O estudo avaliou uma área contaminada por derramamento de óleo diesel utilizando dados químicos e geofísica. O método de polarização induzida identificou a pluma de contaminação em fase residual e livre, corroborando as informações prévias. A contaminação evoluiu de 2011 a 2014, mas o método geofísico foi efetivo para caracterizar a extensão da poluição no solo e águas subterrâneas.
MÉTODO GEOELÉTRICO - POTENCIAL INSTRUMENTO PARA AUXILIO DA GESTÃO DO SOLO E D...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARIZAÇÃO INDUZIDA
1. ESTUDO DE ÁREA
CONTAMINADA POR
HIDROCARBONETOS POR
APLICAÇÃO DO MÉTODO
GEOFÍSICO POLARIZAÇÃO
INDUZIDA
XIX Congresso Brasileiro de
Águas Subterrâneas
Autores: Paula Gomes Junqueira e Prof. Dr. César Augusto Moreira
2. O Trabalho
Estudo de uma área contaminada por
derramamento de óleo diesel através de dados
químicos da contaminação e realização de ensaio
geofísico no local. Foi avaliada a evolução da
pluma de contaminação e se o método foi
efetivo na caracterização da contaminação:
1- Obtenção de histórico e dados sobre a área;
2- Compilação desses dados;
3- Ensaio geofísico;
4- Processamento dos dados;
5- Análise dos resultados.
3. Geofísica
Geofísica é o estudo do interior da Terra através
de suas propriedades físicas, como eletricidade e
magnetismo. É através dela que obtemos as
informações sobre as porções mais profundas de
nosso planeta (manto, núcleo). E também
informações de camadas mais superficiais
(minérios e água subterrânea).
Método geofísico utilizado Polarização induzida:
Aplicação de uma corrente elétrica no solo;
Cria um campo elétrico;
Resposta defasada de voltagem nos materiais terrestres.
4. Geofísica e Áreas Contaminadas
Detecção de contrastes em propriedades físicas dos
materiais geológicos e antrópicos;
Identificação da presença de contaminação
subterrânea disseminada:
Solos e nas águas subterrâneas;
Vala de resíduos;
Tanques e tambores enterrados;
Vazamentos em tanques e dutos.
Caracterização:
Litologias;
Profundidade do nível d’água;
Caminhos preferenciais de fluxo subterrâneo.
5. Geofísica e Áreas Contaminadas
Indicada no Manual de Gerenciamento de
Áreas Contaminadas: investigação
confirmatória e detalhada e remediação;
Complementar à quantificação de teores por meio
de análises químicas;
Seleção de técnicas de tratamento e locação de
poços;
Áreas onde haja impregnações no solo (fase
residual) fonte secundária de impacto ao
aquífero
7. Área de estudos com
representação do
sentido do fluxo
d’água
Aquífero do tipo livre
ou freático;
Nível d’água
subterrânea: entre 8m e
10m de profundidade
(zonas
topograficamente mais
altas) e de 4m a 5m
(nas zonas mais
deprimidas);
Nos arredores da
ferrovia, a superfície é
praticamente plana.
Fonte: Adaptado de Google Earth; CETESB (2006).
8. Área de Estudos – Histórico do Acidente
Processo CETESB PA 06/00204/06, material de
acesso público junto a regional da CETESB de
Itu/SP;
28/04/2002 acidente;
Derramamento de cerca de 240.000 litros de óleo
diesel;
Contaminação do solo e água subterrânea;
Contaminantes: combustíveis líquidos, solventes
aromáticos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
(PAHs).
9. Disposição dos
vagões envolvidos
no acidente
O escoamento
superficial de óleo
diesel seguiu o relevo
do terreno e a estrutura
da linha férrea;
Nenhuma nascente ou
drenagem foi atingida
diretamente;
Todo o produto
infiltrou no solo.
Fonte: Adaptado de Google Earth; CETESB (2006).
10. Área de Estudos – Histórico do Acidente – Sistemas de
Remediação
10/05/2002 sistema emergencial de
remediação;
Bombeamento da fase livre;
23/06/2005 Termo de Ajustamento de Conduta
– TAC entre a Ferroban e o Ministério Público;
Ampliação do sistema de monitoramento;
11. Área de Estudos – Histórico do Acidente – Sistemas de
Remediação
2008 ausência de fase livre do contaminante
desinstalação dos sistemas de remediação;
Monitoramento fase livre intermitente e
sazonal;
Aporte sazonal de contaminante presença de
fase residual;
Sondagens no solo impactado contaminante
em fase residual;
Novembro de 2011 sistema de bombeamento
simples aliado ao sistema de lavagem do solo in situ
remoção de fase livre e residual.
12. Aquisição de Dados
Técnica de investigação: imageamento elétrico;
7 linhas em arranjo Wenner-Schlumberger;
114 m de comprimento;
6 m de espaçamento entre eletrodos;
Terrameter LS.
13. Linhas de
aquisição de
dados geofísicos
1ª e 2ª linhas
paralelas à ferrovia;
Poços de
monitoramento e
remediação;
Estação de tratamento;
Linhas 3, 4, 5 e 6
paralelas as linhas 1 e 2;
Distância entre linhas:
6 m;
Linha de referência
realizada a montante do
local contaminado.
Fonte: Adaptado de Google Earth.
14. Processamento de Dados Geofísicos
Dados geofísicos de campo software Res2dinv
modelos de inversão bidimensionais;
Análise qualitativa, através de dados
quantitativos de campo;
Os modelos gerados são seções de cargabilidade em
termos de distância x profundidade, com escala
gráfica logarítmica e intervalos de interpolação de
valores de cor.
15. Geofísica – Processamento de Dados
Programa Oasis Montaj modelos em 3D
mapas de níveis geoelétricos;
Apresentados em termos de distância x
profundidade com escala gráfica logarítmica e
intervalos de interpolação de valores de cor. Os
blocos foram fatiados transversalmente nas
profundidades de 1m, 3m, 5m, 7m, 9m, 11m, 13m,
15m, 17m, 19m, 21m e 23m para análise dos
resultados.
24. Conclusões
O método geofísico foi capaz de identificar a
contaminação;
Resultado de ensaio geofísico corrobora com as
informações prévias da área contaminante em
fase residual e livre.
25. Referências Bibliográficas
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO. Processo no PA 06/00204/06.
FERROBAN – Ferrovias Bandeirantes. Itu,
2006.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO. Processo n° PA 06/00204/06.
FERROBAN – Ferrovias Bandeirantes. Itu,
2014.