O documento descreve o desenvolvimento de uma ferramenta computacional chamada AQDEURIM para auxiliar na determinação da eficiência hidráulica de poços. A ferramenta automatiza cálculos complexos usando fórmulas e métodos estabelecidos na literatura. O objetivo é fornecer resultados precisos em menos tempo comparado a cálculos manuais, auxiliando na otimização dos custos de projetos de poços. A ferramenta está em fase beta e será aprimorada com feedback de profissionais antes de ser disponibilizada online.
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...
AQDEURIM: UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL DESENVOLVIDA PARA AUXILIAR NA DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA HIDRÁULICA DE POÇOS
1. AQDEURIM: UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL
DESENVOLVIDA PARA AUXILIAR NA
DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA HIDRÁULICA DE
POÇOS
Autores: Yuri Tomaz Neves; Laércio Leal dos Santos; Bruno Menezes da Cunha Gomes; Cinthia
Maria de Abreu Claudino; Thiago de Sá Sena; Maria Ingridy Lacerda Diniz.
2. 1. INTRODUÇÃO
Crescente utilização das águas subterrâneas:
Escassez das reservas hídricas superficiais;
Águas subterrâneas apresentam excelente qualidade;
Custo menor de captação, adução e tratamento.
O litro de água retirada de um poço custa 15 vezes menos do que o litro de água retirada de fontes
superficiais (SABESP, 2016).
Perfurações de poços:
12 milhões de poços no mundo (Nos últimos 25 anos);
Estima-se que foram perfurados no Brasil cerca de 416 mil poços tubulares após o ano de 1958;
No estado de São Paulo cerca de 65% das cidades são abastecidas com águas subterrâneas, onde, considerando
apenas a sua região metropolitana, aproximadamente 3 milhões de habitantes recebem água proveniente de poços
profundos (SABESP, 2016);
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3. 1. INTRODUÇÃO
Para com a captação das águas subterrâneas, verifica-se que um aspecto bastante importante a
ser analisado é a eficiência hidráulica dos poços, pois traz implicações diretas e determinantes
nos custos. Um poço pode ser considerado hidraulicamente eficiente quando se consegue obter
os resultados esperados em termos de capacidade produtiva, ao mínimo custo possível
(FEITOSA; MANOEL FILHO, 2000).
Desenho construtivo e Procedimentos utilizados durante a perfuração dos poços – Adicionam
resistência ao escoamento – Rebaixamento do nível de água – Aumento no custo da energia
necessária.
Sobre esse assunto muitos estudos teóricos já foram desenvolvidos, assim como estudos de
campo e de laboratório, que permitiram estabelecer uma grande quantidade de fórmulas e
funções matemáticas. No entanto, por ser tratar de muitas equações, o processo para a
elaboração de projetos construtivos eficientes torna-se demorado.
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4. 2. OBJETIVO
Apresentar uma ferramenta computacional desenvolvida para automatizar o
processo de determinação da eficiência hidráulica de poços.
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5. 3. METODOLOGIA
Estudo de todos os procedimentos e critérios fornecidos por Feitosa e Manoel
Filho (2000);
Ferramenta computacional;
Condições de contorno;
Forma de apresentar os dados de entrada e saída;
Incremento das rotinas de cálculo;
Validação do programa.
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6. 4. EFICIÊNCIA HIDRÁULICA
TL
QB
E
1
3
1i
i QBL 2
4
0
QCT
i
i
QB1 m - Perdas laminares no aquífero;
;
B
C
- Coeficiente de perdas de carga laminares;
- Coeficiente de perdas de carga turbulentas.
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7. 4. EFICIÊNCIA HIDRÁULICA
Perdas Laminares:
Perdas no aquífero;
Perdas na zona de transição do pré-filtro;
Perdas por penetração parcial do aquífero;
Perdas Turbulentas:
Perdas na entrada dos filtros;
Perdas axiais na seção de captação – filtros;
Perdas axiais na seção intermediária;
Perdas axiais na câmara de bombeamento;
Perdas na zona do pré-filtro:
Somente ocorrem quando o número de Reynolds é maior que o valor 30;
Não existe fórmula para o seu cálculo, podendo o seu valor ser determinado por meio de testes de
bombeamento com vazões escalonadas e crescentes.
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8. 4. EFICIÊNCIA HIDRÁULICA
De acordo com Feitosa e Manoel Filho (2000), uma eficiência hidráulica próxima
de 100% pode ser obtida desde que:
Os poços sejam projetados com diâmetros de revestimentos e filtros compatíveis com
as vazões esperadas;
O poço penetre totalmente a espessura do aquífero;
O pré-filtro utilizado apresente uma porosidade elevada;
O tamanho dos grãos do pré-filtro seja suficientemente grande;
No procedimento de perfuração, especialmente no que diz respeito ao tipo de fluido
utilizado, não ocorra danos de formação e consequentemente redução na
condutividade hidráulica da zona de transição do pré-filtro.
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9. 5. PROGRAMA DESENVOLVIDO
Figura 1 - Ferramenta computacional AQDEURIM.
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10. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do apresentado é possível concluir que a ferramenta desenvolvida será de
grande utilidade para os profissionais que trabalham com projetos de poços para
captação de águas subterrâneas, pois irá proporcionar a obtenção da eficiência
hidráulica de poços com grande precisão e em menor tempo, quando comparado ao
processo de cálculo manual. Esse resultado traz a vantagem de que, ao comparar a
eficiência hidráulica com os custos, será possível determinar, com mais praticidade, uma
condição otimizada de execução da obra.
O “software” está em sua versão beta, onde a próxima etapa será divulga-lo na web
e, por conseguinte, aprimorá-lo por meio de sugestões de profissionais da área.
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11. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABAS. Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. Disponível em: http://www.abas.org/. Acesso em:
10 de junho de 2016.
ARDOSO, F. B. F.; OLIVEIRA, F. R.; NASCIMENTO, F. S.; VARELLA, P. L. N.; FLORES, P. M. Poços tubulares
construídos no Brasil. 2008. In: XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. ABAS.
FEITOSA, Fernando A.c.; MONOEL FILHO, João. Hidrogeologia - Conceitos e Aplicações. 2. ed.
Fortaleza: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2000. 391 p.
PORTO, R.M. Hidráulica Básica. São Carlos: Publicações EESC-USP, 2006. 540p.
SABESP. Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Disponível em:
http://site.sabesp.com.br/. Acesso em: 10 de junho de 2016.
SWAMEE, P.K. Design of a submarine pipeline. J. Transp Eng. ASCE, 119 (1), 159 – 170, 1993.
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