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PLANOS ESTRUTURAIS D’OS LUSÍADAS                      (12º ANO)



PLANO DA VIAGEM          PLANO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL                PLANO DO MARAVILHOSO                        PLANO DOS COMENTÁRIOS DO POETA

  «Da ocidental praia       «Memórias gloriosas / daqueles reis          «O peito ilustre lusitano / A            «Cantando espalharei por toda a parte, / Se a
  lusitana, / Passaram      que foram dilatando / A Fé, o                quem Neptuno e Marte                     tanto me ajudar o engenho e arte»
  ainda além da             Império» (D.João I e D. Manuel)              obedeceram»
  Taprobana» (8 de
  Julho de 1497 a 28                                                                            a)Exclamações sobre a incerteza da vida. Refere aquilo que o homem tem
  de Agosto de 1499)        EPISÓDIOS                                                           de enfrentar «grandes e gravíssimos perigos» a tormenta e o dano no mar,
                            a) bélicos (Construção da Pátria         PAGÃO                      a guerra e engano em terra (I, 105 -106);
                            em guerras com Castela e                 Baco – os diferentes       b)Invectiva contra os Portugueses que não sabem apreciar o valor da
  O Adamastor é o                                                    interesses dos povos       poesia, pois nem sempre sabem associar a valentia ao saber e eloquência
                            Mouros);                                                            (V, 92-100);
  mais épico dos            b) líricos «Formosíssima Maria»;         em relação á Índia;        c)Reflexões sobre a fama e a glória alcançadas por mérito próprio (VI, 95-
  episódios (gradação:      lírico-trágico «Inês de Castro»;         Marte – o ideal            100) e censura a cobiça do ouro, fonte de corrupção e traição (VIII, 96 –
  aparecimento,             c) simbólicos («Velho do                 guerreiro;                 99)
  discurso,                 Restelo» – oposição da nobreza           Vénus – a beleza, o        d)Apologia do Espírito de Cruzada (VII, 2- 14).Queixas dos seus
  interpelação do                                                    amor e a harmonia.         infortúnios (VII, 77 – 87);
                            ao projecto expansionista; «Ilha                                    e) Explicita o significado da Ilha dos Amores (IX, 89 -92) e dirige-se aos
  Gama e resposta do        dos Amores» - do amor e do               CRISTÃO – a                que pretendem atingir a imortalidade, dizendo-lhes que a cobiça e ambição
  Adamastor) e              conhecimento a estabelecerem a           verdadeira protecção       são honras vãs que não dão verdadeiro valor ao homem (IX, 93-95)
  compendia todas as        harmonia do H e do universo);            dos Portugueses.           f)Queixas do poeta, afirmando estar cansado de «cantar a gente surda e
  espécies de                                                        CIENTÍFICO –               endurecida» que não reconhecia nem incentivava as suas qualidades
                            d) narrativas cavalheirescas (Os                                    artísticas, que reafirma na estância 154 do Canto X -«honesto estudo»,
  dificuldades (de          Doze de Inglaterra), episódio            conhecimento de            «longa experiência» e «engenho», «cousas que juntas se acham raramente».
  natureza física ou        narrado por Fernão Veloso – o            fenómenos da               g)Manifesta o seu patriotismo e exorta o Rei D. Sebastião fazendo
  psíquica).                aventureiro de todas as viagens.         natureza.                  «previsão» de glórias futuras (X, 145 -146).



  ESTRUTURA EXTERNA: Dez Cantos (106 +113 + 143 + 104 + 100 + 99 + 87 + 99 + 95 + 156) em oitavas de rima cruzada e emparelhada ABABAB
  CC de verso DECASSÍLABO predominantemente heróico (6ª e 10ª) e sáficos nas partes de natureza lírica (4ª, 8ª e 10ª).
  ESTRUTURA INTERNA: 1º ciclo épico (I a V): Proposição do assunto da narração (I, 1 a 3) – navegações e conquistas no Oriente nos reinados de D.
  Manuel a D. João III, as vitórias em África e a organização da Nação durante a 1ª dinastia; Invocação às Tágides (I, 4- 5), a Calíope (III, 1 e 2) seguida
  da narração homodiegética de Vasco da Gama ao Rei de Melinde até final do Canto V; Dedicatória (I, 6 a 18) oferta da obra e enaltecimento de D.
  Sebastião; Narração in medias res da acção heróica da viagem marítima de Vasco da Gama à Índia, protagonista de um herói colectivo: os portugueses.
  2º ciclo épico (VI a X): narração heterodiegética da viagem de Melinde à Índia e o Regresso à Pátria.
                                                                                                                                                  ecoelho@esas.pt/2009

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Estrutura d'Os Lusíadas

  • 1. PLANOS ESTRUTURAIS D’OS LUSÍADAS (12º ANO) PLANO DA VIAGEM PLANO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL PLANO DO MARAVILHOSO PLANO DOS COMENTÁRIOS DO POETA «Da ocidental praia «Memórias gloriosas / daqueles reis «O peito ilustre lusitano / A «Cantando espalharei por toda a parte, / Se a lusitana, / Passaram que foram dilatando / A Fé, o quem Neptuno e Marte tanto me ajudar o engenho e arte» ainda além da Império» (D.João I e D. Manuel) obedeceram» Taprobana» (8 de Julho de 1497 a 28 a)Exclamações sobre a incerteza da vida. Refere aquilo que o homem tem de Agosto de 1499) EPISÓDIOS de enfrentar «grandes e gravíssimos perigos» a tormenta e o dano no mar, a) bélicos (Construção da Pátria PAGÃO a guerra e engano em terra (I, 105 -106); em guerras com Castela e Baco – os diferentes b)Invectiva contra os Portugueses que não sabem apreciar o valor da O Adamastor é o interesses dos povos poesia, pois nem sempre sabem associar a valentia ao saber e eloquência Mouros); (V, 92-100); mais épico dos b) líricos «Formosíssima Maria»; em relação á Índia; c)Reflexões sobre a fama e a glória alcançadas por mérito próprio (VI, 95- episódios (gradação: lírico-trágico «Inês de Castro»; Marte – o ideal 100) e censura a cobiça do ouro, fonte de corrupção e traição (VIII, 96 – aparecimento, c) simbólicos («Velho do guerreiro; 99) discurso, Restelo» – oposição da nobreza Vénus – a beleza, o d)Apologia do Espírito de Cruzada (VII, 2- 14).Queixas dos seus interpelação do amor e a harmonia. infortúnios (VII, 77 – 87); ao projecto expansionista; «Ilha e) Explicita o significado da Ilha dos Amores (IX, 89 -92) e dirige-se aos Gama e resposta do dos Amores» - do amor e do CRISTÃO – a que pretendem atingir a imortalidade, dizendo-lhes que a cobiça e ambição Adamastor) e conhecimento a estabelecerem a verdadeira protecção são honras vãs que não dão verdadeiro valor ao homem (IX, 93-95) compendia todas as harmonia do H e do universo); dos Portugueses. f)Queixas do poeta, afirmando estar cansado de «cantar a gente surda e espécies de CIENTÍFICO – endurecida» que não reconhecia nem incentivava as suas qualidades d) narrativas cavalheirescas (Os artísticas, que reafirma na estância 154 do Canto X -«honesto estudo», dificuldades (de Doze de Inglaterra), episódio conhecimento de «longa experiência» e «engenho», «cousas que juntas se acham raramente». natureza física ou narrado por Fernão Veloso – o fenómenos da g)Manifesta o seu patriotismo e exorta o Rei D. Sebastião fazendo psíquica). aventureiro de todas as viagens. natureza. «previsão» de glórias futuras (X, 145 -146). ESTRUTURA EXTERNA: Dez Cantos (106 +113 + 143 + 104 + 100 + 99 + 87 + 99 + 95 + 156) em oitavas de rima cruzada e emparelhada ABABAB CC de verso DECASSÍLABO predominantemente heróico (6ª e 10ª) e sáficos nas partes de natureza lírica (4ª, 8ª e 10ª). ESTRUTURA INTERNA: 1º ciclo épico (I a V): Proposição do assunto da narração (I, 1 a 3) – navegações e conquistas no Oriente nos reinados de D. Manuel a D. João III, as vitórias em África e a organização da Nação durante a 1ª dinastia; Invocação às Tágides (I, 4- 5), a Calíope (III, 1 e 2) seguida da narração homodiegética de Vasco da Gama ao Rei de Melinde até final do Canto V; Dedicatória (I, 6 a 18) oferta da obra e enaltecimento de D. Sebastião; Narração in medias res da acção heróica da viagem marítima de Vasco da Gama à Índia, protagonista de um herói colectivo: os portugueses. 2º ciclo épico (VI a X): narração heterodiegética da viagem de Melinde à Índia e o Regresso à Pátria. ecoelho@esas.pt/2009