Este documento fornece uma introdução sobre vinhos, abordando tópicos como enólogos, sommeliers, vinhos varietais e de corte, escolha de taças, decantação, rolhas, leitura de rótulos e serviço de vinho na temperatura correta. O autor sugere formas de aproveitar melhor a experiência com vinhos, como cursos, visitas a vinícolas e experimentação de diferentes estilos e países.
1. Amigos pelo parte 1
Vinho
Antonio Souto
acasouto@bol.com.br
2011
2. Olá “amigos pelo vinho”!
Esta apresentação surgiu da busca por informações sobre
os vários aspectos, técnicos, históricos, sociais, e outros,
que envolvem a degustação dos vinhos.
Entendo que ,para aqueles que já vêm a muito tempo
desfrutando dos prazeres do vinho, as informações desta
apresentação, em sua maioria, são básicas, mas não
menos importantes e essenciais.
Esta publicação é direcionada aos amigos
que estão, como eu, envolvidos de forma
Informal, mas prazerosa, com esse
maravilhoso mundo do vinho.
Antonio Souto
4. Enólogos/enófilos/sommelier
Enólogos são profissionais que estudaram
cientificamente sobre todos os processos associados ao
vinho em cursos superiores de enologia.
Os enófilos são apenas as pessoas que gostam de vinho e
procuram informações sobre essa bebida apenas por
curiosidade ou prazer.
Enologia é uma ciência que estuda os
aspectos relativos ao vinho desde o
plantio das uvas, análise do solo,
colheita, separação, produção até o
engarrafamento, envelhecimento
e venda.
5. Enólogos/enófilos/sommelier
O sommelier por sua vez, é o profissional especializado
em vinhos que trabalha em restaurantes orientando os
clientes sobre os vinhos disponíveis, elaborando as
cartas de vinho, harmonizando os pratos com os vinhos
da carta e cuidando
de todos os aspectos
relacionados ao vinho
nos restaurantes.
Daniela Bravin, sommelière
6. Mulheres do vinho
As sommelières Gabriela Monteleone, Debora Breginski, Daniela Bravin e
Giuliana Ferreira
A enciclopédia Larousse diz que o termo sommelier tem origem no
francês arcaico.A palavra designava o responsável por cuidar da
somme, bagagem gastronômica de bebidas e comidas que a
nobreza costumava carregar nas viagens.
7. uma bebida alcoólica
O vinho é, genericamente,
produzida por fermentação do sumo de
uva.
A fermentação das uvas é feita por vários tipos de
leveduras que consomem os açúcares presentes nas
Uvas transformando-os em álcool.
8. Terroir
Quanto falamos em terroir, referimo-nos ao
ambiente em que as uvas crescem,
a composição e a drenagem do solo e do subsolo, o relevo,
a inclinação do terreno, o clima geral da região, o
microclima, a vegetação circundante, a incidência de
sol, a quantidade de chuvas e sua distribuição
ao longo do ano, etc.
9. Por que, ao escolhermos
um vinho, é tão importante
observar sua safra?
Parafraseando Quintana
Bastaria um gole de vinho para nos dar a eternidade.
Cada gole guarda um pedaço de tempo que traz em si a
história de uma safra, de um ano.
10. De ano para ano alguns
fatores, características do
terroir, podem variar muito, e
o vinho é muito sensível
a isso.
Estes fatores tornam uma safra muito
melhor (e que custe muito mais do que outra).
O ideal é consultar uma tabela de safras, elaborada por
especialistas, para avaliar a qualidade geral daquele
ano.
11. •Tabela de Safras 2010
por João Filipe Clemente
Excelente 10-9 / Muito boa8-7/ Boa 6-5 / Discreta 4-3 / Medíocre 2-1
12. O que é um vinho de guarda?
Quais os fatores de longevidade
de um vinho?
13. O “quanto mais velho, melhor” é um
mito.
Todo vinho cumpre um ciclo de vida, nasce,
muitas vezes tem uma educação em barris de
carvalho, evolui na garrafa até chegar a seu auge,
mantém esta maturidade por algum tempo e
depois decai, até ficar decrépito.
A expectativa de vida do vinho Vai de
poucos meses a até um século.
O que então faz essa diferença
e como identificá-la?
14. Vinhos de guarda são os que se prestam ao
longo envelhecimento.
Se o vinho for „de guarda‟,
tende a se harmonizar e
resolver a complexidade
com os anos.
Os fatores que conservam
os vinhos são o teor alcoólico,
os taninos e antocianos, a
acidez e a doçura.
15. Um vinho com grande potencial de envelhecimento
(muito álcool, muito tanino, boa acidez) quando muito
jovem, pode ser áspero, quase desagradável.
Precisa de tempo para que o tanino evolua e se perca de
maneira benéfica, harmonizando se com outros fatores
Para a maioria dos vinhos, o auge é: agora!
90% deles não melhoram depois de postos à venda.
Hoje, eles são cada vez mais
produzidos para serem
bebidos jovens.
16. A elaboração de um bom vinho requer tempo
(além de esforço, conhecimento e ajuda da natureza).
Ao sacarmos a rolha,
flagramos o resultado
Deste demorado e laborioso
processo, que pode ter
Começado décadas antes.
17. Vinhos varietais e vinhos de corte
Os vinhos feitos com apenas uma variedade de uva são
chamados varietais ou monocastas.
Já os vinhos elaborados com mais de uma uva são
chamados de vinhos de corte ou vinhos de “assemblage” .
Essa é a grande arte do enólogo.
Saber fazer os assemblages de
maneira a obter mais cor,
mais corpo, menos acidez,
mais equilíbrio.
Traduzir a personalidade da vinícola
e do terroir da região.
18. Que taça escolher?
Cada vinho possui características únicas
dependendo da uva com que é produzido
Diz-se que cada tipo de vinho
pede um tipo de taça,
os recipientes foram desenvolvidos
para conduzir o vinho para a boca e o
nariz de maneira a realçar cores,
aromas e sabores do fermentado,
o que Influencia no resultado.
19. Podemos ter uma menor variedade de taças
sem perder o prazer de beber vinho.
Modelos que não podem faltar em sua casa, são aqueles
adequados para os vinhos que gostamos de beber.
20. Taças de Vinho, sem elas não dá!
por João Filipe Clemente
Para degustar adequadamente um vinho é
importante que o mesmo seja tomado em taças
próprias.
A taça adequada é fator essencial para quem se
aventura no mundo dos prazeres do vinho.
O importante é que a taça permita
uma boa oxigenação do vinho liberando
seus aromas de forma adequada.
21. Para nós mortais, basta ter taças para Bordeaux
já que esta atenderá a todos os tintos de forma
satisfatória, outra para vinhos brancos e uma
última para espumantes.
Se gostar dos caros e excelentes vinhos da
Borgonha (Bourgogne), inclua mais esta taça.
Meus amigos, então, ponham a mão no
bolso e invistam neste fator essencial
para aproveitar tudo o que um vinho
pode lhe dar.
22.
23. Para vinhos tintos
O vinho tinto precisa de espaço para respirar,
pois tem aromas e sabores muito intensos.
Por isso, a taça tem corpo grande, fazendo com que se
libere toda a sua potência.
O formato também é ideal para que a bebida possa
"dançar".
lembrar que
ela deve ser preenchida até
um terço de sua capacidade.
24. Sirva cerca de 150ml
para que haja espaço para o vinho respirar e se abrir.
Taça muito cheia não é elegante e não permite
“circular” o vinho
25. As taças de vinho são formadas de um bojo e de uma haste,
que existe por alguma razão.
Se você a segurar pelo bojo, o calor de seu corpo esquentará o
vinho.
Desta forma, preferencialmente, não segure a taça pela base
do bojo, segure-a sempre pela haste
a não ser que você busque
uma mudança na
temperatura do vinho que,
porventura, tenha sido
servido muito frio.
26. Decantar um vinho
Existem dois grandes motivos para se decantar um vinho,
o primeiro é remover os sedimentos da garrafa
antiga e a segunda é deixar ventilar o vinho.
Usa-se o decanter para vinhos
tintos de safras mais antigas,
que precisam liberar seus aromas.
Para vinhos jovens o decanter é
usado para arejar e trazer os
aromas mais complexos.
27. Como decantar um vinho:
Se for para liberar os aromas do
vinho e não para separar os
sedimentos, apenas coloque
o vinho no decanter.
Sem movimentos bruscos, o
Vinho será observado pelo
pescoço da garrafa.
28. Como decantar um vinho:
Deixar o vinho de pé antes de abri-lo, para que os
sedimentos vão para o fundo da garrafa.
Incline bem o decanter de maneira que ele fique na
horizontal.
Contra a luz da vela, incline a garrafa de vinho
cuidadosamente passando o vinho da garrafa
para o decanter, observando
com a ajuda da vela.
Quando começar a passar os
sedimentos pare de decantar
o vinho.
29.
30. LAVE SUAS TAÇAS
Para lavá-las, recomenda-se
água morna
e uma quantidade
mínima de detergente
líquido.
Se a taça não for bem enxaguada, o produto pode alterar
o sabor e o aroma do vinho e, no caso do Champagne,
impedirá que se formem as borbulhas.
Guardar os copos em um local completamente
livre de odores.
31. A rolha
Não devemos subestimar a importância da
rolha na qualidade do vinho.
A cortiça possui qualidades que até agora a tornaram
praticamente insubstituível: porosidade, leveza,
elasticidade, impermeabilidade e
isolamento.
A cortiça para as rolhas é
produzida em Portugal.
Ela é a casca do sobreiro.
32. Uma rolha de má qualidade pode comprometer a qualidade
do vinho, transmitindo o desagradável e irreparável "sabor
de rolha“, conseqüência de pequenos parasitas , mofo, ou
ainda pelo cloro utilizado no alvejamento da rolha.
Ocorre do odor de rolhas ser fugaz, bastando descartar os
primeiros centilitros da bebida.
Daí o costume dos someliers em verificar pelo olfato a
qualidade da rolha antes de
colocar o vinho à prova.
33. O que observar nas rolhas
Com certeza os fabricantes de bons vinhos preferirão para
estes o tipo tradicional, de cortiça.
A rolha tem impresso o nome do fabricante, possivelmente
as armas da família, e alguns códigos.
Por esse motivo o deve-se
remover a ponta da capa
do gargalo e
abrir a garrafa na
presença do cliente.
34. Um problema com a rolha de cortiça é que elas
ressecam, perdem a aderência ao gargalo, e como
resultado o ar penetra na garrafa oxidando e inutilizando o
vinho.
Por esse motivo as garrafas não
podem ser guardadas em posição
vertical, nas adegas.
Ao comprar uma garrafa de vinho é conveniente fazer
pressão com o polegar sobre a rolha, para ver se ela
está firmemente presa, ou se resvala alguns milímetros
para dentro da garrafa, sinal de que a oxidação do vinho
com certeza já aconteceu.
36. Como ler o rótulo
A leitura do rotulo e a fase mais importante de uma
aquisição.
Através do rotulo você vai ter informações primordiais : a
variedade das uvas, a safra que pertence, a vinícola que foi
produzida, grau alcoólico etc.
Não se pode julgar um vinho somente pelo
rótulo.
Aprender o que vai ler em um rótulo
poderá ajudá-lo a ter algumas indicações
sobre o que esperar de um determinado
vinho.
37. Como ler o rótulo
Informações freqüentes
•variedade da uva
•região produtora ou designação da origem
•safra
•condições tais como reserva, reserva pessoal,
seleção especial, seleção de
barril, indicam uma
distinção de qualidade.
•teor alcoólico do vinho
38.
39.
40. Vinho na temperatura certa é bem melhor
Ao degustar um vinho, há vários fatores que afetam
a nossa percepção e podem contribuir para que a
experiência seja otimizada em seus aromas e sabores.
Quanto mais gelado o vinho, mais são realçados a
acidez, o amargor e os taninos. Quanto mais quente,
mais o álcool se volatiliza e fica aparente.
Assim, se o vinho estiver abaixo da temperatura ideal
de consumo ficará muito duro; se estiver acima,
ficará alcoólico.
41. Vinhos tintos em geral devem ser degustados a
temperaturas mais elevadas para que os taninos não
se mostrem excessivamente adstringentes e amargos.
Quanto maior a carga tânica, maior deve ser a
temperatura de serviço, como regra.
Quanto mais aromaticamente complexo for o vinho,
devemos usar uma temperatura mais elevada.
Os vinhos brancos têm no seu frescor, proporcionado
pela acidez. Assim sendo, é essencial
que a temperatura de serviço seja mais
baixa, tomando-se apenas o cuidado
de não resfriar demais, a ponto de
anular seus aromas.
42.
43. Sugestões para aproveitar melhor o vinho
•Faça um curso de vinho
•Compre um rótulo mais caro
•Visite uma vinícola
•Harmonize vinho e comida
•Experimente rótulos de países diferentes
•Participe de uma degustação às cegas
•Compre taças adequadas e compare
•Beba mais vinho branco
•Arrisque um rosé
•Experimente um vinho doce
•Experimente um rótulo mais antigo
•Tome mais vinho nacional
•Monte sua confraria
•Deixe o preconceito de lado e prove vinhos com tampa de rosca
•Monte uma adega com um kit básico de vinhos