Estudo hidrogeologico da aba oeste do Sinclinal Moeda - Metodologias e avaliações - Danilo Almeida - Water Services Brasil
1. Estudo hidrogeologico da aba oeste do
Sinclinal Moeda - Metodologias e
Avaliações
III Encontro Internacional de Revitalização de Rios e o I Encontro das
Bacias Hidrográficas de Minas Gerais
3. Estudo Hidrogeológico da Aba Oesta do Sinclinal Moeda
Motivação do estudo:
Demanda da Sociedade Civil via Ministério Público devido a
diminuição de vazões de nascentes, atribuído na época a
extração de água subterrânea para uso industrial.
4. Estudo Hidrogeológico da Aba Oesta do Sinclinal Moeda
• As unidades geológicas do Quadrilátero
Ferrífero são agrupadas, geologicamente:
• Complexo granito-gnáissico no
embasamento de idade arqueana
• Supergrupos Rio das Velhas com idade
arqueana (3,0 a 2,5 bilhões de anos)
• Supergrupo Minas com idade
paleoproterozoica (2,5 a 2,0 bilhões de
anos);
Belo Horizonte
5. Lados leste e oeste da
Serra da Moeda
Entre as minas:
Pau Branco (Vallourec)
Várzea do Lopes (Gerdau)
~13 km de extensão ao
longo da serra
Área de foco do estudo
Mina Pau Branco
FEMSA-Itabirito
Mina Várzea do Lopes
6. 2016 jul ago set out nov dez 2017
Fase I
Levantamento de campo
Coleta e análise das informações
Relatório
Técnico
Protocolo
• Cadastro de poços e nascentes
• Visita a empreendimentos
• Levantamento de dados de bombeamento e
monitoramento
• Literatura e dados históricos
• Protocolo na
SUPRAM e MPMG
LINHA DO TEMPO – FASE I
LEVANTAMENTO DE DADOS TEMPO
Modelo numérico?
8. Empreendimentos na
Área de Estudo
Condomínios
Minerações
Fábrica da FEMSA
Áreas residenciais
Fontes:
Dados levantados no campo
FEMSA Itabirito
SAAE Itabirito
ONG Abrace a Serra
ONG ARCA AMASERRA
Mina Várzea do Lopes (Gerdau)
Mina Capão Xavier (VALE)
Mina Pau Branco (Vallourec)
Tese Antonieta Mourão (2007)
Literatura científica (outros)
Condomínios
9. Total de pontos analisados
(campo + terceiros)
Área de estudo:
28km x 10km
67 Nascentes
52 Poços de bombeamento
103 Poços de observação
5 Drenagens intermitentes
19 Lagoas/Ponto de controle
37 Vertedouros
Total: 283 pontos
Fábrica
W E
10. Unidades litológicas
Embasamento
Fm. Moeda – Quartzito 1
(Aquífero)
Fm. Moeda – Filito (Aquitarde)
Fm. Moeda – Quartzito 2 (Aquífero)
Fm. Batatal – Filito (Aquiclude)
W E
Fm. Cauê – Itabirito/Hematita (Aquífero)
Fm. Gandarela
Dolomito
Fm. Cercadinho
Filito / Quartzito
Fm. Fecho do Funil
Filito
Aquífero: unidade geológica que contem e transmite água
Aquitarde: unidade geológica que transmite muito pouca água
Aquiclude: unidade geológica que não transmite água
15. Posicionamento das nascentes em relação aos poços
Distância nasc. Campinho para:
Poço P-00: 1000 metros
Poço P-01: 1150 metros
Distância nasc. Suzana para:
Poço P-00: 800 metros
Poço P-01: 600 metros
Campinho é a nascente que sofre
redução de vazão mais expressiva
16. Nascentes da Fm. Cauê cujas vazões sofreram redução a partir de
2012 (correlacionado aos anos hidrológicos de baixa precipitação)
Campinho
Suzana
17. HIDROQUÍMICA E ISÓTOPOS
Poços Condomínio Villa Bella
e Aconchego da Serra
Nascente N6B
Poços P-00, P-01, P-02
Nascentes Fm. Cauê
19. Pergunta: As informações e interpretações foram suficientes para
responder todas as questões?
Resposta: Foi possível definir hipóteses, porém há a necessidade
de um nível maior de detalhamento.
FASE II
20. FASE II
Mapeamento geoestrutural em escala compatível
com o estudo
Continuidade do monitoramento hidroquímico.
Elaboração de ensaios de aquífero.
Elaboração de modelo hidrogeológico numérico.
21. 2017 2018
Hoje
mai jul set nov 2018 mar mai
Hidroq. 1 Hidroq. 2 Hidroq. 3 Hidroq. 4 Hidroq. 5 Hidroq. 6
Ensaio 1
Ensaio 2
Ensaio 3 Ensaio 4
Fase II
Monitoramento Hidroquímico
Mapeamento Geológico
Ensaio de Bombeamento
Revisão Modelo Conceitual
Modelo Numérico
Relatório Final
Refinar o entendimento do contexto geológico-estrutural da
área estudada, visando maior embasamento às interpretações
de interesse hidrogeológico. Modelo tridimensional do fluxo da água subterrânea, com o
objetivo de validar as condições de bombeamento atuais, e
simular alternativas de captações e sua relação com os
recursos hídricos superficiais e subterrâneosObter as características hidrodinâmicas do aquífero
Verificar se a composição química nos pontos apontam se há
ou não relação entre a água captada pelos poços e a água nas
nascentes. (“DNA da água”)
LINHA DO TEMPO – FASE II
22. Principais pontos da metodologia adotada
É necessário integrar a geologia, hidrologia e hidrogeologia para um
bom entendimento do fluxo de água subterrânea.
Estudos hidrogeológicos necessitam de uma massa de informações,
nem sempre disponível - não se faz monitoramento hidrogeológico a
não ser por imposição de condicionantes ambientais.
É necessário aporte de recursos (humano e financeiro) para coleta
de informações.
A gestão dos recursos hídricos é extremante cobrada hoje em dia,
mas...
Pontos a serem ressaltados:
Bairro Água Limpa: Ocupação irregular, não há dados oficiais. Recebemos relatos de que os moradores instalam poços pouco profundos (em geral < 30 metros de profundidade) ou captam água superficial. Estimamos o consumo de água subterrânea neste bairro com base em dados estimados de população e consumo médio por pessoa. Dada a pouca profundidade dos poços no bairro, e o posicionamento geográfico do bairro, é pouco provavel que este interfira no Aquífer Cauê, de onde a água é captada para abastecer a fábrica da FEMSA
Condomínios a leste da serra: Utilizam poços para abastecimento (a exceção do Cond. Villa Bella, que é abastecido pelo SAAE - Água supericial). Estes são de relativa baixa vazão.
Áreas de mineração: Pau Branco e Várzea do Lopes – Realizam bombeamento em vazões significativamente superiores aos poços que abastecem a fábrica da FEMSA, com o objetivo de rebaixar o nível d’água na área da cava. Mina Serrinha está desativada.
Condomínio e distritos a oeste da serra – Não há aquíferos que apresentam boas vazões de descarga nesta área. Por isto, fonte de água a estes é predominantemente água superficial, incluindo drenagens superficiais associadas a descargas do Aquífero Cauê (como distritos de Campinho e Suzana, e Condomínio Retiro do Chalé).
Ressaltar as Formações Batatal (barreira de fluxo, separa as unidades a oeste e leste), Cauê (aquífero principal, de onde é captada a água que abastece a fábrica) e Gandarela (a fábrica está sobre a Fm. Gandarela, próxima ao contato com a Fm. Cauê). Contato entre Fm. Cauê e Gandarela nesta área coincide aproximadamente com a Rodovia BR-040.
Explicar a extensão da Fm. Cauê. Todo o lado leste da Serra da Moeda, o topo da serra, e apenas a porção mais elevada da Serra da Moeda no lado oeste.
Explicar que, os poços P-01 e P-02 estão completados na Fm. Cauê. Poços P-00, P-08 e P-10 estão completados na Fm. Gandarela, sendo que esta está interconectada no fluxo de água subterrânea com a Fm. Cauê. Logo, Poço P-00 (em operação), apesar de estar na Fm. Gandarela, capta água oriunda do Aquífero Cauê.
As nascentes Campinho, Suzana, Valente, Biquinha, Mãe d’Água e Mãe d’água Norte recebem descarga do Aquífero Cauê somente (apesar destas nascentes estarem no lado oeste da serra). Ou seja, recebem aporte do mesmo aquífero de onde é captada a água que abastece a fábrica.
Explicar que a Fm. Batatal é um aquiclude. Impede conexão de fluxo entre Fm. Cauê e as unidades a oeste (Fm. Moeda, Embasamento e Colúvio). Desta forma, neste ponto, já é possível indicar ser muito improvavel que os poços interfiram nas nascentes destas formações (Fm. Moeda, Embasamento e Colúvio).
MODELO CONCEITUAL: ANÁLISE INTEGRADA E REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DOS DADOS E INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS, PARA CHEGAR A CONCLUSÕES QUANTO AO SISTEMA DE FLUXO SUBTERRÂNEO.