O documento apresenta os resultados de estudos morfométricos e socioambientais da bacia hidrográfica do Rio Amambai no Mato Grosso do Sul. Foram analisados parâmetros como a rede de drenagem, relevo, uso e ocupação do solo e vulnerabilidade erosiva da bacia através de sensoriamento remoto e geoprocessamento. A bacia possui 12.185 km2 e apresenta diferentes níveis de vulnerabilidade erosiva, variando de modernamente estável a vulnerável.
USO DE ALTIMETRIA ESPACIAL NA COMPLEMENTAÇÃO DE DADOS_1.pdf
Apresentação defesa de mestrado Martins, 2026 - Estudos morfometricos e ambientais da UPG do Amamnai-MS.pdf
1.
2. ESTUDOS MORFOMÉTRICOS E SOCIOAMBIENTAIS DA
UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DO
AMAMBAI – MATO GROSSO DO SUL – BRASIL
Jederson Henrique Pedroso Martins
Jederson1@outlook.com
Universidade Federal da Grande Dourados
Faculdade de Ciências Humanas
Programa de Pós Graduação em Geografia - Mestrado
Orientador: Profº Dr. André Geraldo Berezuk
Co-orientador: Profº Dr. Adelsom Soares Filho
3. Introdução
✓ A metodologia do trabalho consiste em analisar uma bacia hidrográfica
através de parâmetros morfométricos de análise de Bacias Hidrográficas e,
considerando como base teórica análoga a estes procedimentos
metodológicos os procedimentos políticos institucionais de gestão
descentralizada dos recursos hídricos, através da lei 9.433, de 08 de janeiro
de 1997 (Política Nacional de Recursos Hídricos).
✓ Uso de técnicas de Geoprocessamento de dados espaciais.
✓ Análise de vulnerabilidade erosiva proposta por Crepani et al (2001).
4. Apresentação da área de estudo
A área de estudo encontra-se posicionada entre os paralelos 22º03’40 e 23º22’16 de
latitude sul e entre os meridianos 55º40’53 e 53º47’15 de longitude oeste, disposta em
uma área de aproximadamente 12.185 km2
Tabela 1 – Dados gerais dos municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Amambai
Municípios
Área do Município
(km2)
Área na Bacia (km2) População (2010)
Amambai 4.202,30 2818,11 23,13% 33.426
Aral Moreira 1.656,19 1649,27 13,54% 9.236
Caarapó 2.089,71 800,47 6,57% 22.723
Coronel Sapucaia 1.028,90 122,76 1,01% 13.979
Iguatemi 2.946,68 1464,51 12,02% 14.632
Itaquiraí 2.063,88 1610,39 13,22% 16.924
Jutí 1.584,60 1042,81 8,56% 5.353
Laguna Caarapã 1.734 1138,884 9,35% 5.813
Naviraí 3.193,84 1149,67 9,44% 43.391
Ponta Porã 5.328,62 385,71 3,17% 72.207
Vicentina - 0,293 0,00% -
Área total da UPG 12.183,88 237.654 (total)
5.
6. Materiais e Métodos
Alfanuméricos
✓ Unidade hidrográfica Estadual (ANA, 2014).
✓ Grade das cenas do satélite Landsat (INPE,
2009).
✓ Grade das cartas planimétricas de escala
1:100000 (ANA, 2014).
✓ Malha municipal digital do Brasil (IBGE,
2007).
✓ Litologia (ZEE- MS 2010);
✓ Relevo (ZEE- MS 2010);
✓ Pedologia (ZEE- MS 2010).
Matriciais
✓ imagens do satélite Landsat 8 sensor OLI,
dispondo;
• Órbita 225 ponto 76 do dia 16/10/2014.
• Órbita 224 ponto 76 do dia 10/11/2014.
✓ Cartas Planimétricas de escala de 1:100.000;
SF-21-Z-A-VI Ponta Porã, SF-21-Z-B-IV
Bocajá, SF-21-Z-B-V Caarapó, SF-21-Z-B-VI
Vila Nova Esperança, SF-21-Z-C-III Coronel
Sapucaia, SF-21-Z-D-I Amambai, SF-21-Z-D-
II Cabeceira do Rio Maracaí, SF-21-Z-D-III
Naviraí, SF-22-Y-C-I Icaraíma e SF-21-Z-D-V
Iguatemi
7. Integração dos dados
Características
Físicas
Uso da terra
Morfometria
Referencial
teórico
Dados
Alfanumérico e
Matriciais
Técnicas de
Sensoriamento
Remoto e
Geoprocessamento
Identificação de
áreas com
Vulnerabilidade
Erosiva
15. Resultados morfométricos da rede
de drenagem
Tabela 2 - Distribuição dos canais da bacia hidrográfica do Rio Amambaí e sua
ordem.
Classificação dos Canais Quantidade de Canais
Nascentes → 1ª ordem 2692 canais
2ª ordem 1010 canais
3ª ordem 339 canais
4ª ordem 166 canais
5ª ordem 81 canais
6ª ordem 07 canais
7ª ordem 01 canal
Total de drenagem 4296 canais
Tabela 3 - Resultado provenientes da análise Linear.
Ordem Nu Rb Lu (km) Lm (km) Rlm Rlb
1.ª 2692 - 2668 0,99 -
- 2,66 - - -
2.ª 1010 - 1549 1,53 -
- 2,97 - - 1,54 0,51
3.ª 339 - 760 2,24 -
- 2,04 - - 1,46 0,71
4.ª 166 - 438 2,45 -
- 2,04 - - 1,09 0,53
5.ª 81 - 442 5,45 -
- 11,57 - - 2,22 0,19
6.ª 7 - 34 4,85 -
- 7 - - 0,89 0,12
7.ª 1 - 236 236 -
- - 48,65 -
Extensão do percurso superficial (Eps) 1 km/ km²
Comprimento do rio principal 358,9 km
Comprimento total dos cursos Fluviais (Lt) 6127 km
Nu - Numero de canais
Rb - Relação do índice de bifurcação dos canais
Lu - Comprimento total dos canais de cada ordem
Lm - Comprimento médio dos canais de cada ordem
Rlm - Relação entre o comprimento médio com canal de ordem superior
Tabela 4 - Resultados provenientes da análise Areal
Área da bacia (A) 12.185,05 km²
Perímetro (P) 587,8 km
Comprimento da bacia (L) 195.963 m NW-SE
Forma da bacia (Kf) 0,31
Coeficiente de Compacidade (Kc) 1,49
Densidade de drenagem 0,5 km/km²
Coeficiente de manutenção Cm 24.370 m²/km
16.
17. Resultados da análise
hipsométrica do relevo
Tabela 5 - Dados relativos a altimetria da UPG do Rio Amambai.
No
Cotas
Cota Média
Intervalo
Área Parcial
(m²)
Área Acumulada
(km²)
% Área Total
Acumulada
% Altitudes
Min Max
1 212 240 226 430,07 12185,05 100,00 3,53
2 240 280 260 568,86 11754,98 96,47 4,67
3 280 320 300 1137,53 11186,12 91,80 9,34
4 320 360 340 2052,44 10048,59 82,47 16,84
5 360 400 380 2611,44 7996,15 65,62 21,43
6 400 440 420 2106,38 5384,71 44,19 17,29
7 440 480 460 1251,72 3278,33 26,90 10,27
8 480 520 500 1057,63 2026,62 16,63 8,68
9 520 560 540 533,15 968,99 7,95 4,38
10 560 600 580 251,80 435,84 3,58 2,07
11 600 640 620 160,49 184,04 1,51 1,32
12 640 659 649,5 23,55 23,55 0,19 0,19
0
5
10
15
20
226 260 300 340 380 420 460 500 540 580 620 649,5
Altitudes
(%)
Frequencia altimetrica
Histograma Frequencia Altimétrica (UPG)
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Cotas
(m) Extensão da area (%)
Curva Hipsométrica
Tabela 6 - Dados relacionados com a Análise Hipsométrica.
Bacia
Área da
bacia
(km²)
Integral
hipsometrica
Altitudes
(Em m)
Amplitude
Altura
média
Máxima Mínima
UPG do Rio
Amambai
12.185,05 0,41 659 212 447 359,41
18.
19.
20. Resultados da análise
hipsométrica do relevo
Tabela 7 - Relação média da Declividade do revelo.
Nº
Classes Área km² % dentro da UPG
0 – 3% Plano 7736,19 63,49
3 – 8% Suave 3705,65 30,41
8 – 20% Suave ondulado 743,21 6,10
Total 12185,05 100,00
Tabela 8 - Apresentação dos dados morfométricos de dissecação do Relevo.
Nível de Rugosidade (Dissecação) Área km² %
Muito Baixa 2386,37 19,58
Baixa 3263,56 26,78
Média 3236,67 26,56
Alta 2263,22 18,57
Muito Alta 1035,23 8,50
Total 12185,05 100%
21.
22. Para realizar a integração dos dados será feito a reclassificação de cada mapa tema da paisagem
Geologia = Litologia;
Pedologia = Classificação dos solos;
Geomorfologia = Hipsometria + Clinografia + Rugosidade;
Clima = Pluviometria;
Uso da terra/ Vegetação = Se apresenta através de técnicas de SR.
Com o fim da elaboração dos dados que com põem os temas da paisagem se aplica uma reclassificação
dos arquivos matricial indicando o grau de vulnerabilidade propostos por Crepani (1996).
Integração dos dados segundo
metodologia de Crepani (2001)
23. Integração dos dados segundo
metodologia de Crepani (2001)
𝑉 =
(𝐺 + 𝑅 + 𝑆 + 𝑉𝑔 + 𝐶)
5
onde:
V = Vulnerabilidade
G = vulnerabilidade para o tema Geologia
R = vulnerabilidade para o tema Geomorfologia
S = vulnerabilidade para o tema Solos
Vg = vulnerabilidade para o tema Vegetação
C = vulnerabilidade para o tema Clima
Tabela 9 Valores de peso de vunerabilidade atribuidos a cada
tema.
Classes Valores
Geologia 0.15
Geomorfologia 0.14
Pedologia 0.20
Uso da terra 0.15
Cima 0.16
𝑉=(𝐺* 0.15) + (𝑅*0.14) + (𝑆*0.20) + (𝑉𝑔*0.15) + (𝐶*0.16) / 5
24.
25. Quantificação dos dados de Vulnerabilidae Erosiva
Tabela 8 - Valores de Unidades de Paisagem da UPG para Vulnerabilidade Erosiva
Unidade de Paisagem
Vulnerabilidade
Erosiva
Grau de Vulnerabilidade Área em km² %
U1 1.4
Modernamente estável
2,69 0,02
U2 1.5 122,70 8,29
U3 1.6 230,64 1,89
U4 1.7 342,67 2,81
U5 1.8
Medianamente estável/
vulnerável
1.480,60 12,15
U6 1.9 2.294,76 18,83
U7 2.0 4.025,75 33,04
U8 2.1 1.117,52 9,171277
U9 2.2 1.610,03 13,21
U10 2.3
Moderadamente
vulnerável
192,90 1,58
U11 2.4 402,62 3,30
U12 2.5 152,71 1,25
U13 2.6 37,97 0,31
U14 2.7 Vulnerável 171,48 1,41
Total 12.185,05 100%
30. ESTUDOS MORFOMÉTRICOS E SOCIOAMBIENTAIS DA
UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DO
AMAMBAI – MATO GROSSO DO SUL – BRASIL
Jederson Henrique Pedroso Martins
Jederson1@outlook.com
Universidade Federal da Grande Dourados
Faculdade de Ciências Humanas
Programa de Pós Graduação em Geografia - Mestrado
Orientador: Profº Dr. André Geraldo Berezuk
Co-orientador: Profº Dr. Adelsom Soares Filho