A estética é o estudo da filosofia da arte e do belo. Ela surgiu para explicar como definimos coisas e como as ideias unificam nossas percepções. Platão via a arte como imitação distante da realidade, enquanto Aristóteles via a imitação como pedagógica e capaz de purificar emoções.
2. Estética é uma palavra com origem no termo
grego aisthetiké, que significa “aquele que nota, que
percebe”. Estética é conhecida como a filosofia da
arte, ou estudo do que é belo nas manifestações
artísticas e naturais.
A estética é uma ciência que remete para a beleza e
também aborda o sentimento que alguma coisa bela
desperta dentro de cada indivíduo.
3. A estética também é conhecida como a filosofia do
belo e na sua origem era uma palavra que indicava
a teoria do conhecimento sensível (estesiologia).
O significado que é atribuído atualmente à estético
foi introduzido por A.G. Baumgarten, para descrever
aquilo que na sua altura se chamava de "crítica do
gosto".
4. Ao longo dos tempos, a filosofia sempre se
interrogou a respeito da essência do belo, o tópico
central da estética.
Segundo Platão, o belo se identifica com o bom, e
toda a estética idealista tem como origem essa
noção platônica. No caso de Aristóteles, a estética
tem como base dois princípios realistas: a teoria da
imitação e a catarse.
5. Surgiu para explicar primeiramente o problema
colocado por Sócrates sobre definições. Em seu
desenvolvimento foi necessário estabelecer as
ideias como unificadoras dos múltiplos objetos
dados nas sensações (representações do olfato,
paladar, visão, audição e tato), que sozinhos não
são suficientes para explicar as representações
desses objetos e sua essência.
6. Platão divide, assim, a realidade em dois universos
distintos: o inteligível e o sensível. O primeiro
contém as formas puras, as essências e o
fundamento da existência dos seres do segundo.
Assim, tanto os seres da natureza quanto os
homens são cópias sensíveis de modelos originais
inteligíveis.
7. Platão faz sua crítica à arte, e é a partir disso que
julga a arte como imitação, capaz de enganar, uma
vez que a realidade sensível já é uma imitação do
inteligível. A arte afasta ainda mais do real, pois
imita a cópia. A imitação da cópia é o que Platão
chama de Simulacro, que introduz uma desmedida
maior do que a própria existência do mundo natural.
8. Já para Aristóteles, esse modelo platônico é inútil e
insustentável. Para ele, a realidade é o sensível e “o ser
se diz de várias maneiras”. Quer dizer que se
denominam os seres sempre em relação a uma
categoria e a um gênero universal abstraído dos seres
particulares. A imitação, pois, torna-se até benéfica
porque representa uma composição de narrativas que
mostram experiências possíveis. A imitação tem um
caráter pedagógico, pois que seu efeito (catarse)
promove uma identificação com o personagem, criando
ou despertando sentimentos que purificam e educam,
caracterizando normas de ações.
9. Nesse sentido, diz-se que a experiência artística se
apoia em situações que possuem
uma Verossimilhança, não com fatos ou atos reais,
mas também com os que são possíveis de
acontecer, ou seja, que estão em potência.
Aristóteles utiliza a tragédia acima das outras formas
de arte, porque ela trata dos dramas humanos em
que só os melhores conseguem ser felizes
resolvendo tais dramas.