2. PEQUENA BIOGRAFIA
Émile Durkheim nasceu em Épinal, Vosges (França), em
15 de abril de 1858.
Freqüentou a École Normale Supérieure em Paris e
interessou-se por Filosofia.
Fundador da Sociologia Moderna, Émile Durkheim
combinou a pesquisa empírica (pesquisa científica
tradicional) com a teoria sociológica.
Sua contribuição tornou-se ponto de partida do estudo de
fenômenos sociológicos como a natureza das relações de
trabalho, os aspectos sociais do suicídio e as religiões
primitivas.
Em 1902, passou a lecionar Sociologia e Educação na
Sorbonne.
Em 1887 assumiu em Bordéus a primeira cadeira de
Sociologia instituída na França.
3. PENSAMENTO
Durkheim formou-se em Filosofia, porém sua obra inteira é
dedicada à Sociologia.
Seu principal trabalho é na reflexão e no reconhecimento da
existência de uma "Consciência Coletiva".
Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal
selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou
seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de
seu grupo social para poder conviver no meio deste.
Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo
processo educativo.
Para ele, “ a educação é uma socialização da jovem geração pela
geração adulta”. e quanto mais eficiente for o processo, melhor será
o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.
“ A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a
assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios -
sejam morais, religiosos, éticos ou comportamento - que baliza a
conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador
da sociedade, é um produto dela”.
4. Essa teoria, além de caracterizar a educação como um
bem social, a relacionou pela primeira vez às normas
sociais à cultura local, diminuindo o valor que as
capacidades individuais têm na constituição de um
desenvolvimento.
É preciso sentir a necessidade da experiência, da
observação, ou seja, a necessidade de sair de nós
próprios para aceder à escola das coisas, se as
queremos conhecer e compreender.
5. PRINCIPAIS ASPECTOS DA TEORIA
SOCIOLÓGICA DE DURKHEIM
Existem fenômenos sociais que devem ser analisados e
demonstrados com técnicas especificamente sociais;
As pessoas se educam influenciadas pelos valores da
sociedade onde vivem;
6. O FATO SOCIAL
Fato social- é uma característica cultural e estrutural de
sistemas políticos que experimentamos como externa a nós e
que exerce uma influência e autoridade que equivalem a mais
do que a soma das intenções e motivações de indivíduos que
por acaso participem desses sistemas em um determinado
tempo.
O fato social é experimentado pelo indivíduo como uma
realidade independente que ele não criou e não pode
rejeitar, como as regras morais, leis, costumes, rituais e
práticas burocráticas oficiais, entre outras.
Para Durkheim, o grau de coesão dos fatos sociais se torna
evidente pelas sanções a que o individuo estará sujeito
quando tenta se rebelar contra elas.
As sansões podem ser legais ou espontâneas.
Legais são as sansões prescritas pela sociedade, sob a
forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a
penalidade subseqüente.
Espontâneas seriam as que surgiriam em decorrência de
uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da
sociedade à qual o indivíduo pertence.
7. CONSCIÊNCIA COLETIVA
A definição de consciência coletiva aparece pela
primeira vez na obra Da divisão do trabalho social: trata-
se do “ conjunto das crenças e dos sentimentos comuns
à medida dos membros de uma mesma sociedade.
A consciência coletiva é, em certo sentido, a forma
moral vigente na sociedade. Ela aparece como um
conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem
valor e delimitam os atos individuais.
É a consciência coletiva que define o que, numa
sociedade, é considerado “ imoral”, “reprovável” ou “
criminoso’’.
8. ANÁLISE DOS SISTEMAS SOCIAIS
Na análise dos sistemas sociais, Durkheim introduziu os
conceitos de solidariedade mecânica e orgânica, que o
levaram à distinção dos principais tipos de grupos sociais.
A solidariedade mecânica ocorre nas sociedades
primitivas, nas quais os indivíduos diferem pouco entre si e
partilham dos mesmos valores e sentimentos.
A orgânica, presente nas sociedades mais complexas, se
define pela divisão do trabalho.
Como as sociedades mais complexas se baseiam na
diferenciação, é preciso que as tarefas individuais
correspondam aos desejos e aptidões de cada um.
Isso nem sempre acontece e a sociedade se vê ameaçada
pela desintegração, pois os valores ficam enfraquecidos.
A solução proposta por Durkheim são as formas
cooperativistas de produção econômica.
9. A SOCIOLOGIA NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
A partir da segunda metade do século XX, com o
desenvolvimento da sociedade industrial, que se tornou
cada vez mais complexa, a Sociologia ganhou novo
impulso, passando a estudar e explicar problemas com
os quais até então não havia se defrontado.
Assim, problemas como exclusão social, desagregação
familiar, drogas, cidadania, minorias, violência
urbana, etc., representam desafios para os quais a
Sociologia tem procurado respostas.
Exigem uma análise cientifica de todos os aspectos da
vida em sociedade, que permita entender o presente e
projetar o futuro.
10. Dessa forma, a Sociologia moderna procura
debruçar-se sobre os agentes sociais capazes de
provocar mudanças importantes na sociedade.
Hoje, um dos principais objetivos da sociologia é
criar instrumentos teóricos que levem à reflexão
sobre os problemas da sociedade contemporânea.
Tais instrumentos devem contribuir também para que os
indivíduos estabeleçam relações entre sua prática social
e a sociedade mais ampla, tornando-se agentes na
transformação da sociedade em que vivem.
Atualmente, os conhecimentos da sociologia já não
estão restritos aos sociólogos. De certo modo, muitas
pessoas passaram a utilizá-los, embora nem sempre de
forma consciente e rigorosa.
11. PRINCIPAIS OBRAS
A divisão do trabalho
social (1893)
Analisa as funções
sociais do trabalho na
sociedade e procura
mostrar como na
modernidade tal divisão
é a principal fonte de
coesão ou
solidariedade social.
12. As regras do método
sociológico (1895)
Indica as
características de um
fato social:
exterioridade e
coercibilidade
13. O suicídio (1897)
Durkheim concebe o suicídio
como um fenômeno social e o
considera um aspecto patológico
(isto é, uma disfunção, ou uma
doença) característico das
sociedades modernas.
Durkheim tentou mostrar que as
causas do auto-extermínio têm
fundamento social e não individual.
Descreveu três tipos de suicídio:
o egoísta, em que o indivíduo se
afasta dos seres humanos;
o anômico, originário, por parte do
suicida, da crença de que todo um
mundo social, com seus
valores, normas e
regras, desmorona-se em torno de
si;
e o altruísta, por lealdade a uma
causa.
14. A educação moral
(1902)
A sociedade só pode
viver se entre os seus
membros existir
suficiente
homogeneidade.
A educação perpetua e
reforça tal
homogeneidade, começ
ando por fixar no
espírito da criança as
semelhanças essenciais
que a vida coletiva
requer".