O documento discute o significado de estética na filosofia, definindo-a como o estudo da essência da beleza e do que é belo, seja natural ou artístico. Explora as origens do termo na Grécia Antiga e como diferentes filósofos como Platão, Aristóteles e Kant contribuíram para moldar o conceito ao longo da história.
2. O que significa estética na filosofia?
• Estética é um termo originário da língua grega, mais
especificamente da palavra aisthésis, tem como significado o ato de
perceber, de notar. É um ramo da filosofia denominado filosofia da
arte que estuda a essência da beleza ou do que é belo, seja natural
ou artístico, e a base da arte. A estética também estuda o
sentimento que as coisas belas proporcionam ou despertam dentro
de cada ser humano.
• Ela procura compreender as emoções, ideias e juízos que são
despertados ao se observar uma obra de arte.
3. Definição:
• Uma das teses defendidas por Platão é a de que quando uma pessoa se
identifica com coisas boas, alcança o belo e foi a partir deste
pensamento platônico que na idade média surgiu a ideia de estudar a
estética separadamente das outras duas áreas da filosofia a que estava
atrelada, a lógica e a ética, surgindo assim, a filosofia do belo.
• A priori, o significado de estética era um pouco diferente do que se tem
hoje, ela indicava a sensibilidade. Quem introduziu estes conceitos atuais
de estética como o conhecemos, foi o filósofo alemão Alexander Gottlieb
Baumgarten, ele designou que a ciência do belo seria justamente a
compreensão do belo expressado nas artes, e a ciência contrária à lógica
que se expressa através do saber cognitivo.
4. • Mais tarde durante o renascimento, a estética ressurge da mesma
forma e com o mesmo significado que à priori fora dada por Platão,
como o belo ser um estado de espírito. Porém, somente no século
XVIII na Inglaterra, é que a estética atinge seus mais altos conceitos
e importância, quando os ingleses estabeleceram a distinção entre
a beleza relativa e a imediata, e entre o sublime e o belo.
• Em 1790, Immanuel Kant em sua obra crítica do julgamento, ou
crítica do juízo, definiu a priori do juízo estético, denominando o
belo como “finalidade sem fim”.
5. • Embora a expressão “estética” tenha uso recente para designar
essa área filosófica, ela já era abordada sob outros nomes desde a
Antiguidade. Entre os gregos usava-se frequentemente o termo
poética (poeisis), criação, fabricação, que era aplicado à poesia e a
outras artes. Aos poucos, a estética passou a abranger toda a
reflexão filosófica que tem por objeto as artes em geral ou uma arte
específica. Engloba tanto o estudo dos objetos artísticos quanto os
efeitos que estes provocam no observador, abrangendo os valores
artísticos e a questão do gosto.
• Nos tempos de hoje não existe mais o belo pelo qual julgávamos os
valores das obras, e sim o que cada obra oferece pelo seu tipo de
beleza intelectual, ou seja, o tipo pelo qual ira ser julgado.
6. Curiosidades:
• É importante destacar a discordância de pensamentos entre os
maiores pensadores da história e os significados propostos por eles
para a estética:
7. Sócrates – Se julgava incapaz de definir o
belo ao refletir sobre a estética.
8. Platão – Para ele, o belo era absoluto e
eterno, não precisando de manifestações
materiais como a arte e outras para
expressá-lo, pois estes apenas seriam a
imitação do que é perfeito. O homem não
poderia emitir opinião a respeito de algo
belo, pois a única reação humana diante de
tal seria a passividade. A beleza, o belo, o
saber e o amor eram inseparáveis na
concepção de Platão.
9. Aristóteles – Apesar de ser discípulo
de Platão, seu pensamento a
respeito da estética era
completamente contrário ao do seu
mestre. Para ele, a beleza não é
perfeita nem abstrata, mas concreta,
e assim como a natureza humana,
pode melhorar e evoluir.