2. O suicídio é, segundo Durkheim, “todo o
caso de morte que resulta, direta ou
indiretamente, de um ato, positivo ou
negativo, executado pela própria vítima, e
que ela sabia que deveria produzir esse
resultado”.
- Há três tipos de suicídio, segundo a etimologia de
Èmile Durkheim:
3. É aquele em que o ego individual se afirma
demasiadamente face ao ego social, ou seja,
há uma individualização desmesurada.
As relações entre os indivíduos e a sociedade
se afrouxam fazendo com que o indivíduo não
veja mais sentido na vida, não tenha mais
razão para viver;
4. É aquele no qual o indivíduo sente-se no
dever de fazê-lo para se desembaraçar de uma
vida insuportável.
É aquele em que o ego não o pertence,
confunde-se com outra coisa que se situa fora
de si mesmo, isto é, em um dos grupos a que o
indivíduo pertence.
5. Ex: Ataque às torres gêmeas de 11 de setembro
de 2001
6. É aquele que ocorre em uma situação
de anomia social, ou seja, quando há ausência
de regras na sociedade, gerando o caos,
fazendo com que a normalidade social não
seja mantida.
7. Em uma situação de crise econômica, por
exemplo, na qual há uma completa
desregulação das regras normais da
sociedade, certos indivíduos ficam em uma
situação inferior a que ocupavam
anteriormente. Assim, há uma perda brusca
de riquezas e poder, fazendo com que, por
isso mesmo, os índices desse tipo de suicídio
aumentem.
8.
9. Durkheim acreditava que os métodos
dependiam de como a criança é no começo.
Ela possui uma natureza própria, sobre a
qual devemos agir.
Para ele, a sociedade só funciona se cada
pessoa exercer sua tarefa na hora certa e da
maneira certa.
10. Surge com o método de repetição, que faz
com que a criança assimile algumas
informações essenciais e, depois que
habituou-se com a rotina, lutará contra
qualquer mudança.
Com o tempo, ela aprende a conter os
próprios desejos e entender os limites,
principalmente quando entende sua
dependência moral em relação aos pais e
professores.
11. A utilização de vários professores faz com que a
criança não absorva os hábitos de um professor, ter
vários exemplos.
Quanto à família, se a criança vive num ambiente
regular, moralmente sã, ela também participará
dessa saúde moral, podendo ter preconceitos.
A moral não deve ser inserida na criança de forma
que ela se sinta obrigada a respeitá-la, pois pode se
tornar revoltada ou deprimida.
12. As crianças, quando juntas, são completamente
diferentes do que quando sozinhas, tornando-as mais
agitadas e, se no ambiente escolar não houver
disciplina, vira uma multidão e tira a “autoridade” do
professor. Precisa ter regras, mas apenas o que for
necessário.
O professor deve se equiparar às crianças no aspecto de
que ambos devem obedecer as mesmas regras, mas não
pode esquecer que ele é o professor e as crianças são os
alunos.
A pena deve servir para reparar tanto quanto possível a
falta cometida para, dessa forma, a regra continuar
sendo algo respeitável.
13.
14. Émile Durkheim analisou as funções
sociais do trabalho na sociedade e mostrou
como na modernidade tal divisão é a
principal fonte de coesão ou solidariedade
social.
Durkheim classificou a sociedade em dois
tipos de solidariedade: a mecânica e a
orgânica
15. A sociedade baseada em solidariedade
mecânica não possui divisão do trabalho
social e apresenta uma forte consciência
coletiva, ao mesmo tempo que uma grande
determinação e uma autoridade coletiva
absoluta.
Atribui um valor supremo à sociedade e aos
seus interesses como um todo
16. Verifica-se um número reduzido de
indivíduos, que vivem no limiar da
sobrevivência e com escassa tecnologia.
Há também uma baixa densidade material e
moral e as normas impostas neste tipo de
sociedade são repressivas (violentas) e as
sanções são punitivas.
Este tipo de sociedade tem por base a
indistinção e a indiferenciação dos
indivíduos.
18. A sociedade baseada em solidariedade
orgânica possui divisão do trabalho social e
apresenta uma forte consciência individual,
uma preocupação com os interesses dos
indivíduos.
Atribui valor supremo à dignidade
individual, à igualdade de oportunidades e à
justiça social.
19. Verifica-se um grande número de
indivíduos, uma elevada densidade material
e moral e a distinção entre os indivíduos faz-
se de acordo com os diferentes papéis
desempenhados.
Neste tipo de sociedade, as normas não são
repressivas e as sanções são do tipo
restitutivo (restabelecem a ordem).
21. A divisão do trabalho social provoca consequências
positivas e negativas:
Por um lado, sendo uma marca de progresso da
sociedade, permite uma maior especialização e
qualificação dos indivíduos no trabalho, o que se
traduz numa via de realização pessoal.
Contribui para o aumento da força produtiva e
para a habilidade no trabalho, assim como
também permite o rápido desenvolvimento
intelectual e material das sociedades.
22. Além disso, promove a coesão e a
organização social, mantendo o equilíbrio
da sociedade.
23. Por outro lado, a divisão do trabalho social
conduz a uma diminuição da consciência
coletiva, a uma excessiva especialização e à
desagregação através do enfraquecimento
dos laços sociais.