecidas e mantidas para controlar
o comportamento de mulheres visando a
perpetuação de práticas opressoras para
as mulheres e vantajosas para os homens
que mantém e transmitem essas práticas.
Dominação Masculina
O Patriarcado como Agência de
Controle
Uma agência de controle é formada por um
conjunto de indivíduos que se comportam dentro
de determinadas práticas culturais e regras e que
mantêm e replicam essas mesmas práticas,
ensinando-as às próximas gerações. Desse modo, a
agência controladora tem a função tanto de
controlar o comportamento dos indivíduos quanto
de manter essas práticas dentro da cultura.
AGÊNCIAS DE CONTROLE
(Skinner, 1953)
 indivíduos dentro do grupo controlam e
dispõem reforçadores
 manipulação de estímulos com o fim de se
controlar comportamento
 práticas realizadas pelas agências têm como
função estabelecer obediência (controle) e
autocontrole sobre os outros membros do
grupo
“O grupo exerce um controle ético sobre cada
um de seus membros através, principalmente,
de seu poder de reforçar ou punir. O poder
deriva do número e da importância de outras
pessoas na vida de cada membro. Geralmente
o grupo não é bem organizado, nem seus
procedimentos são consistentemente
mantidos. Dentro do grupo, entretanto, certas
agências de controle manipulam conjuntos
particulares de variáveis. Essas agências são
geralmente mais bem organizadas que o grupo
como um todo, e frequentemente operam com
maior sucesso.”
(Skinner, 1953)
 controlar o comportamento dos
indivíduos permitindo que eles
terminem, evitem ou escapem de
estímulos aversivos; ou por ser a
única/principal fonte provedora de
reforçadores
COERÇÃO
(Sidman, 1989)
COERÇÃO
(Sidman, 1989)
 Controle do
comportamento por:
1. punição ou ameaça de punição
2. reforço negativo (retirada de
estimulação aversiva)
3. controle de (poder sobre)
reforçadores positivos
 estabelecem os valores reforçadores dos
estímulos, elas "ditam" o que é bom, correto,
bonito, moral, etc, ensinando a comunidade o
que vai ser reforçador para seus membros
 ensinam as pessoas a se comportarem de
determinadas maneiras através de um
conjunto de regras que a gente chama de
"ideologia"
 conjunto de regras que estabelecem
determinadas práticas sociais como "naturais"
a um determinado contexto social
"Em geral, as práticas realizadas pela
agência têm como função estabelecer
obediência e autocontrole em seus
controlados, ou seja, um repertório
suficiente e bem estabelecido de tal modo
que, mesmo na ausência do agente
controlador, eles se comportem de acordo
com a agência. Ou seja, a agência garante
seu próprio futuro por meio do
estabelecimento de autocontrole dos
controlados."
(Bezerra, 2003)
 para evitar contracontrole os sistemas de
dominação usam estratégias de
"naturalização" do status quo
 estabelecem práticas sociais que
permitem que os controlados evitem
punição ao se comportarem de
determinadas maneiras que são reforçadas
diferencialmente e adquirem status de
"hábito", "costume", "regra social",
"natureza"...
“E à mulher disse: multiplicarei
grandemente a tua dor, e a tua conceição;
com dor darás à luz filhos; e o teu desejo
será para o teu marido, e ele te dominará.”
(Gênesis, 3:16)
“O melhor movimento feminino ainda é o
dos quadris.”
(Millôr Fernandes)
“As muito feias que me perdoem, mas
beleza é fundamental.”
(Vinicius de Moraes)
“A mulher moderna ─ dita independente, que
nem de pai para seus filhos precisa mais, a não ser
dos espermatozóides ─ assim só o é porque se
frustrou como mulher. Tanto isto é verdade ─
respeitosamente ─ que aquela que encontrar o
homem de sua vida, aquele que a satisfaça como
ser e principalmente como ser sensual, tenderá a
abrir mão de tudo (ou de muito), no sentido dessa
'igualdade' que hipocritamente se está a lhe
conferir. A mulher quer ser amada. Só isso. Nada
mais.”
(Juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, 2007)
"Quando o grupo nos ensina o
que pode ser dito e o que não
pode, também nos ensina o que
pode ser pensado e o que não
pode."
(Todorov, 2014)
 Senadores homens mais poderosos falam
mais, correlação que não se repete
significativamente para as mulheres.
(Brescoll, 2011)
 Mulheres se desculpam mais do que os
homens e se percebem mais como fazendo
coisas erradas do que eles; mulheres julgam
comportamentos desviantes em si próprias
mais severamente do que homens.
(Schuman & Ross, 2010)
 Estereótipos sobre liderança são
relacionados à masculinidade, enquanto as
características associadas à feminilidade
não se encaixam nesses papéis. (Koenig et
al., 2011)
 Professores tendem a encorajar mais os
meninos que as meninas em matérias como
matemática e ciências - e isso tem reflexos
no desempenho em anos posteriores. (Lavy
& Sand, 2015)
Estabelecimento dos valores
reforçadores dos estímulos
 Diferencial:
 Arbitrário:
Patriarcado = agência de
controle
 objetivo: manter a prática social de
dominação masculina
 ideologia (regra) que mantém essa
prática é o machismo (supremacia
masculina)
“(...) patriarcado diz respeito a uma forma de
organização e de dominação sociais calcada na
exploração dos homens sobre as mulheres.
Constitui-se num conceito que permite visualizar
que a dominação não está presente somente na
esfera familiar, tampouco apenas no âmbito
trabalhista, ou na mídia ou na política. O
patriarcalismo compõe a dinâmica social como um
todo, estando inclusive, inculcado no inconsciente
de homens e mulheres individualmente e no
coletivo enquanto categorias sociais.”
(Saffioti, 2011)
Sexual violence:
opposing viewpoints
Helen Cothran
Greenhaven Press,
2003
218 páginas
 machismo/supremacia masculina =
desumanização da mulher pelo
estabelecimento do padrão masculino
de humanidade
 o homem é a medida de
todas as coisas
 o homem foi feito à
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deus
 podemos nos referir a esse sistema de
práticas sociais e estabelecimento
arbitrário de reforçadores como um
"construto social", mas do ponto de vista
feminista é útil salientar o termo
"dominação masculina"
 ressalta que o controle é exercido pelo
patriarcado e aumenta a probabilidade
de contracontrole por sair do sistema de
regras / ideologia imposto por ele
CONTRACONTROLE
(Skinner, 1974)
 estabelecer contingências para
controlar o comportamento do
“controlador”
 respostas de fuga/esquiva das
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controle
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controlados escapam ao controlador,
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ou mandriando - ou então atacam a fim de
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controlador, como numa revolução, numa
reforma, numa greve ou num protesto
estudantil. Em outras palavras, eles se
opõem ao controle com contracontrole."
(Skinner, 1974)
“A dominação só pode ser
enxergada de uma
posição que envolve a
disposição para ver.”
(Thompson, 2001)
1. autoconhecimento = saber por que
fazemos o que fazemos (quais os
verdadeiros determinantes / causas dos
nossos comportamentos)
“VER”
2. discriminar as regras (“ideologias”) que
controlam nosso comportamento e
reconhecer as ideologias que são usadas
para opressão da mulher e para a
dominação masculina
3. “(...) muitas das respostas verbais que
descrevem aspectos do ambiente,
topograficamente semelhantes às respostas de
tatear, seriam, na verdade, respostas intraverbais
emitidas sob controle discriminativo das
respostas de outros membros da comunidade
verbal.” (Guerin, 1992)
4. reconhecer e combater a arbitrariedade da
atribuição de valor reforçador a estímulos feita
pela agência controladora (estabelecer valor
reforçador a estímulos que não possam ser usados
para oprimir e/ou violentar)
Empoderamento e contracontrole
“Empoderamento pode ser definido como
um processo de ampliação do poder
político, individual e interpessoal que
permite aos indivíduos e comunidades
adotarem práticas para mudar as
circunstâncias de sua vida.”
(Gutierrez, 1995)
 Modificação do ambiente social no
qual as pessoas se comportam.
Político:
 Garantia da ampliação do acesso aos
reforçadores pelas mulheres por meio
de ações afirmativas, políticas públicas,
leis e decretos.
 Autoconhecimento: discriminar e
descrever as contingências controladoras
do próprio comportamento
Individual:
 Emissão de respostas alternativas,
capazes de produzir reforçadores que
anteriormente eram controlados pelo
grupo dominante sem dependência
deste.
 Emissão de respostas de
contracontrole, no sentido de “um
comportamento operante que ofende
ou é de alguma maneira aversivo ao
controlador.” (Skinner, 1953, p. 351).
Interpessoal:
 Modificação das relações interpessoais
mantidas entre homens e mulheres.
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mantidas entre as mulheres.
Sororidade como estratégia de
modificação do comportamento
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seja aprendido, ele precisa de
condições adequadas para isso.
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aprendizagem de comportamentos
feministas são outras mulheres
feministas.
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para a comunidade verbal feminina.
SORORIDADE
 Estabelecimento de novos
reforçadores para o comportamento
das mulheres.
 Aumento da discriminabilidade das
contingências a que as mulheres estão
submetidas.
 Prática que cria novas
contingências em que as mulheres
deixam de ser punidas por outras
mulheres pelos critérios
estabelecidos pelo patriarcado, e
passam a ser provedoras de
reforços sociais pelos critérios
estabelecidos pelo feminismo.
“[O] impacto crescente dos
conhecimentos, do ativismo e da
política feminista vai continuar sem
a nossa entrada, mas, para os
behavioristas, permanecer em
silêncio significaria uma perda para
todas.”
(Ruiz, 1998, p. 190)
Referências:
Bezerra, M.S.L. (2003). Questões preliminares sobre política em B. F. Skinner.
Trabalho final desenvolvido na disciplina de Pesquisa em Fundamentos da
Psicologia. Universidade Federal de São Carlos. Não publicado.
Guerin, B. (1992). Behavior analysis and the social construction of knowledge.
American Psychologist, 47(11), 1423-1432.
Holland, J. (1973). Servirán los princípios conductuales para los revolucionarios? Em:
F.S. Keller e E.R. Iñesta (Orgs.), Modificación de la conduta: aplicaciones a la
educación. México: Trillas.
Saffioti, H. (2011). Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação
Perseu Abramo.
Sidman, M. (1989). Coerção e suas implicações. Campinas: Livro Pleno.
Skinner, B.F. (1953). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.
Skinner, B.F. (1974). About Behaviorism. New York: Alfred A. Knopf.
Thompson, D. (2001). Radical Feminism Today. Londres: SAGE Publications.
Todorov, J.C. (2014). Controle e contra controle em contingências sociais. Blog João
Cláudio Todorov. Publicado em 20 de agosto de 2014. Disponível em:
http://jctodorov.blogspot.com.br/2014/08/ controle-e-contra-controle-em.html

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Feminismo e contracontrole revolucionário

  • 2. "(...) temos que explorar as formas de modificação do comportamento que sejam compatíveis com um sistema igualitário, não materialista e não elitista, mas, ao contrário, construtivo, pelo menos no tocante aos meios para uma inadiável mudança revolucionária do homem.“ Holland (1973)
  • 3. FEMINISMO "Feminismo é a luta contra a dominação masculina e pela humanidade das mulheres identificadas com mulheres." Thompson (2001)
  • 4. FEMINISMO  Teoria sociológica  Movimento social  Prática cultural  Ideologia
  • 5.  Conjunto de contingências estabelecidas e mantidas para controlar o comportamento de mulheres visando a perpetuação de práticas opressoras para as mulheres e vantajosas para os homens que mantém e transmitem essas práticas. Dominação Masculina
  • 6. O Patriarcado como Agência de Controle Uma agência de controle é formada por um conjunto de indivíduos que se comportam dentro de determinadas práticas culturais e regras e que mantêm e replicam essas mesmas práticas, ensinando-as às próximas gerações. Desse modo, a agência controladora tem a função tanto de controlar o comportamento dos indivíduos quanto de manter essas práticas dentro da cultura.
  • 7. AGÊNCIAS DE CONTROLE (Skinner, 1953)  indivíduos dentro do grupo controlam e dispõem reforçadores  manipulação de estímulos com o fim de se controlar comportamento  práticas realizadas pelas agências têm como função estabelecer obediência (controle) e autocontrole sobre os outros membros do grupo
  • 8. “O grupo exerce um controle ético sobre cada um de seus membros através, principalmente, de seu poder de reforçar ou punir. O poder deriva do número e da importância de outras pessoas na vida de cada membro. Geralmente o grupo não é bem organizado, nem seus procedimentos são consistentemente mantidos. Dentro do grupo, entretanto, certas agências de controle manipulam conjuntos particulares de variáveis. Essas agências são geralmente mais bem organizadas que o grupo como um todo, e frequentemente operam com maior sucesso.” (Skinner, 1953)
  • 9.  controlar o comportamento dos indivíduos permitindo que eles terminem, evitem ou escapem de estímulos aversivos; ou por ser a única/principal fonte provedora de reforçadores COERÇÃO (Sidman, 1989)
  • 10. COERÇÃO (Sidman, 1989)  Controle do comportamento por: 1. punição ou ameaça de punição 2. reforço negativo (retirada de estimulação aversiva) 3. controle de (poder sobre) reforçadores positivos
  • 11.  estabelecem os valores reforçadores dos estímulos, elas "ditam" o que é bom, correto, bonito, moral, etc, ensinando a comunidade o que vai ser reforçador para seus membros  ensinam as pessoas a se comportarem de determinadas maneiras através de um conjunto de regras que a gente chama de "ideologia"  conjunto de regras que estabelecem determinadas práticas sociais como "naturais" a um determinado contexto social
  • 12. "Em geral, as práticas realizadas pela agência têm como função estabelecer obediência e autocontrole em seus controlados, ou seja, um repertório suficiente e bem estabelecido de tal modo que, mesmo na ausência do agente controlador, eles se comportem de acordo com a agência. Ou seja, a agência garante seu próprio futuro por meio do estabelecimento de autocontrole dos controlados." (Bezerra, 2003)
  • 13.  para evitar contracontrole os sistemas de dominação usam estratégias de "naturalização" do status quo  estabelecem práticas sociais que permitem que os controlados evitem punição ao se comportarem de determinadas maneiras que são reforçadas diferencialmente e adquirem status de "hábito", "costume", "regra social", "natureza"...
  • 14. “E à mulher disse: multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” (Gênesis, 3:16) “O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris.” (Millôr Fernandes) “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental.” (Vinicius de Moraes)
  • 15. “A mulher moderna ─ dita independente, que nem de pai para seus filhos precisa mais, a não ser dos espermatozóides ─ assim só o é porque se frustrou como mulher. Tanto isto é verdade ─ respeitosamente ─ que aquela que encontrar o homem de sua vida, aquele que a satisfaça como ser e principalmente como ser sensual, tenderá a abrir mão de tudo (ou de muito), no sentido dessa 'igualdade' que hipocritamente se está a lhe conferir. A mulher quer ser amada. Só isso. Nada mais.” (Juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, 2007)
  • 16. "Quando o grupo nos ensina o que pode ser dito e o que não pode, também nos ensina o que pode ser pensado e o que não pode." (Todorov, 2014)
  • 17.  Senadores homens mais poderosos falam mais, correlação que não se repete significativamente para as mulheres. (Brescoll, 2011)  Mulheres se desculpam mais do que os homens e se percebem mais como fazendo coisas erradas do que eles; mulheres julgam comportamentos desviantes em si próprias mais severamente do que homens. (Schuman & Ross, 2010)
  • 18.  Estereótipos sobre liderança são relacionados à masculinidade, enquanto as características associadas à feminilidade não se encaixam nesses papéis. (Koenig et al., 2011)  Professores tendem a encorajar mais os meninos que as meninas em matérias como matemática e ciências - e isso tem reflexos no desempenho em anos posteriores. (Lavy & Sand, 2015)
  • 19. Estabelecimento dos valores reforçadores dos estímulos  Diferencial:
  • 20.
  • 21.
  • 23. Patriarcado = agência de controle  objetivo: manter a prática social de dominação masculina  ideologia (regra) que mantém essa prática é o machismo (supremacia masculina)
  • 24. “(...) patriarcado diz respeito a uma forma de organização e de dominação sociais calcada na exploração dos homens sobre as mulheres. Constitui-se num conceito que permite visualizar que a dominação não está presente somente na esfera familiar, tampouco apenas no âmbito trabalhista, ou na mídia ou na política. O patriarcalismo compõe a dinâmica social como um todo, estando inclusive, inculcado no inconsciente de homens e mulheres individualmente e no coletivo enquanto categorias sociais.” (Saffioti, 2011)
  • 25.
  • 26. Sexual violence: opposing viewpoints Helen Cothran Greenhaven Press, 2003 218 páginas
  • 27.
  • 28.  machismo/supremacia masculina = desumanização da mulher pelo estabelecimento do padrão masculino de humanidade  o homem é a medida de todas as coisas  o homem foi feito à imagem e semelhança de deus
  • 29.  podemos nos referir a esse sistema de práticas sociais e estabelecimento arbitrário de reforçadores como um "construto social", mas do ponto de vista feminista é útil salientar o termo "dominação masculina"  ressalta que o controle é exercido pelo patriarcado e aumenta a probabilidade de contracontrole por sair do sistema de regras / ideologia imposto por ele
  • 30. CONTRACONTROLE (Skinner, 1974)  estabelecer contingências para controlar o comportamento do “controlador”  respostas de fuga/esquiva das contingências dentro da agência de controle
  • 31. "O contracontrole ocorre quando os controlados escapam ao controlador, pondo-se fora do seu alcance, se for uma pessoa; deserdando de um governo; apostasiando de uma religião; demitindo-se ou mandriando - ou então atacam a fim de enfraquecer ou destruir o poder controlador, como numa revolução, numa reforma, numa greve ou num protesto estudantil. Em outras palavras, eles se opõem ao controle com contracontrole." (Skinner, 1974)
  • 32. “A dominação só pode ser enxergada de uma posição que envolve a disposição para ver.” (Thompson, 2001)
  • 33. 1. autoconhecimento = saber por que fazemos o que fazemos (quais os verdadeiros determinantes / causas dos nossos comportamentos) “VER” 2. discriminar as regras (“ideologias”) que controlam nosso comportamento e reconhecer as ideologias que são usadas para opressão da mulher e para a dominação masculina
  • 34. 3. “(...) muitas das respostas verbais que descrevem aspectos do ambiente, topograficamente semelhantes às respostas de tatear, seriam, na verdade, respostas intraverbais emitidas sob controle discriminativo das respostas de outros membros da comunidade verbal.” (Guerin, 1992) 4. reconhecer e combater a arbitrariedade da atribuição de valor reforçador a estímulos feita pela agência controladora (estabelecer valor reforçador a estímulos que não possam ser usados para oprimir e/ou violentar)
  • 35. Empoderamento e contracontrole “Empoderamento pode ser definido como um processo de ampliação do poder político, individual e interpessoal que permite aos indivíduos e comunidades adotarem práticas para mudar as circunstâncias de sua vida.” (Gutierrez, 1995)
  • 36.  Modificação do ambiente social no qual as pessoas se comportam. Político:  Garantia da ampliação do acesso aos reforçadores pelas mulheres por meio de ações afirmativas, políticas públicas, leis e decretos.
  • 37.  Autoconhecimento: discriminar e descrever as contingências controladoras do próprio comportamento Individual:  Emissão de respostas alternativas, capazes de produzir reforçadores que anteriormente eram controlados pelo grupo dominante sem dependência deste.
  • 38.  Emissão de respostas de contracontrole, no sentido de “um comportamento operante que ofende ou é de alguma maneira aversivo ao controlador.” (Skinner, 1953, p. 351). Interpessoal:  Modificação das relações interpessoais mantidas entre homens e mulheres.  Modificação das relações interpessoais mantidas entre as mulheres.
  • 39. Sororidade como estratégia de modificação do comportamento  Para que um novo comportamento seja aprendido, ele precisa de condições adequadas para isso.  As melhores condições de aprendizagem de comportamentos feministas são outras mulheres feministas.
  • 40.  Transferência do controle social para a comunidade verbal feminina. SORORIDADE  Estabelecimento de novos reforçadores para o comportamento das mulheres.  Aumento da discriminabilidade das contingências a que as mulheres estão submetidas.
  • 41.  Prática que cria novas contingências em que as mulheres deixam de ser punidas por outras mulheres pelos critérios estabelecidos pelo patriarcado, e passam a ser provedoras de reforços sociais pelos critérios estabelecidos pelo feminismo.
  • 42. “[O] impacto crescente dos conhecimentos, do ativismo e da política feminista vai continuar sem a nossa entrada, mas, para os behavioristas, permanecer em silêncio significaria uma perda para todas.” (Ruiz, 1998, p. 190)
  • 43. Referências: Bezerra, M.S.L. (2003). Questões preliminares sobre política em B. F. Skinner. Trabalho final desenvolvido na disciplina de Pesquisa em Fundamentos da Psicologia. Universidade Federal de São Carlos. Não publicado. Guerin, B. (1992). Behavior analysis and the social construction of knowledge. American Psychologist, 47(11), 1423-1432. Holland, J. (1973). Servirán los princípios conductuales para los revolucionarios? Em: F.S. Keller e E.R. Iñesta (Orgs.), Modificación de la conduta: aplicaciones a la educación. México: Trillas. Saffioti, H. (2011). Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo. Sidman, M. (1989). Coerção e suas implicações. Campinas: Livro Pleno. Skinner, B.F. (1953). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes. Skinner, B.F. (1974). About Behaviorism. New York: Alfred A. Knopf. Thompson, D. (2001). Radical Feminism Today. Londres: SAGE Publications. Todorov, J.C. (2014). Controle e contra controle em contingências sociais. Blog João Cláudio Todorov. Publicado em 20 de agosto de 2014. Disponível em: http://jctodorov.blogspot.com.br/2014/08/ controle-e-contra-controle-em.html